Blog do Cardosinho

Deu no G1:

Jales é a 16ª cidade do noroeste paulista a receber a Caravana 20 Anos da TV TEM. Nesta sexta-feira (21), o projeto também vai passar por Itatiba e Garça (SP).

Segundo o historiador Genésio Mendes de Seixas, a história do município começou no ano de 1927, quando o engenheiro Euphly Jalles chegou à região para fazer a medição das terras. “Ele adquiriu muitas propriedades pelo serviço que fez e previu que a estrada de ferro passaria pela região”.

Para criar um novo município, o engenheiro enviou ofícios ao presidente Getúlio Vargas, ao interventor do estado e a prefeitos. Em 1948, Jales foi emancipada de Fernandópolis (SP), tornando-se uma nova cidade.

Ainda conforme o historiador Genésio de Seixas (na foto ao lado, recebendo seu merecidíssimo Título de Cidadão Jalesense), Euphly foi o primeiro prefeito de Jales, município que, com chegada da estrada de ferro, começou a se desenvolver e atrair pessoas de todos os estados.

“A estrada de ferro teve um papel muito importante no desenvolvimento de Jales. Outro incentivo para que essa população fosse atraída a região foi o encontro de terras. A terra era quase de graça”, relata Genésio, que mora atualmente em São José do Rio Preto, em um de seus livros sobre a cidade.

Com mais de 30 mil hectares e 1,3 mil propriedades focadas na produção agrícola, a área rural de Jales é um dos principais meios de economia da cidade. Ao todo, 90% das terras pertencem a pequenos produtores.

A produtora rural Sónia Gigante, por exemplo, sustenta a família há mais de 30 anos com o que planta e colhe na cidade. “Começamos a vender em quitandas e mercados, feiras. Vimos resultados, plantamos cada vez mais e começamos a entregar até fora do estado”.

Atualmente, a produção de uvas é expressiva no município, estando em mais de 100 pequenas propriedades. Além disso, Jales possui uma das poucas estações experimentais de viticultura.

Segundo João Dimas Garcia Maia, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a estação experimental foi criada em 1993, a partir do interesse do clima propício para o cultivo.

“A estação experimental de viticultura foi criada em 1993, por conta do interesse em desenvolver novas variedades em região de climas quentes, encurtando o tempo de produção de 16 anos para 10 anos”.

Durante quase 30 anos de trabalho, mais de 10 variedades de uvas foram desenvolvidas na estação experimental, uma delas é a “Vitória”, comercializada em todo o país.

“Temos mais de três mil hectares da uva. O clima é quente e produz o ano todo. Você consegue encontrá-la em todos os mercados”, explica o pesquisador da Embrapa.

Para o prefeito de Jales, Luís Henrique dos Santos Moreira, a agricultura é o ponto forte da cidade, principalmente a familiar. “Nosso PIB é elevado. Cerca de 25% vem da agricultura familiar.”

Além da produção agrícola, o comércio é destaque na cidade. Das mais de 11 mil pessoas que trabalham com carteira assinada, 40% atua no setor.

Segundo Elaine Borges Bernardes, presidente da Associação Comercial de Jales, a localização da cidade é estratégica, sendo responsável por atrair milhares de pessoas.

“Jales é o centro da região. A localização é estratégica devido aos estados em volta, como Mato Grosso do Sul, Minas e Goiás. Isso faz com que as pessoas venham mais para cá”.

O Hospital do Amor de Jales foi a primeira unidade do antigo Hospital do Câncer a ser construída fora da cidade de Barretos (SP).

Segundo Arthur Bernardes, gerente administrativo do Hospital de Amor de Jales, a construção foi feita para evitar o deslocamento dos pacientes até a cidade de Barretos.

“Começamos apenas com o tratamento de clínico de radioterapia, e hoje temos um tratamento completo, em 90% de especialidades”.

Além do atendimento médico do hospital, a cidade conta com a Associação dos Voluntários do Combate ao Câncer (AVCC), que realiza ações e recebe doações.

De acordo com Roseli Pizzolitto, presidente da AVCC, os recursos são captados e revertidos para o hospital e pacientes.

“Os produtos passam por uma triagem e depois são colocados no bazar para a venda. Em 2023, conseguimos entregar três aparelhos para o hospital, que custaram em torno de 240 mil reais”.

Como já noticiado por este aprendiz de blogueiro, o vereador Rivelino Rodrigues está processando o seu colega de vereança, Bruno de Paula, acusando-o dos crimes de calúnia e difamação. Tudo por conta de uma live veiculada por Bruno nas redes sociais com acusações a respeito da história dos caminhões de terra que Rivelino teria retirado de uma área da Prefeitura e despejado em um terreno de sua propriedade.

O suposto furto de terra foi investigado em inquérito policial presidido pelo delegado Ademir Gasques Sanches Júnior, que ouviu diversas testemunhas incluindo os motoristas dos caminhões, e, ao final, emitiu seu relatório, onde diz que “o terreno acima de pertencer à Municipalidade é parte do patrimônio do povo Jalesense. O que não significa que a retirada de terra possa se dar sem qualquer formalidade…”.

Relatório à parte, o fato é que Rivelino não gostou da prosa que Bruno compartilhou com seus seguidores e recorreu à Justiça com uma ação que tramita na 2ª Vara Criminal de Jales. Ontem, 19, o juiz titular da 2ª Vara, Alexandre Yuri Kiataqui, deu andamento ao processo.

Embora as divergências entre Rivelino e Bruno pareçam irreconciliáveis, o magistrado vai fazer pelo menos uma tentativa de convencê-los a fumar o cachimbo da paz. Ele marcou para o dia 22 de novembro, às 13:40 horas, uma audiência presencial de conciliação entre os dois nobres edis, quando será oferecida a ambos a oportunidade de se reconciliarem. Aguardemos!

O juiz José Geraldo Nóbrega Curitiba indeferiu o pedido de liminar requerido pela empresa MFE Business Organização de Festas e Eventos Ltda, de Sales, que entrou com ação contra a licitação que resultou na contratação da Kalli Eventos para cuidar da organização da Festa do Peão de Jales.

A decisão é de ontem, 18 de abril. O juiz reconheceu como relevantes os argumentos invocados pela autora, mas, de outro lado, ressaltou ser temerária concessão de liminar sem antes ouvir as alegações da Prefeitura.

Segundo o juiz, deve prevalecer, neste momento, a presunção da legitimidade do ato administrativo (licitação) contestado. Dessa forma, resta agora o julgamento do mérito da ação, quando o magistrado deverá ouvir a Prefeitura e analisar o caso com mais profundidade.

Lembram-se da empresa MFE Business Organização de Festas e Eventos Ltda, que tem sede na cidade de Sales? Não? A MFE Business foi aquela empresa que entrou com um recurso administrativo no Tribunal de Contas do Estado (TCE), tentando melar a licitação que resultou na contratação da Kali Eventos para organizar a Festa do Peão de Jales.

Naquela ocasião, a Prefeitura julgou que a empresa não tinha razão e negou provimento ao recurso, de modo que a licitação foi concluída sem novas intercorrências, sagrando-se vencedora a Kali Eventos, de Santa Fé do Sul.

Sabe-se agora, no entanto, que a MFE Business não se deu por vencida. A empresa protocolou, no início de abril, uma ação na Justiça de Jales, contestando detalhes da licitação. O caso tramita na Vara Especial Cível e Criminal, sob a presidência do juiz José Geraldo Nóbrega Curitiba, já que o titular do cargo, Fernando Antonio de Lima, declarou-se suspeito para julgar a ação.

Em resumo, as razões para contestação junto à Justiça são, basicamente, as mesmas do recurso administrativo apresentado na Prefeitura, ou seja, a Kali Eventos teria deixado de apresentar um dos documentos exigidos no edital e, além disso, teria omitido os problemas que vem enfrentando na Justiça, com algumas cobranças judiciais.