Essa história tá ficando cada vez mais interessante. Deu no Brasil 247:
Uma empresa ligada à ex-mulher e sócia do advogado Frederick Wassef, que defende o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), recebeu R$ 41,6 milhões durante a gestão de Jair Bolsonaro (sem partido).
De acordo com reportagem de Constança Rezende e Eduardo Militão, do UOL, o valor se refere a pagamentos efetuados entre janeiro de 2019 e março deste ano pelo governo federal para a Globalweb Outsourcing — empresa fundada por Cristina Boner Leo, que presta serviços de informática e tecnologia da informação a diferentes órgãos da administração federal, como o Ministério da Educação e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social).
A empresa já prestava serviços nos quatro anos de gestão anteriores, de Dilma Rousseff e Michel Temer. No entanto, segundo levantamento feito pelo UOL no portal da Transparência e Diário Oficial, os contratos que a empresa tinha negociado com governos anteriores foram prorrogados e receberam aditivos de R$ 165 milhões pela gestão de Bolsonaro.
Além disso, o novo governo fechou novos contratos com a Globalweb Outsourcing no valor de R$ 53 milhões — totalizando um compromisso de R$ 218 milhões a serem pagos pelos cofres públicos nos próximos anos.
Quem informou que Weintraub está nos Estados Unidos foi o irmão dele, mas dessa turma pode-se esperar de tudo. Inclusive a possibilidade dele estar escondido em alguma chácara de Atibaia. Deu no Brasil 247:
Jair Bolsonaro chegou à presidência da República oferecendo-se como alguém que combateria a corrupção e não teria bandido de estimação. Em poucos dias, esse discurso foi completamente desmoralizado. Na quinta-feira (18), com a prisão de Fabrício Queiroz, tesoureiro do clã Bolsonaro. Neste sábado (20), com a fuga de Abraham Weintraub, facilitada pelo governo Federal.
Bolsonaro não tem como se dissociar do caso Queiroz porque ele vinha sendo mantido escondido numa casa de Frederick Wassef, advogado de sua família e, obviamente, o presidente sabia de sua localização.
No caso Weintraub, que está sendo investigado no esquema de fake news e disseminação de ataques às instituições, a situação é ainda mais grave. Ao adiar sua exoneração, Bolsonaro ajudou Weintraub a fugir do Brasil. Ou seja: são dois exemplos de obstrução judicial.
Resta saber se os militares ainda vão sustentar no poder um governo que esconde um personagem suspeito de vários crimes e ajuda um investigado a fugir do Brasil.
Aos 83 anos, o jurista, historiador, diplomata e ex-ministro Rubens Ricupero é um observador privilegiado da imagem do Brasil no mundo. Em entrevista ao Metrópoles, ele diz nunca ter visto uma imagem externa do país tão desgastada e apontou que a indicação do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub para uma diretoria do Banco Mundial é apenas a “pá de cal do governo do presidente Jair Bolsonaro” na reputação do Brasil, que virou “vergonha mundial”.
“A imagem do Brasil no exterior quase que não existe mais, de tão enlameada que está”, enfatizou. “Esse último ato, de indicar o ex-ministro Weintraub para o Banco Mundial, é uma espécie de pá de cal”, continuou.
“Eu nunca vi uma coisa dessa em minha vida”, disse o ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos. “Nem na época do governo militar ocorreu uma indicação tão desqualificada ou que se parecesse remotamente com essa. Naquela época, os nossos representantes eram todos economistas de primeiríssima ordem. O que está acontecendo hoje é uma degradação sem nome”, observou.
Ao falar sobre a possibilidade de impeachment do presidente Jair Bolsonaro, Ricupero é enfático. “O que o posso dizer é que não há esperança para Brasil enquanto este governo estiver no poder”, enfatizou. “Talvez seja muito difícil o país se recobrar depois de mais dois anos e meio disso. Vai ser mais destruição, mais sofrimento. Espero ainda que algumas coisas não sejam irreversíveis, mas podem ser”.
Em sua avaliação, o presidente brasileiro é hoje o mais criticado em todo mundo. “Não há país que tem imagem pior que o Brasil. Como governante, até dois anos atrás, o pior era o presidente das Filipinas (Rodrigo Duterte). Mas o Bolsonaro já o superou de longe. Se alguém quiser dizer que eu estou errado é só me mostrar quem é mais desprezado, mais odiado, mais criticado do que ele. Não há”, disse.
No bolso talvez não, mas na conta corrente… Ela “assessorou” Flávio e Jair Bolsonaro de 2007 a 2018. Da colunista Thaís Oyama, no UOL:
Nathalia Melo de Queiroz, a filha mais velha de Fabrício Queiroz, é personal trainer. Integrante da equipe de Chico Salgado, o “treinador das estrelas” no Rio de Janeiro, ela vinha aos poucos “herdando” parte da cartela de clientes do chefe, que incluía os atores Bruno Gagliasso e as atrizes Bruna Marquezine e Giovanna Lancellotti.
Quando o escândalo Queiroz estourou, em dezembro de 2018, Nathalia viu seus alunos famosos se afastarem. A perda de Gagliasso foi a que mais abalou a personal trainer.
Há cerca de oito meses, Nathália “explodiu”. Fez chegar aos Bolsonaro a mensagem de que sua vida estava arruinada e de que ela e seu pai haviam sido “usados” pela família do presidente.
O relatório do Coaf que embasou a operação Furna da Onça mostrou que, ao longo de 2016, quando a filha de Queiroz ainda constava como assessora de Flávio Bolsonaro na Alerj, ela repassou ao pai um total de 97,6 mil reais. A personal trainer, no entanto, diz a amigos que nunca colocou “um centavo no bolso”.
As ameaças de Nathalia reverberaram a tal ponto que os Bolsonaro tiveram de enviar uma “força-tarefa” para acalmá-la em sua casa, em Oswaldo Cruz, zona norte do Rio (hoje, Nathalia está morando na Barra). Ao menos um funcionário do gabinete do senador estava nesse grupo.
Ao contrário de Márcia Aguiar, mulher de Queiroz, Nathalia não recebeu ordem de prisão nem foi chamada a depor. Queiroz sabe da fragilidade emocional da filha e o que mais teme é que os investigadores mudem de opinião.
E os investigadores já fizeram Queiroz saber que podem mudar.
O Brasil, em uma lista de 53 países, é a nação que pior responde à pandemia de COVID-19. O dado é de pesquisa da Dalia Research que coletou entrevistas de 124 mil pessoas pela Internet.
De acordo com o levantemento, as amostras de entrevistas de cada país variaram de mil até três mil entrevistados. A margem de erro é de 3,25% para mais ou para menos.
A maioria (70%) da população dos países pesquisados está satisfeita com a resposta governamental ao coronavírus. No Brasil, contudo, apenas 34% dos entrevistados afirmou estar contente com a gestão da crise de saúde pública.
Do outro lado da tabela, a China tem a população mais satisfeita com a resposta à pandemia, 95% da população afirmou estar satisfeita com a resposta governamental. Vietnã (95%), Grécia (89%), Malásia (89%) e Irlanda (87%) completam a lista de países onde a população está contente com a resposta do governo ao coronavírus.
“A insatisfação da população [do Brasil] tem relação direta com a maneira como o governo federal tem enfrentado a pandemia. Em menos de seis meses, três pessoas já ocuparam a pasta do Ministério da Saúde, com discursos e ações discrepantes entre si. Nesse período, nenhum plano nacional de combate a COVID-19 foi apresentado à sociedade”, afirma à Sputnik Brasil a doutora em sociologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Rachel Barros.
O primeiro ministro da Saúde a enfrentar a pandemia foi Luiz Henrique Mandetta, que deixou o cargo em 16 de abril. Deste então, Mandetta não poupou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de críticas. Seu sucessor foi Nelson Teich, que ficou no cargo de 17 de abril até 15 de maio. O atual ministro está no cargo de maneira interina, o general Eduardo Pazuello, embora Bolsonaro tenha afirmado que ele deve ocupar a cadeira “por um longo tempo”.
Pazuello nomeou militares e contrariou orientações de distanciamento social para participar de ato pró-governo em Brasília.
“Podemos somar a esse quadro a crise do sistema público de saúde, que em diversos estados do país já dava mostras de precarização. Com a pandemia, essa situação ficou ainda mais explícita porque os investimentos públicos neste setor têm sido insuficientes”, diz Barros. “Através de diversas declarações, o presidente demonstrou descaso e baixíssima capacidade de enfrentar a pandemia com a seriedade e importância que ela merece.”
O secretário-executivo do Centro de Estudos Estratégicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Assis Mafort também afirma que as diversas trocas de comando no Ministério da Saúde são um fator que ajuda a explicar o resultado da pesquisa. Mafort destaca a falta de coordenação com estados e municípios no trabalho de enfrentamento à pandemia.
Jair Bolsonaro (sem partido) frustrou os apoiadores que o aguardavam na saída do Palácio da Alvorada e, diferente do habitual, não parou para conversar. Nos últimos dias, o chefe do Executivo não deu entrevistas à imprensa pela manhã, mas manteve a rotina de atender a questionamentos de apoiadores que eram transmitidas em canais de Youtube.
O silêncio de Bolsonaro ocorre no dia em que Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi preso em Atibaia (São Paulo) durante a Operação Anjo. O MP-RJ (Ministério Público do Rio) também cumpriu na manhã de hoje um mandado de busca e apreensão em um imóvel ligado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em Bento Ribeiro, na zona norte do Rio.
E o cerco está se fechando… Além de prender o Queiroz, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão em um imóvel que está na relação de bens do presidente Jair Bolsonaro. A notícia é do UOL:
Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, foi preso na manhã de hoje em Atibaia, cidade do interior paulista, numa ação conjunta do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e do MP-SP (Ministério Público de São Paulo).
Queiroz foi localizado em um imóvel do advogado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de Flavio, Frederick Wassef, e não resistiu à prisão. Além da prisão, policiais também fazem busca e apreensão no local.
Queiroz será levado para o Palácio da Polícia, no centro de São Paulo, para procedimentos legais e deve ser transferido ainda hoje para o Rio de Janeiro. A prisão é preventiva.
A operação, batizada de Anjo, cumpre ainda outras medidas autorizadas pela Justiça relacionadas ao inquérito que investiga suposto esquema de rachadinha, em que servidores da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) devolveriam parte de seus salários ao então deputado Flávio Bolsonaro, que exerceu mandato de 2003 a 2019.
Flávio, que sempre negou irregularidades, tentou barrar a investigação, mas foi derrotado, e as apurações foram retomadas por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Em abril, em outra derrotada para o senador, o ministro Felix Fischer, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), negou um pedido para que as investigações fossem suspensas.
Para os investigadores, o senador é chefe de uma organização criminosa que atuou em seu gabinete na Alerj entre 2007 e 2018, e parte dos recursos movimentados no esquema foi lavada em uma franquia de uma loja de chocolate da qual ele é sócio.
Promotores investigam ainda se a “rachadinha” teria sido usada para financiar uma milícia que era comandada pelo ex-policial Adriano Nóbrega, morto em fevereiro, e apontado pelo MP como chefe da milícia que controla a comunidade do Rio das Pedras, em Jacarepaguá.
“Que estuprem e matem as filhas dos ordinários ministros do Supremo Tribunal Federal”.
(De uma advogada gaúcha, incitando a violência sexual contra filhas de ministros do STF. De acordo com a retórica do ex-urubólogo Alexandre Garcia, esse tipo de frase se encaixa como liberdade de expressão).
Eu tenho um amigo bolsonarista que acredita em todas as mentiras que lhe chegam do gabinete do ódio, via whatsapp. Acredita e ajuda a espalhar. Certamente já deve estar espalhando mais essa. Deu na Folha de S.Paulo:
Bolsonaristas voltaram a espalhar em grupos de WhatsApp a foto de um jornalista [no caso, Ricardo Noblat] ao lado de Fidel Castro dizendo que se tratava do ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), quando jovem.
O magistrado ri da divulgação da fake news que insinua ser ele um comunista. “Se eu fosse, o Golbery [do Couto e Silva] não seria meu compadre”, diz. O ex-general, morto em 1987, foi chefe da Casa Civil dos governos de Ernesto Geisel e João Figueiredo.
Golbery era padrinho de batismo de uma das filhas do ministro, Renata. Já o ex-ministro Jarbas Passarinho (1920-2016) batizou outra filha dele, Cristiana.