GILMAR: MENSAGENS DE MORO E DALLAGNOL JÁ PODEM SER PERICIADAS

Deu no Brasil 247:

O ministro Gilmar Mendes afirmou na noite desta terça-feira (6) que “já se pode fazer perícia” no STF das mensagens trocadas entre os protagonistas da Lava Jato, em especial Deltan Dallagnol e Sérgio Moro; Gilmar referiu-se aos membros da Lava Jato como “delinquentes” e disse crer que todas as mensagens divulgadas pela Vaza Jato são autênticas.

O ministro do Supremo conversou com o jornalista Josias de Souza. Já há, segundo Gilmar, na Corte duas cópias do material da Vaza Jato no STF. A primeira cópia foi solicitada à Justiça Federal pelo ministro Luiz Fux a pedido do PDT, que recorreu ao Supremo para afastar o risco de destruição das mensagens.

A segunda foi requerida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator de inquérito secreto aberto no Supremo em março, a para apurar ataques à Corte e aos seus membros. Segundo Gilmar, Ricardo Lewandowski deve requisitar outra cópia, para anexar em processo que está sob sua relatoria.

Gilmar acredita que todas as mensagens divulgadas até agora são autênticas, o que poderá ser atestado em definitivo pela perícia. Entre as mensagens já divulgadas há um áudio de Deltan. “‘Se tiver mensagem sonora, eles podem até se submeter a um teste de voz. É uma grande chance para desmentir, para dizer que não são eles’, ironizou o magistrado”, segundo Josias de Souza.

Gilmar afirmou que as investigações decorrentes da trama ilegal entre os membros da Lava Jato são ilegais: “De fato, é evidente que o juiz [Moro] estava combinando com o procurador [Deltan]. Eles estavam atuando como juiz e bandeirinha. Isso é evidente. Basta olhar”. Para ele, “do ponto de vista processual, o Moro era o chefe da Operação. Era isso” -o que é uma ilegalidade grave, pois como magistrado, Moro jamais poderia ter comandado a Lava Jato. 

Gilmar reiterou que, “em princípio”, a Segunda Turma do Supremo “pode discutir sobre o uso dessas mensagens de origem ilícita no julgamento do caso de Lula”, e confirmou que os ministros irão julgar em breve a suspeição de Moro no julgamento do caso do tríplex.

16 comentários

  • Gilmar Mendes e o corporativismo do STF

    Sabemos que a divulgação das mensagens tem por finalidade, soltar Lula. Em consequência, teria que soltar todos os julgados por Moro. Portanto tem muita gente interessada nisso. Gilmar é um deles! Já condena Moro.
    Certamente Gilmar Mendes e alguns ministros estão loucos para soltar Lula ou pelo menos dar prisão domiciliar com tornozeleira. Precisam de um fato. Enquanto isso, a nova moradia de Lula será São Paulo. Eles sempre foram contra a Lava Jato. O ministro sempre soltou os seus “amigos”. kkkkkk Alguns chegaram a dar um vinho a ele. kkk
    As gravações do PT mostram que Deltan queria investigar Gilmar. Agora ele quer dar o troco ao procurador. Os ministros do STF sempre foram corporativista. Vejam o mais recente caso : vazou a noticia de que a receita federal iria investigar as contas das esposas de Gilmar Mendes e de Toffolli. Resultado foi que o STF proibiu a receita de investigar e afastou 2 funcionários. Outro caso, o STF abriu processo contra os fakes news que falavam mal deles.
    Quem pode, manda! kkk

    • Rapizodia

      Tudo que você relata até pode fazer sentido, mas tudo pode ruir porque o juizeco e o procuradorzinho se juntaram para fundar a república de Curitiba e todos demos risada! Agora eles estão sabendo que devem satisfação de suas ações ao povo brasileiro, seus patrões, e esses não estão satisfeitos de saber que se devotavam a uma quadrilha! Reflita! Praticamente todos os julgamentos foram baseados em delações sem provas materiais, de gente que fariam qualquer coisa por alguns anos de cadeia a menos, venderiam a mãe ao diabo! Dá pra ter certeza que houve julgamento justo!? Não haveria um plano maior!? As mensagens estão aí e não tem como fecharmos os olhos e seguirmos como se nada tivesse acontecido! Eu não consigo!

  • Hemorróidas da jalinha

    A carcereira da pena de morte

    Por Mauro Lopes

    A juíza-carcereira, a milionária Carolina Lebbos, leniente quando a causa envolve o universo dos ricos (dinheiro), decidiu que Lula merece uma pena ainda mais injusta e cruel que a de Moro e a dos outros juízes-ricos, os do TRF-4. Mesmo contra uma lei da ditadura militar, que garante o direito a visitas, ela proibiu-as, até mesmo a de um médico. Com isso, imagina cortar o ar que Lula respira: a trama de relações com as pessoas. Pretende condená-lo à morte.

    O Poder Judiciário, que um dia foi denominado Justiça, tornou-se no Brasil uma reserva de mercado para jovens filhos de famílias ricas. O mesmo aconteceu com o Ministério Público. Seus concursos são disputadíssimos e só filhinhos de mamãe e de papai que não precisam trabalhar podem dedicar tempo aos estudos. O fato de as vagas serem preenchidas por concurso pode dar a impressão de ser um Poder republicano –do que se vangloriam muitos juízes e juízas e membros do MP. Mas é fachada.

    Juízes e membros do MP afirmam que tudo se resolve pela “competência”, pelo “mérito”; na verdade, tudo se resolve pela vida mansa garantia pelo dinheiro do papai e da mamãe. Quase todos entram nas carreiras no Judiciário e no MP já ricos e as cotas estabelecidas em 2015 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estão longe de surtir efeito. Com o assalto que realizaram ao dinheiro que os pobres depositam nos cofres do Estado, enriquecem ainda mais, com salários acima dos R$ 30 mil mensais, sem contar o “empurrãozinho” da farra do auxílio moradia e do auxílio refeição que são na verdade um extra, uma gorjeta chique para todo mundo, garantindo quase R$ 5 mil a mais todo mês. Há caso de juízes que embolsam com alegria mais de R$ 40 mil, R$ 50 mil num mês –há casos de juízes que receberam mais de R$ 100 mil e até R$ 500 mil.

    Uma vez ingressando nas carreiras, os jovens que pertencem às dinastias do Judiciário e do MP, que têm sobrenomes conhecidos nos corredores da ex-Justiça, têm garantido que vovô, vovó, papai, mamãe, titio, titia cuidem de arrumar-lhes rapidamente vaguinhas em tribunais superiores. E assim, la nave va.

    O Judiciário e o MP tornaram-se nos últimos anos um clube exclusivo, o mais exclusivo do país, para a elite nacional. Gente que não conhece o povo, tem ojeriza. Gente que transformou privilégios em “mérito”, que rebaixou direitos à categoria de “benefícios” ou mesmo “abusos”. Pessoas que fizeram do sistema penitenciário do Brasil uma máquina de encarcerar pobres, mantendo quase 800 mil deles trancafiados, ao mesmo tempo em que cuidam de manter protegidos aqueles que os protegem, a guarda pretoriana do sistema, os capitães do mato pós-modernos: as diversas polícias, em especial as Polícias Militares.

    A jovem juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, é hoje o exemplo mais acabado deste perfil do Judiciário e do puxadinho do MP. Ela é a carcereira de Lula –responsável pela execução penal, pela “gestão da pena” do ex-presidente. E agravou a pena de Lula condenando-o à prisão solitária, vetando qualquer visita que não a de alguns familiares e advogados.

    Pobre menina rica! Na verdade, milionária, aos 36 anos de idade. Como a imensa maioria dos muito ricos do país, é herdeira. Herdou do papai Elie, falecido em outubro de 2017, uma montanha de ações das Centrais Elétricas Matogrossenses (CEMAT) e do Banco Mercantil do Brasil. Na verdade, a montanha só cresceu, pois Elie já havia presenteado a filha em vida com um punhado delas.

    Como os ricos do país, Lebbos entende do universo das coisas –não das pessoas, das relações.

    Pessoas vivem de relações com pessoas. Os que se dedicam à política como instrumento de mudança de realidades injustas, alimentam-se desse processo relacional. Para Lula, relações são como oxigênio. É coisa de pobre, que os ricos odeiam. Vá a uma favela, vá às periferias para entender o que é relação, a estranha alegria que espanta os ricos. Quem já conviveu com os ricos sabe que eles são eternos insatisfeitos, sempre a querer mais, mais. Só há alegria quando se acumula mais e mais dinheiro e, eventualmente, exibe-se a fortuna em jantares, restaurantes, festas, carros, helicópteros e o símbolo máximo dos jatinhos. É incompreensível aos ricos a alegria espontânea do churrasco na laje, da festa feita da reunião do pouquinho de cada um.

    A eles, o universo das coisas é compreensível. O das pessoas é um mistério indecifrável.

    Não é à toa que a juíza Lebbos, algoz de Lula, seja leniente quando o assunto é dinheiro, bufunfa, grana.

    O jornalista Urariano Mota escavou e encontrou uma sentença de 2015 da juíza que é como uma aula pública: ela está descrita em uma reportagem do Valor Econômico (o link AQUI é para a reprodução da reportagem por um escritório de advocacia, pois o texto é fechado apenas para assinantes). Lebbos julgou o caso da exportadora de soja Viana Agro Mercantil, de Ponta Grossa (PR), que havia recebido duas multas pelo Banco Central por declarações falsas de exportação – celebração de contratos de câmbio sem envio de mercadorias. Valor das multas: US$ 2,1 milhões. A juíza, “rigorosa”, como propagandeia a imprensa comercial, anulou uma das multas e reduziu a outra, que se referia a 100% do valor do negócio, para apenas 5%. A decisão da juíza teve repercussão: abriu um importante precedente para exportadores que discutem no Judiciário a penalidade prevista no parágrafo 3º do artigo 23 da Lei nº 4.131, de 1962, que pode variar entre 5% e 100% do valor da operação.

    Lebbos vangloria-se de ser integral cumpridora dos textos legais, mas ignora o direito de Lula a visitas de seus amigos e amigas. Aferra-se em seus despachos às “regras da carceragem da Polícia Federal em Curitiba”, mas sabe, como qualquer estudante de direito, que tais regras não são superiores à lei. E a Lei da Execução Penal, de 1984, portanto, em plena ditadura militar, prevê na Seção II, quando estipula os Direitos dos Presos, no artigo 41, inciso 10 que aos mesmos – qualquer preso – é garantido o direito de visitas “do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias aos direitos dos presos, ou da integridade física, determinados”. A juíza consegue desrespeitar até um texto legal de ditadura militar para manter Lula isolado.

    Proibiu parlamentares de visitarem Lula; proibiu governadores; proibiu o Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel da Paz, proibiu frei Leonardo Boff. Na quarta-feira (25 de abril) proibiu que um médico visitasse Lula – um homem de 72 anos de idade; que teve câncer poucos anos atrás, diabético e com problemas cardíacos.

    A imprensa dos ricos e seus papagaios alega que a juíza é rigorosa “com todo mundo”. A Folha chegou a publicar uma reportagem sob o título “Juíza do caso Lula aplicou medidas rigorosas em outros processos” que é uma peça de humor macabro. Quais são os “casos” que a reportagem aponta como comprovação de que Lebbos é rigorosa com todos os presos da Lava Jato? São três: 1) o fato de ela ter advertido um condenado que precisava usar a tornozeleira eletrônica direitinho; 2) ter determinado que oficiais de justiça fossem à casa de outro condenado durante quatro sábados para verificar se ele estava cumprindo a prisão domiciliar direitinho; 3) proibiu um investigado da Lava Jato de viajar para a Disney! – esta última proibição, para a dinâmica emocional dos ricos brasileiros é certamente uma brutalidade sem tamanho. Haja rigor…

    A data de 25 de abril, quando a juíza carcereira proibiu o médico, trouxe à luz a história de outro carcereiro, de outro 25 de abril, relatada pelo advogado Aton Fon Filho, preso político durante a ditadura anterior:

    Em 1974, abril, eu estava preso na Ilha Grande. No dia 23, fui levado para o Presídio Hélio Gomes, no Rio de Janeiro e, no dia 24, para a PE da Barão de Mesquita. No dia 25, fui trazido para São Paulo e, já à noite, levado para o quartel da PE na Abílio Soares, onde fiquei isolado numa cela no corredor dos presos, que estava vazio. Ficou claro que o contato comigo era proibido e até para entrega das refeições vinha até a cela o sargento comandante da guarda acompanhado de outros praças.

    No final da manhã, houve uma discussão sobre a limpeza do corredor e das celas e um grupo de soldados entrou no corredor. Na passagem, um deles jogou uma laranja dentro de minha cela, sem que eu pudesse ver quem fora.

    Eles saíram e tornaram a entrar no corredor das celas carregando baldes, vassouras e esfregões. Na passagem — e, de novo, sem que eu visse quem o fazia — outra laranja foi jogada na cela e um pão em cima da cama.

    Terminada a lavagem, eles foram se retirando enquanto um deles, um cabo, fazia a vistoria do trabalho realizado.

    Ao passar em frente da cela em que eu estava, esse cabo, um jovem, se aproximou e me perguntou se o pão tinha caído no chão. Eu respondi que não, que tinha caído na cama e agradeci pelas laranjas e pelo pão.

    Aí esse rapaz, esse cabo, me perguntou se eu tinha visto o que tinha acontecido em Portugal. Eu disse que não e ele explicou:

    “Esse povo de vocês, de lá, ontem derrubou o governo, um ditador que tinha lá”.

    Foi só o que eu soube do 25 de abril, no dia 26 de abril, graças à solidariedade de um jovem cabo que escamoteou para minha cela e me deu de presente duas laranjas, um pão e a certeza de que as mais ferozes ditaduras podem ser derrubadas.

    O cabo da OBAN, carcereiro de um dos principais centros de torturas da ditadura militar, foi capaz de mais humanidade que a carcereira de Curitiba. Lula não terá laranjas nem pão, nem saberá de nada, nem verá ninguém, a depender da juíza.

    Os ricos querem ver o ex-presidente sangrar até a morte, como têm expressado à farta, publicamente. Como para ex-presidente, o metalúrgico pobre do ABC, assim como para os pobres do país, a vida é um novelo de relações, Carolina Lebbos, a juíza milionária, decidiu cortar o novelo. A pena de Lula, para a acionista do Banco Mercantil, é insuficiente. Ao proibir as visitas, ela decidiu que é chegada a hora de instalar a pena de morte para presos políticos no país –porque para os pobres, o Judiciário das elites já instalou faz tempo.

    https://www.sindsep-pe.com.br/artigos-detalhe/a-carcereira-da-pena-de-morte/4735#.XUs9E5pG34Y

  • Lula e Moro. Dois pesos e duas medidas!

    Quando o juiz autorizou a transferência de Lula para o presidio de Tremembé/SP, a pedido da Policia federal pois a muito tempo, sabe-se que as instalações da PF, em Curitiba, não tem condições de abrigar o ex presidente.
    Os políticos, liderados por Maia, presidente da Câmara, uniram-se aos ministros do STF, através do Toffolli (ex advogado petista) para vetarem a transferência de Lula. Fizeram tudo isso, em questão de horas. Em comum acordo!
    Porem alguns ministros do STF querem condenar Moro que se uniu com os procuradores da Lava Jato para prender Lula e mais de cem políticos e autoridades que assaltaram os cofres públicos. Ai! Não pode?.
    Mesmo com a prisão dos Farias e do “rei dos doleiros” que fizeram a lavagem de dinheiro de vários partidos e políticos, principalmente de Lula. Com certeza, o STF vai soltar Lula!

  • Gilmar Mendes e o dinheiro de Lula

    Depois de pré julgar Mora, o ministro correu para proteger o jornalista ativista americano Greenwald que comprou as gravações e vendeu ao PT. Gilmar Mendes proibiu alguém de abrir um processo contra o jornalista.
    Certamente o ministro planeja soltar Lula e prender o ministro Moro!
    Depois que Lula gastou rios de dinheiro (aliás, dinheiro de propina ou nosso dinheiro) com advogados para que ele não entrasse e saísse da cadeia. Lula está fazendo qualquer coisa para sair da cadeia.
    Gilmar Mendes quer aproveitar a situação. Advinha para que? Precisa comprar outra faculdade!

  • Mal secreto

    No Artigo 154-A, da Lei Carolina Dieckmann, sancionada pela “presidenta”, diz:
    § 1º Na mesma pena incorre quem produz, oferece, distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa de computador com o intuito de permitir a prática da conduta definida no caput.
    O representante do “mal secreto” no STF, ministro Gilmar Mendes, já deveria ter sofrido impedimento há muito tempo!
    A constituição garante o “sigilo da fonte”. Isso só impede as forças da lei de obrigar um jornalista a revelar as fontes de sua informação, mas não lhe concede imunidade por cometer quaisquer crimes, como infringir a lei Carolina Dieckmann, que impede e penaliza a divulgação de material ilegalmente intercePTado.
    É preciso aplicar um Benzetacil para debelar esse “mal secreto” que assola as instituições!

  • Os motivos de Lula não querer sair de Curitiba

    Se antes Lula não queria entrar na cela da Policia Federal de Curitiba. Agora Lula não quis sair. Onde está preso a um ano e 4 meses após a sua condenação. Veja o porque?
    Um esquema especial foi montado para acomodar o ex-presidente no 4º andar do prédio. O local foi isolado em um aposento de 15 m2 (3x5m) com banheiro e tem a sua disposição um armário, TV, rádio, um frigobar e esteira ergométrica, onde faz caminhadas matinais. Um isopor é usado para armazenar alimentos como presunto, queijo, sucos e frutas. Todos os dias Lula recebe visitas!
    Às segundas, terças, quartas e sextas-feiras, Lula recebe 2 vezes (a tarde e a noite) por dia em sua cela a visita de seus advogados. Nas quintas-feiras o ex-presidente recebe familiares por 6 horas. Por duas horas, recebe amigos.
    Lula vai para o banho de sol em uma área isolada pois Lula em nenhum momento Lula encontra com outros presos.
    Desde o dia da prisão está na cidade o cientista social Marco Aurélio Ribeiro, que cuida da agenda do ex-presidente há cinco anos. Ribeiro é responsável por organizar a correspondência de Lula com os familiares, amigos, militantes e líderes de movimentos sociais.
    Lula tem uma equipe de seguranças ????? que é formada por 8 militares do Gabinete de Segurança Institucional, sendo que 2 desses militares estão sempre em Curitiba para fornecer o que Lula precisar.

  • Enfermeiro cubano

    A decisão da transferência de Lula para o presídio de Tremembé em São Paulo foi uma articulação na surdina da extrema-direita jurídica desde junho. Tudo indica que foi uma operação articulada por Sérgio Moro, como um troco, uma vingança contra as revelações da Vaza Jato que estão destruindo sua operação e desarticulando sua quadrilha (os “delinquentes”, como os qualifica o ministro Gilmar Mendes do STF).
    O pedido para transferência é uma operação de três pontas, no estilo da Lava Jato: 1) a Polícia Federal, sob comando de Moro, pede; 2) uma juíza do grupo de Curitiba, Carolina Lebbos, recebe e toma a decisão; e 3) outro juiz da equipe, Paulo Eduardo de Almeida Sorci, de São Paulo, e, não por coincidência, nomeado por Moro em fevereiro para o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, executa alegremente.
    Como diz o ditado, “esperteza quando é demais come o esperto”; no caso em curso, pode-se derivar: “sordidez quando é demais afoga o sórdido”.”

  • Enfermeiro cubano

    Fiscal do MP aceitou pedido de Dallagnol para não informar palestras.
    Como a Folha e o Intercept revelaram em julho, Deltan chegou a cogitar a criação de uma empresa de palestras para lucrar com a fama alcançada na Lava Jato e projetou ganhos de R$ 400 mil com a atividade no ano passado.
    Os diálogos entre o procurador e Hindemburgo apontam que eles também acertaram extraoficialmente em agosto de 2017 que Deltan não iria apresentar formalmente à Corregedoria a lista de empresas para as quais deu palestra remunerada, para evitar a repercussão negativa da eventual indicação dos contratantes.
    Em outra conversa fora dos autos de um processo, Deltan perguntou a Hindemburgo se ele gostaria de ver, de forma antecipada, as informações que iria prestar ao próprio corregedor-geral em uma apuração, e abriu espaço para que a autoridade orientasse a resposta dele.

  • eu

    *****Dez minutos de entrevista de Gilmar, hoje às 10h, na Rádio Gaúcha. Gilmar chama Deltan e procuradores da Força Tarefa de criminosos várias vezes…
    GILMAR MENDES À RÁDIO GAÚCHA:
    — Um consórcio de juízes e promotores construiu uma verdadeira organização criminosa — orcrim.
    — O triste é que uma força-tarefa criada para combater o crime comece a praticar crime… estamos falando de coisas muito graves.
    — É uma organização para combater o crime, mas é uma linguagem de criminoso, eles podem integrar qualquer organização criminosa. “Estamos fazendo algo ilegal, mas ninguém vai saber”.
    — as corregedorias do TRF, esse aí do Rio Grande do Sul (TRF-4), CNJ (Conselho Nacional de Justiça), CJF (Conselho de Justiça Federal) e do MP (Ministério Público) têm que atuar, porque de fato se deixou um bando de irresponsáveis à solta cometendo crimes;
    –Eles tem que explicar à população o que estavam fazendo. Não fomos nós que roubamos galinhas ontem, foram eles

  • eu

    REPRESSÃO
    *****Moro manda Força Nacional para reprimir próximo ato em defesa da educação e previdência.
    O autoritarismo de Sérgio Moro não encontra limites. Em portaria publicada no diário oficial nesta quinta, o ministro da Justiça e Segurança Pública autoriza a utilização da Força Nacional de Segurança Pública para reprimir as próximas manifestações em defesa da educação e da previdência marcadas para dia 13 de agosto.
    O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em apoio ao Ministério da Educação, nas ações de preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, na defesa dos bens e dos próprios da União, em caráter episódico e planejado, nos dias 7, 12 e 13 de agosto de 2019. Apesar da autorização já prever ação desde a quarta-feira, 6, dia 7, a Portaria está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 8. A portaria diz ainda que, se necessário for e houver solicitação do MEC, a período de uso da Força Nacional poderá se prorrogado.
    O dia 13 de agosto está sendo convocado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pelas centrais sindicais como um dia de luta contra os cortes na educação, em defesa da autonomia universitária, contra o projeto Future-se do MEC e também contra a reforma da previdência.
    Moro e Bolsonaro se sentem mais a vontade para escalar com seu autoritarismo agora que a reforma da previdência foi aprovada na câmara. Temos de rechaçar estas medidas autoritárias e para isso a juventude que tem mostrado todo seu potencial como nas manifestações do 15M e 30M devem estar à frente em buscar a unidade na luta contra os ataques na educação e a reforma da previdência.
    Para que este dia 13 de agosto seja um forte dia de mobilizações e possa se transformar em um ponto de apoio para um plano de lutas consequente precisamos batalhar por milhares de assembleias que organizem trabalhadores e estudantes, continuar exigindo que as direções estudantis da UNE e das centrais sindicais majoritárias como CUT e CTB rompam com o imobilismo que permitiram que a reforma da previdência fosse aprovada.
    Dois Canalhas preparando o golpe contra os professores no dia 13 de agosto.

  • Marreta

    Para Bolsonaro, ‘sem caneta de juiz’ Moro virou um Zé Ninguém

    *****O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta-feira, 8, que o governo não dê prioridade à principal proposta do ministro da Justiça, Sérgio Moro, o pacote anticrime, para não atrapalhar medidas econômicas em discussão no Congresso. Em um recado ao auxiliar, que já foi tratado como “superministro”, o presidente afirmou que Moro precisa ter “paciência”, pois não tem mais a “caneta na mão” como na época em que era magistrado. A declaração surpreendeu até mesmo aliados e acentuou o desgaste do ex-juiz da Lava Jato, que tem sofrido derrotas sucessivas na Câmara.
    “O Moro está vindo de um meio onde ele decidia com uma caneta na mão. Agora, não temos como decidir de forma unilateral e temos que governar o Brasil”, disse Bolsonaro pela manhã ao deixar o Palácio da Alvorada. “O ministro Moro vem da Justiça, mas não tem poder, não julga mais ninguém. Entendo a angústia dele, de querer que o projeto vá para frente, mas nós temos que combater aí, diminuir o desemprego, fazer o Brasil andar.”
    A declaração ocorre num momento de fragilidade do ministro, que teve supostas mensagens trocadas com integrantes da Lava Jato divulgadas pelo site The Intercept Brasil. Segundo a publicação, as conversas sugerem conluio do então juiz do caso com procuradores. Moro nega irregularidades e tem afirmado não ser possível atestar a autenticidade do que foi divulgado.
    Bolsonaro já havia indicado descontentamento com o auxiliar em outros episódios. No mês passado, o presidente advertiu publicamente Moro ao afirmar que o ministro não poderia destruir provas da Operação Spoofing, que investiga a invasão de aparelhos de autoridades dos três Poderes.

  • eu

    *****OAB recomenda, por unanimidade, afastamento de Moro e Deltan.
    *****Entidade manifesta ‘preocupação’ e ‘perplexidade’ com o conteúdo das mensagens e com a possibilidade de as autoridades terem sido hackeadas.

    O Conselho Federal e o Colégio de Presidentes Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovaram nesta segunda-feira, 10, por unanimidade, a recomendação para o afastamento dos cargos públicos de todos os envolvidos no caso dos diálogos entre integrantes da Lava Jato divulgados pelo site The Intercept.

    A nota pública aprovada não cita nominalmente o ministro da Justiça, Sérgio Moro, nem o procurador da República Deltan Dallagnol, cujas conversas foram divulgadas. Na nota, a OAB manifesta “preocupação” e “perplexidade” tanto com o conteúdo dos diálogos quanto com a possibilidade de as autoridades terem sido “hackeadas”. Para a entidade, esses fatos trazem “grave risco à segurança institucional” e “ameaçam os alicerces do Estado Democrático de Direito”.
    A OAB decidiu ainda que “não se furtará em tomar todas as medidas cabíveis para o regular esclarecimento dos fatos, especialmente junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), Procuradoria-Geral da República (PGR), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ)” para garantir que os fatos sejam esclarecidos.
    “Não se pode desconsiderar a gravidade dos fatos, o que demanda investigação plena, imparcial e isenta, na medida em que estes envolvem membros do Ministério Público Federal, ex-membro do Poder Judiciário e a possível relação de promiscuidade na condução de ações penais no âmbito da Operação Lava Jato. Este quadro recomenda que os envolvidos peçam afastamento dos cargos públicos que ocupam, especialmente para que as investigações corram sem qualquer suspeita”, diz a nota.
    O procurador Deltan Dallagnol e o ministro Sérgio Moro em evento Foto: Hélvio Romero/Estadão
    Leia a nota na íntegra:
    O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Colégio de Presidentes de Seccionais, por deliberação unânime, manifestam perplexidade e preocupação com os fatos recentemente noticiados pela mídia, envolvendo procuradores da república e um ex-magistrado, tanto pelo fato de autoridades públicas supostamente terem sido “hackeadas”, com grave risco à segurança institucional, quanto pelo conteúdo das conversas veiculadas, que ameaçam caros alicerces do Estado Democrático de Direito.
    É preciso, antes de tudo, prudência. A íntegra dos documentos deve ser analisada para que, somente após o devido processo legal – com todo o plexo de direitos fundamentais que lhe é inerente –, seja formado juízo definitivo de valor.
    Não se pode desconsiderar, contudo, a gravidade dos fatos, o que demanda investigação plena, imparcial e isenta, na medida em que estes envolvem membros do Ministério Público Federal, ex-membro do Poder Judiciário e a possível relação de promiscuidade na condução de ações penais no âmbito da operação lava-jato. Este quadro recomenda que os envolvidos peçam afastamento dos cargos públicos que ocupam, especialmente para que as investigações corram sem qualquer suspeita.
    A independência e imparcialidade do Poder Judiciário sempre foram valores defendidos e perseguidos por esta instituição, que, de igual modo, zela pela liberdade de imprensa e sua prerrogativa Constitucional de sigilo da fonte, tudo como forma de garantir a solidez dos pilares democráticos da República.
    A Ordem dos Advogados do Brasil, que tem em seu histórico a defesa da Constituição, da ordem jurídica do Estado Democrático e do regular funcionamento das instituições, não se furtará em tomar todas as medidas cabíveis para o regular esclarecimento dos fatos, especialmente junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), Procuradoria-Geral da República (PGR), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ), reafirmando, por fim, sua confiança nas instituições públicas.

  • eu

    *****Moro pede que PGR investigue presidente da OAB por calúnia e difamação.
    Felipe Santa Cruz disse a jornal que ministro da Justiça ‘banca o chefe de quadrilha’ em investigação sobre hackers que invadiram celulares de autoridades

    O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, apresentou à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta quinta-feira, 8, uma representação na qual pede que o órgão investigue o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, por supostos crimes de calúnia e difamação.
    Na peça enviada à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o ministro faz referência a declarações de Santa Cruz publicadas pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, de que Moro age como “chefe de quadrilha” no caso da investigação sobre os hackers que invadiram celulares de autoridades
    Segundo a publicação, Santa Cruz afirmou que Moro “usa o cargo, aniquila a independência da Polícia Federal e ainda banca o chefe de quadrilha ao dizer que sabe das conversas de autoridades que não são investigadas”. A declaração faz referência à informação de que Moro ligou para autoridades para informá-las de que haviam sido alvos de hackeamento. O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio Noronha, chegou a divulgar nota relatando diálogo em que Moro teria dito que o conteúdo obtido pelos hackers seria descartado.
    Como ministro da Justiça e Segurança Pública, pasta à qual a PF está subordinada, Moro não poderia receber informações sobre investigações em andamento. Também não caberia a ele, mas ao juiz responsável pelas investigações, decidir pela destruição ou não de provas colhidas no inquérito. Em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) em ação que busca impedir o descarte das mensagens, Moro afirmou ao ministro Luiz Fux que jamais ordenou a destruição das mensagens.
    “Atribuir falsamente ao ministro da Justiça e Segurança Pública a condição de chefe de quadrilha configura em tese o crime de calúnia do art. 138 do Código Penal. Ainda afirma que o subscritor teria do acesso a mensagens (“conversas”) de autoridades vítimas de hackeamento, fato que não é verdadeiro, o que também pode configurar crime contra a honra, como difamação”, diz a peça assinada pelo ministro e enviada à PGR.
    Na representação, Sergio Moro afirma ainda que o comentário do presidente da OAB “repercutiu na esfera subjetiva deste subscritor [Moro], em seu sentimento e senso de dignidade e decoro, visto que também sugere uma conduta arbitrária no exercício das relevantes funções de ministro de Estado e Segurança Pública, de ingerência e interferência na Polícia Federal, acarretando também a tipificação nos crimes de injúria e difamação”.

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  • Marreta

    *****=====Toffoli revela que fez acordo para manter Lula preso e impedir queda de Bolsonaro.
    O presidente do STF, Dias Toffoli, confirmou que o Brasil esteve à beira de uma crise institucional entre abril e maio. Insatisfeitos com Jair Bolsonaro, parlamentares tiraram da gaveta um projeto para implantar o parlamentarismo. Empresários discutiram a possibilidade de um impeachment. Toffoti também debateu com Rodrigo Maia (DEM-RJ) e com Davi Alcolumbre (DEM-AP) a sessão da Corte que poderia libertar Lula
    O ministro-presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, confirmou que o Brasil esteve à beira de uma crise institucional entre os meses de abril e maio e disse que atuou para tentar acalmar a situação. Os setores político e empresarial estavam muito insatisfeitos com o presidente Jair Bolsonaro. Um grupo de parlamentares resolveu tirar da gaveta um projeto que previa a implantação do parlamentarismo. Empresários do setor industrial discutiam a possibilidade de um impeachment do presidente.
    Um dos generais próximos ao chefe do Planalto consultou um ministro do STF para saber se estaria correta a sua interpretação da Constituição segundo a qual o Exército, em caso de necessidade, poderia usar tropas para garantir “a lei e a ordem”. A informação é de Veja.
    Quando o clima esquentou, Bolsonaro, Toffoli, o deputado Rodrigo Maia (DME-RJ), presidente da Câmara, e o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado, além de autoridades militares, se reuniram separadamente mais de três dezenas de vezes e fizeram o chamado Pacot dos Três Poderes. Entre os itens da pauta estava io adiamento da sessão em que a corte julgaria a legalidade das prisões em segunda instância, o que poderia resultar na libertação do ex-presidente Lula.
    Bolsonaro é o presidente mais impopular em começo de mandato desde a remodecratização, de acordo com um levantamento Datafolha. “Para 33%, o presidente faz um trabalho ótimo ou bom. Para 31%, regular, e para outros 33%, ruim ou péssimo. Com variações mínimas, é o mesmo cenário que se desenhou três meses atrás, no mais recente levantamento do instituto”, aponta a reportagem da Folha de S.Paulo.
    “Aos seis meses na cadeira, Collor tinha uma aprovação igual à de Bolsonaro (34%), mas 20% de rejeição. Todos os outros presidentes em primeiro mandato desde então se deram melhor”, aponta ainda o texto.
    Além das dificuldades de articulação, a falta de proposta para a retomada do crescimento econômico é outro ponto fraco do governo. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o País tem cerca de 13 milhões de desempregados (taxa de 12%) e as estimativas oficiais de crescimento do PIB para 2019 estão abaixo de 1%.

  • Enfermeiro cubano

    FESTIM
    *****Moro, ‘acuado’, forja mais uma armação e relaciona PCC com o PT
    Em nota, Partido dos Trabalhadores diz que quem deve explicações à Justiça é o ministro, após condutas criminosas divulgadas pela Vaza Jato
    Com crimes denunciados na Vaza Jato, Moro tenta relacionar o PT a facção que cresceu durante governos tucanos em SP
    O PT chama de mentirosa e forjada a notícia publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta sexta-feira (9) e que relaciona o partido ao PCC . Em nota, o partido afirma que trata-se de “mais uma armação como tantas outras”. A matéria traz supostas interceptações, em operação da Polícia Federal (PF), de conversas entre líderes da grupo. Um deles afirma que mantinha “linha de diálogo cabulosa” com o partido.
    A nota lembra que a PF é subordinada ao ministro da Justiça, Sergio Moro, acuado pelas revelações de suas “condutas crimonosas”, após série de reportagens da Vaza Jato, feitas a partir de diálogos mantidos pelo então juiz e integrantes da Operação Lava Jato, que revelaram bastidores de abusos e ilegalidades cometidos.
    Quem dialogou e fez transações milionárias com criminosos confessos não foi o PT, foi o ex-juiz Sergio Moro, para montar uma farsa judicial contra o ex-presidente Lula com delações mentirosas e sem provas. É Moro que deve se explicar à Justiça e ao país pelas graves acusações que pesam contra ele”, diz o texto emitido pelo PT.
    Até as 13h de hoje, a reportagem ainda era um dos temas mais comentados nas redes sociais. O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) ridicularizou a publicação. “Muito mal feita mais esta armação do Ministro Moro contra o PT , tentando vincular ao PCC. Coisa de gente de mal caráter que certamente propôs ao bandido algum benefício para delação.” A mensagem foi reproduzida de acordo com o original, incluindo erros de digitação ou de ortografia. Usuários também lembraram da tentativa de relacionar o partido ao sequestro do empresário Abílio Diniz, em 1989.
    Berço paulista
    O PCC surgiu em meados da década de 1990, em São Paulo, como reação ao caos do sistema prisional, simbolizado pelo Massacre do Carandiru, quando 111 detentos foram mortos pela polícia após uma rebelião no presídio da capital paulista que deu nome ao massacre e já não existe mais. O grupo passou a se organizar nos presídios, cobrando taxas dos ingressantes para garantir regras de convivência e condições mínimas de segurança.
    O grupo cresceu em relevância a partir do período (que dura até hoje) em que São Paulo passou a ser governado pelo PSDB, passando a comandar o lucrativo merda ilegal de drogas, e outras ações criminosas, levando também o seu poder disciplinador às periferias paulistas.
    Em 2015, o Estadão divulgou um depoimento de um delegado que afirmou que o governo paulista – sob comando de Claúdio Lembo, vice de Geraldo Alckmin – teria feito um acordo com o PCC, para por fim à rebelião nos presídios em todo o estado em 2006, em processo judicial que investigava advogados supostamente ligados ao crime organizado.
    No ano passado, o senador Major Olímpio (PSL-SP), então deputado, deu entrevista ao Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária e demais Servidores Públicos do Sistema Penitenciário (Sindcop), em que acusava o ex-governador Geraldo Alckmin pelas “irresponsabilidades” em não fazer o devido combate às crescentes ameaças por parte do crime organizado e de ser “padrinho” do PCC. Em troca de não intervir nos negócios da facção administrados de dentro dos presídios, o PCC concordava em coibir ações violentas, como o crime de homicídio, em todo o estado.

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