CADA CANDIDATO A PREFEITO DE JALES PODERÁ GASTAR ATÉ R$ 176 MIL NAS ELEIÇÕES

A nossa legislação eleitoral, que já era ruim, ficou pior depois que deputados e senadores – sob o comando de Eduardo Cunha e Renan Calheiros – resolveram “melhorá-la”. Vejam, por exemplo, o caso do auditor municipal e pré-candidato a vereador Ricardo Junqueira que, para cumprir a lei, afastou-se do trabalho no início de abril.

Ele próprio, em conversa com este aprendiz de blogueiro, reconheceu que seu afastamento – há seis meses da eleição – é uma aberração, já que ele só poderá fazer campanha a partir do dia 16 de agosto.

Agora vejam este outro caso: a Justiça Eleitoral divulgou, nesta quarta-feira, uma portaria assinada pelo presidente do TSE – o ministro tucano Gilmar Mendes – que trata dos limites de gastos nas eleições municipais que serão realizadas em outubro em todo o país.

Segundo a portaria, cada candidato a prefeito de Jales, cidade com 37.680 eleitores, poderá gastar (oficialmente) até o limite de R$ 176,2 mil em sua campanha. Já um candidato a prefeito de Santa Fé do Sul – com 24.779 eleitores – poderá gastar até R$ 294,7 mil, ou 67% a mais que os candidatos jalesenses.

Outro exemplo: em Ouroeste – com 8.042 eleitores – cada candidato poderá investir R$ 153,6 mil, quase o mesmo tanto que um candidato a prefeito de Jales, que possui quase trinta mil eleitores a mais.

Mais um exemplo do “acerto” da nova lei: em Fernandópolis – com 51.321 eleitores – cada candidato poderá gastar R$ 746,1 mil, enquanto em Votuporanga, com 68.980 eleitores, os gastos de cada pretendente ao trono não poderá ultrapassar R$ 395,2 mil.

Por outro lado, os candidatos a vereador em Jales poderão gastar R$ 20 mil, enquanto em Santa Fé do Sul o limite é de R$ 10,8 mil, em Fernandópolis é de R$ 27,9 mil e, em Votuporanga, de R$ 42,4 mil. Nas demais nove cidades que integram a Zona Eleitoral de Jales – Aspásia, Dirce Reis, Mesópolis, Paranapuã, Pontalinda, Santa Albertina, Santa Salete, Urânia e Vitória Brasil – os limites são de R$ 108 mil para cada candidato a prefeito e de R$ 10,8 mil para cada candidato a vereador.

Evidentemente que esses limites são uma mera peça de ficção, já que os candidatos – em sua maioria – não costumam contabilizar nem a metade do que gastam.

4 comentários

  • Edu

    Ata é vcs acreditam…tem um vice que já deu 100.000 e agora como fica né supostamente caixa 2.

  • POPULARIEDADE!HUM?nao,sei,nao!

    E NAO DIVIA E GASTAR NADA, JA QUE FALAM QUE PRA SER CANDIDATOS TEM QUE SER POPULAR ENTAO VAMOS TABAIA E SE ELEGER PORQUE SE SABE GASTA SE DINHEIRO NA CAMPANHA DEPOIS DE ELEITO SE RECUPERA NE!!!, ENTAO VAMOS ELEGER BONS DEPUTADOS MUNICIPAIS PRA FICAR DE OLHO FISCALIZANDO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • No geral, gostei da lei

    Tirando essas aberrações citadas pelo blog, o governo diminuiu as doaçoes de campanha em função da roubalheira da Petrobras pelo PT/PMDB/PP.
    Tudo o que se roubaram, eles diziam que eram “doações para o partido” portanto mudaram as leis eleitorais e proibiram as doações de empresas.
    Com a lei determinando o pouco gasto de R$ 176 mil, para Jales, — um voto custará R$ 9,35 para 2 candidatos — abre o leque para a candidatura de mais politicos pois fica mais democrático.
    Mas certamente, eles vão gastar mais e correr risco dos candidatos perdedores recorrerem a justiça

  • Servidor

    O Ricardo Junqueira é uma pessoa sensata, se for eleito será um ótimo vereador. Tem meu voto.

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