SEGUNDO JORNAL, CÂMARA DE RIO PRETO É UMA “ILHA DE PRIVILÉGIOS”

O jornal Diário da Região, em editorial de sua edição de ontem, 13, criticou duramente os supersalários pagos pela Câmara de São José do Rio Preto aos seus funcionários. Eis trechos do editorial:

Ofensivo é um termo preciso para descrever a folha de pagamento da Câmara de Rio Preto. Reportagem publicada neste domingo, 13, pelo Diário mostra uma total desconexão pelo que é pago, em média, a funcionários da iniciativa privada e o que é desembolsado pelos cofres públicos para manter o Legislativo em funcionamento.

A discrepância é enorme. Uma telefonista, cujo cargo não exige diploma universitário, chega a receber R$ 13 mil. Na iniciativa privada, a média salarial para esta função é de R$ 1,5 mil. O mesmo ocorre com motoristas, que chegam a ganhar R$ 14 mil na Câmara, enquanto o salário médio nacional é de R$ 2,4 mil.

O salário mais alto pago a um motorista da Prefeitura é de R$ 6,4 mil. Ainda que esteja bem acima da média nacional, é um abismo se comparado aos R$ 14 mil pagos pela mesma função na Câmara Municipal.

O holerite de outros 15 servidores é superior aos R$ 17 mil de subsídio recebido pelo prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo(MDB). Por força constitucional, que define o salário do chefe do Executivo como sendo o teto municipal, cada centavo que extrapola os R$ 17 mil é automaticamente descontado desses funcionários.

Importante destacar que a culpa não é dos servidores que recebem os supersalários. Eles prestaram concurso público e não são os responsáveis por receber muito acima do que é pago na média salarial para sua função.

O absurdo vem se acumulando há décadas por meio de adicionais e gratificações inventadas pelos vereadores, transformando a Câmara em uma ilha de privilégios em comparação aos ganhos médios da população.

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