O SUPER SALÁRIO DO GENERAL BRAGA NETO, O VICE DE BOLSONARO

Acabou a mamata! A notícia é do Congresso em Foco:

Candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu a estratégia de escalar um general como vice, a exemplo do que fizera em 2018, com Hamilton Mourão. Mas, diferentemente da eleição anterior, o novo postulante a vice tem exercido papel discreto na campanha eleitoral.

O general Walter Braga Netto (PL) raramente aparece em público ou é citado por Bolsonaro em seus discursos, ao contrário do que ocorre com Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB).

A discrição do ex-ministro da Casa Civil e da Defesa é inversamente proporcional ao contracheque dele. Para o deputado Elias Vaz (PSB-GO), que levantou a lista de supersalários das Forças Armadas, Bolsonaro “esconde” Braga Netto por não ter como explicar os altos vencimentos recebidos pelo companheiro de chapa.

O candidato a vice-presidente pelo PL recebeu R$ 926 mil de salários em dois meses de 2020. “Está claro que Braga Netto não está sendo utilizado na campanha porque Bolsonaro tem receio de se prejudicar com essa questão dos privilégios aos militares. Eles não dão conta de explicar. Até hoje não explicaram”, disse Elias ao Congresso em Foco. O teto do funcionalismo público é de R$ 39,2 mil, remuneração de um ministro do Supremo Tribunal Federal.

Na avaliação do deputado, o comportamento de Braga Netto e das Forças Armadas de não esclarecer os motivos dos supersalários é inadmissível. “Uma pessoa que quer ser vice-presidente foi beneficiária de um privilégio em plena pandemia”, afirmou o deputado.

De acordo com relatório feito pelo deputado goiano, nos meses de março e junho de 2020, além do salário mensal, Braga Netto ganhou uma bolada de R$ 925.950,40. Conforme o detalhamento obtido por meio do Portal da Transparência, na soma dos dois meses, ele recebeu remuneração básica bruta de R$ 492.462,01; R$ 119.996,72 de férias e R$ 313.491,67 em verbas Indenizatórias.

1 comentário

  • Bolsonaro: do "orçamento secreto" para "soldos gordos" de militares

    Se para os parlamentares do Centrão que dão sustentação no Congresso para o seu governo.
    Bolsonaro criou o Orçamento Secreto, truque contábil que permite a deputados e senadores fazerem emendas parlamentares sem darem explicação.
    Para alguns militares receberem salários altíssimos, Bolsonaro fez duas mudanças na legislação.
    A primeira alterou as regras da passagem dos militares da ativa para a reserva.
    E a segundo foi um decreto que permite que sejam somados os soldos das Forças Armadas com os proventos recebidos pelo cargo que ocupam no governo federal sem respeitar o teto salarial do funcionalismo público, ao redor de R$ 40 mil.
    Existem dúvidas na legalidade ou não deles terem recebido esses salários. Também na questão moral.
    Lembrando que Braga Netto passou para a reserva em 2020, foi ministro-chefe da Casa Civil e atualmente é vice na chapa.
    Existem mais de 6 mil militares ocupando cargos na administração federal.
    Os generais e militares de outras patentes que fazem parte do governo estão ali pelo salario.
    Não têm nada a ver com as Forças Armadas.
    Mas na cabeça da população eles representam o Exército, a Marinha e a Aeronáutica.

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