OPERAÇÃO CAJADO: PF DE JALES PEDE INFORMAÇÕES AO TCE SOBRE CONTRATO DA PREFEITURA DE GUARANI D’OESTE

A Polícia Federal de Jales continua investigando os supostos malfeitos dos ex-prefeitos de Guarani D’Oeste e Turmalina – Odair Vazarin e José Carlos Massoni, respectivamente – que foram abatidos por uma só cajadada desferida pela PF no âmbito da “Operação Cajado”, deflagrada no início de novembro.

Segundo publicação do Diário Oficial, a PF de Jales solicitou ao Tribunal de Contas do Estado(TCE), há alguns dias, informações a respeito de um contrato firmado em julho de 2011 entre a Prefeitura de Guarani D’Oeste e o Urbis-Instituto de Gestão Pública, com sede no Espírito Santo.

Na resposta que já deve estar sendo enviada à PF, o TCE vai informar, certamente, que a contratação – efetivada sem nenhuma licitação – foi julgada irregular e ilegal pelos conselheiros daquele Tribunal, conforme sentença publicada em maio de 2016. Na ocasião o TCE aplicou multa de 160 Ufesp’s (R$ ) ao ex-prefeito.

O contrato de julho de 2011 não foi, no entanto, a primeira parceria entre o ex-prefeito de Guarani D’Oeste e o Instituto Urbis. Antes, em 2009, eles já tinham firmado um contrato que rendeu ao Urbis mais de R$ 100 mil por serviços que, segundo as suspeitas, não foram prestados. De acordo com a PF, o ex-prefeito de Turmalina, José Carlos Massoni – representante do Instituto na região – teria ficado com parte desse dinheiro, daí ele ter sido preso juntamente com Vazarin.

As peripécias do Instituto Urbis começaram a ficar conhecidas em 2013. Em abril daquele ano, o jornal Estadão noticiou que 49 municípios mineiros estavam sendo multados em R$ 91 milhões pela Receita Federal, por conta de fraudes contra o fisco, praticadas sob orientação do tal instituto. E em junho de 2015, o portal G1 informou que diretores do Urbis estavam sendo denunciados pelo MPF do Espírito Santo, por fraudes que teriam causado R$ 30 milhões de prejuízos aos cofres públicos.

Em tempo: Vazarin e Massoni podem não ser os únicos a estarem encrencados por conta do relacionamento com o Instituto Urbis. Em Palmeira D’Oeste, o Ministério Público instaurou, em abril deste ano, um inquérito civil em que aparecem como investigados o indigitado Instituto e o ex-prefeito de São Francisco, Sebastião de Oliveira Batista, o Tiãozinho. O inquérito ainda está em andamento.

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