A Lava Jato tinha 22 gravações de diálogos telefônicos Lula (grampos) e a maioria deles comprovava que o ex-presidente estava preocupado com o país e com a governabilidade de Dilma.
Em nenhum dos diálogos, Lula deixou transparecer que aceitou ser ministro de Dilma para fugir de Sérgio Moro. No entanto, o então juiz, em conluio com a Globo, divulgou apenas um telefonema, com a história do tal “Bessias”.
Como a divulgação foi feita de forma parcial e seletiva, justamente para manipular a opinião pública, o Supremo Tribunal Federal impediu a posse de Lula como chefe da Casa Civil e abriu as portas para o golpe de 2016 contra Dilma.
“Conversas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gravadas pela Polícia Federal em 2016 e mantidas em sigilo desde então enfraquecem a tese usada pelo hoje ministro Sergio Moro para justificar a decisão mais controversa que ele tomou como juiz à frente da Lava Jato”, aponta reportagem da Folha em parceria com o Intercept, publicada ontem, domingo.
“Os diálogos, que incluem conversas de Lula com políticos, sindicalistas e o então vice-presidente Michel Temer (MDB), revelam que o petista disse a diferentes interlocutores naquele dia que relutou em aceitar o convite de Dilma para ser ministro e só o aceitou após sofrer pressões de aliados”.
“O ex-presidente só mencionou as investigações em curso uma vez, para orientar um dos seus advogados a dizer aos jornalistas que o procurassem que o único efeito da nomeação seria mudar seu caso de jurisdição, graças à garantia de foro especial para ministros no Supremo”, aponta ainda a reportagem.
O grampo ilegal de Moro foi divulgado pela Globo no dia 16 de março de 2016. Com base nas conversas divulgadas pelo ex-juiz, o ministro Gilmar Mendes, do STF, anulou a posse de Lula dois dias depois, em 18 de março. Com o aprofundamento da crise política, a Câmara aprovou a abertura do processo de impeachment em abril e afastou Dilma do cargo, lembra a reportagem.
O dado curioso é que a Globo – que deu enorme destaque ao vazamento do dia 16 de março de 2016, levando milhares de coxinhas a tentar invadir o Palácio do Planalto – não está divulgando a série de reportagens sobre as irregularidades (pra usar uma palavra mais leve) cometidas por Moro, Dallagnol e outros.
Aparece o verdadeiro motivo da crise entre Jair Bolsonaro e o comando da PF no Rio, que teria levado à exoneração do delegado Ricardo Saad: um inquérito sobre as milícias e a lavagem de dinheiro. Há dois meses o inquérito chegou ao conhecimento de Bolsonaro, que teria ficado furioso. A crise ainda poder levar à queda do diretor -geral do órgão, Maurício Valeixo. A informação é do jornalista André Guilherme Vieira, no Valor Econômico.
“A PF chegou aos milicianos ao descobrir que um grupo estaria achacando doleiros investigados por lavagem de dinheiro. Apesar de mantida sob discrição, a notícia sobre a investigação teria sido transmitida ao Palácio do Planalto por policiais federais próximos de Bolsonaro”, informou o jornalista.
A notícia acendeu o sinal vermelho no clã. As relações entre os Bolsonaro e o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, chefe do “Escritório do Crime”, no Rio, são antigas e conhecidas. Sua ex-mulher e mãe trabalharam no gabinete da Assembleia Legislativa do hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). A mãe do miliciano participava do esquema de “rachadinha” de funcionários coordenado pelo ex-assessor Fabrício Queiroz.
Informado sobre o perfil técnico de Ricardo Saadi – que é especialista no combate a crimes financeiros e organizações criminosas -, Bolsonaro passou a dizer publicamente que o superintendente precisava ser trocado por “problemas de produtividade”. Saadi terminou exonerado no dia 30 de agosto.
A saída de Ricardo Saadi da PF do Rio marcou o início da crise do ministro Sergio Moro. A iniciativa para deixar a base fluminense da corporação foi do próprio Saadi. Mas acabou antecipada em ao menos quatro meses por decisão de Bolsonaro, alarmado com o rumo das investigações.
A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, segurou por mais de 120 dias investigações sobre supostas funcionárias-fantasma da família de Jair Bolsonaro (PSL), enquanto tentava garantir um segundo mandato como chefe do Ministério Público Federal.
A indicação do titular da PGR é feita pelo próprio presidente. Os papéis só foram desengavetados e enviados de volta à primeira instância na terça-feira passada (3), depois do nome de Dodge ter perdido força na disputa. As informações são do jornal Folha de São Paulo.
Um dos casos investigados é o de Nathalia Queiroz, que trabalhou no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, em Brasília, entre dezembro de 2016 e outubro de 2018. Ao mesmo tempo, atuou como personal trainer no Rio de Janeiro.
Ela é filha de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL) que se tornou o centro das investigações contra o filho do presidente após serem identificadas movimentações milionárias em sua conta.
“Pesquisa nacional feita pelo Datafolha nos dois últimos dias de agosto mostra que 40% dos brasileiros consideram que a situação econômica do paísvai melhorar, patamar mais baixo em um ano.
No levantamento feito em dezembro de 2018, pouco antes do início do governo Jair Bolsonaro, 65% dos entrevistados estavam otimistas. O percentual já havia recuado para 50% em abril deste ano e para 46% no início de julho”, apontam reportagem de Eduard Cucolo, publicada na Folha de S. Paulo.
“A avaliação de que vai piorar passou de 9% em dezembro para 18% em abril, 19% em julho e 26% em agosto. O percentual dos entrevistados que dizem que a economia ficará como está oscilou dentro da margem de erro nos três últimos levantamentos e está agora em 31%. Outros 3% não sabem”, aponta ainda o texto.
Antes da posse de Bolsonaro, previa-se um crescimento de 3% para o Brasil em 2019. Hoje, as projeções convergem para menos de 1%.
A indicação de Augusto Aras para a PGR (Procuradoria-Geral da República) foi bem recebida no STF (Supremo Tribunal Federal) e no Congresso Nacional, na medida em que significa mais um golpe de Bolsonaro contra a Lava Jato.
Segundo a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna desta sexta-feira (6) na Folha de S.Paulo, a escolha de Aras é vista como uma derrota dos integrantes da Operação Lava Jato e daquele que foi o seu principal responsável: o ex-juiz, hoje ministro da Justiça, Sergio Moro.
Moro não conseguiu passar nomes de sua preferência para a Procuradoria-Geral da República e nem sequer foi consultado por Bolsonaro no processo de escolha do novo procurador.
As posições de Aras contrárias às arbitrariedades cometidas pela Operação Lava Jato atingem Moro diretamente.
O indicado para a chefia do Ministério Público Federal atacou a espetacularização e a personalização promovidas pelo Ministério Público Federal e disse que elas levaram à debacle da economia brasileira.
De acordo com Aras, a atuação do MPF foi muitas vezes um atentado à honra de pessoas que depois se provaram inocentes.
Aras também ataca a criminalização da política promovida por procuradores. E defende que sempre é necessário encontrar soluções políticas para os problemas.
A notícia é da Secretaria Municipal de Comunicação:
O prefeito Flávio Prandi Franco, o Flá, assinou na manhã desta quinta-feira, dia 05 de setembro, convênio com a Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, no valor de quase R$ 754 mil que serão utilizados nas obras de reforma e adequações do Teatro Municipal de Jales (Centro Cultural Dr. Edílio Ridolfo). O evento aconteceu no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista.
Durante o evento, o Governador João Doria assinou 146 convênios no valor de R$ 120 milhões para financiar obras em 85 municípios com verba do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos (Dadetur). Com o prefeito Flá estavam os vereadores Deley Vieira dos Santos, Bismark Kuwakino, Vagner Selis, Fábio Kazuto e Luiz Henrique Viotto.
Em abril do ano passado, a Assembleia Legislativa aprovou o Projeto de Lei que classificou 46 municípios como MITs, por meio de uma proposta de autoria dos 94 deputados estaduais.
Para que seja considerada de Interesse Turístico, a cidade deve ter atrativos turísticos, serviço médico emergencial, de hospedagem, de alimentação, informações turísticas e abastecimento de água potável e esgoto. Desde maio de 2017, com a criação do Conselho Municipal de Turismo de Jales (COMTUR), o prefeito Flá, o vice-prefeito José Devanir Rodrigues, o Garça, os conselheiros e o deputado estadual Itamar Borges, pleiteavam a inclusão de Jales como MIT.
Flá ressaltou que com a reforma do Teatro Municipal a cidade terá mais uma oferta de lazer e entretenimento, com segurança e conforto para a população. “A última vez que o Teatro passou por reformas e adequação foi em 2010. Depois disso, nada mais foi feito, nem mesmo pintura daquele espaço. Vamos executar a reforma e deixá-lo seguro, confortável, acessível e bonito como o Teatro Municipal de Jales merece estar para ser usado pelos artistas que lá se apresentam e pela população que prestigia os espetáculos e eventos que o centro cultural sedia”.
O prefeito Flá também fez questão de agradecer. “Agradeço em especial ao governador João Doria, ao vice-governador Rodrigo Garcia e ao Secretário Estadual de Turismo, Vinícius Lummertz. Jales agradece pelos novos recursos que vão nos permitir reformar o Teatro Municipal, um dos cartões postais de nossa cidade”.
Duas semanas atrás, o presidente avisou que uma bomba que estava “para estourar” em “uma pessoa importante que está do meu lado”. Ele se referia a Hélio Negão. Esse seria, segundo a revista Veja, o verdadeiro motivo pelo qual Bolsonaro trocou o superintendente da PF no Rio de Janeiro.
É também por isso que Bolsonaro quer demitir o diretor-geral da PF, indicado por Sérgio Moro. E o imparcial de Curitiba calado, assistindo a tudo. O artigo abaixo, sobre Bolsonaro e a Lava Jato, é do jornalista Leonardo Attuch, editor do Brasil 247:
Ninguém em sã consciência questiona o fato de que Jair Bolsonaro só é presidente da República em razão da Operação Lava Jato. Não fosse a destruição econômica, a criminalização da política e, evidentemente, a prisão do ex-presidente Lula, o capitão reformado jamais teria se viabilizado na disputa presidencial de 2018.
O ataque ao setor de engenharia e à cadeia produtiva de óleo e gás, que deixou um rastro de milhões de desempregados, criou as condições materiais para o desconforto que fomentou o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef. O ataque indiscriminado ao sistema político reforçou a percepção de que todos os políticos são ladrões e que apenas alguém “de fora do sistema” seria capaz de moralizar o Brasil.
Fora isso, operações seletivas foram feitas até a véspera das eleições para minar a competitividade de Fernando Haddad, do PT, como já foi demonstrado pela Vaza Jato. De mais a mais, a preferência dos procuradores de Curitiba por Bolsonaro já é um fato público e notório.
O que a turma de Curitiba imaginava era que um eventual governo Haddad usaria os instrumentos do poder para “minar a operação” e libertar o ex-presidente Lula. Um tremendo erro de cálculo. Haddad seria cercado pela mídia corporativa e pressionado a manter sempre uma “postura republicana” diante do aparelho repressivo do Estado. Bolsonaro, que entrega ao capital sua agenda econômica, tem conseguido desmoralizar a Lava Jato e, efetivamente, “estancar a sangria”.
O episódio mais recente foi a escolha de Augusto Aras como novo procurador-geral da República. Bolsonaro quebrou a tradição, aberta pelos governos petistas, de escolher o mais votado pela lista tríplice dos procuradores. Em suas manifestações recentes, Aras questiona a espetacularização das ações do Ministério Público e a destruição econômica causada pela Lava Jato – tendo acertado nos dois casos.
Fora isso, Bolsonaro também enterrou o “republicanismo” na intervenção que fez na superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro. E seu ministro Sergio Moro está tão escanteado que já foi aconselhado a se demitir até pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
É um desfecho tão irônico que nada melhor do que o tweet do colega Rodrigo Vianna para encerrar este artigo:
Mesmo humilhado, o imparcial de Curitiba continua puxando o saco do Bozo. Deu no Brasil 247:
A jornalista Mônica Bergamo informa, em sua coluna, que os delegados mais influentes da Polícia Federal já cobram a demissão dos ministro Sergio Moro. “A cúpula da PF (Polícia Federal) está convencida de que não é o verdadeiro alvo de Jair Bolsonaro — mas que ele mira, isso sim, no ministro da Justiça, Sergio Moro. Para alguns dos mais respeitados integrantes do órgão, Moro já não está sendo constrangido — mas sim humilhado pelo presidente”, diz a jornalista.
“Além de engolir a exigência de Bolsonaro para demitir o diretor-geral, Maurício Valeixo, o ministro não estaria sequer conseguindo emplacar um nome de sua confiança no lugar. Na opinião de policiais próximos de Moro, o ex-juiz deveria reagir rápido — para poder sair do governo com pelo menos ‘algum crédito’, nas palavras de um deles. O que já não terá, dizem, se seguir dobrando a espinha. ‘Moro vai esperar dois anos e a troca de 50 diretores-gerais da PF para gritar?”, questiona um dos delegados mais influentes da corporação”, aponta ainda a colunista.
Na Sessão Ordinária de hoje (2), no “Expediente do Dia”, serão apresentadas 19 indicações, 2 projetos de lei, 1 projeto de decreto legislativo e 2 propostas de emenda à Lei Orgânica. Também serão discutidos e votados seis requerimentos.
Pelo menos quatro desses seis requerimentos tem a assinatura do vereador Macetão. Num deles, Macetão está sugerindo – se bem entendi – que o prefeito Flá estude a criação de uma gratificação para aqueles servidores que ganham baixos salários.
Na sessão, será apresentado um projeto de decreto legislativo – de autoria dos vereadores Tupete, Macetão, Pintinho e Tiago Abra – que propõe a entrega de uma medalha XV de Abril ao senhor Valdecir Ramalho dos Santos, pelos relevantes serviços prestados por ele ao município, sobretudo na área do desporto e da recreação.
O prezados leitores e as estimadas leitoras devem estar se perguntando quem seria esse senhor Valdecir, certo? Eu respondo: trata-se de ninguém menos que o famoso Brito, da Secretaria Municipal de Esportes.
Na segunda parte da sessão, a chamada “Ordem do Dia”, está prevista a apreciação do projeto de decreto Legislativo 4/2019, de autoria da Mesa da Câmara, que aprova – ou rejeita – o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, referente às contas anuais do exercício de 2015.
O parecer do Tribunal é desfavorável à aprovação das contas daquele ano, quando, vocês sabem, nós tivemos três prefeitos: Nice Mistilides, Pedro Callado e Tiquinho. Eu não sei bem os motivos que levaram o TCE a recomendar a desaprovação das contas, mas tudo indica que a recomendação não será levada em conta pelos nossos nobres edis.
Registre-se, ainda, que, tendo em vista que o atual presidente da Câmara, o Tiquinho, não poderá participar da votação porque foi prefeito por 15 dias em 2015, nós teremos, novamente, uma participação feminina na sessão da Câmara que, nesta legislatura, transformou-se num autêntico “Clube do Bolinha”.
Trata-se da suplente de vereadora Jocélia Cabrini dos Santos Lima, que substituirá Tiquinho durante a votação do parecer do Tribunal. A sessão começa às 20 horas e poderá ser acompanhada pela Web TV, no site da Câmara Municipal, ou pela Rádio Band FM Jales (96,7 MHz).