ELAS CHEGARAM PARA FICAR NA POLÍTICA

Aproveitando o gancho do confrade Deonel Rosa Júnior sobre o aumento da participação feminina nos legislativos municipais da região, reproduzo, por oportuno, o texto da jornalista Adriana Vasconcelos, para o portal Poder360.

As três moçoilas acima são as candidatas a prefeitas de capitais Cristiane Lopes (Porto Velho), Manuela d’Ávila (Porto Alegre) e Delegada Danielle (Aracaju). Vamos ao texto:

Neste domingo, teremos 46 mulheres disputando o 2º turno das eleições municipais deste ano: 19 concorrem ao cargo de prefeita, sendo 5 em capitais, e 27 disputam como candidatas a vice, das quais 12 também em capitais. As demais em municípios com mais de 200 mil habitantes.

Entre as candidatas de capital, apenas uma aparece na frente de acordo com as últimas pesquisas: Marília Arraes (PT) leva pequena vantagem na acirrada disputa que trava com o primo João Campos (PSB) em Recife (PE).

Correndo por fora, já que a eleição no Amapá foi adiada para o próximo dia 6 de dezembro por conta do apagão de 21 dias registrado no Estado, temos mais uma mulher: Patrícia Ferraz (Podemos), que disputará a Prefeitura de Macapá.

Entre os demais municípios com candidatas a prefeita disputando o 2º turno, elas são consideradas favoritas em 8 cidades.

Em Ponta Grossa (PR) é possível assegurar, antes mesmo da apuração de votos, que a cidade terá uma mulher como prefeita. Pois trata-se da única cidade no país com uma final 100% feminina.

Esses números não deixam dúvidas sobre a melhoria do desempenho feminino deste ano em grandes centros urbanos. Tanto nas disputas pelas prefeituras, como para as Câmaras Municipais.

Ainda que no âmbito geral o crescimento do número de mulheres eleitas prefeitas possa parecer tímido, totalizando 12,2% no 1º turno, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), elas avançaram. E desta vez não ficaram restritas apenas aos pequenos municípios, como de costume.

NOVOS ESPAÇOS

Em um país onde 8 presidentes da República foram substituídos por seus respectivos vices ao longo de sua história, como o Brasil, o aumento do número de candidatas mulheres a vice-prefeita, vice-governadora e vice-presidente da República não deve ser subestimado.

Mesmo que isso reflita mais um interesse pela cota de recursos do Fundo Eleitoral destinados obrigatoriamente às candidaturas femininas, do que uma opção espontânea por candidatas mulheres.

Aliás, a única mulher eleita prefeita de capital no 1º turno, Cinthia Ribeiro (PSDB) em Palmas (TO), chegou ao posto como vice de Carlos Amashta (PSB), após este renunciar ao cargo para disputar o governo do Estado.

CAMINHO ABERTO PARA OUTRAS

Pelo menos 3 candidatos a prefeito de capital que escolheram uma mulher como vice enfrentam mulheres neste 2º turno. O que garantirá mais um naco de poder para elas, independentemente do resultado final da disputa. É o caso de Rio Branco (AC), Recife (PE) e Aracaju (SE).

Em outras capitais, como Vitória (ES) e São Luís (MA), os 2 candidatos que disputam o 2º turno têm mulheres como vice. O que assegura de antemão o aumento do número de vice eleitas em capitais: de 3 para 5. Já que Ana Paula Matos (PDT), Adriane Lopes (Patriota) e Aila Cortez (PDT) já haviam assegurado a eleição como vice no 1º turno em Salvador (BA), Campo Grande (MS) e Natal (RN), respectivamente.

NEGRAS E TRANS

As mulheres já sofrem naturalmente preconceitos múltiplos no campo político, as negras e trans, então, sentem isso em um grau ainda mais elevado. Mesmo assim, elas também avançaram na ocupação de seus espaços.

Pela 1ª vez alguns municípios elegeram, este ano, mulheres negras para suas respectivas Câmaras Municipais.

É o caso, por exemplo, de: Carol Dartora em Curitiba (PR), Elenízia da Mata na Cidade de Goiás (GO),  Mazéh Silva em Cáceres (MT), Ana Lúcia Martins em Joinville (PR), Maiara Felícia em Nova Friburgo (RJ), Jô Oliveira em Campina Grande (PB), e Taise Braz em Catanduva (SP).

Foram eleitas ainda 2 mulheres quilombolas: Domingas Quilombola em Uruaçu (GO) e Jacielma Santos em Orocó (PE).

Também saíram vitoriosas das urnas  Duda Salabert, a 1ª vereadora trans de Belo Horizonte (MG) e a mais votada da história da capital mineira, assim como Erika Hilton em São Paulo (SP), Linda Brasil em Aracaju (SE) e Benny Briolly em Niterói (RJ).

8 comentários

  • Até 2022.

    PESQUISA IBOPE DIVULGADA NESTE SÁBADO:

    HILDON CHAVES (PSDB) = 60%.
    CRISTIANE LOPES (PP) = 40%.

    DELEGADA DANIELE (CIDADANIA) = 32%.
    EDVALDO NOGUEIRA (PDT) = 53%.

    MANUELA D’AVILA (PDdoB) = 51%.
    SEBASTIÃO MELO (MDB) = 49%.
    MÁS, COM CERTEZA ESSE JOGO VIRA, OS GAÚCHOS NÃO IRÃO DEIXAR UMA COMUNISTA GOVERNAR A VOSSA CIDADE.

    E PARA TRISTEZA DOS PTRALHAS, JÁ QUE NÃO TINHAM UM CANDIDATO, IMPORTARAM UM ESTRUME PARA CANDIDATO PARA A CAPITAL DO PAÍS:

    BRUNO COVAS (PSDB) = 57%.
    BOULOS (PSOL) INVASOR DE PRÉDIOS = 43%.
    REALMENTE OS PAULISTANOS SÃO PESSOAS DE BEM.

    PS: SÓ NESTA PEQUENA EXPLANAÇÃO, NÃO TEM NENHUM CANDIDATO PTRALHA, SÓ ISSO JÁ É ALEGRIA TOTAL PARA INICIARMOS MAIS UM MÊS DE TRABALHO, TCHAU, TCHAU PETRALHADA, ATÉ 2022…..

  • Nois Mesmo

    xi! não ficou ninguém kkkkkk

  • Na verdade, mulher tem que qprender a contar até 04, fogão só tem 04 bocas.

  • Abraham Lincoln

    Quando as mulheres dominarem a política e os homens forem minoria, viveremos num lugar melhor.
    PS.: Menos a Manuela d’Ávila.

    • Thiago

      Realmente, podemos pegar o exemplo da ex-prefeita Nice que foi um exemplo de gestão, em nosso município

      • Abraham Lincoln

        Muito superficial sua análise. O insucesso da ex-Prefeita não tem nenhuma conexão com seu sexo. Ela tinha boas ideias (como acabar com as portarias, por exemplo), mas escolheu meios equivocados. Na política é preciso ser … político. Fiz a afirmação no primeiro comentário porque vejo nas mulheres a sensibilidade, o feeling, que falta aos homens. Exemplo por exemplo, prefiro o da senhora Margaret Thatcher, primeira mulher a ocupar o cargo de Primeira-Ministra do Reino Unido. O ano era o 1979; machismo era algo tão intrínseco, que a expressão não era sequer conhecida por aqui. Ela fez um trabalho que repercute ainda hoje.

        • Thiago

          Sim, meu comentário foi apenas para causar o caos… hehehehehehe

          Existem sim, mulheres fortes e completamente capazes de governar, em muitos casos, melhores que os homens.

          Até onde sei a prefeita de Vitória Brasil fez um ótimo trabalho no município.

  • Lula e Bolsonaro perderam a eleição

    Das 25 capitais brasileiras com eleição, apenas uma será comandada por mulher. As mulheres eram candidatas à prefeitura em 20 cidades na disputa do segundo turno, mas foram eleitas em apenas sete. Nenhuma capital brasileira elegeu uma mulher.
    O PT não elegeu prefeito em capitais pela 1ª vez, desde a redemocratização. O PT, esquerda e mulheres saíram derrotados. Bolsonaro e seus aliados (Russomano, Crivella, e outros) perderam a eleição. O eleitor mudou. Não quer apoiar nem Lula e nem Bolsonaro. PT se deteriorou de tal forma, que vai se aniquilando aos poucos.
    Centro direita consolidou vitória. Ficou forte! Cinco partidos de centro-direita conquistam maioria das grandes cidades. PSDB, MDB, DEM, PSD e Podemos saem vitoriosos, apesar de redução no número de prefeituras dos tucanos e da população governada.

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