NA MARCA DO PÊNALTI: IMPRENSA PUBLICA NOVAS DENÚNCIAS CONTRA ORLANDO SILVA

Três dos principais órgãos de imprensa do país publicaram, nesse sábado, novas denúncias de irregularidades contra o ministro do Esporte, Orlando Silva, aumentando a pressão para que ele renuncie um dia depois de receber apoio da presidente Dilma Rousseff.

A edição deste fim de semana da revista Veja, que no último final de semana publicou acusações do policial militar João Dias Ferreira de que Silva comandaria um esquema de desvio de recursos na pasta que teria o partido como beneficiário, afirmou ter tido acesso a uma gravação de uma reunião entre o policial e assessores de alto escalão da pasta em que eles ajudariam João Dias a burlar a fiscalização do próprio Ministério do Esporte.

O Estado de S. Paulo disse que viu documentos mostrando que a esposa de Silva recebera dinheiro público de uma ONG controlada por filiados ao PCdoB, partido do ministro. De acordo com o jornal, os documentos mostravam que a ONG contratou uma empresa da esposa de Silva e pagou 43.500 reais por trabalhos de pesquisa.

A Folha de S. Paulo publicou que um pastor evangélico fora pressionado por autoridades do Ministério do Esporte a pagar uma propina de 10 % ao PCdoB em um projeto público para oferecer esporte a crianças carente. O pastor, David Castro, disse que o projeto foi interrompido porque ele se negou a pagar a propina.

A notícia completa está no jornal Correio do Brasil e pode ser lida aqui.

4 comentários

  • Anônimo

    ESSE CARA PARECE ESTAR ENROLADO ATÉ OS DENTES. VEJA QUE ELE APOIA RICARDO TEXEIRA.

  • Mister M

    Eis uma materia interessante sobre os “escandalos” no Ministério dos Esportes.

    sábado, 22 de outubro de 2011
    Velha imprensa: de porta-voz da ditadura a porta-vez de bandidos

    Agora virou moda. A velha imprensa porta-voz da ditadura, virou porta-voz de todos os picaretas que foram autuados pelo ministério do Esporte para devolver dinheiro público desviado, e se fazem de “vítimas” do ministério, com qualquer denúncia inventada sem qualquer prova, sem materialidade, só na lábia.

    Na hora que se exige provas, as únicas provas que existem são exatamente o contrário: é o ministério que tem provas contra os picaretas, através de relatórios comprovando irregularidades, fraudes, e cobrando a devolução do dinheiro público.

    Neste sábado, o ministério do Esporte teve que emitir 3 notas oficiais desmentindo os 3 principais jornalões e a revista Veja, cada um com uma denúncia fraca, ou só na lábia, ou com sinais invertidos (interpretando provas de honestidade como se fosse desonestidade).

    1) Folha de São Paulo:

    Ministério exige retratação do jornal.

    O jornal pegou uma pauta, não apurou, e fez uma matéria de capa com acusações pesadas: afirma que um político do PP, apresentado apenas como pastor David Castro, acusa de receber pressões de alguém do ministério para pagar 10% ao PCdoB de um convênio de sua Igreja Batista Gera Vida.

    Tudo baseado apenas na lábia, com inconsistências graves que nenhum jornalista sério publicaria sem apurar:
    – David Castro, o suposto “denunciante” se recusa a apresentar o nome do suposto servidor que o teria pressionado, e nem mesmo informa o cargo que seria ocupado por esse suposto servido;
    – O pastor e político do PP é cobrado pelo Ministério do Esporte para devolver dinheiro desviados;
    – David Casto já responde ao Ministério Público Federal por irregularidades em convênio;
    – O jornal afirma na capa que quem assinou o convênio foi o ministro. Não apurou. O ministério desmentiu.

    – Se era para repassar ao PCdoB por que fazer convênio com político do PP?

    O link da nota oficial completa do ministério do Esporte: http://www.esporte.gov.br/ascom/noticiaDetalhe.jsp?idnoticia=7656

    2) O jornal O Globo trouxe matéria “Esporte contrata ONG ligada a servidor da pasta”, pegando gancho no Estadão (abaixo). Eis o link da nota oficial do ministério: http://www.esporte.gov.br/ascom/noticiaDetalhe.jsp?idnoticia=7657

    3) O jornal Estadão divulgou desde ontem uma notícia que atesta a honestidade da mulher de Orlando Silva, mas deturpa como se houvesse algo errado.

    O ministério do Esporte respondeu no link: http://www.esporte.gov.br/ascom/noticiaDetalhe.jsp?idnoticia=7658

    O ministério da justiça respondeu no link: http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJ7CBDB5BEITEMIDDFC7CDDBE2484810957F7286818B9E57PTBRNN.htm

    4) Revista Veja: Eis a íntegra da resposta do Ministério:

    22/10/2011 às 20h19 – Resposta à edição de Veja de 22 de outubro

    A Veja segue veiculando acusações caluniosas, sem provas, de uma única e desacreditada fonte: João Dias Ferreira, denunciado pelo Ministério do Esporte por desvio de dinheiro de convênios.

    A revista repete, esta semana, a mesma prática. Na edição passada, editou na capa que o ministro teria recebido dinheiro na garagem do ministério, fato nunca comprovado. Agora, utiliza uma suposta gravação e cita supostos trechos, partes de frases, palavras isoladas, com o intuito claro de induzir os leitores.

    Manipulação

    A manipulação começa já na abertura da reportagem. A revista faz uma montagem e cola sobre uma foto do ministro a frase entre aspas: “ A coisa fugiu do controle”, declaração que o ministro nunca fez.

    Providências

    O ministro Orlando Silva determinou a imediata apuração das denúncias.

    1 – O Ministério do Esporte vai requerer que essas supostas gravações sejam incorporadas ao inquérito aberto pela Polícia Federal;

    2 – O Ministério do Esporte adotará os procedimentos administrativos cabíveis para apurar eventuais responsabilidades de servidores.

    Insinuações e fantasias

    Na edição desta semana, a revista faz nova calúnia. Afirma que assessores teriam ajudado João Dias a enganar a fiscalização do próprio ministério. Essa insinuação é primária e leviana.

    O jornalista, de forma fantasiosa, se refere a “reunião ocorrida em abril de 2008” como tendo sido uma reunião “inexplicável, inacreditável e reveladora”. Essa reunião é assunto requentado e fartamente tratado ao longo da semana pelos jornais diários.

    De forma também fantasiosa, a revista diz que quatro dias depois da referida reunião o ministério “enviou à PM/DF um documento pedindo que ofício anterior fosse desconsiderado”. Assunto também amplamente discutido na semana que passou.

    A reportagem omite ofício (conhecido por Veja) encaminhado por João Dias, no dia 7 de abril de 2008, pedindo prorrogação de prazo para apresentar nova prestação de contas.

    Veja informa de maneira imprecisa (“sobre a abertura de uma auditoria nos convênios’, esse teria sido o assunto do referido terceiro ofício segundo Veja”) sobre ofício enviado pelo Ministério do Esporte à PM/DF em agosto de 2009 quando foi determinada a abertura de Tomada de Contas Especial para a devolução de aproximadamente R$ 4 milhões por João Dias aos cofres públicos.

    Quem está cobrando de João Dias é o ministério. Quem tem provas contra João Dias é o ministério.

    Todas Tomadas de Contas Especiais para reaver dinheiro desviado de convênios foram abertas por iniciativa do Ministério do Esporte, como determina a lei. É importante ressaltar que o processo de tomada de contas obedece ao seguinte fluxo: (1) o Ministério, ao tomar conhecimento de qualquer fato que possa resultar em prejuízo do erário, promove a apuração dos fatos, identifica os responsáveis e quantifica o dano causado; (2) providencia a inscrição da inadimplência; (3) promove o registro dos causadores do dano ao erário na conta “DIVERSOS RESPONSÁVEIS” do SIAFI; (4) encaminha o processo à Controladoria Geral da União (CGU) para análise e manifestação; (5) retornando o processo com manifestação favorável da CGU emite pronunciamento do Ministro do Esporte atestando haver tomado conhecimento dos fatos e determinando a remessa do processo ao TCU.

    Informações obtidas no site da CGU, relativas ao período de 2002 até junho de 2011, indicam que foram instauradas 12.001 tomadas de contas no âmbito da Administração Pública Federal, sendo que, desse quantitativo, 67 foram instauradas pelo Ministério do Esporte, representando R$ 50.443.649,57, o que corresponde a 0,56% do total de processos, e 0,73% do valor total de recursos cobrados. Portanto, a informação veiculada na matéria não corresponde aos números constantes no site da CGU.

    A Veja chegou velha às bancas

    Ao contrário do que diz a revista que “a presidente Dilma Roussef, desde o início do governo insatisfeita com o desempenho de Orlando…” na sexta-feira, 21 de outubro, em audiência com a Presidenta, o ministro Orlando Silva recebeu a recomendação de continuar trabalhando normalmente e ter paciência. Nesse ponto, também, a revista está desinformando os leitores. Veja chegou velha às bancas.

  • Mister M

    Eis outra materia interessante e esclarecedora sobre o assunto:

    domingo, 23 de outubro de 2011

    R$ 150 mil para evitar publicação de matéria na revista Veja – revela o Estadão

    Em primeira-mão no Blog Os Amigos do Presidente Lula em 23/10/2011 as 17:28hs

    Sem querer o jornal Estadão jogou a revista Veja no caldeirão de suspeitos de cobrar R$ 150 mil para silenciar sobre encândalos.

    Foi nesta matéria, onde o alvo era Agnelo Queiroz, mas se a Polícia Federal investiga as conexões políticas no caso, agora não pode deixar de fora as investigações sobre a revista Veja, para averiguar se a revista não estaria participando da partilha do dinheiro da máfia que fraudou convênios com o Ministério do Esporte.

    Eis o trecho do Estadão onde “entrega” a revista:

    Geraldo Nascimento contou à Polícia Civil que na reunião foi debatida uma forma de arrecadar R$ 150 mil para tentar evitar a publicação da matéria pela revista Veja, baseadas nas acusações feitas por Michael. A matéria foi publicada em abril de 2008. Discutiriam também o que fazer com o delator.

    Clique nas imagens para ampliar

    http://www.estadao.com.br/noticias/geral,motorista-reafirma-reuniao-entre-agnelo-e-ongs,788930,0.htm

    É preciso advertir que estas acusações, como as outras, são frágeis, muita coisa baseada apenas em depoimento sobre a tal reunião, na base do “ouviu falar”, do “fiquei sabendo”. O depoente sequer diz que participou, nem que testemunhou. Além disso ele está envolvido no desvio das verbas e participou da campanha da família Roriz em 2010. Então todo cuidado é pouco.

    Mas o fato é que a revista Veja publicou uma matéria na edição 2057 de 23 de abril de 2008, com o referido Michael atacando Agnelo.

    Agnelo é o alvo das acusações na revista nesta matéria, o que evidencia que ele não pagou propina à revista para não ser atacado.

    Isso poderia ser evidência a favor da revista, porém…

    … nenhuma linhazinha sobre o PM João Dias. O nome dele nem é citado. E, em outros jornais, Michael o acusa de o ter ameaçado e até quebrado o pulso.

    A revista saiu no sábado, dia 19 de abril de 2008.

    Dezenove dias antes, no dia 01 de abril, o PM João Dias fora preso na Operação Shaolin, como comprova esta matéria do Correio Braziliense:

    Por que a Veja fez silêncio sobre a Operação Shaolin e sobre o PM, e só atacou Agnelo?

    E não foi apenas nesta edição 2057. Não há registro nos arquivos digitais da revista (arquivo completo com todas as edições) sobre a Operação Shaolin, nem da prisão do PM. Seu nome só aparece nas páginas da revista agora, em outubro de 2011.

    O povo quer saber:

    1) A revista (ou alguém da revista) recebeu ou não propina de R$ 150 mil do PM João Dias, para não publicar denúncias contra ele?

    2) Qual o pacto da revista Veja com o PM João Dias, para esconder todos os escândalos que ele está envolvido desde 2008, e só citá-lo agora quando ele quis aparecer como “denunciante”?

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