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IMPRENSA INTERNACIONAL DIZ QUE PANDEMIA NO BRASIL ESTÁ FORA DE CONTROLE E VIROU “BOMBA-RELÓGIO” MUNDIAL

Deu no Brasil 247:

A aceleração da pandemia de Covid-19 no Brasil foi destaque na imprensa internacional desta quarta-feira (24). Emissoras de rádio, televisão e diversos jornais noticiaram o recorde de mais de 3 mil mortos registrado em 24 horas no país e afirmam que a situação brasileira está “fora de controle”.

“O Brasil registrou 3.258 mortes por Covid-19 ontem, a primeira vez que ultrapassou 3.000 mortes em um dia, em meio a apelos para que o governo e o novo Ministro da Saúde implementem medidas para conter o aumento das infecções”, resume o jornal mexicano La Jornada. “Nas últimas semanas, a maior nação da América Latina se tornou o epicentro global da pandemia, relatando mais mortes diárias por coronavírus do que qualquer outro país”, continua o diário.

O mesmo tom foi adotado pelo jornal francês Le Figaro e pelo canal de televisão BFM, que reproduzem as informações divulgadas pelas agências de notícias europeias na manhã desta quarta-feira. “O Brasil se afunda em uma crise sanitária fora de controle” lança a emissora.

“Grandes estados como São Paulo e Rio de Janeiro fecharam restaurantes e bares nas últimas semanas, e os governadores estão lutando para evitar um colapso total de hospitais com praias isoladas e feriados antecipados para manter as pessoas em casa”, relata a agência de notícias Bloomberg.

O jornal regional francês Ouest France chegou a fazer um vídeo em seu site sobre a situação brasileira. Para o diário, o país está “à beira do abismo”. As imagens mostram a população fazendo um panelaço durante o discurso do presidente Jair Bolsonaro, na terça-feira (23). “Eles protestam contra a má gestão da crise sanitária pelo governo”, explica a legenda.

A manifestação contra o chefe de Estado também foi destaque no site do Voice of America. “A forma como Bolsonaro está lidando com a pandemia há mais de um ano não parece ter gerado muita confiança entre os cidadãos”, afirma o VOA.

Com a manchete “Fúria após Bolsonaro dizer que as pessoas logo levarão ‘vidas normais'”, o jornal britânico The Guardian também noticia os protestos. O diário relembra o ceticismo do presidente no início da pandemia e ressalta que o discurso dessa terça-feira acontece praticamente um ano após o chefe de Estado fazer um pronunciamento no qual dizia que “os temores sobre a pandemia eram exagerados”.

ASSOCIAÇÃO MÉDICA PEDE QUE USO DE CLOROQUINA SEJA BANIDO DO TRATAMENTO DA COVID

A AMB não foi a única. Segundo o Estadão, pelo menos 81 entidades médicas e científicas estão pedindo o banimento do tal “kit covid”, para desespero do Alexandre Garcia. A notícia é do Congresso em Foco:

O Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 (CEM Covid) da Associação Médica Brasileira (AMB) publicou, nesta terça-feira (23), um boletim com uma série de recomendações de protocolos médicos a serem seguidos durante a pandemia. O grupo é taxativo ao pedir que cloroquina e outros remédios do “kit-covid” defendido por Jair Bolsonaro sejam banidos do tratamento.

“Infelizmente, medicações como hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxadina, azitromicina e colchina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da covid-19, quer seja na prevenção, na fase inicial ou nas fases avançadas dessa doença, sendo que, portanto, a utilização desses fármacos deve ser banida”., diz trecho to texto.

No documento, os médicos pedem uma coordenação nacional no combate à pandemia e cobram ações do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

“Que seja um exemplo de independência na implantação de políticas/medidas consistentes e necessárias à resolubilidade e qualidade do sistema; de conduta ética, de compromisso com melhor medicina, e, acima de tudo, com a saúde de todos os cidadãos”, cobra o comitê ao ministro. Queiroga é o quarto ministro da saúde a assumir a pasta desde o início da pandemia no ano passado.

O grupo alerta que somente no mês de março deste ano, o Brasil registrou 25% das mortes mundiais por covid-19, “segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), houve 60,2 mil óbitos, dos quais 15,6 mil em nosso país”, explica.

EXEMPLO PARA O MUNDO, SEGUNDO BOLSONARO, BRASIL REGISTRA NOVO RECORDE COM 3.251 MORTES POR COVID

O estado de São Paulo também bateu recorde, com 1.021 mortes. Jales registrou dois óbitos nesta terça-feira, mesmo número registrado em Fernandópolis. Deu no Brasil 247:

O Brasil registrou nas últimas 24 horas 3.251 mortes por Covid-19, segundo dados do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) divulgados nesta terça-feira (23). O país já contabiliza 298.676 mortos pelo coronavírus.

Esta é, de longe, a maior taxa de óbitos diários desde o início da pandemia no Brasil e escancara de uma vez por todas a péssima atuação de Jair Bolsonaro no combate à pandemia, mostrando as consequências do golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016.

Especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertaram nesta segunda-feira (22) que o Brasil poderá chegar à marca de cinco mil mortes diárias pela doença se nada for feito.

Bolsonaro fará pronunciamento em rede nacional às 20h30 para tratar sobre a pandemia e exaltar as políticas de combate ao vírus de seu governo, tentando se defender das críticas.

No último dia foram também registrados 82.493 novos casos de Covid-19, totalizando 12.130.019 casos.

MÉDICO CRIADOR DO ÁLCOOL EM GEL DIZ QUE “BRASIL É VÍTIMA DA GESTÃO MUITO RUIM DE BOLSONARO”

Enquanto isso, por aqui, o Bozo diz que o Brasil está dando exemplo ao mundo de como combater o coronavírus. A notícia é do UOL:

Didier Pittet, médico-chefe do serviço de prevenção e controle de infecções do Hospital Universitário e da Faculdade de Medicina de Genebra, e conhecido como criador do álcool em gel, disse que a má gestão da crise provocada pelo novo coronavírus no Brasil levou a mais mortes.

“Os erros na má gestão dessa crise se pagam em mortes, e o Brasil é vítima da gestão muito ruim de Jair Bolsonaro”, disse ele, em entrevista ao jornal Valor Econômico.

Na pior semana da pandemia no Brasil, o país somou 25% das mortes no mundo no período entre 15 e 21 de março. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que, no total, 60,2 mil pessoas foram vítimas da covid-19 no planeta nesse período —15,6 mil delas apenas no Brasil.

Em sua avaliação, “Jair Bolsonaro infelizmente se fez de esperto com a doença e influenciou mau comportamento, assim como Donald Trump nos EUA”. Ontem, o mandatário disse que o Brasil “vem dando exemplo” no combate à pandemia — a fala veio no dia seguinte ao recorde na média de óbitos por covid-19 no país.

ADVOGADA QUE OFENDEU MÉDICO E EXIGIU CLOROQUINA É CONDENADA POR DANOS MORAIS

Deu no portal Conjur:

O juiz Guilherme de Macedo Soares, da 2ª Vara do Juizado Especial Cível de Santos (SP), ao condenar uma advogada a indenizar um médico em dez salários-mínimos por danos morais.

Segundo os autos, advogada se dirigiu até um hospital particular após sentir frio e tosse seca. Ela pediu para fazer o teste de Covid-19 e manifestou o desejo de utilizar os medicamentos cloroquina e azitromicina — que não tem eficácia cientificamente comprovada no combate à Covid-19.

Diante da recusa do médico que a atendeu, ela exigiu fazer tratamento com o “remédio do presidente” e se prontificou a assinar qualquer termo de consentimento. Diante da falta de comprovação cientifica da eficácia desses medicamentos, o profissional de saúde se negou a receitar as substâncias.

Diante da recusa, a reclamada afirmou ser advogada e prometeu processar o médico por não atender o seu desejo. Inconformada, chamou o médico de “comunista” e publicou uma postagem ofensiva em seu perfil no Facebook com o nome completo do profissional de saúde e o número do seu CRM.

Ao analisar a matéria, o magistrado ponderou sobre o quadro de extremismo político no país e que esse radicalismo contaminou uma discussão que deveria ser pautada pela ciência.

O juiz afirmou que não pretendia entrar no mérito sobre a eficácia do medicamento, mas lembrou que a imensa maioria da comunidade cientifica não recomenda o uso dessas substâncias no tratamento da Covid-19.

Ele lembrou que cabe ao profissional de medicina a escolha do tratamento e que o paciente não tem direito de impor sua opinião para exigir determinado receituário. No máximo, pode escolher se consultar com outros médicos para ter uma segunda ou terceira opinião.

“A ré infelizmente não teve a sensibilidade de entender que o momento não se presta para hostilizar os profissionais da saúde, muito pelo contrário, deveriam ser tratados como heróis, pois, assim o são. Arriscam suas vidas e as vidas daquelas que eles mais amam para combater a doença alheia. Estão na linha de frente, prontos para o ‘que der e vier’, e lamentavelmente ainda precisam passar por situações como essa”, escreveu o magistrado.

“A sociedade precisaria se juntar e pedir desculpas em nome da ré, a começar por este julgador: RECEBA MINHAS SINCERAS DESCULPAS!”, completou o juiz na decisão que também determinou a exclusão definitiva da postagem ofensiva contra o médico.

TRIGÊMEOS DE PARISI PERDEM MÃE, TIA E AVÓ PARA A COVID EM UMA SEMANA

O pai das crianças morreu há seis meses, em um acidente. A notícia é do portal Metrópoles:

Na última semana, a tragédia da família Faria, da cidade de Parisi, no estado de São Paulo, foi notícia até em veículos internacionais. Ana Paula, 36, mãe de trigêmeos e viúva há seis meses, morreu em decorrência da Covid-19. O marido dela faleceu em um acidente de carro. Três dias depois do óbito, a irmã dela, Karina, 33 anos, também morreu por conta da doença.

No último fim de semana, após uma piora rápida no quadro de Covid-19, Valentina Faria, 66, mãe das duas e avó dos trigêmeos, faleceu. A mulher estava internada desde o começo de março, e sequer soube da morte das filhas.

As três foram contaminadas ao mesmo tempo, e ficaram internadas no mesmo hospital. Após a morte de Ana Paula, Valentina começou a dar sinais de melhora, mas não resistiu.

Os trigêmeos, que têm 5 anos, estão sob os cuidados do avô. Um deles, Lucas, também foi contaminado pela Covid-19 e chegou a ser internado, mas se recuperou e já está em casa. A família lamentou a tragédia nas redes sociais.

BANDIDOS ARMADOS INVADEM POSTO DE SAÚDE EM NATAL(RN) E ROUBAM VACINAS CONTRA A COVID

A notícia é do G1:

Criminosos armados invadiram um posto de saúde e roubaram doses de vacinas contra a Covid-19 no final da manhã desta segunda-feira, 22, na Vila de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal. O caso foi confirmado pela direção da unidade e pela Guarda Municipal da capital. Duas ampolas, com um total de 20 doses, foram levadas.

Dois homens suspeitos do crime foram detidos pela Polícia Militar no início da tarde em Ponta Negra, mas não estavam com as vacinas. A polícia ainda procura por pelo menos mais um suspeito.

Testemunhas disseram que criminosos já teriam tentado roubar doses no início da manhã, por volta das 7h, porém havia muitas pessoas no local, que gritaram, o que os afugentou. A polícia foi ao local e ficou parte da manhã, mas quando os policiais saíram, os assaltantes voltaram e roubaram as vacinas.

No final da manhã, os criminosos invadiram a unidade armados, pegaram uma caixa térmica e foram até a sala de vacinação, onde pegaram duas ampolas disponíveis.

“Queriam só vacina da Covid-19. Um deles estava com uma metralhadora. As enfermeiras estão passando mal”, contou um morador do bairro, que não quis ser identificado.

Um agente de saúde foi agredido, por tentar resistir à ação. Os criminosos ainda tomaram o aparelho de celular do homem, segundo a direção da unidade. A porta de uma sala também foi quebrada na ação.

“Estavam armados e encapuzados. Levaram duas ampolas, cada uma ampola da CoronaVac tem 10 doses”, afirmou a diretora da unidade, Elvira Maranhão.

PROPAGAÇÃO DA COVID NO BRASIL FOI INTENCIONAL E BOLSONARO PRECISA SER INVESTIGADO POR GENOCÍDIO, DIZEM PESQUISADORES

Deu no Brasil 247:

Em janeiro deste ano, o estudo “Direitos na Pandemia – Mapeamento e Análise das Normas Jurídicas de Resposta à Covid-19 no Brasil”, uma iniciativa conjunta entre o Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário (CEPEDISA) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) e a Conectas Direitos Humanos, comprovou que a disseminação do coronavírus no Brasil foi uma estratégia de governo.

No sábado (20), três dos autores da publicação cobraram, em artigo na Folha de S.Paulo, a responsabilização de Jair Bolsonaro pelo crime de genocídio à luz do direito penal internacional.

O debate acontece no contexto da “repercussão do uso do termo genocídio pelo influenciador Felipe Neto”, que “deu notoriedade a um debate que já existia: a eventual prática de crimes internacionais”, escrevem Deisy Ventura, doutora em direito internacional e professora titular da Faculdade de Saúde Pública da USP; Fernando Aith, professor titular da Faculdade de Saúde Pública da USP; e Rossana Reis, professora do Departamento de Ciência Política da USP.

“É consenso entre os especialistas em saúde pública que a maioria destas mortes poderia ter sido evitada. Não se trata de erro nem omissão do governo federal. Existe uma estratégia de propagação da Covid-19 no Brasil, implementada sob a liderança do presidente da República”, dizem os pesquisadores, explicando que “a estratégia federal é composta de três eixos”.

Para eles, “é um dever da comunidade jurídica brasileira discutir o caso brasileiro à luz do direito penal internacional, especialmente no que tange ao genocídio de populações indígenas, potencialmente agravado durante a pandemia, e aos crimes contra a humanidade”. 

EX-DEPUTADO IRMÃO LÁZARO MORRE DE COVID APÓS DIZER QUE QUEM PEGA A DOENÇA “É DO DIABO”

Deu no DCM:

Irmão Lázaro (PL), vereador em Salvador, ex-deputado federal, morreu na noite desta sexta, 19, vítima da covid-19. Ele estava intubado após dar entrada no hospital em 25 de fevereiro.

Ex-integrante da banda Olodum, migrou para a música gospel após se converter. Era bolsonarista fanático e, como tal, negava a gravidade da pandemia.

Dias antes de ser internado, fez um culto em uma igreja lotada de Feira de Santana e garantiu aos fieis que crentes não pegavam covid-19. Quem pega “é do diabo”, disse.

Em 2018, Irmão Lázaro defendeu, em discurso durante ato pró-Bolsonaro no Farol da Barra, que homossexuais fossem “olhados como gente”, mas que não se podia “exaltar as minorias”.

A informação de sua morte foi confirmada pela filha nas redes sociais. 

“Hoje a pessoa mais importante da minha vida se foi, o homem que eu mais amei e continuarei amando o resto da vida!!”, anunciou a filha do político e artista gospel.

HÁ UM ANO, BOLSONARISTA OSMAR TERRA DIZIA QUE COVID MATARIA MENOS QUE A GRIPE SUÍNA NO BRASIL

Não podemos nos esquecer de que o Osmar Trevas disse, também, que a pandemia não duraria mais que 13 semanas no Brasil. Deu no DCM:

Nesta quinta-feira (18) se completa um ano de uma das declarações mais absurdas sobre a pandemia do coronavírus.

O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro de Bolsonaro, afirmou que a covid-19 mataria menos que a gripe suína (H1N1).

“A Gripe suína, H1N1, matou 2 pessoas a cada dia no Brasil em 2019. Este número, deve ser maior que as mortes que acontecerão pelo coronavírus aqui. E não se parou o país nem se destruiu a economia, como está acontecendo agora. É o fato e a versão do fato!”, disse ele no Twitter.

Naquela época, o Brasil havia registrado apenas uma morte por causa do vírus. No mês seguinte, em abril, o país já tinha uma média de 200 óbitos por dia.

O negacionismo de Terra contribuiu fortemente para o caos que se instalou no Brasil desde então.

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