NEW YORK TIMES DESTACA LIGAÇÕES ENTRE BOLSONARO E AS MILÍCIAS DO RIO

Enquanto o jornal mais importante dos EUA destaca o elo da família Bozo com as milícias, o segundo mais importante – o Whashington Post – está dizendo que, com Bolsonaro no poder, o Brasil caminha para uma autocracia, ou seja, para um regime autoritário.

Às vésperas da viagem do Bozo pai aos EUA, a imagem do governo brasileiro por lá não é das melhores. A charge é do Ribs. E a notícia é do Brasil 247:

A imagem do Brasil no mundo, e em especial nos Estados Unidos, vem sendo afetada negativamente pelo fato de Jair Bolsonaro ser presidente da República. Às vésperas da viagem do encontro entre Jair Bolsonaro e Donald Trump, o jornal New York Times, o mais influente dos Estados Unidos, destaca a ligação entre a família Bolsonaro e as milícias do Rio de Janeiro, em sua reportagem sobre a prisão dos supostos assassinos de Marielle Franco.

No texto, assinado pelos jornalistas Ernesto Londoõn e Lis Moriconi, o jornal cita o fato de o assassino ser vizinho de Bolsonaro diz ainda que a família está sendo questionada por sua ligação com os milicianos. “O Sr. Lessa foi detido em sua residência em um condomínio de luxo à beira-mar no bairro da Barra da Tijuca. O complexo fechado abrigava o presidente Jair Bolsonaro até que ele se mudou para a capital no início deste ano”, aponta a reportagem, destacando que os investigadores do caso não apontam conexão entre este fato e o assassinato.

A reportagem também aponta que “a família de Bolsonaro está sob escrutínio por seus laços profissionais e pessoais com suspeitos de atuar como milicianos.”

Por fim, o New York Times também entrevista também Mônica Benício, viúva de Marielle, que cobra a identificação dos mandantes. “De todas as perguntas, quem ordenou o assassinato é o mais importante”, disse Mônica Benício, parceira de longa data de Franco, em uma entrevista na segunda-feira. “Tem que ser respondido porque isso foi uma afronta à nossa democracia.”

15 comentários

  • Bolsonaro e a autocracia

    Com a economia destruída, e 13 milhões de desempregados devido a recessão econômica, os petistas estão preocupados com a imagem do Brasil, lá fora. “Estamos caminhando para a ditadura” diz o PT. kkkkkk
    O jornalista petista que trabalha no NY Times, acha que Bolsonaro mandou matar Marielle e está ligado aos milicianos. Não estava mas agora, presidente, está! kkkkkk Porque ele é vizinho do suspeito. kkkkk
    Atenção a você que mora perto de suspeito. Você pode ser suspeito também.
    Que noticia ridícula!

  • jumento que votou em bozonaro

    M I N T I R A DA P O S I Ç A O

  • baiana

    Bolsonaro e a Autocracia VOCÊ É UM JUMENTO QUE ESQUECEU A INTELIGÊNCIA NO CURRAL DE SUA CASA KKKKKKKKKKKKKKKKKKK AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH.

    • Bolsonaro e a autocracia (2)

      Baiana
      Obrigado por você ler o meu texto.
      Ainda bem que você não discutiu comigo, pois você não tem nível intelectual para isso
      É melhor você parar nos xingamentos e nas risadas.
      ai você vai bem
      kkkkkk

  • sukodilaranja

    nãotemnadaaver. Uns tem medo de comentar, outrostem medo deinvestigar. Cuidado com a milícia

  • Baiana

    Bolsonaro e a autocritica ( 2 –24 ) isso não é texto são algumas linhas cheias de merdas que sai ou saiu do seu cérebro e como não tinha nada a fazer eu li esta coisa..
    Vou discutir o que com uma pessoa que sofre de um distúrbio psíquico, uma psicopatia que afeta a sua forma de interação social, muitas vezes se comportando de forma irregular e anti-social. Em sentido mais amplo, tens tu uma psicopatia causada por uma anomalia orgânica no cérebro. ( excesso de merda ).
    Sobre intelectualidade nada a dizer, pois por si só seus textos já o dizem que tu és.
    Quanto ao xingar e dar risada vou continuar, pois adoro fazer isso com Palhaços ignorantes como tu. KKKKKKKKKKKKKKKK ahahahahahahahahahahahahah. BOIOLA.

  • Enfermeiro cubano

    Bossonaro instituiu o gesto de arminha no país, seu gado obedeceu…as tragédias se sucedem, desta vez em Suzano (SP)!..

  • Enfermeiro cubano

    VOCÊS NOTARAM QUE DESDE A POSSE DO COISO
    TODO MÊS
    TEM UMA TRAGÉDIA
    NO BRASIL.

  • Enfermeiro cubano

    “CONTRADIÇÃO BRASIL; UM EX PRESIDENTE NÃO PODE TER UM SITIO….MAS UM PM REFORMADO PODE TER E MORAR EM UM CONDOMÍNIO DE LUXO ”
    “ESTE PODE POIS É CÃO DE GUARDA DE BOLSONARO O MILICIANO”.

  • Enfermeiro cubano

    MORO AFASTA PROMOTOR QUE INVESTIGAVA FLÁVIO BOLSONARO O 2º NA HIERARQUIA DA MILICIA CARIOCA E AGORA AFASTA DELEGADO QUE INVESTIGOU ASSASSINOS DE MARIELE. DEU PARA ENTENDER?

  • Enfermeiro cubano

    PERGUNTAR NÃO OFENDE:, MAS QUEM MANDOU O VIZINHO DE BOLSONARO O MILICIANO MATAR MARIELLE?

  • Enfermeiro cubano

    CONSIGO SENTIR MAIS DESPREZO PELO GADO QUE ELEGEU BOLSONARO O MILICIANO DO QUE PROPRIAMENTE POR ESSE DÉBIL MENTAL.

  • mané

    Texto de João Lopes

    “O OLHAR DE SERGIO MORO
    Sergio Moro não erguia a cabeça e não abria os olhos diante das câmeras de TV, enquanto falava para os repórteres sobre a prisão do homem acusado de ter assassinado Marielle.
    Por que Moro não conseguia olhar para quem o questionava sobre a prisão do miliciano no condomínio dos Bolsonaros na Barra da Tijuca?
    O ex-juiz está diante de um dilema que pode consumi-lo. É insustentável para um caçador de criminosos a convivência com amigos a parceiros de milicianos.
    Homens públicos convivem com todo tipo de corrupto. Mas pela primeira vez passam a circular ao lado de cúmplices de milicias que abrigam assassinos de aluguel.
    Por mais que Moro diga que não há nada provado contra o presidente, são muitas as conexões da família com milicianos. As homenagens de Flavio Bolsonaro, o dinheiro da caixinha gerida pelo Queiroz, as assessoras parentes de milícianos, o matador que por coincidência é vizinho do presidente.
    Moro sabe que foi parar no lugar errado na hora errada, se é mesmo alguém disposto a perseguir o crime organizado. Nada é mais organizado hoje, nem mesmo o tráfico, do que a estrutura e o funcionamento das milícias no Rio.
    Moro tem várias opções. A primeira é continuar, para não desistir da vaga ao Supremo, que é seu grande o sonho.
    A segunda é abandonar Bolsonaro e aliar-se aos militares, no autogolpe previsto já nas eleições por Hamilton Mourão.
    E a terceira é ir embora, abrir uma banca para bacanas e ficar rico em poucos anos lidando com os casos de gente do crime empresarial organizado (ou alguém imagina que Moro irá defender os pobres?).
    Sergio Moro caiu numa armadilha, porque desejava estar ao lado dos tucanos. O golpe o empurrou para os braços do bolsonarismo. Convivendo com quem convive, Moro pode, a qualquer momento, ser testemunha de algo grave.
    Nas entrevistas, o ex-juiz não olhava para baixo, porque nem abria os olhos. Moro olhava para o fosso que pode tragá-lo junto com os Bolsonaros.”
    Do Moises Mendes

  • Enfermeiro cubano

    UMA REPORTAGEM DA REVISTA ÉPOCA-LONGA MAS MUITO INTERESSANTE QUE PODERÁ EXPLICAR MUITOS FATOS ATUAIS. QUEM SABE ATÉ O LIGAMENTO DOS BOLSONAROS COM A MILICIA CARIOCA.

    https://ogimg.infoglobo.com.br/in/22966973-e22-1f0/FT1086A/384/bolso.jpg

    Assalto sofrido por Bolsonaro em 1995 culminou com a morte misteriosa de um bandido e de sua família
    O fato aproximou o deputado do general linha-dura Nilton de Albuquerque Cerqueira, que comandou o DOI-Codi – órgão de repressão política da ditadura – no início da década de 1970
    POR BRUNO ABBUD

    Preso em um condomínio em Salvador, Jorge Luís do Santos, acusado de ser o chefe do tráfico em Acari, foi encontrado enforcado em sua cela numa divisão da Polícia Civil na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro JOÃO CERQUEIRA / JB
    Na terça-feira 4 de julho de 1995, o deputado federal Jair Bolsonaro deixou o apartamento em que morava na Tijuca, bairro do Rio de Janeiro, por volta das 8 horas da manhã. Pretendia panfletar na Zona Norte na busca da reeleição. No caminho, ao parar em um semáforo na altura de Vila Isabel, foi abordado por dois bandidos armados. Levaram a moto, uma Honda Sahara de 350 cilindradas seminova, e a pistola Glock calibre 380 que tinha debaixo da jaqueta. No dia seguinte, Bolsonaro apareceu na imprensa dizendo ter se sentido indefeso no momento do assalto.
    Vinte e três anos depois, o presidenciável Bolsonaro foi instado por um jornalista a explicar, durante o programa Roda viva, há duas semanas, se não via certa contradição entre a ocorrência dos anos 1990 e a intenção de facilitar acesso ao porte de armas caso eleito. “Eu fui assaltado, sim, eu estava em uma motocicleta, fui rendido, dois caras, um desceu e me pegou por trás, o outro pela frente”, iniciou o entrevistado. “Dois dias depois, juntamente com o 9º Batalhão da Polícia Militar, nós recuperamos a arma e a motocicleta e por coincidência — não é? — o dono da favela lá de Acari, onde foi pega… foi pego lá, lá estava lá, ele apareceu morto, um tempo depois, rápido.”
    Ele continuou: “Não matei ninguém, não fui atrás de ninguém, mas aconteceu”.
    A coincidência mencionada pelo deputado na ocasião foi a morte de Jorge Luís dos Santos, poderoso traficante da favela de Acari. Ele havia sido preso oito meses depois do roubo da motocicleta. Vivia até então confortavelmente em um condomínio de casas em Salvador. Transferido para o Rio, foi encontrado morto em sua cela antes do amanhecer, enforcado com a própria camisa, ajustada em um nó de marinheiro.
    Bolsonaro ensinou os filhos a seguir seu exemplo. Em junho de 2016, o vereador Carlos Bolsonaro foi assaltado na Avenida Maracanã, Zona Norte do Rio, enquanto esperava o semáforo abrir. Como o pai, também estava em uma moto. E, como o pai, não reagiu — entregou o dinheiro que tinha no bolso traseiro da calça. Dois meses antes, o primogênito Flávio, deputado estadual que disputará uma vaga no Senado em outubro, trocou tiros com bandidos e disse ter acertado um deles ao presenciar um assalto na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca. No fim de 2017, Carlos, de novo, apareceu no YouTube narrando como sacou sua arma para prender um menor sem antecedentes criminais que, segundo ele, tentava roubar uma idosa.
    O presidenciável, que vez por outra ainda sai de casa com uma arma na cintura, tem amigos que mataram mais de uma vez. Um deles, dono de construtora, que também mora na Barra da Tijuca, reagiu em dois dos quatro assaltos de que foi vítima. No primeiro, matou um homem com um tiro na nuca, mas foi baleado três vezes — o que, entre outras consequências, o obrigou a arrancar uma veia inteira do braço esquerdo para adaptá-la ao coração. A cirurgia deixou uma cicatriz que se estende do pulso ao cotovelo, em linha reta. Na segunda vez, percebeu o perigo no retrovisor e se adiantou. Derrubou a dupla que vinha numa motocicleta com a lateral do carro, abriu a janela e descarregou o revólver calibre 38 de oito tiros. Em seguida, acelerou e sumiu, sem telefonar para a Polícia.
    O assalto a Bolsonaro no inverno de 1995 foi registrado na 20ª DP, em Vila Isabel. No mesmo dia, a Secretaria de Segurança Pública designou 50 policiais de diversas delegacias e departamentos especializados para buscarem a motocicleta roubada. O secretário era velho conhecido do deputado.
    Um mês e meio antes do crime, a pasta havia sido assumida pelo general alagoano Nilton de Albuquerque Cerqueira, que comandou o Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), órgão de repressão política da ditadura, em 1971, em Salvador. Naquele ano, o guerrilheiro Carlos Lamarca foi encurralado e morto durante a Operação Pajussara, no interior da Bahia.
    A escolha de Cerqueira para o comando da Segurança estadual — feita pelo então governador, Marcello Alencar — causou polêmica. Entidades de defesa dos direitos humanos repudiaram a nomeação. Durante a gestão, o militar criou gratificações a policiais por bravura, e a Secretaria registrou o maior crescimento no número de homicídios durante a década de 1990, segundo o Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Faculdade Getulio Vargas (FGV).
    Aluno da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) 25 anos antes de Bolsonaro, Cerqueira conviveu com o candidato à Presidência no início de 1995, quando ambos conduziam seus mandatos de parlamentar em Brasília. O general foi eleito deputado pelo Partido Progressista (PP), que se uniria em agosto daquele ano ao Partido Progressista Reformador (PPR), do qual Bolsonaro foi um dos fundadores. A junção resultou na criação do Partido Progressista Brasileiro (PPB).
    Após ter perdido a arma e a moto num assalto, Bolsonaro se empenhou pessoalmente para que a Polícia Militar encontrasse os assaltantes REPRODUÇÃO
    Em maio de 1990, então vereador no Rio, Bolsonaro também defendeu a eleição do general para a presidência do Clube Militar, sob o argumento de que era preciso transformar a agremiação em um difusor da voz política da caserna. Na ocasião, Cerqueira disputou a diretoria do clube com Diogo Figueiredo, irmão do general-presidente João Figueiredo. Venceu.
    Em 2013, a Comissão Nacional da Verdade interrogou Cerqueira. A ideia era que o general comentasse as mortes de guerrilheiros na região do Araguaia. Ele não contou muito mais do que “prender guerrilheiros não era uma opção”. Em 2014, acabou responsabilizado pelo Ministério Público Federal (MPF) por ter participado do planejamento do atentado à bomba no Riocentro, em 1981. O caso está em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, o general vive em um apartamento em Copacabana e, segundo seu advogado, Rodrigo Roca, aos 88 anos “já não fala mais coisa com coisa”. “Ele está com alguma doença, não consegue mais concatenar ideias”, disse Roca.
    Em 1995, no dia do assalto, os policiais enviados por Cerqueira seguiram até a favela do Jacarezinho, onde Bolsonaro supôs que a motocicleta e a arma estivessem. Eram coordenados pela delegada plantonista Martha Rocha, hoje deputada estadual pelo PDT. Contatada por ÉPOCA, Martha Rocha disse não se lembrar do que aconteceu naquele dia. Segundo o noticiário do período, a incursão foi malsucedida. Os policiais voltaram à delegacia de mãos vazias. Três dias depois, contudo, integrantes do 9º Batalhão da Polícia Militar encontraram a moto de Bolsonaro, sem placa nem retrovisores, na Praça Roberto Carlos, na favela de Acari.
    Na mesma semana do roubo da motocicleta, o secretário de Segurança mandou organizar uma megaoperação contra o narcotráfico em favelas da Zona Norte. Enviou policiais civis e militares — incluindo pessoal do setor administrativo da PM — para a missão. Um chefe do tráfico foi preso na favela Para-Pedro. Quinze quilos de maconha e 10 mil papelotes de cocaína foram apreendidos em Acari. Fuzis e metralhadoras, confiscados no Morro do Turano e no dos Macacos. Um helicóptero da Polícia Civil sobrevoou o Jacarezinho. Apesar do esforço, demorou oito meses para a polícia encontrar na Bahia o líder do tráfico em Acari, Jorge Luís dos Santos, mencionado por Bolsonaro durante a gravação do Roda viva.
    Santos foi preso em 4 de março de 1996, por volta das 23 horas. Transferido de avião para a cela 3 da Divisão de Recursos Especiais da Polícia Civil, na Barra da Tijuca, foi encontrado pela manhã com o pescoço enlaçado por uma camisa presa à grade de ferro da saída de ventilação e com os pés suspensos a 12 centímetros do chão. Na cela, às 5h30 da manhã, os policiais encontraram uma linha de náilon com o nó lais de guia, o mesmo usado na forca, como se o traficante tivesse simulado a maneira de suicidar-se. Na ocasião, a polícia ventilou que Santos servira como fuzileiro naval na Marinha e que por isso conhecia o nó. Tratava-se mesmo de um suicídio, disseram os peritos.
    O jornais registraram o caso à época REPRODUÇÃO
    Santos era parceiro de Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, um dos mais perigosos traficantes cariocas, fundador da facção Amigos dos Amigos (ADA), além de herdeiro de Darcy da Silva Filho, o Cy de Acari. No complexo de favelas, Santos era querido por moradores e conhecido pelo assistencialismo. Não faltava gás nem dinheiro para os que viviam ali e para visitantes que vinham de comunidades da Baixada Fluminense. Também ganhou fama por ter tido quase 30 filhos com mais de 20 mulheres. Aos 32 anos, antes de morrer, vivia com Márcia Frigues Vieira, de 18 anos, que morava com o traficante desde os 12. O casal tinha um filho, Jean Patrick. No dia seguinte à morte do marido, ela denunciou a jornalistas que policiais costumavam extorquir a família. Na última vez que fora pego, contou, Santos teve de pagar R$ 500 mil por sua liberdade.
    No velório do traficante, faixas de luto foram penduradas. O comércio baixou as portas. Cerca de 3.500 pessoas acompanharam o sepultamento em um cemitério da Zona Oeste. Havia 2.500 balões de gás hélio, dez pombas brancas e 16 ônibus fretados para levar moradores ao enterro. Um deles bradou: “Um homem com filhos e dinheiro não ia se matar numa delegacia. Todo mundo aqui tem certeza de que foram os policiais que o mataram”.
    Depois da morte misteriosa, o governador Marcello Alencar divulgou uma nota na qual chamou o enforcamento de “suposto suicídio”. Na mesma mensagem, determinou uma apuração rigorosa da morte, a ser conduzida pelo secretário Nilton Cerqueira, e lamentou a morte do traficante, cujo depoimento seria de “grande valor”.
    No inquérito aberto para investigar a morte, conduzido pela 16ª DP, na Barra da Tijuca, além dos policiais que estavam de plantão, a mulher de Santos, Márcia, e a mãe dela, Terezinha Maria Frigues de Lacerda, foram ouvidas. No dia do enterro de Santos, Márcia disse que o marido nunca fora um militar, conforme espalhou-se à época. “Fica uma dúvida. Jorge Luís jamais foi fuzileiro ou serviu o Exército. Como fez aquele nó da forca?”, disse ela. Um mês depois, ela e a mãe apareceram mortas a tiros às margens da Rodovia Presidente Dutra.

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