O deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB), de Votuporanga, prestou depoimento ontem na 4ª Vara Criminal da Justiça Federal de Rio Preto no processo em que é acusado de direcionar licitações em Votuporanga – na época em que foi prefeito – para favorecer o empresário Luiz Antonio Vedoin, um dos chefes da Máfia das Ambulâncias, esquema desbaratado pela operação Sanguessuga da Polícia Federal em 2006.
Segundo a operação, o esquema era comandado pela família Vedoin, do Mato Grosso, que teria desviado R$ 110 milhões do Orçamento da União na compra de veículos superfaturados em licitações fraudadas. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), entre 2003 e 2004, Pignatari e a ex-procuradora do município Izildinha Alarcon Linares assinaram dois convênios com o Ministério da Saúde para a compra de ambulâncias do grupo no valor total de R$ 259 mil.
Foram instauradas cinco licitações, todas na modalidade carta-convite, em que a prefeitura escolhe as empresas convidadas. À época, Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam, empresa do Mato Grosso que superfaturava ambulâncias em até 110%, afirmou que havia envolvimento de cerca de 90 parlamentares no esquema.
Ao sair da sala de audiência da 4º Vara Criminal, Pignatari não quis falar sobre o assunto nem o teor do seu depoimento. “Não te interessa sobre o que foi (meu depoimento). Não tenho nada para falar meu amigo”, disse o tucano, cercado por um batalhão de advogados.
Na tarde desta quinta-feira, foram reveladas as três vencedoras da etapa paulista do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. Na sua nona edição, foram 1.180 mulheres inscritas, mais que o dobro de 2012, quando 527 empreendedoras participaram da disputa.
Dividido em três categorias, as vencedoras foram Elza Aguiar (Pequenos Negócios) e Gislaine de Fátima (Empreendedora Individual), ambas da zona norte da Capital, e Rosangela Mazonas Fonseca (Negócios Coletivos), da cidade de Jales, interior de São Paulo.
A vencedora da categoria Negócios Coletivos, Rosângela Fonseca, da cidade de Jales, entrou para Associação de Catadoras da cidade em 2010. Em dezembro do mesmo ano, transformou-a em Cooperativa para que pudessem criar e apresentar projetos para receber subsídios.
Rosângela foi eleita a primeira presidente e, apesar de não ter nenhuma experiência em administração, organizou os negócios de forma a racionalizar a coleta, a seleção e a venda dos resíduos sólidos. A expectativa para este ano é de dobrar a coleta de resíduos sólidos recicláveis, que hoje chega a 60 toneladas por mês.
“Quero expandir nosso negócio. Sair da cidade e passar a coletar na região. Sempre levando a nossa mensagem de preocupação com o meio ambiente”, explicou Rosângela. Segundo a vencedora, receber o selo do Sebrae-SP é importante. “Agora, somos uma empresa com certificação.”
As vencedoras receberam troféu, certificado, selo de premiação e curso de gestão, além de irem a Brasília para disputarem, no dia 7 de março, a final nacional. Na ocasião, concorrerão a uma viagem internacional para um centro de empreendedorismo.