PF AFIRMA QUE ESTRUTURA DO ‘GABINETE DO ÓDIO’ É USADA POR MILÍCIA DIGITAL BOLSONARISTA

Não demora e essa delegada será enviada para o exílio de Volta Redonda, onde já está o delegado Alexandre Saraiva, que ousou mexer com os madeireiros da Amazônia. Deu na Carta Capital:

Em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal afirmou que a estrutura do “gabinete do ódio”, grupo que seria formado por auxiliares do presidente Jair Bolsonaro com assento no Palácio do Planalto, é usada por uma milícia digital que atua contra a democracia e promove ataques às instituições.

As informações constam de relatório parcial enviado pela delegada Denisse Ribeiro (foto).

Como mostrou O GLOBO, a relação de Bolsonaro com a suposta milícia digital passou a ser investigada pela PF, após a análise de que o modus operandi do presidente ao disseminar desinformação sobre urnas eletrônicas é semelhante ao usado pelo grupo que atua nas redes sociais.

A PF diz ainda que a estrutura do chamado “gabinete do ódio”, composto por assessores do Palácio do Planalto, fez parte da disseminação de notícias falsas.

O inquérito que investiga a suposta atuação de uma milícia digital foi aberto no ano passado por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A nova apuração foi aberta depois que o procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou o arquivamento de outra investigação a respeito de Bolsonaro e aliados.

No relatório, a PF também sustenta que a organização criminosa digital foi usada para disseminar notícias falsas sobre medicamentos ineficazes contra a Covid-19, o chamado “tratamento precoce”.

O relatório foi enviado nesta quinta-feira ao STF para apresentar um panorama das investigações das milícias digitais até o momento. A PF detectou ainda que a divulgação de medicamentos ineficazes contra a Covid-19, como a hidroxicloroquina, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, usou a estrutura das milícias digitais.

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