Arquivos mensais: novembro 2015
NOVO CEMITÉRIO DEVE RECEBER MAIS DE 1.500 VISITAS HOJE
O servidor municipal conhecido pelo apelido de Picapau estava de plantão hoje, no novo cemitério municipal, o “Nossa Senhora da Paz”. Ele disse que mais de 1.000 pessoas já tinham visitado o local, no período da manhã, e calculava que, até o final do dia, esse número passaria de 1.500.
O primeiro sepultamento ocorrido no cemitério “Nossa Senhora da Paz” foi o do eletricista Paulo Bispo dos Santos, no dia 11 de julho de 2012. Quase três anos e meio depois, cerca de 350 corpos já foram sepultados no novo cemitério.
Segundo Picapau, que trabalha no local desde os primeiros dias, ali já foram sepultadas pessoas de todas as classes sociais. “Essa conversa de que o cemitério antigo é dos ricos e aqui é o cemitério dos pobres é coisa de quem não conhece a realidade”, garantiu Picapau.
POLÍCIA DO RIO INVESTIGA RACISMO NA WEB CONTRA TAÍS ARAÚJO
A notícia é do Brasil 247:
O episódio de racismo contra a atriz Taís Araújo será investigada pela polícia do Rio de Janeiro em inquérito a ser instaurado na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). No sábado (31), uma foto publicada no perfil da atriz no Facebook recebeu diversos comentários chamando-a de “macaca”, “criola”, “cabelo de esfregão”, entre outras ofensas.
A identidade dos autores, a maioria fakes, será investigada e eles serão intimados a depor. A atriz também deve ser ouvida.
A Polícia Federal afirma que ainda não foi acionada.
O episódio gerou comoção nas redes sociais, e a hashtag #SomosTodosTaisAraujo tornou-se uma das mais populares no Twitter. Após a polêmica, a maioria das postagens racistas foi apagada.
Do domingo, a atriz postou um desabafo:
“É muito chato, em 2015, ainda ter que falar sobre isso, mas não podemos nos calar: na última noite, recebi uma série de ataques racistas na minha página. Absolutamente tudo está registrado e será enviado à polícia federal. E eu não vou apagar nenhum desses comentários.
Faço questão que todos sintam o mesmo que senti: a vergonha de ainda ter gente covarde e pequena nesse país, além do sentimento de pena dessa gente tão pobre de espírito. Não vou me intimidar, tampouco abaixar a cabeça. Sigo o que sei fazer de melhor: trabalhar. Se a minha imagem ou a imagem da minha família te incomoda, o problema é exclusivamente seu!
Por ironia do destino ou não, isso ocorreu no momento em que eu estava no palco do Teatro Faap com O Topo da Montanha, um texto sobre ninguém menos que Martin Luther King e que fala justamente sobre afeto, tolerância e igualdade. Aproveito pra convidar você, pequeno covarde, a ver e ouvir o que temos a dizer. Acho que você está mesmo precisando ouvir algumas coisinhas sobre amor.
Agradeço aos milhares que vieram dar apoio, denunciaram comigo esses perfis e mostraram ao mundo que qualquer forma de preconceito é cafona e criminosa. E quero que esse episódio sirva de exemplo: sempre que você encontrar qualquer forma de discriminação, denuncie. Não se cale, mostre que você não tem vergonha de ser o que é e continue incomodando os covardes. Só assim vamos construir um Brasil mais civilizado.
A minha única resposta pra isso é o amor!”