JUSTIÇA JULGA IMPROCEDENTE AÇÃO DE MACETÃO QUE PRETENDIA PARALISAR OBRAS NO JARDIM DO BOSQUE E PARQUE DAS FLORES

A juíza da 2ª Vara Cível de Jales, Maria Paula Branquinho Pini, julgou improcedente a ação popular ajuizada pelo vereador Luiz Henrique Viotto, o Macetão, em que ele pretendia paralisar as obras de infraestrutura que estão sendo realizadas em quatro pontos da cidade – Jardim do Bosque, Parque das Flores e Distritos Industriais I e II.

As obras iniciadas no final do ano passado foram contratadas por R$ 9,3 milhões e estão sendo pagas com o dinheiro do empréstimo de R$ 11 milhões obtido pelo prefeito Flávio Prandi(DEM) junto à Caixa Econômica Federal. Elas preveem a implantação de galerias pluviais e a execução de pavimentação e recapeamento asfáltico nos quatro pontos.

Na ação protocolada em dezembro de 2019, Macetão levantou suspeitas sobre a licitação realizada pela Prefeitura, que, segundo o vereador, teria beneficiado as duas empresas ganhadoras  – a Noromix Concreto Ltda e a Carvalho Garcia Construções e Empreendimentos – ambas de Votuporanga. Por conta de tais suspeitas, Macetão pedia a suspensão dos contratos firmados com as duas empresas e a paralisação das obras, bem como o ressarcimento de eventuais danos causados ao erário público.

Na sentença publicada na terça-feira, 22/09, a juíza Maria Paula ressaltou a falta de comprovação sobre as irregularidades apontadas por Macetão, as quais foram baseadas em uma denúncia recebida por ele. O próprio Macetão não apresentou nenhuma prova acerca das supostas irregularidades ocorridas na licitação.

Ao contrário, ao testemunhar em juízo, o vereador disse que “a principal irregularidade seria com relação a erros na licitação, mas que não conseguia apontar, naquele momento, quais seriam esses erros”. Ao ser confrontado sobre um suposto direcionamento da licitação, uma das irregularidades apontadas em sua ação, Macetão afirmou que “não sabia dizer se a licitação foi direcionada ao favorecimento de algum licitante”.

Diante da falta de provas e do frágil testemunho de Macetão, a magistrada concluiu que “o que de fato se nota é que o autor foi sugestionado por uma denúncia que sequer soube indicar a lesividade decorrente do ato praticado pela administração e o suposto prejuízo sofrido pela municipalidade”. Segundo Maria Paula, o que ficou patente no depoimento de Macetão foi o seu completo desconhecimento acerca das ilegalidades aventadas por ele.

Para a juíza, Macetão foi temerário ao propor a ação, mas, apesar disso, ela descartou a condenação do vereador por litigância de má-fé, como queria uma das empresas denunciadas. De acordo com a sentença, Macetão não agiu de modo zeloso ao propor uma ação sem fundamentos sólidos, mas, de outro lado, não ficou comprovado que ele tenha agido de má-fé. Por conta desse entendimento, Macetão não foi condenado a pagar as custas, despesas e honorários advocatícios do processo, nem tampouco ao pagamento de multa.

3 comentários

  • A Mafia do Asfalto voltou! Só mudou o nome.

    Embora os donos da Noromix sejam uma quadrilha de criminosos já conhecidos. Certamente o vereador sabia que não ia ganhar esse processo por falta de provas. O seu advogado avisou! Eles não são burros.
    Acho que ele queria se beneficiar com um acordo com o prefeito que até então, era candidato a reeleição. Talvez uma candidatura de vice com o Flá, talvez?
    Lembramos que o grupo Scamatti é a dona da empreiteira Noromix, ganhadora da licitação. Em 2013, os irmãos e donos Dorival, Edson, Mauro e Pedro foram presos. Olívio, considerado o chefe de um grupo criminoso, denominado pelo Ministério Público como “Máfia do Asfalto”
    Os irmãos Scamatti eram donos da empresa Demop Parte de um esquema que fraudou licitações em 80 prefeituras, no valor de R$ 1 bilhão. Justiça de Votuporanga bloqueou R$1,8 milhão do Grupo. Diziam que os irmãos eram “testa de ferro” do deputado Carlão.
    Será que teve “esquema” como o vereador processou?

    • DIVISÓRIA.

      REALMENTE O SENHOR CONHECE A VIDA, A HISTÓRIA DA DEMOP, PARABÉNS….
      MÁS, ME PINTOU UMA DÚVIDA;
      O SENHOR DISSE NO SEU TEXTO, QUE A DEMOP FRAUDOU LICITAÇÕES EM 1 (HM) BILHÃO, E A JUSTIÇA BLOQUEOU SOMENTE R$ 1, 8 MILHÃO, OLHA A TAMANHA DISPARIDADE DO BLOQUEIO, PARA O VALOR FRAUDADO, SINCERAMENTE NÃO ENTENDI ONDE O SENHOR QUIZ CHEGAR, PODERIA SER UM EX-FUNCIONÁRIO ?, QUE PODE NÃO TER LEVADO NADA NA DIVISÓRIA.

  • A máfia do asfalto voltou (2)

    Divisória
    Esta é uma excelente pergunta que eu não sei responder.
    Eu desconfio que nesta obra que tem a máfia do asfalto. Cheira a propinoduto.
    Se o vereador não teve provas. Eu não tenho. Só desconfio!
    Não sou ex funcionário. Só pesquiso na internet

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