Finda a contagem oficial do TSE, 13.153 eleitores jalesenses – 48,16% dos votos válidos – optaram por entregar as chaves da cidade à candidata Nice Mistilides(PTB), enquanto 12.613 eleitores – 46,18% – preferiram Flávio Prandi(DEM), uma diferença de 540 votos, ou 1,98%.
Outros 1.545 eleitores – 5,66% dos que votaram para prefeito – ficaram com Clóvis Viola(PPS). E dos 29.925 jalesenses que foram às urnas, 1.038 votaram em branco para prefeito, enquanto outros 1.578 preferiram anular o voto.
Nada menos que 7.292 eleitores deixaram de comparecer às urnas nas eleições de ontem, em Jales. Eles representam 19,59% dos 37.217 eleitores inscritos em nossa cidade. Em 2008, quando tínhamos 36.811 eleitores, a abstenção foi de 18,39%, correspondente a 6.772 eleitores ausentes.
Perguntei, um dia desses, ao experiente João Edson Rubello, do Cartório Eleitoral, qual seria o perfil dos eleitores que deixam de votar. Ele me disse que a maioria é de pessoas que estão trabalhando ou estudando fora da cidade. Normalmente, essas pessoas deixam para vir a Jales nos feriados prolongados. E o próximo feriado prolongado acontece justamente nesta semana.
Ouvi, também, o presidente do PMDB local, João Missoni, igualmente experiente em eleições. Ele me disse que, normalmente, as pessoas mais simples e com menos grau de instrução não deixam de votar. “Uma boa parte das pessoas que se ausentam são aquelas que possuem melhores condições e aproveitam para viajar ou ir pescar”, garante João.
Ele deve ter alguma razão! Agora, vejam o caso da moça da foto lá de cima. Ela teve uma dificuldade enorme para descer do carro que a trouxe. Foram quase dez minutos para conseguir sentar na cadeira de rodas e – ajudada pelo policial, o cabo Félix – se dirigir à sua seção, na EE “Onélia Faggioni”. Mas ela fez questão de votar!
Abaixo, um quadro com a abstenção nos 10 municípios vinculados ao Cartório Eleitoral de Jales. Reparem que a abstenção de Jales é a maior. No entanto, na comparação com as outras cidades maiores – Fernandópolis(19,73%), Santa Fé do Sul(19,77%) e Votuporanga(18,93%) – o índice de abstenção, em Jales, pode ser considerado normal.
Eu não consegui falar com o principal envolvido – o servidor municipal Valdecir Ramalho, conhecido como Brito – mas fontes bastante fidedignas me informaram que, durante a carreata de ontem, a prefeita eleita, Nice Mistilides, teria feito um pit stop em frente a casa do servidor, no conjunto “Dercílio Joaquim de Carvalho”, para desacatá-lo.
De acordo com as fontes, Nice teria se dirigido de maneira desrespeitosa ao servidor, que – durante a campanha – pediu votos para Flávio Prandi Franco. Ela teria dito ao funcionário: “Vai trabalhar, vagabundo!”. Tudo indica que os servidores municipais – principalmente aqueles que manifestaram preferência por Flá – viverão tempos difíceis nos próximos quatro anos.
É provável que a nossa futura prefeita nunca tenha ouvido falar que um vencedor deve ser, no mínimo, respeitoso com os “vencidos”. Nem vamos falar em magnanimidade, que, para isso, além de ter valor, é preciso ter valores. Para quem passou a campanha inteira falando em Deus, é um mau começo!
Em Vitória Brasil deu o esperado. A candidata Ana Lúcia Olhier(PSDB) foi a vencedora com 903 votos, mais que o dobro do segundo colocado, o petebista Paulo Henrique Miotto – Paulinho do Açougue – que saiu das urnas com 400 votos.
O petista José Gomes, o Zequinha, ficou em terceiro lugar (só tinha três candidatos!) com heróicos 93 votos, 6,66% do total de votos válidos. No longo capítulo das abstenções, 122 eleitores (7,76%) deixaram de votar. Entre os 1.450 eleitores que compareceram, 18 votaram em branco e 36 acharam mais conveniente anular o voto. Eis, agora, os vereadores eleitos:
Angélica do Alécio (DEM) – 116Leonel Amaral (PSDB) – 94Ricardo do Posto (PSDB) – 89José Carlos Olhier (PMDB) – 77Joaquim Moura (PSDB) – 73Tatu (PSDB) – 64Fernando (PP) – 57Val Oreia (PTB) – 57Bisteca (PMDB) – 51
Em Urânia, nós tivemos 1.977 votos anulados. Claro que boa parte desses votos – talvez uns 1.900 – foram dados à candidata Neuseli Pires(PTB), que está com a candidatura indeferida. Mesmo que tivesse resolvido seus problemas com a Justiça Eleitoral, Neuseli não passaria de um segundo lugar.
Afinal, seu adversário, o atual prefeito Francisco Airton Saracuza(PP), saiu das urnas com 3.128 votos. Além de Neuseli e Saracuza, outros dois candidatos concorriam em Urânia: Sandra Cássia Correa(PRP), que teve 307 votos e Jacir Pontel, que ficou com 193 votos. Para a Câmara, foram eleitos os seguintes vereadores:
Em Santa Salete, a eleição foi quase tão equilibrada quanto em Jales. O tucano Ivalderis Molina, atual vice-prefeito, conseguiu eleger-se com 705 votos, ou 51,27% dos votos válidos. Seu oponente, o peemedebista Edílson César Farinha, chegou bem perto: 670 votos, equivalentes a 48,73% dos votos válidos.
Com um dos menores colégios eleitorais da região – 1.494 eleitores – Santa Salete teve apenas 91 ausências, correspondente a 6,09% de abstenção. Entre os 1.403 eleitores que compareceram, 08 votaram em branco e 20 anularam o voto. Curiosamente, o PMDB de Santa Salete conseguiu eleger 03 mulheres para a Câmara Municipal. Eis os eleitos:
Paulo Buzo (PSDB) – 129José Carlos Codinhoto (PSDB) – 104Nilo Lopes (PP) – 99Marizete Costa (PMDB) – 94Rosana Cocharro (PMDB) – 86Beto do Posto (PSDB) – 83João Paulo (PMDB) – 78Tião Miguel (PSB) – 67Lúcia Lopes (PMDB) – 65
Em Santa Albertina, o vencedor foi Vanderci Novelli(PMDB), o Tuquinha. Ele obteve 2.485 votos, ou 61,01% dos votos válidos, enquanto seu adversário, o atual vice-prefeito João Gadotti(PDT), ficou com 1.588 votos (39,99%).
Segundo os números do TSE, 4.236 eleitores foram às urnas em Santa Albertina, enquanto 532 (11,16%) não compareceram. Entre os que compareceram, 68 votaram em branco, enquanto 95 anularam o voto. Os vereadores eleitos foram os seguintes:
Pontalinda foi o único município de região onde teria havido um princípio de tumulto, por conta das eleições. Nada importante, porém. Importante mesmo foi a eleição do petebista Elvis Carlos de Souza, que foi apoiado pelo atual prefeito, Guedes Marques Cardoso.
Elvis obteve 1.584 votos, ou 56,90% do total de votos válidos. Já o seu adversário, Benedito Tonholo(PSD), ficou com 1.200 votos (43,10%). 486 eleitores não votaram, o que deixou o índice de abstenção, em Pontalinda, em 14,30%. Entre os que compareceram, 29 votaram em branco e 81 anularam o voto. Eis os vereadores eleitos:
Processo (PMDB) – 248Maurão (PPS) – 223Heitor Quatroque (PTB) – 221João da Viola (DEM) – 212Lambari (PP) – 207Marlúcio (DEM) – 193Rosângela do Boy (PT) – 184Marcelo do Baltazar (PT) – 169Deneval (PT) – 150
No site do TSE é impossível saber quantos votos teve o candidato Cláudio Pereira da Silva, o Caju, uma vez que sua candidatura está sub judice e, por consequência, os votos dados a ele não aparecem na contagem.
Uma coisa, porém, é certa: mesmo que consiga se livrar dos problemas com o registro de sua candidatura, Caju terá que esperar mais quatro anos para tentar, novamente, voltar à Prefeitura de Paranapuã. Ele deve ter tido pouco mais de 900 votos, bem menos que os 1.637 obtidos pelo atual prefeito, dr Antonio Melhado. Abaixo, os vereadores eleitos em Paranapuã:
Roberto Visoná, do PMDB, foi o grande vencedor das eleições em Dirce Reis, contrariando algumas pesquisas que apontavam o atual prefeito, Euclides Scriboni Benini, como favorito. Roberto obteve 824 votos, ou 55,75% dos votos válidos, enquanto seu adversário conseguiu apenas 654 votos, ou 44,25%.
A abstenção, em Dirce Reis, foi de apenas 5,22%, uma vez que 1.526 dos 1.610 eleitores inscritos no município foram às urnas, neste domingo. Entre os 1.526 que compareceram, 18 eleitores votaram em branco, enquanto 30 deles preferiram anular o voto. Abaixo, os vereadores eleitos:
Noel (PSC) – 137Maércio da Chácara (PR) – 84Maí (PMDB) – 80Laio do Posto (PT) – 79João Dutra (PR) – 75Zé Guilherme (PT) – 66Cidinha Rizzi (PR) – 63Donizete do Acampamento (PR) – 59Jeguinho (PT) – 49