“QUEM PRATICOU CRIMES TEM QUE RESPONDER PELOS CRIMES QUE COMETEU”, DIZ EX-DEPUTADO

Deu no Brasil 247:

O secretário nacional do consumidor, Wadih Damous, comentou durante entrevista à TV 247 a preocupação de alguns setores moderados da política brasileira com um suposto espírito de revanchismo das lideranças do governo Lula contra Jair Bolsonaro.

Alguns setores do próprio PT temem que o coro de ‘sem anistia’, entoado pela multidão que presenciou a posse presidencial em Brasília, afugente ex-aliados de Bolsonaro, como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), segundo o jornalista Alberto Bombig, do portal UOL

Wadih rebateu, afirmando que a mobilização em torno do grito de protesto reflete apenas o desejo dos brasileiros de que a lei seja cumprida, responsabilizando aqueles governantes que realmente cometeram crimes.

O secretário nacional do consumidor, que também é advogado, observou que a punição nesses casos é uma obrigação legal dos órgãos judiciais, e, caso não seja considerada, caracteriza-se prevaricação.

“Há uma preocupação de setores mais moderados do governo com um revanchismo, que o governo estaria, por conta do coro ‘sem anistia’. Isso não é revanchismo. É engraçado, muitos desses segmentos que hoje estão reclamando de um suposto revanchismo eram os mesmos que diziam que o Brasil é o país da impunidade, e (que) quando o PT e o presidente Lula começaram a ser perseguidos, bateram palmas”, disse Wadih.

“Quem praticou crimes tem que responder pelos crimes que praticou. Acabou. Se o Bolsonaro praticou crimes, haverá apuração… O que não pode é jogar para debaixo do tapete, porque aí alguém chega fica quatro anos, pratica as maiores barbaridades que alguém é capaz de praticar e depois vem falar em pacificação… A pacificação tem que ser na sociedade brasileira. É você voltar a falar com o seu tio bolsonarista, com seu irmão que reproduzia as falas imbecis de Bolsonaro. Isso é pacificação”, continuou o ex-deputado.

“Quem tiver que responder por crimes vai ter que responder, e isso não é revanchismo coisíssima nenhuma. O escopo do governo não é esse. Nós temos que desejar e criar condições para que o Ministério Público cumpra com seu real papel, não de ficar inventando crimes, como a Lava Jato fez. Aquilo sim era perseguição”, finalizou Wadih. 

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