Enquanto aqui no Brasil o presidente irresponsável estimula a desobediência ao isolamento social, na Argentina o coronavírus é tratado com a seriedade necessária. Deu no UOL:
Enquanto o Brasil lidera com sobras a lista de países sul-americanos mais afetados pelo coronavírus, a Argentina até quinta-feira (30) havia registrado somente 4.201 casos confirmados e 207 mortes por covid-19.
Os números baixos se explicam pela taxa de testes realizados, proporcionalmente maior do que a brasileira, e uma quarentena rígida que prevê multa e até dois anos de prisão para quem sair de casa sem motivo.
O primeiro caso de covid-19 da Argentina foi confirmado em 3 de março: um homem de 43 anos que havia voltado de Milão, na Itália. Os casos seguintes também foram de viajantes vindos da Europa, e em 15 de março o governo impôs quarentena obrigatória para quem voltava ao país —desobedecê-la pode custar 100 mil pesos (cerca de R$ 8,2 mil) e até culminar em prisão.
Em 20 de março, quando já havia 128 pacientes e três mortes, o presidente Alberto Fernández decretou quarentena compulsória e fechamento de fronteiras .
Foi a primeira grande medida governamental ampla no enfrentamento à pandemia, tomada na mesma data em que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (sem partido), tratava a covid-19 como “gripezinha” —no Brasil havia quatro mortes a esta altura.
A exemplo do Brasil, a quarentena argentina encontrou resistência em alguns setores da economia. Quando questionado, Fernández rebateu à pressão de forma dramática: disse preferir 10% a mais de pobres no país do que 100 mil mortos pelo coronavírus.
“Da morte não se volta, mas a economia se recupera”, declarou na ocasião. A quarentena e as fronteiras fechadas valem até domingo (10), mas a tendência é que as medidas sejam mantidas por mais tempo.
Na sexta-feira, a agressão foi a trabalhadores da saúde. Ontem, os bolsonaristas foram para a frente de um prédio em São Paulo, para gritar agressões verbais a um ministro do STF. E hoje, foi a vez da imprensa ser agredida.
Chico Buarque sonhava com um tempo de delicadeza, mas, o que estamos vivendo é o tempo da ignorância. A notícia é da Folha de S.Paulo:
Enquanto o presidente acenava para apoiadores, o grupo passou a dirigir ofensas ao repórter fotográfico Dida Sampaio, de O Estado de S. Paulo, que registrava o momento.
Um grupo se formou ao redor do fotógrafo, que foi derrubado por duas vezes e chutado pelas costas, além de tomar um soco no estômago. Além dele, o motorista do jornal, Marcos Pereira, também foi agredido.
Outros repórteres e profissionais de imprensa foram então empurrados e ofendidos verbalmente, incluindo os da Folha. Um repórter do site Poder360 também foi agredido pelos manifestantes.
Ao mesmo tempo, Bolsonaro foi alertado, segundo imagens transmitidas pela live de sua rede social, da confusão envolvendo jornalistas.
“Expulsaram os repórteres da Globo, expulsaram os repórteres”, disse uma pessoa ao presidente.
Bolsonaro então respondeu: “Pessoal da Globo vem aqui falar besteira. Essa TV foi longe demais”, disse, sem repudiar as agressões aos repórteres.
Eu tenho um amigo bolsonarista que acredita em todas essas sandices. A notícia é do UOL:
A Polícia Civil de Minas Gerais investiga a origem e a autoria de um vídeo em que uma mulher afirma, falsamente, que caixões de vítimas de covid-19, que estavam sendo desenterrados em Belo Horizonte, continham pedras e papelões, em vez de corpos.
A informação é falsa. Segundo a Agência Lupa apurou com a Prefeitura de Belo Horizonte, não há registro de caixões vazios sendo desenterrados na cidade.
A Polícia Civil afirma que a autora do vídeo pode responder por crime de denunciação caluniosa, “caso a pessoa ofendida manifeste interesse em processá-la”. A mulher menciona o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), no vídeo.
“Além disso, dependendo do resultado das investigações, a mulher poderá responder por denunciação caluniosa, cuja pena máxima é de oito anos de reclusão. A investigação do crime de denunciação caluniosa não está condicionada à representação da vítima”, diz a polícia, em nota. Os investigadores têm divulgado que estão recebendo denúncias pelo número de telefone 181.
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), disse que o isolamento social na cidade e no estado do Amazonas fracassou, em parte por culpa de declarações do presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, afirmou que se a situação não melhorar, pode propor ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), a adoção do lockdown, ou seja, uma quarentena mais rigorosa, nos moldes das implementadas em países como a Itália.
Virgílio Neto também se responsabilizou pela baixa adesão às medidas de distanciamento social verificadas em Manaus.
“A realidade é que eu fracassei em relação ao distanciamento social. Fracassei assim como o governador e todo mundo que está a favor do distanciamento social. Fracassamos perigosamente. Por isso que vamos, ainda nesta semana, dar início a uma campanha de mídia pesada para tentar convencer as pessoas a aderirem ao isolamento”, disse o prefeito em entrevista para o jornal O Globo.
O tucano apontou duas razões para a população não respeitar a quarentena. A primeira, seria cultural: “Acho que há um fator cultural. Meu secretário de obras anda pelas periferias e ouve as pessoas dizendo que a COVID-19 é doença de rico, que não vai pegar em pobre, no caboclo. Mas elas estão vendo as pessoas morrendo”.
Outro motivo, segundo Virgílio Neto, são as declarações do presidente contra o isolamento social: “Outro fator é a pregação do presidente Jair Bolsonaro contra essas medidas. Ele diz que precisamos salvar a economia, mas nunca vi salvar a economia com gente doente”.
Além disso, o prefeito criticou o governo federal por não destinar mais equipamentos e recursos para Manaus lidar com a epidemia da COVID-19.
A notícia é do site luso Notícias ao Minuto, daí o português de Portugal:
A pandemia do novo coronavírus está a provocar um verdadeiro drama em Manaus, cidade do estado brasileiro do Amazonas com pouco mais de dois milhões de habitantes, onde se estima que a Covid-19 esteja a matar mais de 100 pessoas por dia.
Ao passo que, em tempos ditos ‘normais’, a localidade enterrava cerca de 30 pessoas por dia, esse número tem vindo a aumentar drasticamente ao longo das últimas semanas. Só no passado domingo, este número ascendeu a 140.
O jornal britânico The Guardian visitou a região e deparou-se com um cenário dantesco, onde as valas comuns destinadas às vítimas da SARS-CoV-2 têm vindo a encher-se de corpos a um ritmo cada vez mais preocupante.
Gilson de Freitas, de 30 anos, viu a mãe, Rosemeire Rodrigues Silva, que contraiu a Covid-19 após ser internada no hospital devido a um AVC, ser enterrada numa destas valas na passada terça-feira, e não escondeu o desespero.
“É loucura, é pura loucura (…). Eles foram simplesmente atirados para lá como se fossem cães. O que é que as nossas vidas valem agora? Nada!”, lamentou o homem natural de Manaus, uma cidade na qual as agências funerárias já avisaram que ficarão sem caixões de madeira no final da semana.
O prefeito da localidade, Arthur Virgílio, já pediu, inclusive, ajuda à comunidade internacional: “Nós não estamos em estado de emergência. Estamos já muito além disso. Estamos em estado de puro desastre… É como se fosse um país em guerra, e tivesse perdido”.
Falta humanidade ao governo do Bozo. A notícia é da RBA:
A Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abradif) denunciou, por meio de nota, que o governo Bolsonaro se negou a dar apoio logístico para que empresas do setor fizessem uma entrega emergencial de caixões na cidade de Manaus.
Por conta da pandemia de coronavírus, a capital amazonense teve um duplo colapso: primeiro no sistema de saúde e, consequentemente, no serviço funerário. Com média de 100 enterros por dia, o estoque de urnas funerárias está perto de se esgotar, e os corpos estão sendo amontoados em câmaras frigoríficas, podendo vir a ser enterrados em sacos plásticos.
A Abredif informou que solicitou ao governo Bolsonaro um avião para transporte urgente de 2 mil caixões, pois o transporte por via terrestre pode levar até alguns dias. “A situação se agrava a cada minuto. O setor tem vários caminhões carregados de urnas a caminho de Manaus. Contudo, esta viagem, que ocorre parte por via terrestre, parte por balsa, demanda vários dias. Lamentamos este distanciamento da pauta do governo das reais necessidades da sociedade”, disse a entidade.
A associação também criticou a resposta do governo Bolsonaro, apontando demagogia na justificativa. Em resposta à Abredif, o governo federal informou que “adotou ações para minimizar os impactos do coronavírus no Estado do Amazonas, entre elas a entrega de 55 respiradores; 486 mascaras; 46.560 Testes rápidos, e o envio de 29 profissionais da Força Aérea Nacional do Sus (8 medico, 19 enfermeiros e 02 fisioterapeutas)”.
“Chamou-nos a atenção que o número de respiradores ‘ofertados’ pelo governo é menor que a metade do número de óbitos que estão ocorrendo. Certamente, se pelo menos enviassem os equipamentos médicos na quantidade necessária, não necessitaríamos, nós funerários, de pedir apoio logístico para enviar urnas funerárias”, disse a associação.
O principal cemitério de Manaus, o Nossa Senhora Aparecida, passou a realizar enterros noturnos e em trincheiras, com vários caixões ao mesmo tempo, para agilizar o processo. Antes a cidade tinha 30 enterros por dia, em média. A prefeitura da cidade chegou a anunciar que enterraria caixões empilhados, mas desistiu.
Enquanto o Conje e o Bozo duelam para saber quem tem o ego maior, a pandemia de coronavírus continua produzindo cadáveres. Nesta sexta-feira, foram contabilizados mais 357 óbitos no país.
Um vídeo gravado dentro de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Belém mostra corpos ensacados no chão do hospital, que fica no bairro Marambaia, e que atende casos suspeitos do novo coronavírus na zona norte da capital paraense.
A veracidade das imagens foi confirmada ao UOL pela própria prefeitura de Belém, que informou se tratar de um fato ocorrido anteontem.
No vídeo, registrado por um homem, aparecem pelo menos oito corpos, sendo quatro deles ao chão, um em cima de uma maca e outros dois em câmaras frias.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) de Belém, os cadáveres eram de pessoas com suspeita de novo coronavírus e de pacientes que morreram por complicações de outras doenças. A pasta não soube precisar quantidade de cada uma das causas.
A UPA de Marambaia é uma das que atendem casos de suspeitas do novo coronavírus na região Norte de Belém. A cidade tem o maior número de confirmações de covid-19 no estado, com 1.341 pessoas contaminadas, sendo que dessas, 31 morreram, conforme o boletim divulgado hoje pela prefeitura.
No total, o Pará contabiliza 1.446 casos e 75 mortes, segundo o governo. Como os óbitos registrados na UPA de Marambaia ainda são tratados como suspeitos de covid-19 por ainda não terem o resultado do exame, eles ainda não entraram para a estatística.
Além dos 60 prêmios da campanha em comemoração de seus 60 anos, a Rede Proença Supermercados doará meio milhão de reais em alimentos e/ou insumos para entidades hospitalares, que, atualmente, enfrentam grande demanda em razão do coronavírus.
A Campanha de sorteios da Rede Proença, realizada anualmente, será a maior da história da Rede e já havia sido definida no início do ano. Mas diante do cenário de pandemia, a Rede, sensibilizada com a situação, decidiu que era o momento de oferecer ajuda àqueles que estão na linha de frente de combate à pandemia, oferecendo às entidades o mesmo valor que será despendido na campanha de prêmios.
O valor será dividido entre as unidades hospitalares selecionadas nas 11 cidades onde a rede está presente: Auriflama, Pereira Barreto, Ilha Solteira, Três Lagoas, Jales, São José do Rio Preto, Votuporanga, Tanabi, Santa Fé do Sul, Catanduva e José Bonifácio.
A doação será feita por meio de crédito disponível para compras. Cada entidade receberá o valor de R$ 45.454,54 em duas parcelas de R$ 22.727,27, sendo a primeira neste mês de abril e a segunda no próximo mês de maio, totalizando meio milhão de reais em doações.
As entidades poderão escolher os itens alimentícios e/ou de higiene a partir de uma lista previamente definida pela Rede Proença Supermercados, que se compromete a manter estoques adequados para atender aos hospitais.
Caso o hospital necessite de outra forma de doação, como a compra de equipamentos e utensílios hospitalares, deverá informar à Rede Proença, que providenciará a aquisição e a entrega dos mesmos.
A doação é uma ação própria do Proença Supermercados e não possui vínculos com leis de incentivo fiscal.