FAUSTO, AGORA ESCRITOR

A vida é cheia de surpresas! Um dia desses, ao abrir o Jornal de Jales, fiquei sabendo que o meu ex-colega de Banco do Brasil, o Celso Antonio dos Santos, tinha acabado de lançar o seu segundo livro de poesias. Até aí, nenhuma surpresa. Afinal, o Celsão sempre teve lá seus ares de intelectual. Gostava de bons filmes, boa música e nunca dispensou um bom livro. Nos tempos em que fomos adidos, em Santa Albertina, por volta de 1982, dividíamos o mesmo quarto na pensão de dona Ambrolina e, na cabeceira do Celsão, sempre repousava algum livro, que ele folheava antes de dormir.

Surpresa mesmo, eu tive ontem, ao receber um email de outro ex-colega de Banco, o Fausto Koichi Kamikawachi. Ele também virou escritor. E dos bons, pelo pouco que vi depois, jogando o nome dele no Google e lendo a orelha do seu primeiro livro.  “Anjos do Bem e do Mal” é o nome da brochura e, segundo li na ficha técnica divulgada pela editora, trata-se de um romance de auto-ajuda. Mas, parece que além da prosa, ele também ataca de poeta. E deve estar fazendo sucesso como escritor, pois, segundo ele escreveu no email, já está preparando outros quatro livros. Vejam só, eu trabalhei com um Paulo Coelho e nem percebi!

E, cá prá nós, nem tinha mesmo como perceber, pois o Fausto não era muito dado a leituras. No máximo, podia ler alguma revista, ou a Bíblia, já que, de vez em quando, ele frequentava uma igreja evangélica. Mas do que ele gostava mesmo, era de jogar futebol. Fazia isso de segunda a segunda, para desespero da mulher dele, a Carmem.  Aos domingos, disputava campeonatos de várzea e, como não tinha lá muita técnica, na segunda-feira chegava ao trabalho, invariavelmente, com algum hematoma. 

Dizem os crentes que, a Deus nada é impossível. E, a julgar por esta surpresa que o Fausto me aprontou, não é mesmo! Segundo constatei num site especializado em literatura, ele descobriu sua veia literária depois de estudar as Escrituras Sagradas. Vejam como os desígnios de Deus são deveras estranhos: tenho um outro ex-colega que passou a vida lendo as Escrituras e, aparentemente, não aprendeu nada!

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