Arquivos mensais: maio 2011

ECOPAV COLOCA CAMINHÃO PARA FAZER VARRIÇÃO MECÂNICA

Há três semanas que o jornal A Tribuna vem publicando algumas matérias sobre a terceirização da limpeza urbana, que, em Jales, é realizada pela empresa Ecopav Construção e Pavimentação Ltda. Entre outras coisas, a Tribuna destacou a questão da varrição, que apresenta números um tanto quanto estranhos.

O contrato entre a Prefeitura de Jales e a Ecopav previa a varrição de 1.500 quilômetros mensais. No entanto, essa quantidade só foi mais ou menos respeitada nos primeiros meses. Depois, foi aumentando até chegar a mais de 3.000 quilômetros varridos. O recorde foi batido em outubro de 2008, quando a fatura apresentada pela Ecopav registrou a varrição de – pasmem!! – 3.370,20 quilômetros.

E vejam só como a vida é cheia de coincidências: no segundo semestre de 2008, quando o prefeito Parini disputava a sua reeleição, tanto a merenda escolar – que chegou a mais de 9.000 refeições diárias, um despautério!! – quanto a coleta de lixo bateram recordes.

Um outro detalhe é que a Ecopav, que já teve cerca de 60 funcionários na varrição das nossas ruas, hoje tem apenas 35 ou 36 pessoas nessa tarefa. Alguns bairros deixaram de ser varridos, em outros diminuiu-se a frequência, mas, apesar disso, a quilometragem varrida não diminuiu muito. 

Outro detalhe interessante: a partir de junho de 2010, a Ecopav foi obrigada a diminuir os preços que estava cobrando, providência que, em tese, deveria proporcionar uma economia de uns R$ 30 mil mensais para a Prefeitura. E o que aconteceu? Nada! Os valores pagos pela Prefeitura continuaram praticamente os mesmos, isto é, diminuiram-se os preços, mas, pelo jeito, aumentaram-se os serviços cobrados. Muito interessante, não é mesmo?

Depois das matérias de A Tribuna, alguns bairros – como o Pedro Nogueira, o Alvorada e o São Gabriel – que não eram varridos há mais de dois anos, começaram a ser varridos, mas com uma novidade: a varrição está sendo feita por uma varredeira mecânica, que, segundo me explicou um diretor da Ecopav, substitui a mão-de-obra de 33 varredoras. Uma coisa, no entanto, precisa ficar melhor esclarecida: a licitação e o contrato assinado com a empresa falam apenas em varrição manual, que custa R$ 25,65 por quilômetro. Quanto será que a Prefeitura está pagando pela varrição mecanizada?

GERAÇÃO DE EMPREGOS: JALES MELHOROU UM POUQUINHO EM ABRIL

Os números do emprego formal relativos a abril, divulgados pelo Ministério do Trabalho, na terça-feira (17), mostram que Jales melhorou um pouquinho em relação aos meses anteriores, mas continua na rabeira quando o assunto é geração de empregos com carteira assinada.

Segundo os dados do CAGED, foram criados 45 novos empregos em Jales, em abril, o que representa um crescimento de 0,53%. Legal, né? Então veja agora os números de nossas vizinhas mais ilustres, também referentes a abril:

Fernandópolis:  461 novos empregos – crescimento de 3,45%;

Votuporanga:     341 novos empregos – crescimento de 1,63%.

Ficou triste? Realmente, não temos motivos para comemorar, mas, se isso servir de consolo, é bom registrar que outra vizinha – Santa Fé do Sul – que vinha batendo Jales seguidamente no quesito empregos, dessa vez conseguiu um resultado pior que o nosso: os números do CAGED dizem que, em abril, apenas 09 novos empregos foram criados por lá, um crescimento pífio de 0,16%.

Já é um alento termos batido Santa Fé do Sul em abril, mas, se considerarmos os últimos doze meses, Jales (256 novos empregos), continua tendo o pior desempenho da região, perdendo para Santa Fé do Sul (379), Fernandópolis (1.394) e Votuporanga (1.970).

DOAÇÃO DO CAMPO DA FEPASA: ENTIDADES PEDEM 45 DIAS DE PRAZO PARA APRESENTAR PLANO “B”

Como dissemos ontem, OAB e Fórum da Cidadania organizaram reunião para discutir a doação do campo da Fepasa. O prefeito Humberto Parini não compareceu, mas despachou para lá dois de seus mais destacados colaboradores – Léo Huber e José Shimomura. Vamos à notícia publicada pelo portal Mais Interativa:

Numa reunião realizada ontem a noite na OAB de Jales com representantes do Ministério Público, Prefeitura, Câmara Municipal, Polícia Federal, Poder Judiciário Estadual, Delegacia Seccional de Polícia e Justiça do Trabalho foi definido em consenso que o Poder Executivo deve retirar de pauta por 45 dias o projeto de lei que tramitava na Câmara autorizando a doação do terreno onde se localiza o campo de futebol da FEPASA para a construção de um prédio próprio da Justiça Federal.

De acordo com o presidente da OAB de Jales, Aislan de Queiroga Trigo, todas as instituições representadas na reunião também necessitam de prédio próprio. “As instituições devem apresentar um projeto ao município com o tamanho da área que precisam, depois o Fórum da Cidadania vai avaliar qual a área em Jales, mais afastada do centro, que poderia abrigar todos os prédios num só lugar, atendendo às necessidades de todos”, explicou.

Com a definição de uma nova área um novo projeto será apresentado pelo Executivo para votação na Câmara. O presidente Aislan vai se reunir hoje à tarde para ouvir os representantes da Justiça Federal, entretando, numa conversa informal ontem, o juiz federal Jatir Pietroforte já adiantou que apóia a decisão da maioria.

A vereadora Aracy de Oliveira Murari Cardozo, a Tatinha (PT), entende que o campo da FEPASA não é o único, nem o melhor local para construção do prédio. De acordo com ela, o trânsito próximo a área ficará prejudicado e a construção não terá visibilidade. “Precisamos pensar em fazer crescer a cidade para outros lados, sem contar no prejuízo ao esporte amador que não tem apoio da administração em nada”, disparou a vereadora.

SANTA CASA REALIZA PALESTRA EM COMEMORAÇÃO A SEMANA DA ENFERMAGEM

O setor de Recursos Humanos da Santa Casa de Jales realizou na segunda-feira, dia 16, uma palestra com Mariângela Moura Manfrim para os profissionais do hospital que atuam na área de enfermagem em comemoração a Semana da Enfermagem, lembrada de 9 a 14 de maio.

Na palestra, de cunho humanitário, foram apresentados temas que envolviam a importância da família, o dia-a-dia no trabalho, a amizade, o bom senso, maneiras de lidar com o próximo entre outros assuntos que refletem o relacionamento das pessoas.

De acordo com Luiza Elizabeth da Silva, profissional voluntária em Recursos Humanos do hospital, o objetivo da palestra é desenvolver a humanização nos profissionais da saúde que lidam diretamente com pessoas. “Todos os anos nós comemoramos a Semana da Enfermagem com um evento e este ano vamos trabalhar a humanização na enfermagem. Afinal o slogan do hospital é ‘Santa Casa: Bonita por fora e humana por dentro’”, explicou.    (por Vívian Curitiba)

RUMO A RIBEIRÃO PRETO

Não procedem os boatos de que o prefeito Humberto Parini teria manifestado a alguns amigos o desejo de se mudar para Ribeirão Preto assim que descer a rampa. Tampouco partiu da primeira-dama alguma manifestação nesse sentido. Quem teria confidenciado a alguns mais chegados sobre suas intenções de bater asas definitivamente para Ribeirão Preto é o secretário de Administração José Shimomura.

Shimomura possui um apartamento – financiado nos tempos em que ele trabalhava no Banco do Brasil, é bom que se esclareça – na chamada Califórnia brasileira e é lá que ele, segundo fontes,  pretende morar assim que acabar o mandato de Parini.

Se isso se confirmar, a Lanchonete da Lena vai sofrer um sério desfalque, mas, em compensação, Shimomura terá muito mais opções noturnas. Segundo os almanaques, Ribeirão Preto possui 851 bares e restaurantes. A gastronomia da cidade ainda não é famosa, mas caminha prá isso. O Wikipédia garante que, nos últimos anos, Ribeirão Preto vem recebendo chefs renomados, profissionais da arte de bem cozinhar, que tratam a gastronomia – algo que Shimomura aprecia muito – como uma ciência cheia de detalhes e segredos a serem desvendados.

VEREADORA DE PRESIDENTE PRUDENTE PERDE MANDATO POR INFIDELIDADE… PARTIDÁRIA.

Cabeça de juiz, dizem, é algo difícil de ser decifrado. Há algum tempo, os juízes do TRE-SP inocentaram o vereador Macetão da acusação de infidelidade partidária, sob a alegação de que ele havia deixado o PMDB, mas não se filiara a outro partido. Agora, leiam a notícia abaixo e vejam se o Macetão não é um cara de sorte:

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) comunicou, hoje, à Câmara Municipal de Presidente Prudente  sua decisão de ontem (12) que decretou a perda do mandato eletivo da vereadora Bernadete Bosso Querubim, por infidelidade partidária. Por votação unânime, a Corte paulista entendeu que não ficou comprovada grave discriminação pessoal para justificar a saída, alegada pela vereadora.

De acordo com o julgamento, Bernadete foi eleita no último pleito municipal pelo PSB, com 7,4 mil votos, e desfiliou-se em agosto de 2010. Atualmente, está sem filiação partidária. A petição acolhida é do suplente de vereador Aparecido Lourenção, que concorreu nas eleições de 2008 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).

A Resolução TSE nº 22.610/07 prevê apenas quatro hipóteses que autorizam o mandatário a sair do partido sem sofrer a perda do cargo: se o partido sofrer fusão ou for incorporado por outro; se houver criação de novo partido; se houver mudança substancial ou desvio do programa partidário; ou ainda se ocorrer grave discriminação pessoal do mandatário. Cabe recurso ao TSE.

DOAÇÃO DO CAMPO DA FEPASA: OAB E FÓRUM DA CIDADANIA SE POSICIONAM

A discussão sobre os projetos do prefeito Humberto Parini que propõe a doação do terreno do campo da Fepasa para construção dos prédios da Justiça Federal e da Procuradoria da República está ganhando contornos interessantes.

Segundo fiquei sabendo, a OAB, subseção de Jales, e o Fórum da Cidadania, estão convidando autoridades e representantes da sociedade civil organizada para uma reunião, hoje, na sede da entidade que congrega os advogados, quando será debatida a polêmica proposta de doação. Sabe-se que, em princípio, ambas as entidades já se posicionaram contra a idéia do prefeito.

Claro que o posicionamento da OAB e do Fórum da Cidadania, pelo que pude entender, não é decorrente apenas da defesa de um espaço que pertence aos esportistas. Vai muito além disso. As duas entidades estão enxergando aquilo que o prefeito Parini e seus áulicos não conseguem ver: que a construção das sedes dos dois órgãos federais naquele local só vai complicar ainda mais o já complicado trânsito do centro da cidade. Isso para ficar apenas em um dos pontos negativos da proposta do prefeito.

Acertadamente, a OAB e o Fórum da Cidadania entendem que é preciso encontrar uma área, fora do quadrilátero central, que possa abrigar não apenas a Justiça Federal e a Procuradoria da República, mas também outros órgãos públicos, como o Fórum, por exemplo, deixando o centro da cidade livre para os comerciantes

O problema vai ser convencer um prefeito que só se move por impulsos ou, então, para atender às vontades da primeira-dama. Um prefeito que se julga dono do monopólio das boas idéias e que, lá mesmo na OAB, declarou ter sido reeleito por 60% dos jalesenses, e que, portanto, pode fazer o que bem entende.   

Prá fechar: o prefeito e os vereadores foram convidados prá tal reunião. Só nos resta esperar e ver no que vai dar tudo isso.

CASO FACIP 97: O CERCO ESTÁ SE FECHANDO

Ontem, um oficial de justiça esteve na casa de um dos envolvidos no chamado Caso Facip 97, com o objetivo de executar alguma ordem judicial relativa à penhora dos bens dos acusados. Do citado envolvido, o oficial de justiça conseguiu levar apenas uma TV já bastante usada, mas a informação é de que ele estaria visitando as casas dos demais réus do processo.

Dou essa notícia com alguma tristeza, porque sei que, pelo menos dois dos envolvidos nessa história, são pessoas humildes e honestas que batalham diariamente o sustento de suas casas. Foram envolvidos nessa trama por pessoas que deveriam dar exemplo. Afinal, como é que pode um fiscal tributário, como é o caso do prefeito Humberto Parini, utilizar-se de notas frias para esconder o prejuízo de uma festa?

Quando o Parini recebeu a notícia da sua primeira condenação, em 2000, fui até à casa dele prá dar-lhe algum apoio moral. Encontrei por lá um sujeito totalmente abatido, acompanhado apenas pelo seo Chico Melfi, que também correu até a casa do então candidato, assim que ficou sabendo da notícia. Estávamos em plena campanha eleitoral e acreditei, sinceramente, que o Parini estava sendo vítima de uma injustiça.  

Mas não há nada como o poder para revelar a verdadeira personalidade das pessoas. No convívio que tive com o Parini, na Prefeitura, pude perceber que ele parece não acreditar muito na Justiça. Eis um refrão que eu ouvi do prefeito algumas vezes: “Se os outros fazem, por que nós não podemos fazer?”. Infelizmente, posso garantir prá vocês, o episódio da nota fria da Facip 97 não serviu de lição.

Lamento pelas pessoas que estão pagando uma conta que não é delas.

PARINI PROPÕE AJUDA DE R$ 9,2 MIL MENSAIS PARA VIAÇÃO JAUENSE

O prefeito Humberto Parini encaminhou à Câmara o projeto de lei 061/2011, que propõe a concessão de um subsídio à empresa concessionária dos serviços de transporte coletivo (ônibus circulares), atualmente, a Auto Viação Jauense Ltda. O valor da ajuda foi fixado pelo prefeito em R$ 9,2 mil mensais. Certamente, que alguns vereadores vão querer saber como o prefeito chegou a esse valor, coisa que não está explicada na justificativa que ele enviou à Câmara.

Deixando de lado a questão do valor, que é discutível, a ajuda é justa, uma vez que o serviço de transporte coletivo, em Jales, é realmente deficitário. Duas coisas, no entanto, precisam ser ditas. A primeira diz respeito à justificativa que o prefeito enviou aos vereadores: segundo o nosso premiado estadista, o déficit mensal da empresa é culpa dos idosos que utilizam desnecessariamente o transporte coletivo, vindo ao centro da cidade diversas vezes ao dia, unicamente, para fugirem da ociosidade.

A segunda, diz respeito aos critérios do prefeito: a empresa anterior, a Viação Entre Rios Ltda, de Pereira Barreto, foi a vencedora da concorrência aberta em março de 2007, mas abandonou o barco em agosto de 2009, exatamente porque Parini não cumpriu a promessa de conceder um subsídio mensal. Promessa, aliás, da qual fui testemunha. E agora o prefeito resolve dar ajuda a uma empresa que não participou de nenhuma concorrência. O que teria levado o prefeito a mudar de idéia?

Em tempo: e vocês já viram como ficou fashion a nova Banca do Catuaba? Reparem na foto.

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