CHARLES AZNAVOUR, O ‘SINATRA FRANCÊS’ MORRE AOS 94 ANOS

Conhecido como o “Sinatra francês”, o cantor, compositor e ator Charles Aznavour (nome verdadeiro: Shamour Vaghimagh Aznavourian – ele era filho de armênios) morreu nesta segunda-feira, aos 94 anos. Apesar da idade, ele ainda estava na ativa e, no ano passado, esteve no Brasil.

O principal sucesso de Aznavour foi a lacrimosa “She”. Originalmente chamada de “Tous les visages de l’amour”, essa música foi lançada em 1974 e ganhou, logo em seguida, uma versão em inglês que chegou ao primeiro lugar na lista das mais ouvidas na Inglaterra.

Em 1999, “She” foi regravada pelo britânico Elvis Costello para a trilha sonora do filme “Um lugar chamado Notting Hill” (aqui), estrelado pelo piscante Hugh Grant e a monumental Júlia Roberts.

Charles Aznavour teve várias de suas músicas cantadas por brasileiros. É bem verdade que o time de intérpretes tupiniquins de Aznavour não é lá dos melhores: Agnaldo Timóteo, Paulo Sérgio, Nelson Ned e Wanderley Cardoso, entre outros. Ou seja, a depender desse time, o melhor mesmo é ouvir o “Sinatra francês” no original.

Menos mal que os acima citados não foram os únicos brasileiros a cantar Aznavour. O professor Cauby Peixoto, por exemplo, gravou uma versão de “Avec”, enquanto a refinada Dolores Duran regravou, no francês original, o primeiro grande sucesso do cantor, “Sur ma vie”, de 1953.

Coube a Martinho da Vila convocar Aznavour – cujo repertório tinha como marca o tom nostálgico – para cair na roda de samba. Foi em 2004, quando Martinho gravou “La bohème”, outro sucesso do francês, que, por aqui, chamou-se “Boemia”.

A interpretação de Martinho, ao vivo, está no vídeo abaixo:

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