SECRETÁRIO ADEMIR MASCHIO CULPA EX-PREFEITO PARINI POR FRACASSO EM LEILÃO DE IMÓVEIS

O secretário de Fazenda de Jales, Ademir Maschio, foi uma das pessoas que usaram o microfone durante a audiência pública realizada ontem pelo Instituto Municipal de Previdência, para discutir a reforma previdenciária no âmbito do município.

Ele aproveitou parte de seu tempo para jogar sobre as costas do ex-prefeito Humberto Parini a responsabilidade pelo relativo fracasso do leilão de imóveis públicos promovido pela Prefeitura há menos de um mês. E qual teria sido o pecado do ex-prefeito?

Segundo Ademir, a iniciativa de Parini – que levou ao Ministério Público uma representação contra a venda de alguns dos imóveis – teria afugentado os investidores interessados em comprar os terrenos. “A concorrência estava marcada para a segunda-feira e, no domingo, o jornal deu como manchete a ação do ex-prefeito contra a venda dos terrenos”, reclamou Ademir.

O secretário explicou que a Prefeitura colocou à venda 15 terrenos (na verdade, 13) e esperava arrecadar cerca de R$ 19 milhões (na verdade, R$ 16,8 milhões), dinheiro que seria utilizado para pagar os R$ 10,4 milhões devidos ao Instituto de Previdência. “Eu fiquei muito triste quando vi o jornal”, choramingou.

De acordo com a retórica de Ademir, graças à confusão armada por Parini e à manchete do jornal, apenas 04 terrenos foram vendidos, os quais deverão render R$ 3,7 milhões, valor bem abaixo do que a Prefeitura esperava arrecadar. Ainda conforme Ademir, dos 04 terrenos vendidos, 02 estão na lista de Parini entregue ao Ministério Público, o que estaria complicando a conclusão do negócio.

O curioso é que o secretário e o prefeito vivem dizendo que acabaram com todos os restos a pagar e estão em dia com os fornecedores, mas se esqueceram de mencionar que não repassaram um tostão furado ao Instituto, relativamente ao aporte deste ano, de R$ 10,4 milhões.

4 comentários

  • Anônimo

    Eu ainda não entendi a situação dos terrenos.
    Até onde sei, dois terrenos (uma área de lazer e outro área verde) foram recomendados pelo MO local de suspender as suas vendas.
    Tenho dúvidas, que destaco:
    1 – Qual foi a recomendação do MP: a suspensão do leilão integral ou somente dos dois terrenos aludidos?
    2 – A recomendação não foi acatada pela Prefeitura, ou seja, deu de costas para a canetada do promotor e assumiu os riscos da venda?
    3 – A tal recomendação do MP não teve nenhuma advertência, em caso de não cumpri-la?
    4 – Por que, afinal, colocam a venda os dois lotes? Não haviam outros disponíveis e menos problemáticos?
    5 – Quem comprou sabe de uma eventual desembaraçamento dos imóveis?

    Obrigado!

  • Malasarte

    Dessa forma que a roda Gigante começou a girar, não fecha as contas.

  • Vixi

    O da santa fé prá você quem faz o certo ta errado é isso?????????????

  • manolito

    Eu tenho algumas dúvidas, também! Será que o fracasso foi pq tinha pessoas interessadas diretamente naquelas áreas ? Pq as outras áreas não tiveram muitos ofertantes ?

    Segundo, são áreas verdes, os bairros não precisam de áreas verdes, um calor desgraçado que vivemos em nossa cidade e não podemos pensar em áreas arborizadas e verdes para dar conforto as famílias daqueles bairros ?

    Realmente é um choque esta gestão!

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