Blog do Cardosinho

Deu no DCM:

Após o último pronunciamento de Bolsonaro como presidente da República, apoiadores começaram a desmontar e abandonar o acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília. O clima é uma mistura de decepção e apatia. Os mais decepcionados choraram e houve quem ajoelhasse.

O futuro ex-presidente assumiu a derrota e disse ter feito o possível pela reeleição. Bolsonaristas entenderam que o presidente eleito Luiz Inácio lula da Silva (PT) será empossado no domingo (1º). Bolsonaro admitiu que tentou viabilizar um golpe de estado. Ele afirmou que buscou dentro das 4 linhas alternativas para que posse do Lula não acontecesse, mas não obteve apoio.

Imagens sobre o desmanche das cabanas estão sendo divulgadas nas redes sociais. O número de “patriotas” presentes no Setor Militar Urbano (SMU) em Brasília, se comparado com a quantidade vista há algumas semanas, é bem menor, segundo o jornalista Marcus Rodrigues, do site Metrópoles.

Segundo o UOL, as poucas pessoas que estavam amontoadas ao redor das caixas de som, assistindo a última live do presidente, “balançavam a cabeça” ou estavam proferindo xingamentos. Outros bolsonaristas saíram de perto e até mesmo desistiram de continuar ouvindo as declarações do presidente.

Assim que o atual mandatário terminou seu pronunciamento, não se ouvia mais nada, um completo silêncio. Somente uma mulher teve coragem de ir ao microfone e falar que a causa golpista “não está perdida” e que “era lógico que Bolsonaro não anunciaria um plano de intervenção”.

Um homem tentou puxar o coro de “eu não vou embora”, mas não houve adesão dos outros presentes que estavam desanimados. Alguns motociclistas passaram buzinando e o hino nacional tocou, com uma tentativa de reanimar o espírito dos “patriotas”. Mas, em menos de cinco minutos depois, a apatia tomou as energias do acampamento.