Uma norma interna decretada pelo juiz José Roberto Moraes Marques, titular da 4ª Vara Cível de Taguatinga (DF), causou desconforto entre os advogados que frequentam o local. Um cartaz pendurado na porta da sala de audiências do cartório exige que as partes e os advogados devem se levantar quando o magistrado entrar no recinto.
Os advogados consideraram a obrigação “um absurdo”. Por isso, dirigentes da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF) enviaram um “pedido de providências” para a Corregedoria do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) contra a 4ª Cível de Taguatinga.
Atendendo ao pedido do leitor Carlos França, reproduzo abaixo a notícia mais recente – do site Purepeople – sobre a polêmica envolvendo o jornalista Zeca Camargo e a morte do cantor Cristiano Araújo:
Zeca Camargo pediu desculpas sobre as declarações polêmicas ditas a respeito do cantor Cristiano Araújo, que morreu em um acidente de carro junto com a namorada, Alana Moraes, de 19 anos, na quarta-feira(24), em Goiás.
Durante o programa “Vídeo Show” desta segunda-feira (29), enquanto falava sobre a sua volta à TV na atração “É de casa”, da Globo, o jornalista aproveitou o espaço em rede nacional para dizer que foi mal interpretado após considerar exagerada a cobertura da morte do artista, de 29 anos, que repercutiu internacionalmente.
“Escrevi um comentário na Globo News sobre essa cobertura e acabei sendo mal interpretado por alguns fãs”, disse Zeca, que ainda se confundiu e chamou Cristiano Aráujo de Cristiano Ronaldo, equívoco também cometido por Fátima Bernardes e outros artistas.
“Gostaria de deixar claro que tenho a maior admiração pelo ‘Cristiano Ronaldo’, que não está mais com a gente, que começou de uma maneira, tão honesta e tão bonita, que estourou e virou esse artista que o Brasil inteiro chorou a sua morte. Qualquer artista tenho, sobretudo, muito respeito por todos. Queria me desculpar com quem talvez tenha entendido errado”, declarou o apresentador.
Texto de Zeca Camargo sobre ‘comoção nacional’ revoltou artistas
Zeca Camargo escreveu em sua crônica no Jornal das Dez, da Globo News, que a morte de Cristiano Araújo levou uma multidão comovida por um artista “desconhecido” e que “de uma hora para outra, fãs e pessoas que não faziam ideia de quem era Cristiano Araújo partiram para o abraço coletivo”.
“Muita gente estranhou a comoção nacional diante da morte trágica e repentina do cantor Cristiano Araújo. A surpresa maior, porém, vem do fato de ser tão famoso e tão desconhecido. O Brasil, felizmente, tem um punhado de artistas que não passam pelo radar da grande mídia, nem são um consenso popular, mas que levam multidões para seus shows. (…) O que realmente surpreende neste evento triste da semana foi a comoção nacional. De uma hora para outra, fãs e pessoas que não faziam ideia de quem era Cristiano Araújo partiram para o abraço coletivo, como se todos nós estivéssemos desejando uma catarse assim, um evento maior que nos unisse pela emoção”, escreveu Zeca.
Vários artistas rebateram as declarações do apresentador. Pelo Instagram, Sorocaba, da dupla com Fernando, escreveu: “Tentando tapar o ouvido pra tanta bobagem … É triste ver em rede nacional o jornalista Zeca Camargo subestimando a força da nossa música sertaneja. Foi infeliz!”. Munhoz e Mariano publicaram uma foto e escreveram na legenda: “Quem é Zeca Camargo?”, em forma de hashtag. Por causa da campanha contra a declaração do jornalista, o nome de Zeca foi parar em primeiro lugar dos assuntos mais comentados do Twitter.
Eis o áudio com a crônica completa do Zeca Camargo:
As fotos acima integram o livro “Mais que um Leão por Dia” que narra a aventura vivida pelo jornalista Alexandre Costa Nascimento, durante quatro meses no Tour d’Afrique. Essa expedição atrai ciclistas do mundo todo pelo desafio de percorrer 12 mil quilômetros que separam o Cairo, no Egito, da Cidade do Cabo, na África do Sul.
O jornalista foi o primeiro brasileiro e representante de um país latino-americano a participar da expedição. Alexandre mescla informações dos países visitados com as surpresas oferecidas em cada etapa: visuais impressionantes, animais selvagens, desertos, tempestades de areia, calor de 40° graus durante o dia e frio de 0 grau na madrugada, pneus furados, quedas, machucados, doenças inesperadas etc.
Engajado na adoção do ciclismo como estilo de vida e meio de mobilidade urbana, o jornalista abriu mão da carreira jornalística para concretizar o sonho de atravessar o continente africano sobre uma bicicleta.
Do Cairo à Cidade do Cabo, Alexandre passou, ao todo, por 11 países africanos (Egito, Sudão, Eitópia, Quênia, Tanzânia, Malauí, Zâmbia, Zimbábue, Bosuana, Namíbia e África do Sul). Ele partiu em janeiro de 2013 em uma jornada que transformaria sua vida para sempre e que o fez constatar a sentança que precedia o formulário de inscrição da Tour d’Afrique: “Uma vez que você vai, você nunca mais será o mesmo”.
Uma semana depois de ter ido ao ar a entrevista de Jô Soares com a presidente Dilma Rousseff, na Globo, o apresentador recebeu uma ameaça. A frase “Jô Soares morra” apareceu pichada na calçada do prédio onde mora, no bairro nobre de Higienópolis, em São Paulo.
Jô reagiu com bom humor à hostilidade. “Ainda bem que não marcaram a data”, disse à Folha de S. Paulo.
O apresentador virou alvo de críticas, passando a ser chamado de “comunista” e “pago pelo PT”, após defender Dilma algumas vezes em seu programa e principalmente depois da entrevista.
“Eu comecei a ter uma reputação de petista fanático porque saí em sua defesa quando começou aquela onda absurda, louca, de ‘fora Dilma’. A pessoa não acredita muito que na democracia, quando a pessoa é eleita, tem que se respeitar o voto. Saí em sua defesa, não que você precisasse, mas tem certas coisas que me deixam indignado”, comentou Jô na entrevista.
Depois das críticas, ele brincou: “Sou petista de raiz”. “Antes, se eu entrevistava alguém do PSDB, era chamado de petista. E se entrevistava alguém do PT era chamado de tucano. É sempre assim”, acrescentou. Para ele, esta foi a entrevista “mais importante” de seus 54 anos de profissão. “Pelo momento em que a gente está vivendo”, explicou.
Um cartaz com uma espécie de ‘ranking’ da vida sexual de alunas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), campus da USP em Piracicaba(SP), revoltou um grupo de estudantes da instituição. O material foi colocado no Centro de Vivência, o pátio onde os universitários se reúnem, mas retirado depois de causar polêmica e manifestações contrárias que se espalham pelos muros da unidade. A universidade informou que vai apurar o caso.
Considerado preconceituoso e ofensivo por alunos e professores, o cartaz era dividido em colunas que atribuíam, com palavra de baixo calão e termos como “teta preta”, as supostas características das estudantes listadas pelos apelidos com que foram batizadas no campus, além do número de pessoas que teria mantido relações. Os “codinomes” são uma tradição na Esalq e muitos universitários os carregam após o curso.
O professor Antonio Ribeiro de Almeida Junior, da Esalq, pesquisa diferentes tipos de abusos nas universidades há 14 anos e chegou a relatar casos de violência à CPI dos Trotes no início do ano. Ele disse que o ranking comprova a existência de uma cultura da discriminação no campus. “O cartaz tem caráter de assédio e conteúdo difamatório intencional”, disse.
De acordo com o professor, materiais como esse já foram produzidos antes, mas nunca tinham sido expostos como aconteceu nesse caso. “Foi a primeira vez que colocaram em local público. Isso dá margem para que as pessoas, reconhecidas por seus codinomes, sejam discriminadas”, criticou. Segundo ele, o cartaz também cita homossexuais.
Há quem garanta que o Lulinha é o dono da Torre Eiffel e da Casa Branca. E, pelo jeito, é dono também de uma loja de departamentos do Paraná. A notícia é do jornal paranaense Gazeta do Povo:
A rede catarinense de lojas de departamentos Havan usou as redes sociais para desmentir boatos de que seria de propriedade do filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A postagem de um internauta de Curitiba que afirmava ter “confirmação de fonte segura” de que a Havan era uma empresa de “fachada”, de propriedade do “filho de Lula” e comprada com “recursos do BNDES”, motivou a retratação publicada na segunda-feira (15), no Facebook.
A resposta da Havan esclareceu que a empresa é familiar, de um único dono, e afirmou ainda que a empresa não possui nenhum empréstimo junto ao BNDES. Além disso, a publicação rechaçou também comentários anteriores, que tentaram associar a marca Havan a familiares da presidente Dilma Rousseff. “Mentiras ditas várias vezes acabam se tornando verdades. Estamos colocando um ponto final no assunto”, diz o post.
A empresa ainda desafiou o autor das acusações a comprovar a veracidade do conteúdo de sua postagem, sob risco de acioná-lo judicialmente por calúnia e danos morais. Até às 17h50 desta terça-feira (16), a resposta da empresa já tinha 3.726 curtidas e 1.149 compartilhamentos
Desculpas
No mesmo dia da resposta da rede, o internauta que havia feito as afirmações publicou um pedido de desculpas. “Após receber uma comunicação formal da Havan, venho retratar o meu comentário anterior para esclarecer que não é verdade que a empresa teria como proprietário o filho do Lula, bem como que ela não é financiada pelo BNDES. Apenas republiquei uma mensagem que recebi sem conferir sua fonte e veracidade, de modo que gostaria de me desculpar publicamente com todos que trabalham na referida empresa”, disse o internauta.
Vira e mexe, surgem notícias como essa, demonstrando que a corrupção não está apenas na política, embora, em muitos casos, tenha relação com ela.
Em 2011, a Polícia Federal investigou um caso de venda de habeas corpus a traficantes em Minas Gerais. Os principais envolvidos eram um primo do ex-governador mineiro, Aécio Neves, e um desembargador nomeado por Aécio para o TJ-MG, conforme notícia da revista Fórum.
Agora, a PF descobre um esquema parecido no Ceará, envolvendo desembargadores, advogados e servidores do TJ-CE. Eis um trecho da notícia do blog do Fernando Ribeiro:
A investigação atinge, pelo menos, seis desembargadores, entre eles, dois que já se aposentaram. Já o número de advogados gira em torno de dez. Quanto aos servidores do TJCE não foi ainda revelado o número de investigados. Contudo, o filho de um dos magistrados está no rol da apuração. Ele foi conduzido coercitivamente à sede da PF na última segunda-feira, sendo interrogado e, posteriormente, liberado.
Afastamento
Por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o desembargador Carlos Rodrigues Feitosa, da ativa, foi afastado do cargo por período indeterminado. Ele é um dos suspeitos de conceder habeas corpus a réus presos por crimes graves como tráfico de drogas, assassinatos e receptação. Investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, simultaneamente, pela Polícia Federal, Feitosa foi interrogado e liberado. Seu advogado, Waldir Xavier, informou ao jornal Diário do Nordeste que ele respondeu com tranquilidade a todas as indagações da PF e vai aguardar o andamento da apuração.
Embora o caso esteja sob “segredo de Justiça”, o nome de Carlos Feitosa “vazou” para a Imprensa durante o andamento das diligências da PF em Fortaleza na segunda-feira. Os agentes foram à residência dele, no bairro Cocó, e apreenderam documentos e computadores, assim como fizeram em seu gabinete, na sede do Tribunal de Justiça.
Traficante liberado
Em maio de 2013, durante um de seus plantões de fim de semana, o desembargador concedeu, de uma só vez, dois habeas corpus em favor do traficante de drogas Renan Rodrigues Pereira, apontado como envolvido com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e tido como homem que se tornou rico após eliminar vários traficantes concorrentes, chegando a comprar apartamentos na Beira-Mar e andar em carros importados e blindados, e com escolta armada.
Perplexos e, provavelmente, caídos de inveja. A notícia é do jornal carioca O Dia:
Um casal deixou vizinhos perplexos ao fazer sexo na sacada de um prédio de Bangsar South, na capital Kuala Lumpur, na Malásia. A dupla parecia não estar se preocupando com a cena poder ser vista de prédios vizinhos. O ato sexual durou cerca de 30 minutos. O vídeo com o momento do casal fez sucesso ao ser postado nas redes socais.
De acordo com o chefe de polícia Muhammad Abdullah Azlee, o homem que aparece nas imagens era estrangeiro e tinha visitado a residência com sua parceira para alugá-lo. A polícia abriu um inquérito depois que o caso veio à tona no mês passado.
E ele nem conhece o pessoal do “Revoltados on Line”. A notícia é do Brasil 247:
O escritor e filólogo italiano Umberto Eco afirmou que as redes sociais dão o direito à palavra a uma “legião de imbecis” que antes falavam apenas “em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade”.
A declaração foi dada nessa quarta-feira, 10, durante o evento em que ele recebeu o título de doutor honoris causa em comunicação e cultura na Universidade de Turim, norte da Itália.
“Normalmente, eles [os imbecis] eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel”, disse o intelectual.
Segundo Eco, a TV já havia colocado o “idiota da aldeia” em um patamar no qual ele se sentia superior. “O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”, acrescentou.
O escritor ainda aconselhou os jornais a filtrarem com uma “equipe de especialistas” as informações da web porque ninguém é capaz de saber se um site é “confiável ou não”.
Acima, o vídeo com reportagem do programa CQC, da Band. E, abaixo, texto do blogueiro Eduardo Guimarães, do blog da Cidadania:
No último sábado, o Blog denunciou que o fanático de ultradireita Daniel Barbosa Amorim, que agrediu verbalmente frentista haitiano que trabalha em um posto de gasolina da cidade gaúcha de Canoas, cumpriu pena de prisão por furto, entre outras complicações com a lei.
Amorim é, também, “administrador” do grupo fascista “Revoltados On Line”, segundo informação postada por esse grupo em seu perfil no Facebook.
Na última segunda-feira, o programa humorístico da Band Custe o Que Custar (CQC) fez um excelente trabalho jornalístico ao ir ao Rio Grande do Sul entrevistar o frentista agredido e, também, o ex-presidiário Daniel Barbosa Amorim.
Para quem não assistiu ao programa, vale a pena conferir a belíssima reportagem de um programa polêmico cujo conceito entre os analistas sérios nunca foi bom, mas que vem melhorando após a saída do âncora Marcelo Tas.
O que espanta na reportagem do CQC é a postura arrogante e agressiva do ex-presidiário que agride pessoas indiscriminadamente. Por várias vezes ele bateu no peito do repórter que o entrevistou, tentando provocar uma reação e gerar um confronto físico.
Parece que ainda não caiu a ficha do ex-presidiário e “administrador” do grupo fascista “Revoltados On Line”. Além de sua atitude truculenta ao tocar provocativamente o repórter da Band, ainda insinua que irá processar suas vítimas e quem lhe denunciou o crime.
No vídeo, vê-se uma mulher que acompanhava o ex-presidiário filmando o trabalho do repórter Marcelo Salinas, do CQC, e “ordenando” que a entrevista terminasse.
De qualquer forma, o saldo desse episódio é positivo. A excelente argumentação do repórter da Band expôs toda estupidez do ex-presidiário que ajuda a “administrar” o perfil dos “Revoltados On Line” no Facebook.
A reiterada baboseira desse grupo sobre o Foro de São Paulo foi literalmente triturada pelo repórter da Band. Além disso, ao reconhecer que cumpriu pena por roubo, o ex-presidiário truculento expôs ao país que tipo de gente é esse que tem a ousadia de acusar os outros de corrupção.
Esse é o principal mérito da democracia. Com liberdade de expressão, excessos de gente autoritária, estúpida e antidemocrática como Amorim e seu grupo de “revoltados” podem ser expostos e, aos poucos, o país vai entender que essa gente é perigosa e precisa ser contida.