PREFEITO ELEITO DE VOTUPORANGA DIZ QUE JÁ CONSEGUIU R$ 15 MILHÕES EM EMENDAS

Conforme o blog já noticiou, o prefeito eleito de Jales, Flávio Prandi Franco(DEM), está em São Paulo desde ontem, cumprindo uma agenda de visitas a deputados e secretários estaduais. Na semana que vem, ele pretende ir a Brasília.

Flá não será o primeiro prefeito eleito da região a visitar Brasília, em busca de recursos. Segundo a coluna do Rogério Castro, no Diário da Região desta terça-feira, o futuro prefeito de Votuporanga, João Dado(SD), já está em Brasília atrás de dindim por meio de verbas e emendas.

João Dado aproveita o fato de já ter sido deputado federal para passar o chapéu entre os ex-colegas de Câmara. Ele disse ao Diário que já conseguiu R$ 12 milhões no Ministério dos Transportes para transposições na linha férrea que corta a cidade e mais R$ 15 milhões em emendas parlamentares.

Resta saber se João Dado não estaria repetindo a nossa ex-prefeita Nice Mistilides. Em dezembro de 2012, antes de tomar posse, Nice fez incursões a São Paulo e a Brasília, de onde voltou com R$ 7,5 milhões em promessas. Que deram em nada! 

3 comentários

  • Anyone

    Agora… Esses prefeitos já estão passeando por aí falando em nome da cidade. Não devem esperar sua posse? Cadê o prefeito em exercício? Estão zanzando por aí de carro oficial?? Ou pagando as viagens com o próprio bolso?

    Há uma chance de o Flá também voltar com emendas que não darão em nada, né não?!

  • EU

    SÓ PARA NÃO PERDER O COSTUME DO FERRO QUE O POVO VAI LEVAR;

    Você pagou um banquete para o governo aprovar uma PEC de gastos públicos
    O governo prometeu “cortar na carne”, mas ofereceu filé mignon, risoto de funghi e salmão a 200 deputados mais acompanhantes para aprovar a PEC 241. Que tipo de governo paga um banquete para aprovar uma PEC de gastos públicos?

    Michel Temer oferece jantar aos deputados federais para falar sobre aprovação da PEC 241 (reprodução)
    Não há problema de comunicação capaz de ser resolvido pelo governo Temer.
    Ele não é apenas ilegítimo, mas absolutamente incapaz de ver as contradições em que recai constantemente, sobretudo pela incompetência e pelo fato de que, como chegou ao poder através de um golpe, não é necessário dar satisfação de nada.
    Que sentido há em organizar um banquete com dinheiro público para tentar garantir a aprovação de uma PEC que limita os gastos públicos?
    Não havia um idiota para levantar essa questão quando algum outro idiota teve essa ideia? Quanto custou a “recepção”?
    A assessoria se recusa a abrir, obviamente. Mas façamos uma conta de padaria (com todo o respeito aos padeiros).
    Eram cerca de 500 convidados no Palácio do Alvorada. Os deputados foram com seus “familiares”.
    O cardápio incluiu carne com risoto de funghi, salmão, salada e massa. Mais o vinho — em torno de 80 reais a garrafa, segundo um ex-funcionário do cerimonial.
    Dois economistas, José Márcio Camargo, da PUC-RJ, e Armando Castellar, da FGV-RJ, fizeram exposições com power point.
    Acrescentemos a passagem dos dois, acompanhados, o hotel, e o aluguel do equipamento para o show dallagnolesco.
    Por baixo — por baixo —, a coisa saiu em torno de 150 mil reais. E não estou computando o vallet, por exemplo, e outros custos marginais.
    A boca livre teve selfie com Marcela Temer e discurso do marido. “Todos nós precisamos revelar que nós temos responsabilidade, porque todos nós estamos cortando na carne”, disse ele, enquanto os apaniguados metiam a faca no peixe.
    Os parlamentares estavam “dando o exemplo” de estar em Brasília num domingo à noite, “algo que geralmente não costuma ocorrer”, apontou. Como se aquilo fosse algum sacrifício cívico e não uma mordomia a mais.
    No dia seguinte, Temer viria com uma chantagem explícita. Em entrevista à rádio Estadão, ameaçou com aumento de impostos se a proposta não passasse. “Nós estamos fazendo tudo, você percebe, para não falar em recriar a CPMF”, afirmo
    E os trouxas fascistas e capitalistas acreditam.

  • EU

    ANÁLISE FRIA E CRUA DE UM DOS MAIS ANTIGOS FUNDADORES DO PSDB—SR. BRESSER PEREIRA–SÓ PARA OS COXINHAS GOLPISTAS NÃO ESQUECEREM

    “A luta de classes neoliberal tem um objetivo geral: reduzir os salários diretos e indiretos dos trabalhadores”.
    Há várias maneiras de definir o neoliberalismo, mas talvez a maneira mais simples é dizer que é a ideologia da luta de classes ao inverso. No passado o comunismo foi a ideologia equivocada dos trabalhadores ou dos pobres contra os ricos; desde os anos 1980, no mundo, e desde os anos 1990, no Brasil, o neoliberalismo é a ideologia da luta dos ricos contra os pobres. Não de todos os ricos, porque entre eles há empresários produtivos, ao invés de meros rentistas e donos de empresas monopolistas, que ainda estão comprometidos com a nação – a associação de empresários produtivos e trabalhadores de cada país na competição com os demais países. Mas dos ricos rentistas que perderam qualquer compromisso com a ideia de nação e se sentem parte das “elites globais”.
    A luta de classes neoliberal tem um objetivo geral: reduzir os salários diretos e indiretos dos trabalhadores. Os salários diretos através das reformas trabalhistas; os salários indiretos através da redução do tamanho do Estado ou a desmontagem do Estado Social através de reformas como a proposta a emenda constitucional PEC 241, que congela o gasto público exceto juros.
    O objetivo dessa emenda não é o ajuste fiscal, que é necessário, mas a redução do tamanho do Estado, que nada tem de necessária. Ao contrário do que afirmam os economistas liberais, a carga tributária brasileira não tem crescido e não há uma crise fiscal estrutural: apenas uma crise fiscal conjuntural. Desde 2006 a carga tributária gira em torno de 33% do PIB. Seu grande crescimento ocorreu no governo Fernando Henrique Cardoso: ela cresceu de 26,1% em 1996 para 32,2% em 2002.
    Carga Tributária do Brasil – Ano % do PIB
    1996 – 26,14
    2002 – 32,20
    2006 – 33,31%
    2008 – 33,53%
    2010 – 32,44%
    2012 – 32,70%
    2014 – 32,42%
    2015 – 32,66%
    Fonte: Receita Federal (2015): “Carga Tributária no Brasil 2015” / Ministério do Planejamento (2015): “Evolução Recente da Carga Tributária Federal”.
    Um capítulo impressionante dessa luta de classes de cima para baixo está hoje sendo travado no Brasil através da PEC 241, que visa a desmontagem do Estado Social brasileiro – ou seja, reduzir em termos per capita seus gastos com educação e saúde. Com o aumento da população e do PIB os recursos para esses dois fins necessariamente se reduzirão em termos percentuais do PIB e em termos per capita.
    Hoje, um grande número de entidades de classe patronais postaram nos grandes jornais um manifesto a favor da PEC. Paradoxalmente, entre elas estão muitas entidades representando os empresários industriais, embora, entre 1990 e 2010, as empresas industriais tenham sido as maiores prejudicadas pela política econômica liberal-conservadora adotada nos governos FHC e Lula-Meirelles. E também pela política desenvolvimentista populista de Dilma (2011-14). Entendo a insatisfação dos empresários industriais – uma espécie em extinção no Brasil – com o governo Dilma, mas para mim sua incapacidade de criticar o rentismo e a financeirização globalista, que tomaram conta do governo Temer, é um sinal de sua profunda alienação em relação a seus interesses e aos interesses nacionais.

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