MPF IDENTIFICOU CINCO INDÍCIOS DE CRIME NA COMPRA DA COVAXIN

Vacina indiana foi a mais cara e também a que foi comprada mais rapidamente pelo governo Bolsonaro.

Foram apenas três meses e cinco dias entre o primeiro contato com a Precisa Medicamentos, ocorrido em 20 de novembro de 2020, e a assinatura do contrato, em 25 de fevereiro deste ano.

No caso da Pfizer, por exemplo, foram 11 meses entre o contato inicial e a assinatura. O primeiro diálogo da empresa norte-americana com o Ministério da Saúde foi feito em 22 de abril de 2020, mas a negociação só foi celebrada em 18 de março deste ano.

A notícia é do portal Metrópoles:

O Ministério Público Federal (MPF) identificou cinco indícios de crime na compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde. Segundo a procuradora da República Luciana Loureiro, que vinha conduzindo as investigações na esfera cível, “a omissão de atitudes corretivas” e o elevado preço pago pelo governo pelas doses da vacina tornam necessária a investigação criminal.

A procuradora ainda propôs a abertura de uma investigação criminal sobre o contrato do governo de Jair Bolsonaro com a empresa Precisa Medicamentos. Na avaliação da procuradora, não há justificativa para as inconsistências na negociação, “a não ser atender a interesses divorciados do interesse público”.

A vacina da Covaxin foi a mais cara já comprada pelo governo brasileiro, no valor de R$ 1,6 bilhão por 20 milhões de doses, ou R$ 80,70 por imunizante. Como comparação, uma dose do imunobiológico desenvolvido pela Universidade de Oxford e AstraZeneca custa menos de R$ 20.

Telegramas em poder da CPI da Covid mostram especialistas em saúde pública criticando o valor de US$ 4,10 que o governo indiano alegou ter pagado por uma dose. No Brasil, o preço foi de US$ 15.

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