CERVERÓ DIZ QUE JAMAIS RECEBEU PRESSÃO DE LULA PARA OBSTRUIR DELAÇÃO

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O espertíssimo senador Delcídio Amaral conseguiu a liberdade dizendo aos procuradores da Vaza Jato aquilo que eles queriam ouvir: que o Lula é o mandante de tudo. Além de sair da cadeia, Delcídio arrumou um processo contra Lula, por “obstrução da Justiça”. Parece, porém, que a verdade está começando a aparecer. A notícia é do Brasil 247:

O ex-executivo da Petrobras Nestor Cerveró e sua advogada, Alessi Brandão, afirmaram nesta terça-feira 8 que receberam pressões apenas de Delcidio do Amaral, para que evitassem citar o ex-senador na delação premiada assinada pelo ex-funcionário da estatal.

Segundo informações divulgadas pela defesa do ex-presidente Lula, as afirmações foram feitas em audiência realizada em Brasília, no processo penal em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros, é acusado por obstrução de Justiça. A informação desmonta a principal acusação contra Lula no processo, de que ele teria pressionado o ex-executivo da Petrobras para omitir fatos em sua delação premiada.

Tanto Cerveró quanto sua advogada reafirmaram não terem nenhuma pressão para evitar menções ao ex-presidente Lula ou ao banco BTG. Todas as testemunhas ouvidas na audiência disseram desconhecer qualquer ação do ex-presidente Lula para obstruir a delação de Cerveró.

Os depoimentos reforçam a tese de que que Delcídio agiu por interesse próprio ao tentar impedir a delação de Nestor Cerveró, que citava propinas de empresas privadas (G.E. e Alstom) recebidas pelo ex-senador, quando este era diretor da Petrobrás no governo Fernando Henrique Cardoso. E também de que o ex-senador teria desviado US$ 2.5 milhões para sua campanha ao governo de Mato Grosso do Sul em 2006.

A advogada de Cerveró, Alessi Brandão, relatou bastidores da sua relação com seu cliente, sobre a condução das negociações para que ele obtivesse uma delação premiada com os procuradores da Lava Jato. Ela acusou o advogado Edson Ribeiro, que representava Cerveró, de dificultar o acordo de delação, junto com o senador Delcídio do Amaral.

A advogada reiterou que só ouviu sobre suposta participação de Lula a partir da delação do senador Delcídio do Amaral. Cerveró também reiterou que não houve nenhuma outra pressão a não ser a de Delcídio do Amaral para que ele não fizesse delação.

“Delcídio, ao acusar Lula sem provas, conseguiu fechar ele próprio um acordo de delação que permitiu que o ex-senador saísse da cadeia e ficasse em liberdade. Ou seja, após atuar para impedir uma delação, bastou Delcídio acusar Lula sem provas para ele mesmo obter um acordo de delação premiada, ao atribuir a outro uma ação do próprio Delcídio”, diz a defesa do ex-presidente Lula. 

Cerveró também confirmou que seu filho recebeu R$ 50 mil no primeiro semestre de 2015, que devolveu ao advogado Edson Ribeiro como pagamento e que segundo Edson, veio do Delcídio. Segundo Cerveró, seu filho não recebeu nenhum outro pagamento de Delcídio, nem pediu aqueles recursos, diferente do que foi dito em depoimento do ex-senador.

8 comentários

  • Guilherme

    Quando vejo que a noticia é do Brasil 247, já sei que é mentira

  • Cheguei

    Olha esta Noticia: Para a tristeza de Moro, Lula não comparecerá à audiência da Lava Jato nesta terça (08);

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros cinco réus não precisarão comparecer à audiência marcada para esta terça-feira (8), em que testemunhas de acusação no processo que apura uma suposta tentativa de obstrução das investigações da Operação Lava Jato serão ouvidas.
    A decisão foi tomada pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, segundo informações do colunista Matheus Leitão, do G1. O magistrado acolheu pedido da defesa de Lula.
    Na expectativa de que o ex-presidente fosse à audiência, a Divisão de Operações Especiais da Polícia Civil do Distrito Federal já havia sido acionada para fazer a segurança do juiz responsável pelo caso.
    Ainda segunda o colunista, Lula, o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), o ex-chefe de gabinete do parlamentar mato-grossense Diogo Ferreira, banqueiro André Esteves, o advogado Édson Ribeiro, o pecuarista José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício Bumlai, são acusados de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, um dos delatores do esquema de corrupção que atuava na estatal.
    Fiquei triste com esta noticia.

  • Cheguei

    Li no Uol-no GI-no Estadão e no Globo, claro que depois copiei, pois adorei::::::::
    Duas semanas que abalaram Curitiba – Sérgio Moro vira réu em Genebra e risco de prisão de Lula é página virada.
    Posto sob os holofotes da corte da ONU em Genebra, Sérgio Moro já nem em sonhos se atreverá a prender Lula. Mas, nas últimas duas semanas, começando no dia 13 de outubro, tudo parecia apontar para a prisão do ex-presidente. Videntes até previam o dia e a hora. Desde o início dessa semana, contudo, a situação começou a se reverter com a crise institucional aberta por Renan Calheiros contra a Lava Jato. E anteontem, no dia 26, deu uma virada completa com o anúncio da decisão da ONU.
    Os réus, agora em âmbito internacional, passaram a ser o juiz Sérgio Moro e o Judiciário brasileiro. O juiz, se condenado, ganha o estatus de criminoso internacional contra os direitos humanos. Embora internacional, o título soará um pouco diferente do recebido da revista Time nos EUA, que o declarou uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. Não querendo passar da fama fabricada made in USA diretamente ao vexame, Sérgio Moro ficará cada vez mais prudente.
    Desde o dia 13 de outubro, pelo menos, quando ele virou réu pela terceira vez (caso Taiguara), a prisão de Lula parecia iminente. Boatos foram espalhados, até prevendo que a prisão ocorreria no dia 15, uma segunda-feira. Nada aconteceu. No dia 19, com a prisão de Cunha, parecia mais próxima que nunca a detenção de Lula. Até cela VIP, segundo algumas fontes, já tinha sido reservada (talvez até decorada com bandeiras e flâmulas do Corinthians) na vizinhança de Cunha.
    Por todos os meios, a mídia jogou lenha na fogueira para força a decisão de Moro de efetuar a prisão. Nada. Ele talvez tenha entendido que, como disse o físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite, ao prender Lula seu estrelado findaria com o PSDB e o DEM enterrando a Lava Jato no dia seguinte. Nos últimos dias, a mídia fez novo esforço concentrado para emplacar a assinatura de Moro em uma ordem de prisão contra Lula. Engendrou-se algumas denúncias imbecis: “Amigo” seria o codinome de Lula em planilha da Odebrecht; haveria uma outra cobertura, vizinha do apartamento de Lula, etc. Desde a segunda (24), contudo, a situação começou a ser revertida.
    Na segunda-feira, abriu-se uma crise institucional entre o Legislativo e o Judiciário: o presidente do Senado, Renan Calheiros, reagiu com violência verbal contra a operação Métis e a prisão de policiais do Senado, descarregando sua fúria contra a Lava Jato e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que chamou de “chefete de polícia”. Senadores subiram a tribuna para discursar contra a violação do Senado e o atentado ao estado de direito. Entre os atos de exceção da Lava Jato, Renan citou a condução coercitiva de Lula, em 04 de março. A presidente do STF, Carmem Lúcia, tomou as dores dos juízes mas foi cobrada por não ter aberto processo no CNJ para investigar o juiz que autorizou a invasão do Senado.
    Mostrando as unhas e os métodos violentos, a presidente do STF, marcou na quarta-feira dia 16 a data de julgamento de uma das ações contra Renan no Supremo.
    Já a Polícia Federal, pressionada por Alexandre de Moraes – obedecendo certamente ordens de Temer, que precisa de Renan para aprovar a PEC no Senado – libertou todos os policiais presos, sem dar explicações. O último a ser solto foi o diretor, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, no dia 25. Para completar, o ministro responsável pela Lava Jato no STF, Teori Zavascki, no dia 26, suspendeu a operação Métis e transferiu o processo para o STF, uma clara vitória de Renan.
    Teori também recusou (no dia 26), em decisão inédita, a delação do ex-deputado Pedro Corrêa, (PP-PE), um dos pilares para a Denúncia-Show apresentada pela força tarefa da Lava Jato contra Lula no dia 14 de setembro. E que Sérgio Moro aceitou em 20 de setembro, quando tornou Lula réu pela segunda vez.
    Em paralelo a isso tudo, a mídia dá sinais de cansaço. Um ceticismo desencorajado tomou conta dela. Elio Gaspari afirma, no dia 26, que não estranharia se ficasse provado, pela Lava Jato, que Lula assassinou Kennedy em 1963.
    Para piorar o que já estava péssimo, vem a decisão da ONU de aceitar as alegações de Lula contra Sérgio Moro e os Procuradores da Lava Jato.
    Se os EUA esforçaram-se para dar a Moro uma imagem internacional, pondo-o na lista dos mais influentes do mundo, adubando nele o delírio de poder e de legitimidade, que já havia sido plantada pela mídia oligárquica nacional, a decisão da ONU põe em risco todo esse prestígio. A coragem de Moro veio de sua sagração como cavaleiro com a armadura de cristal líquido nas telas da mídia. Posto, porém. sob os holofotes da corte da ONU em Genebra, despido dos trajes da sua dissimulação, e de seus atos violadores de direitos humanos, é muito pouco provável que ainda esboce qualquer iniciativa.
    Este juiz, expulso do seu ninho de dissimulação, ficará como um pardal depenado tremendo ao relento. Muito dificilmente terá ousadia, ou insanidade suficiente, para levar adiante a missão que foi confiada às suas mãos vingadoras, aduladas com prêmios e homenagens. Se não prendeu Lula antes da decisão da ONU, agora mesmo é que não vai correr o risco.
    Sobre a imagem de Moro, esculpida pela mídia, começa a pairar uma sombra apavorante, que ameaça tirá-lo da posição de “um dos homens mais influentes do mundo” para realoca-lo como condenado internacionalmente por violação de direitos humanos.
    Essas duas semanas parecem ter enterrado o processo iniciado em 04 de março com a condução coercitiva de Lula para depor sob vara. Um novo ciclo se abre, e quem agora estará na berlinda é o juiz Sérgio Moro, os Procuradores da Lava Jato, e os Ministros do STF.
    Que Maravilha.Viva o Trump dos EUA.

  • Ela

    Vamos acabar com o Brasil 247, pois tem alguns doutores em jornalismo que só acreditam no que lhe faz bem.
    Quem sabe o Jornal de Urania–o Diário de Santa Albertina—ou Santana da Ponte Pensa é Noticia— ou Palmeira D. Oeste é Noticia ou quem sabe Guilherme a verdade e o Povo.

  • Suricato

    Cardoso…O Cerveró tá olhando a tabela do Brasileirão….o olho direito no Palmeiras e o esquerdo no Corinthians….

  • E AGORA

    GOLPISTAS–Menos por uma defesa contra a cassação da chapa presidencial de 2014 e mais como sustentação contra a separação dos processos entre Dilma Rousseff e Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – estratégia do presidente para isolar Dilma na responsabilização da campanha -, a defesa da ex-presidente comprovou que R$ 1 milhão doado pela Andrade Gutierrez à sua campanha entrou pelas contas de Temer.
    O repasse é comprovado em documentos anexos ao processo que tramita no Tribunal contra Dilma e Temer. Apesar de ambos defenderem que as contas foram limpas, pagas com recursos lícitos de doações eleitorais, o racha entre Dilma e Temer motivou os advogados a se defenderem de outra tratativa do peemedebista, ainda que dentro do mesmo processo.
    Isso porque, desde que o impeachment contra Dilma foi concretizado pelo Senado, no dia 31 de agosto deste ano, além de uma desaceleração no processo de cassação solicitado pelo PSDB – hoje um dos principais aliados do governo no Congresso -, sob a liderança de Gilmar Mendes em articulações junto a ministros do TSE, como revelou o O Globo em outubro, outra frente iniciada por Temer é a de tentativa de isolar Dilma como a única responsável pelos ilícitos de arrecadação na campanha eleitoral.
    Assim, além das sustentações de ambos advogados contra o que supostamente seria irregular dos recursos que alimentaram o pleito, a defesa de Michel Temer avançou para a tese de que, se houve ilegalidade, ocorreu apenas no caixa petista. Mas, nesse sentido, os advogados de Dilma mostraram que não.
    Isso porque um dos depoimentos no processo encurrala que a origem dos repasses tenha sido de caixa dois, como propinas referentes a obras do governo federal. Foi Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade e delator da Lava Jato que disse: a empreiteira forneceu R$ 1 milhão à chapa, como pagamento de contratos assinados com o governo, entre eles a construção da Usina de Belo Monte, no Pará.
    O depoimento prestado em São Paulo foi ouvido pelo próprio relator do processo, o ministro Herman Benjamin do TSE. Contudo, o relato contradiz, em parte, os documentos agora apresentados por Dilma.
    Isso porque Azevedo narrou que estava sendo pressionado pelo tesoureira da campanha de Dilma Rousseff, Edinho Silva, a doar R$ 100 milhões à chapa em 2014, e que, na mesma época, a empreiteira já havia feito um repasse de R$ 1 milhão ao PT.
    “Na verdade, nessa data, já tinha havido uma transferência de R$ 1 milhão feita no dia 14 de julho, parece, ou 10 de julho, do Diretório Nacional [do PT] para a campanha de Dilma. E na prestação de contas, está lá: o doador, o partido e a Andrade Gutierrez como originária”, afirmou.
    Entretanto, soube-se agora, que o repasse não foi para o Diretório do PT. Sem claridade sobre se proposital ou sem intenções, o ex-presidente da Andrade errou, uma vez que a conta era do então candidato a vice-presidente, hoje presidente, Michel Temer (PMDB).

  • Guilherme

    Lula processa ex-senador Delcídio do Amaral por “mentir em delação”.Publicado: 11, novembro 2016 ás 16:06 pela UOL e G1.

    Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entraram com um processo contra o ex-senador Delcídio do Amaral, pedindo reparação por danos morais.
    De acordo com a defesa, Delcídio mentiu durante a delação premiada na Operação Lava Jato, ao afirmar que Lula tentou obstruir a Justiça, tentando impedir a delação do ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró.
    Cerveró acusa Lula de trocar diretoria da Petrobrás por perdão de dívida
    Como base, a defesa usa do último depoimento de Cerveró e de outras quatro testemunhas, ouvidas por Moro na última quarta-feira (8), que negaram a tentativa de Lula de impedir o depoimento do ex-diretor da estatal.
    A acusação de que Lula teria tentado comprar o silêncio do ex-diretor foi feita em delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, que teria participado da ação. O ex-presidente negou a acusação e pediu a nulidade do processo. O empresário José Carlos Bumlai e outras cinco pessoas são réus no mesmo caso.
    A defesa de Lula sustenta que a delação de Delcídio do Amaral é ilegal por não respeitar a regra de voluntariedade, prevista na Lei nº 12.850/2013, norma que definiu as regras de delação premiada. Além disso, os advogados argumentam que não há nenhum indício que aponte para suposta participação do ex-presidente.

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