Categoria: Música

VÍDEO: RAY CHARLES E BARBRA STREISAND INTERPRETANDO “CRYING TIME”

A qualidade do vídeo não é das melhores, mas vale a pena ver e ouvir. Ray Charles e Barbra Streisand são dois ícones da música americana e mundial. A história de Ray Charles, que nasceu em 1930, ficou cego aos 07 anos e morreu em 2004, já virou filme e não é necessário, portanto, ficar repetindo. Barbra Streisand é a cantora que mais vendeu discos e CDs nos Estados Unidos. O seu disco mais vendido foi Guilty, de 1980, produzido por Barry Gibb, um dos irmãos do conjunto Bee Gees. Cantora, compositora, atriz, diretora e produtora cinematográfica, Barbra é uma das pouquíssimas estrelas a conquistar prêmios em diversas áreas da arte – Oscar (cinema), Grammy (música), Tony (teatro) e Emmy (televisão). Para se ter uma idéia da idolatria dos americanos por Barbra, os ingressos para os shows dela se esgotam, normalmente, com dois anos de antecedência. Vamos ao vídeo feito em novembro de 1973, em que Ray Charles e Barbra Streisand cantam “Crying Time“:

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ATRÁS DA PORTA

E já que eu falei da minha amiga Ellis, certamente que a mãe dela, dona Maria Helena, deve ter se inspirado na Elis Regina, a nossa maior cantora, para escolher o nome da filha. Personalidade forte, Elis Regina ganhou do Vinícius de Moraes o apelido de Pimentinha. Decidida a ser cantora, veio de Porto Alegre prá São Paulo com pouco mais de 18 anos de idade e, um ano depois, já fazia sucesso. Foi a responsável pela “descoberta” de grandes compositores, como Milton Nascimento, João Bosco, Belchior, Renato Teixeira e outros, que ficaram conhecidos depois de gravados por Elis. No vídeo abaixo, uma interpretação emocionada de “Atrás da Porta“, uma obra-prima do Chico Buarque e do Francis Hime. E, prá você que gosta de boa música, eu linkei o Blog da Suéllen Karla na relação aí do lado direito. A Suéllen é uma jovem aqui de Jales, neta do Onofre Pedro Pinto e filha do Carlinhos Cabeleireiro, que posta coisas interessantes sobre música no seu blog. Veja agora a Elis:

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QUANDO O AMOR ACONTECE

João Bosco é um dos meus compositores e cantores favoritos. Aprendi a gostar de suas músicas num vinil de uma coleção de MPB, editada pela Abril Cultural, que eu comprava na Livraria Marisa, nos anos 70. Lembro-me de ter lido nessa coleção, que um dos primeiros parceiros do João Bosco foi o Vinícius de Moraes. Quando o poetinha esteve em Ponte Nova(MG), para um show, um garoto daquela cidade pegou o violão e mostrou uma música que o Vinícius gostou de cara e, no boteco mesmo onde estavam, já fez uma letra prá ela. Nascia ali o “Samba do Pouso“, uma parceria de João Bosco e Vinícius de Moraes, de 1967. Em 1970, o João conheceu Aldir Blanc, que, naquela época, fazia medicina na mesma Universidade em que estudava o doutor José Favaron, oftalmologista aqui em Jales. O sucesso, para o João, só chegou de verdade depois que a Elis Regina gravou uma parceria dele com o Aldir, “Dois Prá Lá, Dois Prá Cá”. No vídeo abaixo, João Bosco interpreta “Quando o Amor Acontece”, dele e do Abel Silva, outro grande letrista.

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DANÇA DA SOLIDÃO

Marisa de Azevedo Monte, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 01/07/67. Cantora, compositora, instrumentista e produtora musical, já vendeu mais de 10 milhões de discos. Ela é considerada pela revista Rolling Stone como a maior cantora do Brasil. Marisa Monte tem dois álbuns (MM e Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão) na lista dos cem maiores discos da música popular brasileira. Avessa a badalações, ela não aparece muito na TV, não se envolve em escândalos midiáticos, mas é o terceiro maior cachê do Brasil, perdendo apenas para Roberto Carlos e Ivete Sangalo. Portelense, Marisa produziu, em 2009, um filme sobre a Velha Guarda da Portela. Deve estar triste com o incêndio dessa semana, que destruiu 2.800 fantasias da Portela. No vídeo, ela canta “Dança da Solidão”, com Paulinho da Viola, outro portelense convicto.

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MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM TEM JUÍZO

Tudo indica que alguns conhecidos personagens da cena local – transitoriamente no poder – tenham produzido, durante a semana, um daqueles típicos casos em que a emenda acaba ficando pior que o soneto. 

Ontem, pela manhã, um recado me dava conta de que eu receberia uma correspondência da comerciante Adenir Alves de Paula, a Tia, do Restaurante Fogão de Lenha, onde ela pediria desculpas ao prefeito Parini, pelo “protesto” da semana passada. Como foi publicado neste blog e em dois jornais da cidade, a Tia estendeu uma faixa, em frente ao seu restaurante, protestando contra o prefeito e os vereadores, pelo que ela entendia ser um descaso com o seu estabelecimento comercial. Estranhei o fato de que o pedido de desculpas, segundo o recado, me seria enviado através de assessores do prefeito.

Tratei de entrar em contato com a Tia, prá saber o que estava acontecendo, uma vez que, também durante a semana, correu o boato de que ela teria recebido a “visita” da vigilância sanitária em seu restaurante. Ela confirmou a incursão de uma fiscal da vigilância ao Fogão de Lenha, mas garantiu que se tratava de uma visita rotineira, que acontece todos os meses. Nada demais, portanto.

Mas, vejam como a vida é cheia de coincidências: a Tia confidenciou, com alguma tristeza na voz, que, além da visita rotineira da vigilância, o seu restaurante foi “visitado” também por alguns fiscais da Prefeitura. E eles não foram até lá exatamente para experimentar a famosa comida caseira da Tia, nem tampouco para verificar as péssimas condições em que se encontra a entrada do restaurante. Muito pelo contrário! Eram, pelo jeito, fiscais tributários. E a Tia, que, como ela mesma disse, já está cansada da luta, parece que entendeu direitinho o recado

Bem, a anunciada retratação não me foi enviada, mas já pude vê-la publicada na Folha Noroeste deste sábado. O episódio, por ridículo, nem merece mais comentários. Por oportuno, posto um vídeo com “Apesar de Você”, do Chico:

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POR QUE VOCÊ NÃO VEM MORAR COMIGO?

Francisco César Gonçalves, o Chico César, nasceu em Catolé do Rocha, uma pequena cidade do interior da Paraíba, onde nasceu também uma outra figura ilustre: a professora Terezinha, que dá aulas na Fatec, aqui em Jales. Chico formou-se em jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba e, aos 21 anos, veio prá São Paulo, para trabalhar como jornalista e revisor de textos, e, ao mesmo tempo, aperfeiçou-se na arte de tocar violão e compor músicas. Em 1991, já conhecido como cantor na noite paulistana, foi convidado para uma turnê pela Alemanha e o sucesso o animou a deixar o jornalismo para dedicar-se somente à música. A maioria das canções de Chico César são poesias de alto poder de encanto linguístico. No vídeo, ele interpreta uma das minhas favoritas:

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EU QUE NÃO SEI QUASE NADA DO MAR

Maria Bethânia é uma pessoa fascinada por cachoeiras, rios e pelo mar. Em 2006, ela decidiu fazer um CD somente com músicas que tratavam desse tema. Algumas das músicas do CD “Pirata” são clássicos da MPB, como “De Papo Pro Ar”, “Os Argonautas”, “A Saudade Mata a Gente”, etc. Mas Bethânia é uma cantora que se reinventa sempre e, em meio às gravações, decidiu ligar para a Ana Carolina e pedir que ela fizesse uma música inédita, que falasse do mar. Foi aí que Ana Carolina descobriu que não sabia muita coisa sobre o mar, e, junto com Jorge Vercilo, o outro compositor, resolveu dizer isso musicalmente. Nasceu “Eu Que Não Sei Quase Nada do Mar“, que, no vídeo abaixo, é interpretada pelas duas – Bethânia e Ana Carolina – no Multishow Registro, em que Ana canta com vários convidados.

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GAL COSTA DEIXA TWITTER DEPOIS DE ATACAR “PREGUIÇA BAIANA”

Deu no Terra Magazine:

A cantora baiana Gal Costa já arrebatou mais de 39 mil seguidores no Twitter, mas anunciou que vai deixar o microblog, depois de chamar os baianos de “preguiçosos” e ofender muitos dos fãs que a acompanhavam.  Gal reclamou da dor de cabeça de um técnico de ar condicionado. “Como na Bahia as pessoas são preguiçosas! Técnico do ar-condicionado não pode terminar o trabalho pq está com dor de cabeça. Essa é a Bahia!!!”, tuitou. E seguiu-se uma série de ataques à reclamação considerada preconceituosa.

Logo apareceram vários críticos que chamaram a atitude de “racista”. A discussão foi longe até que a baiana sentenciou: “Tomei a decisão de ficar distante do twitter porque não aguento a intolerância das pessoas e a grosseria”. Ela se queixou do jornal baiano “Correio”, que fez uma reportagem sobre o desabafo de Gal, que atualmente reside em Salvador.

Gal defendeu-se em posts seguintes: “@CarolFelidae – ñ é racismo meu filho, é REALIDADE!!!!”. “Tem gente mais preguiçosa em cidades q tem mar”, teorizou a cantora, ressaltando que também morou 23 anos no Rio de Janeiro e tem autoridade para falar.

As críticas às tuitadas não cessaram e ela protestou: “Gente, chega! Acabou o assunto da preguiça. Ñ se pode falar nada aqui q tudo vira polemica. Sou baiana e falo pq posso. Vou sair. Tchau.”  Apesar das pedradas, surgiu o movimento “#ficagalcosta”, para que ela volte a tuitar.

(Cláudio Leal e Dayanne Souza, Terra Magazine)

Os baianos que se entendam, mas, cá entre nós, a Gal tem razão quanto à intolerância. A preguiça dos baianos é algo que já virou folclore, muita gente faz piadas sobre ela, então por que essa conversa de racismo e preconceito? Talvez por isso mesmo é que a Gal não gosta muito de falar. Ela prefere cantar. E faz isso divinamente e, às vezes, maravilhosamente preguiçosa.

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REGIONAL CARIOCA

Domingo, logo pela manhã, recebi a visita de um velho amigo, o Luiz Carlos Seixas, filho do “seu” Bernardino e da dona Teresa, que, já faz alguns anos, mora em Ourinhos. Foi uma visita rápida, como tem que ser as visitas nos domingos de manhã. Mas foi o suficiente para ele me falar sobre o CD do grupo Regional Carioca, e, o que é melhor, para deixar um exemplar do CD, onde o filho dele, o Glauber Seixas é um dos destaques.

O Regional Carioca é um grupo de samba e choro, formado por jovens músicos e compositores com faixa etária de vinte e poucos anos. Mas, apesar de jovens, já são músicos reconhecidos. O próprio Glauber participou da gravação do último CD da Maria Bethânia, o que não é pouco. Ele e outro violonista do grupo, Rafael Maumith, são hoje, segundo os especialistas, grandes esperanças do violão brasileiro.

Os outros componentes, Thiago Souza, Ana Rabello e Julião Pinheiro são nascidos em familia de músicos de choro. Thiago é filho do também bandolinista Ronaldo Souza (ex integrante do conjunto Época de Ouro). Ana e Julião são filhos de Luciana Rabello e sobrinhos de Raphael Rabello. Ana já é apontada por Luciana como sua verdadeira herdeira no cavaquinho. Julião, como não poderia deixar de ser, é discípulo de mestre Dino e do tio Raphael Rabello – os maiores mestres na arte de tocar violão de 7 cordas! Além deles, tem também o pandeirista Marcus Thadeu, que aprendeu a tocar o instrumento com Celsinho Silva e Jorginho Silva, mestres do pandeiro do Brasil. 

O meu amigo Seixas deve estar orgulhoso do rebento que tem. Quando éramos meninos, jogávamos bola e cometíamos pequenas subversões – como distribuir, na madrugada, jornais contra o regime militar – mas o grande sonho do Bochecha, como o chamávamos, era ser músico e compositor. Ele ganhou festivais de música e chegou a compor umas duas ou três canções com o Toquinho, mas depois achou melhor fazer um concurso público e – ironia do destino – foi trabalhar na polícia. Abaixo, a faixa número um do CD do Regional Carioca, “Alumiando”, uma composição do Maurício Carrilo. Vale a pena ouvir!

01-Alumiando

MY SWEET LORD

Recebi, ontem, um email do amigo José Antonio de Carvalho, também chamado por alguns amigos pela alcunha de Zebu – ele vai me xingar, mas será um xingamento carinhoso, eu sei – onde ele diz que já visitou o nosso blog, o que muito me honra. O Zé Antonio ficou famoso como árbitro internacional de vôlei, ofício no qual, para orgulho de todos nós jalesenses, ele demonstrou, ao longo de sua carreira, competência e honestidade. Ele foi também, nos tempos do glorioso time da EFA, aqui de Jales, um quase intransponível quarto-zagueiro. Mas acho que foi, como beatlemaníaco que o Zé Antonio chegou pela primeira vez às telinhas. Ele foi alvo de matéria do Fantástico, após ficar uns quatro ou cinco dias acampado na porta do Maracanã, em abril de 1990, à espera do primeiro show que Paul McCartney faria no Brasil. A segunda noite do show teve 185 mil pessoas, o que é considerado pelo Guiness Book como o maior público pagante para um único artista em todo o mundo. (A foto abaixo é do show. O Zé Antonio tava bem próximo ao palco). 

Em consideração ao Zé, estou postando aí embaixo um vídeo onde Billy Preston(reparando bem, é a cara do Silas), acompanhado por Paul McCartney, Ringo Star, Eric Clapton e outras feras, interpreta My Sweet Lord, durante histórico concerto em homenagem ao George Harisson, que, àquela altura do campeonato, já tinha ido pro outro lado do mistério. Billy Preston, que também já se foi, era considerado o quinto beatle, pois cabia a ele tocar teclados – o órgão, no estilo gospel em Let It Be, é famoso – nas gravações dos Beatles. Vejamos o vídeo, que vale a pena.

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