NO SEGUNDO DIA DO DESFILE, CARNAVAL CARIOCA TEM RATOS COM MALAS DE DINHEIRO NA SAPUCAÍ

A notícia é do Congresso em Foco:

O que teve início no domingo (11) com a Estação Primeira de Mangueira e a estreante Paraíso do Tuiuti – que alvejou o governo Temer em seu primeiro desfile na Marquês de Sapucaí – se repetiu de forma ainda mais chocante na avenida do samba carioca (veja o desfile completo abaixo). Com um enredo que caprichou na crítica ao poder e à corrupção no Brasil, a Beijar-Flor de Nilópolis levou ao grande público um Congresso com ratos.

E, para traduzir a revolta popular com os poderosos, retratou a cena em que o ex-governador Sérgio Cabral, preso em desdobramento da Operação Lava Jato celebra a gastança com dinheiro público em uma patética performance com guardanapos na cabeça, acompanhado pela esposa Adriana Ancelmo, também condenada, e alguns de seus aliados na corrupção em um restaurante de luxo em Paris.

Na escolha da simbologia, a Beija-Flor caprichou na ilustração do famoso jantar, em um restaurante luxuoso na capital francesa, em que Cabral, auxiliares e empresários que tinham negócios com o estado confraternizam com guardanapos na cabeça. O episódio ficou conhecido como a “farra dos guardanapos”. E, na triste crônica política do Rio e do Brasil, demonstra a que ponto podem chegar agentes públicos e privados no deboche à sociedade desamparada.

Com o enredo “Monstro é aquele que não sabe amar – Os filhos abandonados da pátria que os pariu”, a agremiação liderada pelo intérprete Neguinho da Beija-Flor decidiu arriscar e, se não primou pelo rigor técnico, segundo especialistas, privilegiou o impacto. Para tanto, mostrou os efeitos da corrupção para a principal vítima, as classes menos assistidas, de uma forma aguda: crianças em caixões, policiais mortos e até uma encenação de um aluno disparando tiros com arma de fogo em colegas.

No lugar das fantasias luxosas e alegorias suntuosas, farrapos e trapos a conotar a miséria do povo enganado. Nas alas, diversas referências a políticos corruptos com suas malas de dinheiro e cédulas mal escondidas em ternos.

2 comentários

  • Rio e seus direitos

    O Brasil inteiro assiste, pela tv, que no Rio faltam escolas, hospitais, transporte publico, etc e tem (de sobra) políticos corruptos, traficantes, balas perdidas, morte de policiais, favelas, salarios atrasados dos funcionários públicos, arrastões na praia, etc. O Rio reclama! Tem o direito de reclamar?
    Porem o Rio faz festas, com dinheiro publico, como a copa do mundo, as olimpíadas e o carnaval demonstrando que é um povo feliz. É o direito de fazer festas?
    Reclama de seus governantes, alguns eleitos pelo povo, como é o caso do seu evangélico prefeito que cortou o dinheiro da verba do carnaval pela metade pois disse que não gosta de carnaval e viajou para a Europa. Tem que ter o dinheiro do carnaval?
    O carioca sempre votou no PMDB de Temer que teve Cabral, Pezão, Garotinho, Pisciani, etc enfim os políticos corruptos que levaram o Rio a falência, com o apoio do governo federal, roubaram o Rio.
    O Rio teve que pedir dinheiro a Temer para pagar os salários atrasados mas para carnaval não precisou pedir.
    Veio, correndo!!!! O carioca tem o direito?

  • Nas alas, diversas referências a políticos corruptos com suas malas de dinheiro e cédulas mal escondidas em ternos.   A dor da mulher que chora na encenação de uma tragédia quase diária no Rio, a morte de policiais   << Congresso com ratos, farra do guardanapo e crítica a Crivella marcam segundo dia de desfile na Sapucaí Estreia e glória Mas não foi a Beija-Flor, terceira escola mais vitoriosa do Rio (atrás de Mangueira e Portela, a primeira colocada), o centro das atenções na passarela do samba.

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