HOSPITAIS DA REGIÃO TRABALHAM ACIMA DA CAPACIDADE E PACIENTES COM COVID ESTÃO MORRENDO À ESPERA DE LEITOS

A notícia é do G1:

Hospitais da região noroeste paulista registram alta taxa de ocupação em leitos destinados para tratamento de pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de Covid-19. A situação preocupa as autoridades da área da saúde e, consequentemente, começa a refletir diretamente no atendimento a moradores infectados.

Em março deste ano, ao menos cinco pacientes morreram à espera de um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos municípios de Nova Granada, Tabapuã e Irapuã.

Em todos os casos, as prefeituras disseram que as vagas haviam sido solicitadas por meio da Central de Regulação do Estado (Cross), mas que os pedidos não foram atendidos.

Em Catanduva (SP), o hospital Emílio Carlos precisou negar, somente na noite de terça-feira (9), 167 pedidos de transferência.

“Não é mais uma catástrofe. É uma calamidade pública. São 167 pessoas que não estão com atendimento devido nesse momento. A situação é muito triste”, disse a diretora de Saúde da Fundação Padre Albino (FPA), Renata Rocha Bugatti.

O motivo para os pacientes não serem transferidos é a falta de vagas disponíveis de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de enfermaria para tratamento da doença.

Trabalhar acima da capacidade máxima não é apenas uma realidade enfrentada por Catanduva. A Santa Casa de Fernandópolis (SP), por exemplo, registra 180% de ocupação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva.

Oficialmente, o hospital possui 10 vagas intensivas, mas, atualmente, 18 pessoas estão internadas. Já na enfermaria, 19 dos 20 leitos estão ocupados, o que representa uma taxa de 95%.

No começo da semana, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a abertura de 11 novos hospitais de campanha no estado. Um deles será instalado na Unidade de Reabilitação Lucy Montoro de Fernandópolis.

A Secretaria Estadual de Saúde não informou a quantidade de leitos que serão abertos e quais foram os critérios para escolher o município. Porém, disse que mais detalhes sobre o assunto serão divulgados nos próximos dias.

Já na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jales, pacientes aguardam para serem transferidos desde o último final de semana, pois a Santa Casa não tem mais vaga intensiva.

Na comparação com o mês passado, o número de atendimentos de moradores que procuraram a Unidade de Pronto Atendimento com sintomas da doença mais do que dobrou.

“Estou com um paciente entubado desde sábado. Pode ser que o quadro dele se agrave. A gente está muito preocupado. A Santa Casa de Jales também está lotada”, diz o administrador da Unidade de Pronto Atendimento de Jales, José Roberto Pietrobon.

A cerca de 40 minutos de Jales, a história se repete. A Santa Casa de Votuporanga (SP) abriu, de forma emergencial, diversas vagas nos últimos dias. No entanto, está trabalhando com 100% de ocupação nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva.

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