Nossos políticos podem ficar tranquilos: o caso aconteceu na Bolívia. Deu na revista Fórum:
Moradores de uma comunidade em San Buenaventura, ao Norte de La Paz, na Bolívia, amarraram o prefeito da cidade – Javier Delgado – a um instrumento de tortura conhecido como berlinda, usado na Idade Média, acusando-o de não cumprir promessas da campanha eleitoral.
Imagens da “punição” estão circulando nas redes sociais. Segundo a imprensa local, o prefeito ficou preso durante aproximadamente uma hora, no último fim de semana. Ele já teria passado por duas situações semelhantes, em 2015 e 2016.
“Foi tudo uma confusão provocada por pessoas que espalharam mentiras com o intuito de revogar meu mandato”, disse o prefeito ao diário El Deber. “Não consegui me defender. O castigo foi definido rapidamente. Só consegui explicar depois.”
Delgado pertencia ao Movimento ao Socialismo (MAS), do presidente Evo Morales, mas rompeu com o grupo nas últimas eleições. Ele foi reeleito após ter criado um pequeno partido dissidente da legenda governista. Questionado se pretende tomar ações legais contra o castigo, ele disse que não. “Não é culpa da população. É culpa das pessoas que perderam o poder que sempre tiveram.”
Finalizada a punição, os moradores se reuniram para conversar com o prefeito. Delgado não fez menção de responsabilizar as pessoas criminalmente pelo que aconteceu, mas disse ter sentido “uma profunda tristeza porque a população não está informada”. Ele também afirmou que aquela foi uma punição “mais do que física, moral”.
Na infância, filhos foram obrigados pela mãe a mentir sobre abusos, para prejudicar o pai. A notícia é do G1:
Após quase um ano preso injustamente, o vendedor Atercino Ferreira de Lima Filho, de 51 anos, será solto nesta sexta-feira (2). Ele foi condenado a 27 anos de prisão por abusar sexualmente dos filhos quando eles tinham 8 e 6 anos.
A condenação foi fundamentada nos depoimentos dos filhos, que contaram ser obrigadas a mentir sobre os abusos para prejudicar o pai, que estava separado da mãe. Atercino está preso na Penitenciária José Parada Neto, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Atercino e a mulher se separaram em 2002 e os filhos Andrey e Aline ficaram sob a guarda da mãe, que foi morar na casa de uma amiga. Lá, os irmãos contam que sofriam maus tratos e fugiram de casa. Eles moraram em orfanato e quando saíram procuraram pelo pai e começaram uma batalha para provar a inocência dele.
Em 2012, Andrey registrou em cartório uma escritura de declaração em que afirmava que nunca havia sofrido abusos por parte do pai. “Eu, quando criança, era ameaçado e agredido para mentir sobre abusos sexuais.”
Um projeto que começou nos Estados Unidos, Innocence Project, que tem a missão de tirar da cadeia pessoas que foram presas injustamente, ajudou a família. As advogadas pediram a revisão do processo e, nesta quinta-feira (1º), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu por unanimidade que o vendedor é inocente.
Dora Cavalcanti, diretora do Innocence Project, explica que os laudos da época da denúncia foram negativos para violência sexual. “Uma psicóloga forense atestou, depois de conversar longamente tanto com o Andrey quanto com a Aline, que eles não tinham nenhuma sequela de violência paterna por condutas de abuso sexual. Ao contrário, eles foram crianças que cresceram em meio aos maus tratos infringidos pela mãe e pela companheira da mãe.”
Em alguns funerais, strippers ou dançarinas de pole dance sobem em tetos de jipes para fazer suas apresentações. Enquanto isso, as carpideiras estão ficando sem emprego na China. A notícia é do UOL:
A música ressoa por meio de alto-falantes barulhentos e strippers dançam no ritmo, enquanto os demais participantes do evento acompanham a melodia assobiando.
Mas não estamos falando exatamente de uma festa, e sim de cortejos fúnebres em alguns lugares da China. No início deste ano, o governo do país reforçou sua oposição a essa prática não só em funerais, mas também em casamentos e templos, classificando-a como “obscena e vulgar”.
No entanto, ela persiste. E não é a primeira vez que se tenta aboli-la. Mas por que as pessoas contratam strippers para funerais?
Uma das teorias indica que essas dançarinas são usadas como isca para atrair um número maior de pessoas aos funerais, uma vez que a presença de uma grande multidão é vista como uma forma de honrar o falecido.
Em alguns lugares, essa prática também está relacionada ao culto à reprodução. “Em algumas culturas locais, a dança com elementos eróticos pode ser usada para transmitir os desejos do falecido de ser abençoado com muitos filhos”, disse Huang Jianxing, professor da Universidade Fujian, ao jornal estatal Global Times.
Outra hipótese sugere que a contratação de strippers pode ser vista como uma demonstração de riqueza.
“As famílias das zonas rurais da China são mais propensas a mostrar que têm dinheiro gastando o equivalente a várias vezes sua renda anual contratando atores, cantores, comediantes e strippers para confortar os parentes em luto e entretê-los”, disse o Global Times.
Ontem, terça-feira, a segunda notícia mais lida no portal do jornal Correio Braziliense, de Brasília, era sobre a tragédia da jalesense Giseli Cristina Sanches e os trigêmeos. A mais lida era a notícia abaixo, que eu reproduzo como alerta aos que não conseguem ficar longe do celular:
Uma jovem de 17 anos morreu enquanto mexia no celular e a principal suspeita é de que a adolescente tenha recebido uma descarga elétrica, já que o aparelho estava conectado à tomada. O caso aconteceu na tarde do último domingo (18/2), na cidade de Riacho Frio (PI), que tem pouco mais de 4 mil habitantes, e fica a quase 900 km da capital, Teresina.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a garota ouvia música em um fone de ouvido, deitada no chão que ainda estava úmido após ser limpo com um pano molhado. A mãe, que estava próxima, ouviu a jovem emitir um som estranho, como se tentasse pedir ajuda. Ao tentar socorrer a filha, a própria mulher também teria levado um choque no aparelho.
Em seguida, os familiares chamaram um médico que mora na vizinhança e, quando ele chegou ao local, encontrou a adolescente morta. O profissional ainda teria tentado reanimar a vítima, mas não obteve sucesso. Inconformada, a família levou a garota ao hospital mais próximo, na cidade de Corrente. Porém, ao chegar lá, ela apenas teve o óbito constatado.
O corpo da adolescente foi enterrado nessa segunda-feira (19/2). Ela era saudável e não possuía nenhuma doença que pudesse provocar a morte fulminante, segundo a Secretaria de Saúde. A confirmação da causa do óbito, no entanto, está condicionada à divulgação do laudo cadavérico.
O comerciante José Antonio Galan, de 58 anos, que residiu por muitos anos na cidade de Jales, atuando no ramo de venda de móveis usados, foi encontrado morto com um tiro na cabeça na terça-feira (20) em sua casa, no bairro Cidade Jardim, em Americana.
A Polícia Militar encontrou em sua residência, localizada na Rua dos Gerânios, objetos que indicam que ele pode ter praticado agiotagem. O caso foi registrado na CPJ (Central da Polícia Judiciária) como homicídio simples, mas ainda será verificada a possibilidade de tratar-se de latrocínio.
Segundo o boletim de ocorrência, por volta das 12h30, a ex-companheira de Galan, uma faxineira de 56 anos, foi até sua casa para visitá-lo. Chegando ao local notou que a luz externa estava acesa, o que causou estranheza à faxineira. Ao entrar na casa pela porta da cozinha, que usualmente ficava apenas encostada, encontrou o corpo de Galan. Ela saiu correndo da casa e pediu ajuda a uma vizinha, que acionou a Polícia Militar.
Em procura pela casa, onde Galan, conhecido como Zé da Alegria, morava sozinho, foi encontrada cerca de um grama de maconha e utensílios usados para seu consumo. A ex-companheira de Galan confirmou que ele fazia uso da droga por conta de depressão.
Os policiais também encontraram diversos cadernos e documentos com anotações que levantaram a suspeita de que Galan praticasse agiotagem. Não há, segundo a polícia, informações sobre qual sua fonte de renda atual. A faxineira disse que ele havia sido agiota no passado, mas que desde 2009 havia abandonado a prática. Ele havia possuído um depósito de gás, mas o comércio faliu.
Uma câmera e um DVD não foram encontrados na casa, bem como a chave do portão usada pela vítima. A polícia acredita que os objetos possam ter sido levados pelo assassino. A arma utilizada também não foi encontrada. Um estojo com munição de calibre 380 foi encontrado junto ao corpo. O celular da vítima foi apreendido para ajudar nas investigações.
A matéria completa pode ser lida no portal da revista Nova Escola. Já o emocionante discurso – com um final muito interessante – pode ser visto mais abaixo. Eis um trecho da matéria:
Diante de um auditório lotado no Citibank Hall, gigantesca casa de shows da capital paulista, uma aluna de uma das graduações mais tradicionais do país toma o microfone para um discurso duro. “Gostaria de falar sobre resistência. De uma em específico, a que uma parcela dos formandos enfrentaram durante sua trajetória acadêmica”.
Ela falava em nome dos alunos bolsistas do curso de direito da PUC-SP, em que as mensalidades são de 3.130 reais. “Somos moradores de periferia, pretos, descendentes de nordestinos e estudantes de escola pública”, enumerou. Descrevendo uma experiência de solidão e preconceito, a oradora apontava as dificuldades do convívio com alunos e professores de uma outra classe social:
“Resistimos às piadas sobre pobres, às críticas sobre as esmolas que o governo nos dá. À falta de inglês fluente, de roupa social e linguajar rebuscado. Resistimos aos desabafos dos colegas sobre suas empregadas domésticas e seus porteiros. Mal sabiam que esses profissionais eram, na verdade, nossos pais.”
A fala, aplaudida de pé, viralizou em áudio e vídeo nas redes sociais. NOVA ESCOLA conversou com exclusividade com a autora do discurso. Seu nome é Michele Maria Batista Alves, de 23 anos. Natural de Macaúbas, cidade de 50 mil habitantes no centro-sul baiano, ela é uma dos milhares de estudantes de classe popular que chegaram à faculdade a partir da criação do Programa Universidade para Todos (ProUni), em 2004. É também um exemplo das dificuldades dessa trajetória.
Filha de mãe solteira, criada com a ajuda do avô, Michele veio para São Paulo aos 12 anos, para tratar de uma depressão. Sua família se estabeleceu numa casa alugada em Itapevi, cidade da Grande São Paulo onde mora até hoje, e de onde leva duas horas para ir e voltar ao centro da capital. A intenção inicial era regressar à Bahia, mas dois anos depois a descoberta de um tumor no pescoço adiou indefinidamente os planos. “Hoje estou curadíssima, mas por causa da doença fomos ficando. Minha mãe trabalhava de doméstica e eu comecei a ajudar no Ensino Médio como monitora numa escola infantil”, conta.
O ex-petista Cândido Vaccarezza foi esperto. No meio da tormenta ele deixou o navio do PT e embarcou no PTdoB. Se tivesse continuado no PT, é provável que ainda estaria preso. A notícia é da Folha de S.Paulo:
Fases da Lava Jato que atingiram figuras de destaque no meio político e empresarial não foram levadas adiante na Justiça até agora. Entre as 47 etapas da operação no Paraná desde 2014, ao menos 7 não geraram até o momento denúncias do Ministério Público Federal.
Batizadas com nomes alusivos aos alvos, como Arquivo X (sobre o empresário Eike Batista) ou Abate (com foco no ex-deputado pelo PT Cândido Vaccarezza), essas fases resultaram em ao menos 18 prisões decretadas pelo juiz Sergio Moro, mas nenhum dos investigados está mais preso.
Não se tornou ação, por exemplo, uma investigação paralela a respeito do mesmo prédio em Guarujá (SP) onde fica o tríplex atribuído ao ex-presidente Lula. Chamada de fase Triplo X, foi deflagrada há dois anos e apurou lavagem de dinheiro em outros imóveis do edifício.
Um dos casos mais ilustrativos de operações que acabaram ficando para trás envolve a empresa Arxo, com sede em Santa Catarina.
No início de 2015, a fase My Way prendeu proprietários dessa companhia, fornecedora da BR Distribuidora.
Segundo notícia-crime apresentada por uma ex-funcionária, sócios da empresa pagavam propina em contratos com a estatal por meio do operador Mario Góes. Dois sócios e um executivo ficaram temporariamente presos por cinco dias, e a investigação abriu uma crise na empresa.
Seus proprietários decidiram vendê-la. Até agora, o caso não seguiu na Justiça. Parte do inquérito está em sigilo.
A defesa dos sócios presos diz que o procedimento já foi arquivado e constatou apenas uma irregularidade tributária. E sustenta que a apuração se baseou apenas em acusações feitas por vingança da ex-empregada.
O piuaiense Guilherme Lopes se tornou na última sexta-feira (9), aos 26 anos, o mais jovem doutor do Brasil. Ele teve sua tese de doutorado em biotecnologia aprovada na UFPI, em Paranaíba.
Filho de costureira e pedreiro, moradores da cidade de Piripiri, Guilherme veio de escola pública. Usou sua nota do Enem no Prouni, foi bolsista do curso de graduação em Biomedicina na Faculdade Maurício de Nassau, em Teresina.
Além disso, o jovem passou um ano na Espanha, aperfeiçoando sua pesquisa no Departamento de Farmacologia da Universidad de Sevilla, por meio de um bolsa do programa Ciência sem Fronteiras, criado pela presidente legítima e deposta Dilma Rousseff e encerrado pelo governo de Michel Temer.
“Hoje, pude olhar pelo retrovisor da vida e vi que cheguei até aqui porque nunca vim sozinho. Me lancei ao novo, vivenciei o inesperado, saboreei o doce e o amargo, mas em todo o tempo o Todo Poderoso cuidou de mim”, disse Guilherme. Atualmente ele é professor da Faculdade Chrisfapi, onde ministra disciplinas nos cursos de Farmácia e Enfermagem.
O mais novo Doutor tem apenas 26 anos de idade, dois meses e 26 dias. No ano passado, uma cearense foi reconhecida oficialmente como a mais jovem doutora do país, com 26 anos, nove meses e cinco dias.
A ironia é estrondosa. O juiz Sergio Moro perseguiu e condenou Lula por um apartamento do qual ele nunca desfrutou, que não está em seu nome e com base em meros indícios. Agora, reportagem da Folha de São Paulo diz que Moro tem imóvel em Curitiba, mas recebe auxílio-moradia. E o pior é que esse imóvel é suspeito
Diz a matéria que Moro comprou um apartamento de 256 m² no bairro do Bacacheri, de classe média. Em junho de 2002, Márcio Antonio Rocha, juiz federal do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), vendeu o apartamento para Moro por R$ 173.900 (R$ 460 mil em valores atualizados).
Como dono de imóvel próprio na capital paranaense, Moro fez uso de decisão liminar de setembro de 2014, do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux, para passar a receber auxílio-moradia no valor de R$ 4.378.
Ainda segundo a Folha de São Paulo, “o recebimento de auxílio-moradia por um juiz que possui imóvel na cidade onde trabalha não é ilegal, mas levanta questionamentos”. Nesses casos, na prática o valor do benefício é incorporado ao salário do magistrado, mas não conta para o teto constitucional dos vencimentos do setor público, de R$ 33.763.
Moro começou a receber o auxílio-moradia em outubro de 2014. Acrescentado o auxílio-alimentação de R$ 884, as indenizações totalizam mais de 60 mil reais por ano.
Outra grande ironia é a de que o apartamento de Moro, com 256 m2, é “duplex”, mas é maior que o “tríplex” que o juiz “atribuiu” a Lula e tem 215 m2.
Mas há um fato muito suspeito em tudo isso. A matéria da Folha de São Paulo informa que o apartamento de Moro foi comprado em 2002 por R$ 170 mil, o que, em valores atualizados, dá R$ 460 mil, mas esse valor não compra um apartamento de 256 m2 no nobilíssimo bairro curitibano de Bacacheri.
O Blog da Cidadania fez uma pesquisa e logo de cara descobriu que é impossível comprar um apartamento de 256 metros quadrados em um bairro luxuoso como aquele por R$ 460 mil. Confira, ao lado, alguns dos imóveis de padrão parecido, no mesmo bairro do apartamento de Moro, oferecidos naquela cidade.
Como se vê, apartamentos desse tamanho naquele bairro custam, na melhor das hipóteses, o triplo ou até o quádruplo, o quíntuplo do valor declarado por Moro na compra do seu imóvel. Pela lógica moro-dallagnólica de suspeição, portanto, há algo de muito suspeito nesse imóvel.