QUEM ENGOLIU LULA PARA LIVRAR-SE DE BOLSONARO TERÁ QUE ENGOLIR JANJA

A mim me parece que a carapuça serve certinho na Eliane Cantanhêde. Deu na coluna do Ricardo Noblat, no Metrópoles:

Lula é culpado por ter sido condenado e preso pelo ex-juiz Sergio Moro. É culpado por ter sido solto, uma vez que o Supremo Tribunal Federal considerou irregular sua condenação pela Justiça do Paraná, e parcial o comportamento de Moro.

Lula é culpado por ter se lançado candidato a presidente pela sexta vez e polarizado a eleição com Bolsonaro, impedindo o surgimento de um nome da chamada terceira via com chances de derrotar os dois. Naturalmente, é o principal culpado por ter sido eleito.

Em breve, será culpado por ter casado com uma mulher que pretende ser uma primeira-dama atuante. Se depender de Janja, ela somará seus conhecimentos ao de Lula na tarefa de ajudá-lo a governar. Se outras pessoas podem fazer isso, por que ela não?

O mundo desabou na cabeça de Marisa Letícia, então mulher de Lula, quando em 2003 ela plantou flores vermelhas em forma de estrela em um canto dos jardins do Palácio da Alvorada. Vermelho é a cor do PT, e a estrela sua marca. Era um absurdo, martelou-se.

O que logo não se dirá de Janja… O que já não começa a ser dito. O que não se disse de Eleanor Roosevelt, mulher do presidente Franklin Delano Roosevelt, que governou os Estados Unidos desde 1933 até sua morte, em 1945? Eleanor, ainda por cima, era lésbica.

Ela foi a primeira-dama mais influente da história dos Estados Unidos. Apoiou a política do “New Deal”, criada por seu marido, e tornou-se grande defensora dos direitos humanos. Empenhou-se por melhores condições de trabalho para as mulheres.

Após a morte do marido, foi embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas, e ali presidiu a comissão que elaborou e aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O presidente Truman batizou-a de “Primeira-Dama do Mundo”.

O lugar da mulher é onde ela queira estar e possa estar. Que seja julgada pelo que fez de bom ou de ruim, ou deixou de fazer, mas não por ser mulher, muito menos por ter sido uma ativista política. O novo século precisa chegar com urgência ao Brasil.

Refiro-me ao século passado, no qual questões como essa foram pacificadas. No país do futuro, é vergonhoso que a histeria de militantes sublevados porque seu candidato perdeu a eleição ainda encontre amparo nas Forças Armadas e em parte do empresariado.

5 comentários

  • Alzira

    Cardoso…que aconteceu com o jalesense?. Somos todos urbanos, pessoas que se conhecem e se comunicam com cordialidade sem exceção. De repente uma parte dessa população se reveste de zumbis e começa a ameaçar os conterrâneos mais inofensivos. Levantam acampamentos. Microfones com palavras de ordem e quem não reza a cartilha do idiotismo deles estão fadados a sofrer ameaças sérias. Esses jalesenses ali do restaurante da tia, entrincheirados prontos a te cuspir no rosto se não rezar a cartilha idiota e insana do bolsonarismo. Eles não eram assim. Não vejo nem um político a dar guarida a essa guerra idiota deles. Perderam. Vão pra casa, inúteis.

  • Futura primeira-dama do Brasil : a socióloga e militante do PT

    Globo e Lula selaram a paz. Com Janja falando por 30 minutos no ‘Fantástico’. Poucas vezes o ‘Fantástico’ deu tanto espaço a um entrevistado, no Fantástico.
    Janja mostrou a intenção de ser ativa durante o próximo governo, com um “papel mais de articulação com a sociedade civil”.
    Para isso, Janja diz que quer ressignificar o ‘que é ser uma primeira-dama’.

  • SOS Brasil

    Para quem não sabe o contexto, eis aqui as falas da jornalista Eliane Cantanhêde:

    “O presidente é o Lula. Tudo tem limite, tudo que excede pode dar problema e há um incômodo com o excesso de espaço que a Janja vem ocupando. Ontem, quando o Lula fez aquele discurso em que ele chorou quando falou da fome, quando ele derrapou ao desqualificar a responsabilidade fiscal, ela estava ali sentada. Mas ela não é presidente do PT, ela não é líder política. Qual é o papel da primeira-dama?”, questionou.

    “Um bom exemplo de primeira-dama foi a Ruth Cardoso, que, como a Janja, tinha brilho próprio, era professora universitária, uma mulher super-respeitada na área dela e cuidou da Comunidade Solidária, mas ela não tinha protagonismo, não tinha voz nas decisões políticas, se tinha, era a quatro chaves, dentro do quarto do casal”, acrescentou.

    “Já incomoda, sim, porque ela vai começar a participar de reunião, já vai dar palpite e daqui a pouco ela vai dizer ‘esse aqui pode ser ministro, esse não pode’ e isso dá confusão”, pontuou.

    O contraditório foi feito, com post no twitter da jornalista Eliane:

    “Alguém falar de “machismo incrustrado” comigo não é só injusto, é ridículo. Meu feminismo está no DNA e numa vida inteira. Elogiei Janja, apenas separei relação pessoal com função pública.”

    Agora, cada um tenha a sua conclusão.

  • sukodilaranja

    Não acredito que a Janja irá ocupar um espaço que onde não deva estar. Mas fiquei surpreso. Não vi esta reação quando a Micheque escolheu o Ministro André Mendonça para o STF.

  • Britto

    De tanto você puxar o saco do PT vão acabar desfazendo sua expulsão hein, Valdir.

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