Categoria: Política

MORO SUGERIU 38 VETOS AO PACOTE ANTICRIME E BOLSONARO ACATOU APENAS 09

Com informações da Folha de S.Paulo:

Sérgio Moro sugeriu a Jair Bolsonaro 38 vetos de diversos assuntos do pacote anticrime, mas o seu presidente acatou apenas 9, deixando de fora o veto da criação da figura do juiz de garantias.

É o que revela o parecer encaminhado pelo Ministério da Justiça para Bolsonaro, publicado pela Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (26), que menciona “múltiplas manifestações contrárias ao instituto do juiz das garantias”.

O juiz de garantias é uma espécie de remédio processual contra uma eventual parcialidade do juiz e foi batizada como medida anti-Moro, por impedir a repetição do padrão Lava Jato, em novos julgamentos. 

No documento, no entanto, Moro diz que a figura do juiz das garantias dificulta ou inviabiliza a elucidação de casos complexos, como crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e delitos contra o sistema financeiro. 

“Não há comprovação fatídica (acho que o conje quis dizer ‘comprovação fática’), tampouco científica, de que o modelo atual não vem se apresentando satisfatório e, por isso, necessitando de reformulações tão drásticas”, diz um trecho do parecer, que sustenta o veto na premissa de que a medida impõe a necessidade de aumentar o número de juízes pelo país.

Especialistas destacam que a nova legislação não exigirá mais magistrados, mas sim uma mudança de funções e competência.

CHOCOLATE COM LARANJA: LOJA TRANSFORMA FLÁVIO BOLSONARO NO NEYMAR DOS NEGÓCIOS

A charge é do Céllus. Deu no portal iG:

O Ministério Público do Rio de Janeiro suspeita que o senador Flávio Bolsonaro faça lavagem de dinheiro com uma franquia de chocolates em um shopping na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele ganhou 82% mais com a chocolateria do que declarou ao fisco.

As investigações ainda estão sendo feitas, mas tudo indica que o filho do presidente usou a loja para lavar dinheiro. Afinal, o desempenho financeiro do senador é fenomenal. Ele declarou à Justiça Eleitoral em 2010 ter bens no valor de R$ 690 mil. Mas, na campanha de 2018, para o Senado , declarou ter bens no valor de R$ 1,7 milhão. O pior vem depois: de 2010 a 2017, comercializou 19 imóveis, no valor de R$ 9,4 milhões, obtendo um lucro de R$ 3,089 milhões.

Coisa tão espetacular que seu pai, o presidente Bolsonaro , comparou-o a Neymar , como uma pessoa muito acima da média. Associando esse desempenho de Flávio nos negócios, na compra e venda de imóveis e na chocolateria , o MP do Rio investiga um outro ponto forte de Flávio: a obtenção de dinheiro com rachadinhas de funcionários em seu gabinete no tempo em que era deputado estadual no Rio.

O seu braço direito nas maracutaias na rachadinha era, como todos sabem, seu ex-motorista Fabrício Queiroz , que em dois anos movimentou R$ 7 milhões, dos quais R$ 2 milhões vieram de funcionários do gabinete de Flávio. E, pior, e mais grave ainda. Muitos dos funcionários de Flávio são ligados a milicianos do Rio, como a mulher e a mãe do chefão das milícias cariocas, o capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, empregadas por Flávio em seu gabinete no Rio.

E mais: Flávio homenageou Adriano e outros milicianos na Assembleia do Rio com a medalha Tiradentes, a mais alta honraria. O MP carioca investiga se Queiroz e os milicianos do Rio podem estar ligados aos laranjas do senador, fechando o círculo do chocolate com laranja.

PINTURA DE ESCOLAS ESTADUAIS COM AS CORES DO PSDB É SUSPENSA PELA JUSTIÇA DE SÃO PAULO

Por muito menos, o ex-prefeito de Palmeira D’Oeste, o Pezão, teve o mandato cassado. A notícia é da RBA:

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) suspendeu a pintura nas escolas estaduais com as cores do PSDB, após acatar ação popular protocolada pela Bancada Ativista da Assembleia Legislativa contra o governador João Doria (PSDB). 

Segundo o juiz Emílio Migliano Neto, da 7ª Vara de Fazenda Pública, a iniciativa fere o princípio da impessoalidade e ainda constitui improbidade administrativa.

A codeputada Paula Aparecida, autora da ação popular, lembra que Doria é “reincidente em usar dinheiro público para promoção pessoal, com duas condenações na justiça, inclusive com decisão de segunda instância. Essa é a terceira vez que a Justiça o proíbe de usar o patrimônio público para se autopromover e promover os negócios das empresas próximas a ele”.

O Programa Escola Mais Bonita, lançado no dia 30 de janeiro, possui uma recomendação de pintura, constatada no manual encaminhado a 2,1 mil escolas estaduais, que pré-determinava que fossem usadas as cores amarelo e azul – as mesmas do partido do governador paulista. Ao todo, R$ 1,1 bilhão seriam investidos na operação.

O documento assinado também proíbe a gestão estadual de escolher a marca de tinta sem processo licitatório, já que o manual determinava o uso de Suvinil, Coral e Sherwin-Williams. “Mas ainda mais grave é que o Governo do Estado estava transferindo pelo menos R$ 24 milhões dos cofres públicos direto para o bolso de três empresas específicas. Sendo que o governador tem relações pessoais com os CEOs das últimas duas empresas (Coral e Sherwin-Williams)”, critica a codeputada.

“Numa rede de ensino, onde você tem gravíssimas deficiências de infraestrutura e escolas precárias, transferir essa quantidade absurda de recursos para três empresas, sem licitação, com um programa de pintura que viola a autonomia das comunidades escolares na produção do espaço físico da escola é gravíssimo. Essa é mais uma decisão judicial mostra que João Doria não pode tudo e que ele não está acima da lei”, acrescenta a parlamentar.

RICARDO NOBLAT: “BOLSONARO, PELO SIMPLES PRAZER DE MENTIR”

Eu não gosto de publicar textos longos, pois sei que a maioria das pessoas não lê. Infelizmente, tem muita gente que só lê a manchete. Mas esse texto do jornalista Ricardo Noblat, atualmente na Veja, é interessante:

Se nem o presidente Jair Bolsonaro acredita em boa parte do que diz, como pode pretender que os outros acreditem nele? E nem por isso ele deixa de mentir dia após dia – e, com certa frequência, mais de uma vez por dia, a depender da necessidade.

Sobre o que ele, Flávio, o advogado de Flávio e Eduardo conversaram, anteontem, no Palácio da Alvorada poucas horas depois da operação policial no Rio que agravou a situação do senador e do seu ex-motorista Fabrício Queiroz?

Conversaram sobre Adélio Bispo, o desequilibrado mental que está preso por ter esfaqueado Bolsonaro em Juiz de Fora, em setembro do ano passado. Sobre outras coisas não conversaram, disse o presidente da República em entrevista.

Ante a insistência dos jornalistas em perguntar sobre Flávio e Queiroz, Bolsonaro emendou: “Falo por mim. Problemas meus, eu respondo. Dos outros, nada tenho a ver”. Como dos outros? Um dos outros é seu filho mais velho. O outro, seu amigo há 40 anos.

O grau de autonomia dos filhos de Bolsonaro é ralo. Carlos foi obrigado a se candidatar a vereador só para derrotar a própria mãe vereadora e candidata à reeleição. Eleito pelo Partido Progressista (PP), afirmou que fora eleito pelo “Partido do Meu Pai”.

Candidato a prefeito do Rio, Flávio desmaiou durante um debate de televisão, foi socorrido por dois dos seus adversários e depois agradeceu a ajuda deles por meio de uma nota. Bolsonaro desautorizou a nota e escalou Carlos para tomar conta do irmão.

Foi Bolsonaro que montou o primeiro escalão do gabinete de Carlos na Câmara Municipal. Foi ele que escalou Queiroz para assessorar Flávio. Está provada sua interferência no emprego de pessoas que ora serviam a ele, ora a Carlos, ora a Flávio.

O Ministério Público descobriu que Queiroz, num período de três anos, movimentou em sua conta R$ 7 milhões. Nesse mesmo período, Queiroz depositou R$ 24 mil na conta de Michelle, a atual mulher de Bolsonaro. E como Bolsonaro justificou o depósito?

Dinheiro de dívida. Sim, Queiroz lhe devia R$ 24 mil. E pagou em parcelas mensais, taokey? Não, não está. Conta outra. Na toada do pai, Flávio contou que os R$ 21,2 mil que um policial militar depositou em sua conta eram também dinheiro de dívida.

O policial torrou toda essa grana comprando doces na chocolateira que Flávio e um amigo abriram na Barra da Tijuca. De fato, segundo o Ministério Público, Flávio usou a chocolateira para lavar parte do salário devolvido por funcionários do seu gabinete.

A respeito do sufoco em que se encontram Flávio e Queiroz, Bolsonaro não deu um pio na transmissão semanal ao vivo que faz às quintas-feiras no Facebook. Em compensação, como de hábito, aproveitou a ocasião para disseminar novas mentiras.

Um dia antes, dissera que estava disposto a vetar o fundo de R$ 2 bilhões aprovado pelo Congresso para financiar as eleições do próximo ano. Seria dinheiro demais. O fundo de R$ 2 bilhões foi proposta dele. Se dependesse do Congresso seriam R$ 3,8 bilhões.

No Facebook, Bolsonaro recuou do veto. Alegou que se o usasse, poderia sofrer um processo de impeachment por crime de responsabilidade. Falso! O presidente pode vetar no todo ou em parte uma decisão do Congresso. Que pode derrubar o veto.

O recuo de Bolsonaro deve-se ao fato de que o Congresso derrubaria o veto. E, depois, poderia retaliar dificultando a aprovação de outros projetos do governo. A mentira não é monopólio de Bolsonaro. Mas ele mente por compulsão.

Cadê as ONGs que tocaram fogo na Amazônia? E o navio grego que poluiu o mar do Nordeste com petróleo venezuelano? E a caixa preta do BNDES que guardava segredos cabeludos de governos passados? Está vazia, segundo o presidente do banco.

Nunca teve ditadura no Brasil, disse Bolsonaro. Teve sim, e isso não é questão de ponto de vista, é fato. Fazer cocô dia sim, dia não, vai melhorar o meio ambiente, disse Bolsonaro. Não, não vai. Passar fome no Brasil é uma mentira, disse Bolsonaro. Não, não é.

Trabalho infantil “não prejudica em nada”, disse Bolsonaro. Prejudica, sim, as crianças. Como pode matá-las a falta de cadeirinhas nos carros. O nazismo era de esquerda, disse Bolsonaro. Jamais foi. Foi invenção da extrema-direita alemã.

O holocausto de 6 milhões de judeus na Alemanha de Hitler é perdoável, disse Bolsonaro. Não, não é. Mas como nesse caso trata-se de mera opinião, por mais reles que ela seja, Bolsonaro pode continuar pensando assim, se quiser.

BERNARDO MELLO FRANCO: “O VERDADEIRO CHEFE DO ESQUEMA QUEIROZ É JAIR BOLSONARO”

O jornalista Bernardo Mello Franco disse o que muita gente tem certeza, mas não diz. Deu no Brasil 247:

O jornalista Bernardo Mello Franco afirma, em sua coluna, que o verdadeiro chefe de quadrilha no esquema Queiroz é Jair Bolsonaro – e não seu filho Flávio.

“O presidente disse ontem que não tem ‘nada a ver’ com o vaivém de dinheiro no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio. É uma versão capenga, porque as principais decisões tomadas ali passavam pelo chefe do clã”, afirma Bernardo.

“Jair é um velho parceiro de Fabrício Queiroz, apontado como operador da rachadinha do Zero Um. Quando os dois ficaram amigos, Flávio tinha apenas 3 anos. O ex-PM estava lotado no gabinete do filho, mas seu verdadeiro chefe era o pai”, lembra ainda o jornalista.

“O presidente nunca disfarçou sua simpatia pelas milícias. Essas organizações operam no submundo policial e movimentam grandes quantidades de dinheiro vivo. As investigações da rachadinha também lidam com transações em espécie. A cada passo do Ministério Público, ficará mais difícil para Bolsonaro dizer que não tem nada com a história”, conclui Bernardo.

JOICE CHAMA DUDU BOLSONARO DE INÚTIL E DIZ QUE FLÁVIO ESTÁ COM UM PÉ ‘NO XILINDRÓ’

É certo que a peppa plagiadora não merece a menor confiança, até porque ela foi uma das maiores divulgadoras das mentiras que demonizaram a esquerda e pariram os bolsonaros e outras bizarrices.

E não podemos nos esquecer de que até alguns dias atrás a Joice era unha e cutícula com essa gente. Mas, que essa briga dela com a família Bozo tá ficando engraçada, isso tá. A notícia é do Brasil 247:

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) disparou contra seu desafeto político e também deputado Eduardo Bolsonaro e aproveitou para dizer que seu irmão mais velho, alvo de investigação do MP-RJ sobre o esquema da “rachadinha” está quase preso – ou seja, com o “pé no xilindró”.

“O mentor do bando pago com dinheiro público para forjar dossiês, perseguir pessoas, espalhar notícias falsas que destroem vidas, carreiras, imagens tá nervoso! Não é pra menos. Todos estão encrencados: Um irmão com o pé na xilindró, o outro…quase lá. O crime não compensa”, postou Joice no Twitter.

Em outro tuíte, ao rebater um meme publicado por Eduardo para lhe atacar, Joice escreveu: “Acompanho a política há 20 anos e nunca vi um deputado tão inútil, tão imbecilizado, tão mau caráter quanto o Eduardo Bolsonaro. Nunca conseguiu NADA com seus esforços. É um encostado que divide o tempo torrando grana pública em viagens pelo mundo e fazendo ‘memes’. Moleque, cresce!”.

Nesta quarta-feira, dia da operação que atingiu Flávio, o ex-assessor da família Fabrício Queiroz e familiares de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, Joice também tirou sarro de Flávio: “Só pra lembrar: as acusações sobre Flávio Bolsonaro não são da oposição, não são dos inimigos, não são da ‘nova esquerda’, não são dos ‘isentões’, não são dos que raciocinam além da subserviência, são do Ministério Público em atuação com a Polícia Federal…a lei é para todos!”.

ironizou Carlos, ao resgatar uma postagem sua em que dizia que, se todos em volta de Lula eram corruptos, não teria como o ex-presidente ser “puro”.

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