“É um risco que ele (Bolsonaro) corre. Ou ele nos coloca pra fora ou nós colocamos ele pra fora”.
(Do deputado federal Fausto Pinato(PP), em entrevista ao Diário da Região, sobre a possibilidade de o Centrão instalar uma CPI ou promover uma intervenção no governo Bolsonaro).
Um presidente mentiroso só poderia mesmo ser defendido por uma propagadora de fake news como a Carla Zambelli. A notícia é do Poder360:
Políticos de diversos espectros ideológicos foram às redes sociais para se manifestar sobre o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na televisão nesta 3ª feira (23.mar.2021), em que defendeu a vacinação contra a covid-19 no Brasil. A maioria criticou o presidente e poucos aliados se manifestaram.
Pronunciamento aconteceu no mesmo dia em que o Brasil registrou pela 1ª vez, mais de 3.000 mortos em 24h. Cidades em diversas regiões do Brasil registraram panelaços durante a fala do presidente em rede nacional.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), disse que “faltou vergonha” e “faltou verdade” no pronunciamento.
O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) fez uma thread, série de postagens no Twitter, rebatendo o que classificou como “as mentiras que Bolsonaro contou em rede nacional”. O fundador do MBL contestou os dados apresentados sobre vacinação e por fim chamou Bolsonaro de “presidente genocida”.
O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) considerou o pronunciamento “mentiroso” e culpou o presidente por “boicotar o combate à pandemia, as vacinas e desprezar o sofrimento das famílias”.
O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) disse que o presidente é “mentiroso, cínico e hipócrita”.“Boicotou a compra de vacinas, sabotou todas as medidas de isolamento, promoveu medicamento que não funciona. E agora que está morrendo de medo quer criar uma realidade paralela. Patético. Acabou, Bolsonaro”.
“Vi o pronunciamento do Presidente e confesso que já nem sei mais o que pensar. Alguém consegue me explicar como é que Bolsonaro mente tão descaradamente sobre absolutamente tudo sem causar uma revolta generalizada? Que apatia é essa que tomou conta de parte da nossa população?”, questionou a deputada Tabata Amaral (PDT-SP).
A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) falou em defesa de Bolsonaro. “O Presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento em Rede Nacional para transmitir à população as informações VERDADEIRAS sobre a situação da vacinação no Brasil. Nosso país é o 5° país do mundo em número de vacinas aplicadas e já comprou mais de 500 milhões de doses”.
“Estamos em um daqueles momentos trágicos da história em que milhões de pessoas pagam um preço alto por ter um líder despreparado e psicopata no comando de uma nação”.
(Do governador João Dória, em entrevista à CNN, ontem. Segundo Dória, muitas mortes poderiam ter sido evitadas se Bolsonaro tivesse “agido com a responsabilidade que o cargo lhe confere”.)
Há exatamente um ano, no dia 22 de março de 2020, Bolsonaro nos garantia que o coronavírus não mataria mais que 800 pessoas no Brasil. A declaração está no minuto 3:15 da entrevista abaixo. Mas, se você tiver tempo, assista a entrevista inteira para conferir a quantidade de asneiras que o Bozo falou:
A Câmara Municipal de Jales volta a se reunir nesta segunda-feira, em sessão ordinária que, em função do toque de recolher, está marcada para as 17 horas.
A pauta da reunião inclui a leitura de 15 indicações dos nobres edis. Numa delas, a vereadora Andrea Moretto(PODE) está pedindo que o prefeito Luís Henrique(PSDB) envie para a Câmara um projeto de lei para isentar idosos e pessoas com deficiência do pagamento da tarifa de Zona Azul.
Não será a primeira vez que a Câmara tenta isentar idosos e deficientes. Em fevereiro de 2019, alguns vereadores assinaram um projeto que criava a tal isenção. Naquela ocasião, o saco de bondades dos nobres representantes do povo previa que a isenção beneficiaria apenas os idosos e deficientes que estacionassem nas “vagas especiais” reservadas a eles. O projeto não foi em frente.
Já o projeto imaginado pela vereadora Andrea Moretto estabelece a isenção, independente de ser “vaga especial” ou não, pelo período máximo de duas horas, desde que o veículo esteja identificado com credencial expedida pelo setor de trânsito. É provável que a sugestão da vereadora, como já ocorreu com o projeto anterior, seja remetida para as calendas gregas.
Além das indicações, a sessão de hoje prevê a apresentação de 20 novos requerimentos. Num desses requerimentos, os vereadores Deley(DEM), Hilton Marques(PT) e Elder Mansueli(PODE) estão questionando o prefeito Luís Henrique sobre a situação funcional do secretário de Saúde, Alex Kitayama.
Eles querem saber, por exemplo, qual o horário de trabalho do secretário e se ele exerce outros cargos nos quais presta serviços ao município. Como já foi noticiado por este modesto blog, Alex, além de atuar como secretário municipal, presta serviços ao Consirj, situação que já teria sido comunicada ao prefeito LH pela assessoria jurídica do consórcio. Além disso, ele atuaria também em uma prefeitura da região.
O Ministério Público Federal arquivou um inquérito aberto pela Polícia Federal no ano passado contra o chargista Aroeira e o jornalista Ricardo Noblat por causa de uma charge crítica ao presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi da procuradora da República Marina Selos Ferreira.
Aroeira foi alvo da investigação, aberta a pedido do ministro da Justiça, André Mendonça, por ser o autor da charge, enquanto Noblat a compartilhou em uma rede social. A obra mostra Bolsonaro pintando uma suástica, símbolo do nazismo, sobre uma cruz vermelha. Ao lado, a frase “Bora invadir outro?”.
O contexto: na época, Bolsonaro incentivou seus seguidores a invadir hospitais para verificar se eles estavam realmente ocupados por pacientes com Covid-19.
“Tem um hospital de campanha perto de você, tem um hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente tá fazendo isso, mas mais gente tem que fazer, para mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos são compatíveis ou não. Isso nos ajuda”, disse Bolsonaro.
De acordo com a procuradora Marina Ferreira, não ficou caracterizada na charge a intenção de ferir a honra do presidente, mas apenas de fazer uma crítica à atuação do governo federal na pandemia da Covid-19. Por isso, ela entendeu o arquivamento do inquérito como “medida que se impõe”.
O chargista e o jornalista foram representados na causa pelos advogados Maíra Fernandes (colunista da ConJur), Miro Teixeira, Guilherme Rodrigues, Evandro Pertence e Guilherme Naoum Constante. Para Maíra, a decisão da procuradora é um alento em tempos de crescente ameaça à liberdade de expressão.
“Nestes tempos tão difíceis, em que a Lei de Segurança Nacional está sendo utilizada para calar a manifestação de artistas, jornalistas, cartunistas e de qualquer cidadão que utilize sua liberdade de expressão, essa decisão renova nossas esperanças de viver em um país verdadeiramente democrático. É hora de discutir a própria constitucionalidade dessa lei em alguns pontos, conforme ação em curso no STF”, disse a advogada.
“Comecei na política nos anos 70 e nunca vi meu povo sofrer como agora. Pessoas morrendo nos portões dos hospitais e, diante disso, temos um presidente que prefere comprar armas de fogo ao invés de vacinas. O Brasil é chefiado por um presidente genocida. É realmente muito triste”.
(Do ex-presidente Lula, em entrevista ao jornal francês Le Monde)