A notícia já foi veiculada na internet e nas emissoras de rádio locais e, certamente, será repercutida pelos jornais no próximo final de semana. O provedor da Santa Casa, José Devanir Rodrigues, o Garça, declarou aquilo que metade cidade já sabia e a outra metade fingia não saber: ele é mesmo candidato a candidato a prefeito pelo PMDB.
Além de confirmar seu nome para as disputas do ano que vem, Garça falou duas outras coisas interessantes. A primeira: que a filiação do vereador Rivelino Rodrigues, recém transferido ao PMDB, teria enfrentado a resistência de alguns peemedebistas, mas o próprio Garça tratou de apoiar e avalizar a contratação do ex-pepessista.
A segunda: o PMDB vai mesmo deixar a base de apoio do prefeito Humberto Parini, o que deverá acontecer no final de dezembro ou no início do ano que vem. Garça não disse, mas já está mais ou menos acertado que dois dos três peemedebistas – João Missoni, Jediel Zacarias e Ilson Colombo – ocupantes de cargos no governo Parini deverão pedir o boné. O terceiro vai pedir sua desfiliação do partido para continuar no governo.
A pergunta que o prezado leitor deve estar se fazendo: qual deles vai sair do partido para continuar com Parini? Pode arriscar seu palpite! Aqui, a entrevista de Garça concedida ao repórter Alexandre “Carioca” Ribeiro, da rádioweb A Tribuna.
O peemedebista Jarbas Elias Zuri Júnior, que foi escalado pelo vice-presidente Michel Temer para reorganizar o PMDB no Estado de São Paulo, deu interessante entrevista às emissoras de rádio locais. Entre outras coisas, Jarbinhas disse que a nossa cidade está feia, suja, mal-cuidada e com a autoestima lá embaixo. Se fosse este aprendiz de blogueiro falando isso, diriam que é mágoa pessoal. Mas, sendo o Jarbas…
Deixando a sujeira de lado, Jarbas confirmou também que o PMDB terá, sim, senhor, candidato a prefeito em Jales. Ele disse que o partido tem vários nomes e citou Garça e Rivelino Rodrigues como candidatos a candidato. E mais: de acordo com Jarbas, o partido deverá deixar o governo Parini ainda neste final de 2011.
Atualmente, o PMDB possui três cargos de alto escalão no governo municipal, ocupados por João Missoni Filho, Jediel Zacarias e Ilson Colombo. Há quem duvide que eles vão mesmo deixar seus respectivos cargos, mas já circulam informações dando conta de que, pelo menos, dois deles estariam decididos a cair fora. Não custa lembrar que Jediel, por exemplo, teria apenas mais quatro ou cinco meses no cargo, uma vez que pretende candidatar-se a vereador.
Por outro lado, o PMDB tem dois vereadores – Osmar e Rivelino – na Câmara Municipal, os quais fazem parte da base de apoio ao prefeito Humberto Parini. Resta saber se os dois parlamentares vão continuar dando sustentação ao prefeito ou irão assumir uma postura, digamos, mais independente em relação ao governo municipal. Resta saber, também, como ficará a disputa pela presidência da Câmara, já que Rivelino, o favorito, pode perder o apoio do Paço.
“Mulher que nega, não sabe não, tem uma coisa de menos no seu coração”, é o que dizia Vinícius de Moraes em uma de suas canções. O poetinha tinha lá suas razões prá dizer isso, mas nem sempre é assim. As professoras da foto acima, por exemplo, pareciam convictas de que o momento era prá dizer ‘não’.
Goste-se ou não, o fato é que as professoras apenas praticaram o chamado exercício da cidadania, defendendo seus interesses de forma democrática e civilizada. Pessoalmente, continuo achando que não é somente o pessoal da Educação que merece ter o seu Plano de Carreira, mas tomara que o exemplo de mobilização das professoras sirva mesmo de inspiração para outras categorias do funcionalismo. As fotos são do Roberto Timpurim:
Como vocês sabem, depois das eleições de 2010, os deputados do PT sumiram de Jales. O deputado Devanir Ribeiro, por exemplo, nunca mais foi visto na companhia do nosso premiado estadista. E não se pode condenar o deputado por isso, muito pelo contrário. No primeiro mandato de Parini, o deputado Devanir ajudou o prefeito o quanto pôde, transformando seu gabinete, em Brasília, em uma embaixada de Jales.
E o que ele recebeu em troca? Nas eleições de 2010, Parini preferiu dar “apoio” ao mensaleiro Valdemar Costa Neto, enquanto o deputado Devanir, que, repito, foi o maior aliado de Parini em Brasília, obteve exatos 131 votos nas urnas de Jales. Em Fernandópolis, Devanir obteve cerca de 2.900 votos e, de lá para cá, dedica-se a ajudar o prefeito Vilar. Na semana passada, Vilar anunciou a assinatura de R$ 3,5 milhões em convênios com o governo federal. E agora, vejam quem acompanhou o prefeito de Fernandópolis em uma reunião com a ministra do Planejamento:
O prefeito de Fernandópolis, Luiz Vilar, e o deputado federal Devanir Ribeiro tiveram uma importante audiência com a ministra do Planejamento, Maria Fernandes Caldas, nessa quinta-feira (10/11), para tratar a respeito do projeto do PAC II, que está sendo pleiteado para o Jardim Araguaia.
O deputado federal Devanir Ribeiro destacou a importância da obra para Fernandópolis e pediu a liberação de R$ 25 milhões do PAC para execução do projeto ambiental e de infraestrutura urbana no bairro.
De acordo com o prefeito Luiz Vilar, a reunião foi muito positiva. “A audiência com a ministra Maria Fernandes foi muito boa. Estamos muito animados, existe uma grande possibilidade de Fernandópolis ser contemplada com esta obra. O deputado Devanir Ribeiro, que é um grande amigo de Fernandópolis, expos a importância dessa obra, que vai transformar o Jardim Araguaia e trazer um grande desenvolvimento para nossa cidade”, destaca o prefeito Luiz Vilar.
O prefeito de Castro, Moacyr Fadel (PMDB), foi filmado guardando R$ 15 mil na jaqueta. O dinheiro supostamente seria o pagamento mensal em troca de abatimento no Imposto Sobre Serviços (ISS) feito por uma empresa de ônibus da cidade. A denúncia e as imagens foram feitas por Adolfo Rodrigues Neto, ex-funcionário da Viação Castro, que opera o transporte coletivo na cidade.
Fadel nega a acusação e afirma ter sido vítima de uma tentativa de extorsão. O prefeito registrou boletim de ocorrência na delegacia de Castro e alegou que o denunciante tentou vender o vídeo a ele por R$ 50 mil.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) investiga a denúncia contra o prefeito de Castro. Rodrigues Neto prestou depoimento ao MP na última quinta-feira (3).
A gravação foi feita em junho de 2009 e divulgada na segunda-feira (7). Os pagamentos teriam começado em 2005, com valores na casa de R$ 4 mil, e foram aumentando até chegarem, segundo o denunciante, a R$ 25 mil por mês.
A notícia completa e o vídeo podem ser vistos aqui.
Cerca de 120 pessoas compareceram, neste domingo, ao encontro organizado pela equipe do prefeiturável Flávio Prandi Franco, o Flá (DEM), na Associação Comercial e Empresarial de Jales. Entre elas, pelo menos dois outros prefeituráveis: José Devanir Rodrigues, o Garça (PMDB), e o vice-prefeito Clóvis Viola (PPS). O presidente do PSDB, Carlos Roberto Cardoso da Silva, também deu o ar de sua graça.
Garça e Viola fizeram discursos conciliatórios, onde pregaram a união das oposições em torno de um nome. Flá, segundo me disseram, não descartou a possibilidade de ser candidato a vice, desde que o grupo tenha alguém melhor posicionado que ele nas pesquisas. Curiosamente, quem também esteve por lá foi o Pedro Antonio Filho (Piriá), que está filiado ao PR, partido que, no momento, sofre a influência do prefeito Humberto Parini.
Outra curiosidade: dois amigos me confessaram, hoje, não saber que estavam filiados ao PR, do Valdemar Costa Neto, do Ronaldo e do Parini. Eles me garantiram que, já na segunda-feira, estariam providenciando a desfiliação.
As relações de filiados, cadastradas pelos partidos políticos de Jales junto à Justiça Eleitoral, através do programa Filiaweb, guardam algumas curiosidades. O Partido Humanista da Solidariedade(PHS), por exemplo, tem somente três filiados, mas corre o risco de ficar com apenas uma pessoa em seus quadros, já que as outras duas estão com dupla filiação. Tudo indica que apenas o nome da senhora Araídes Aparecida Buzo, uma tia do vereador Macetão, continuará na lista do PHS.
O nome do chefe de gabinete da Secretaria de Comunicação, Francisco Melfi, aparece nas relações do Partido Republicano Brasileiro (PRB) e do Partido Social Cristão (PSC), mas não se trata de um caso de dupla filiação. O Francisco Melfi que está filiado ao PRB é o Kico, filho do seo Chico, que tem exatamente o mesmo nome do pai.
Este aprendiz de blogueiro não viu a relação de todos os partidos, mas, pelo menos em dois deles é possível constatar que pessoas falecidas continuam frequentando a lista de filiados, em situação “regular”. No PDT, do vereador Claudir Aranda, ainda consta o nome do ex-contabilista Orácio Cardozo da Silva, que faleceu há uns cinco anos.
Na relação do PT, aparecem como “regular” os nomes do saudoso professor Claudovino Rodrigues Filho e do ex-vigilante da Caixa Federal, Décio Coqui da Silva, embora falecidos. Outros ex-companheiros que passaram desta para uma melhor, como Antonio Alves Canuto, Marco Antonio Pitta e Luiz Carlos de Oliveira, o professor Chupeta, também continuam na relação petista, mas na condição de “desfiliados”.
Em meio ao troca-troca de partidos do mês passado, que teve o imbroglio Clóvis Viola – PSDB como principal atração, passou despercebida uma novidade interessante: movido por republicanos interesses, o empresário Osvaldo Costa Júnior, o Bexiga, novo amigo do prefeito Parini, filiou-se – no apagar das luzes – ao Partido da República, o PR.
Além do Bexiga, pelo menos três outros aliados do nosso prefeito estão chegando ao PR: o motorista oficial do estadista, Sergio Luiz Casteletti Valério; o cunhado Ronaldo José Alves de Souza; e o assessor Jorge Valério, que já chega ao partido com status de presidente. Como se vê, tudo indica que, nas eleições de 2012, o PR deverá ser um mero alter ego do PT.
O PR, partido do mensaleiro Valdemar Costa Neto – outro novo amigo do nosso prefeito – nasceu em 2006, fruto do casamento entre o PL e o PRONA. No ranking da corrupção, ocupa lugar de destaque. Em Jales, possui cerca de 140 filiados, a maioria arregimentada nos anos 90, quando o então deputado federal Ayres da Cunha(PL), tinha Jales como uma de suas bases eleitorais.
Entre os filiados do PR, em Jales, figuras conhecidas, como o diretor da Antena 102, João Luiz Canhada Garcia, o radialista Devair Paschoalon, conhecido como “Deva Pascovich”, o advogado Maurício Carvalho Salviano, o ex-vereador Sílvio Renô Cintra, o ex-comerciário Pedro Antonio Filho (Piriá), e o ex-bancário Hélio de Souza Barbosa(Truz), cunhado do Ayres da Cunha.
Outro conhecido personagem que integra os quadros do PR local e, certamente, sentirá enorme prazer em estar no mesmo palanque do prefeito Humberto Parini, é o empresário Sílvio Vicente Marques, o “quebra-santo”. As eleições 2012 prometem ser muito divertidas!
Hoje estive no Cartório Eleitoral e encontrei por lá o ex-vereador Mauro Hélio Lopes, o Maurinho Enfermeiro. O Maurinho está correndo atrás de se defender no caso de dupla filiação em que ele está envolvido. Como se sabe, o ex-vereador deixou o PSDB e se filiou ao PT, mas o Cartório não foi comunicado da desfiliação, o que deveria ter sido providenciado pelo próprio Maurinho.
O caso de Maurinho não é único. O jornal A Tribuna, do próximo domingo, vai contar quantos casos de dupla filiação foram registrados na Comarca de Jales. O jornal vai revelar também o nome de mais duas ou três pessoas aqui de Jales que, assim como o Maurinho, correm o risco de não ser candidatos em 2012, caso não apresentem, até a próxima quarta-feira, 09/11, uma boa justificativa à Justiça Eleitoral.
Parece que a largada para a sucessão do prefeito Humberto Parini já foi mesmo dada. O prefeiturável Flávio Prandi Franco(DEM), por exemplo, vai reunir, no próximo domingo, na Associação Comercial e Empresarial, os pré-candidatos a vereador dos partidos que estão na sua base de apoio. E não são poucos!
Sabe-se que pré-candidatos do PP, PV, PSB, PCdoB, PRP e do PTN, além, é claro, do DEM, estão convidados. Sabe-se, também, que a reunião terá o presidente do PSDB, Carlos Roberto Cardoso da Silva e o vice-prefeito Clóvis Viola(PPS) como convidados especiais.
Aliás, consta que Flá e Viola estiveram reunidos na semana passada, para tentar acertar os ponteiros. Segundo fontes bem informadas, a conversa foi das mais proveitosas, e, ao final, restou aquela sensação de “tudo acertado e nada combinado”. Isto é, Clóvis teria gostado do que ouviu, mas pediu um tempo para saber a opinião do seu partido, o PPS.