NOBLAT: “REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE EM PERNAMBUCO É DO BALACOBACO”

Em plena pandemia, temos no Ministério da Saúde um general que não entende nada de saúde. E o general nomeou para representá-lo em Pernambuco uma amiga – uma socialite – que também não sabe nada de saúde.

O blogueiro Ricardo Noblat, que é pernambucano, utilizou – em tom de brincadeira – o palavreado do falecido Ibrahim Sued para descrever a socialite escalada para o Ministério da Saúde em Recife. Deu no portal da Veja:

Ela chama o hotel Copacabana Palace de sua casa no Rio de Janeiro, e ali já posou para fotos muito à vontade. Refere-se à Itália como o país dos seus sonhos que visita com frequência.

Ama de paixão maquiar-se, ir a festas da alta sociedade do Recife e vestir-se com roupas de grifes, de preferência as mais caras. Seus críticos dizem que em certas ocasiões ela ostenta em demasia.

Uma amiga da praia de Boa Viagem, que a admira e inveja, cita em sua defesa um colunista social que já morreu: “Os cães ladram e a caravana passa”. E pergunta: “Como era mesmo o nome dele?”

O nome é Ibrahim Sued, o pai do moderno colunismo social brasileiro, que em sua coluna, publicada durante 41 anos no GLOBO, criou e absorveu termos que entraram para o vocabulário popular.

Paula Amorim, de idade incerta, não é uma pantera, nem mesmo uma locomotiva, mas costuma estar onde possa ser vista e reconhecida como uma mulher atraente e simpática.

Não é uma mulher evento. Recife já teve os “Irmãos Eventos”, eram dois, que não perdiam uma festa, um coquetel, uma exposição, enfim uma boca livre, fossem convidados ou não.

Curadora da própria imagem, Paula vai de leve. O que não a impede de, em certas ocasiões, roubar a cena. Tornou-se inesquecível sua aparição no velório do governador Eduardo Campos.

Em sociedade, tudo se sabe. Tanto mais em cidade de muro baixo. O velório foi no Palácio do Campo das Princesas. Então candidato a presidente da República, Campos morreu na queda de um avião.

De repente, entrou no palácio aquela mulher elegantemente trajada toda de preto. Pelo menos duas coisas a destacavam, além da expressão compungida: a altura dos saltos e o chapéu.

Não era qualquer chapéu – embora nenhuma das mulheres que por ali circulou tivesse sido vista usando um. Era “o chapéu”, enorme, desses que aparecem em filmes sobre enterros de gente rica.

Seria exagero dizer que, por um momento apenas, ela tenha eclipsado o morto. Mas eclipsou as demais mulheres presentes, sim. O alvoroço entre os políticos foi notado.

Cunhada do ex-deputado federal João Fernando Coutinho, presidente estadual do PROS, irmã de um militar que já foi segurança da primeira-dama Marcela Temer, Paula é solteira.

Aos que privam da sua intimidade, ela conta que sua renda decorre basicamente da compra de joias penhoradas pela Caixa Econômica que ela revende a uma clientela especial.

Há meses que se ouvia em Brasília que uma pernambucana era muito influente no Ministério da Saúde. Bingo! Paula foi nomeada representante do ministério em Pernambuco.

Sem experiência em Saúde ou gestão pública, ela é amiga há mais de 30 anos do general Eduardo Pazuello, o ministro interino. Substituirá uma enfermeira. Ganhará 10 mil reais por mês.

Segundo a assessoria de Pazuello, ele e Paula foram apresentados “por conhecidos em comum”, e a nomeação se baseou na “relação de confiança e amizade” entre ambos.

Está bem. É suficiente. Gigi chegou lá. Ademã. Vamos em frente.

3 comentários

  • Tal qual o ministro, ela não entende de medicina.

    Essa noticia é muito comum, em qualquer governo. Temos vários exemplos! Pazuello e ela são amigos “há cerca de 30 anos, apresentados por conhecidos em comum”, e a nomeação se baseou na “relação de confiança e amizade” entre ambos. Basta isso!
    O ministro afirma que experiência na área de saúde não é um pré-requisito. Pazuello, afinal, é um oficial de intendência do Exército. Paula foi escolhida, diz ele por sua capacidade de articulação no estado, embora a pasta não tenha informado quais exatamente seriam esta.
    O ministro ganhou o cargo de Bolsonaro porque é militar que “ouve e obedece”. Não entende nada de medicina. Na pasta, o ministro ocupou mais de duas dezenas de postos com militares da ativa e da reserva, o que gerou contestação na área da saúde.
    O general tem sofrido pressões diversas, a começar por seus chefes nominais, a cúpula do serviço ativo do Exército. Ainda assim, Bolsonaro afirma que ele permanecerá interinamente por “um bom tempo” no posto.

  • Kkkkk

    Ah, blogueiro…Deixa a balzaquiana na dela…coisa mais provocante…Eu catava.. kkkk

    • Rapizodia

      Me lembrou a Nelma Kodama a imperatriz da Lava Jato. Acho que a diferença é que a Nelma realmente tinha dinheiro, roubado é claro, mas em seu poder.

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