O problema em Goiânia foi o aumento do IPTU. O vereador culpa o secretário de Finanças, que teria enganado os vereadores, levando-os a votarem a favor do aumento. Mas ele, ao mesmo tempo, reconhece que errou, ao não analisar o projeto com atenção.
Aqui em Jales, pelo menos um vereador que votou a favor das taxas – o nobre edil João Zanetoni – admitiu que foi surpreendido pelos valores cobrados nos carnês do IPTU. Ou seja, ele admite que não estudou o projeto como deveria. Pena que, como as sessões são remotas, ele não teve como pedir a algum colega que lhe desse umas chibatadas.
A Câmara Municipal de Jales aprovou, em sessão extraordinária realizada nesta quarta-feira, o projeto de lei complementar 03/2022, que concede a alguns contribuintes jalesenses a isenção de pagamento das malsinadas taxas e contribuições aprovadas pelos vereadores do chamado G7, grupo de aliados do prefeito.
A benevolência – ou, como diria um falecido advogado, a “liberalidade com os mais pobres” – teria sido, segundo o próprio prefeito, um pedido dos vereadores do tal G7, que, pressionados pelo mau humor dos contribuintes, resolveram aliviar o ataque aos bolsos dos jalesenses.
O projeto aprovado prevê a isenção das taxas para os imóveis com área edificada de até 70 metros quadrados e também para os imóveis com área construída de até 120 metros quadrados, desde que pertençam a aposentados ou pessoas com mais de 60 anos que possuam apenas um imóvel e nele residam.
Embora a imprensa chapa branca venha noticiando – sem descer aos detalhes – a benevolência do prefeito e vereadores com alguma simpatia, a isenção das taxas, como já manifestou este modesto blog, não significa grande coisa.
O próprio documento lá de cima, que o prefeito enviou à Câmara junto com o projeto da isenção, mostra que os contribuintes jalesenses teriam que pagar R$ 8,3 milhões, mas, graças à bondade do prefeito e dos vereadores, terão que pagar “apenas” R$ 7,7 milhões. Ou seja, a Prefeitura está abrindo mão de apenas R$ 650 mil.
O prefeito, em entrevista, disse que o parâmetro para a cobrança das taxas são as despesas com os serviços que seriam prestados à população. De acordo com os contratos assinados com as empresas que irão executar os serviços, eles deverão custar até R$ 4,5 milhões nos próximos 12 meses. E a Prefeitura pretende arrecadar R$ 7,7 milhões com as taxas, ou R$ 3,2 milhões acima das despesas.
Durante a discussão do projeto aprovado hoje, o vereador João Zanetoni, um dos que aprovaram a cobrança das taxas, reconheceu que a isenção não irá beneficiar muita gente e, contraditório, disse que foi surpreendido pelos valores cobrados e que o prefeito deveria estudar um desconto para todos os contribuintes.
O vereador Rivelino Rodrigues disse que o projeto de isenção faz justiça social e afirmou que os ataques feitos aos vereadores estão partindo de pessoas detentoras de grandes fortunas – ou milionários – que possuem grande quantidade de imóveis na cidade.
Já a vereadora Carol Amador disse que votaria a favor do projeto de isenção enviado pelo prefeito, mas ressaltou que continuaria almejando a revogação das taxas.
O vereador Bruno de Paula acusou a vereadora Carol Amador de estar inflamando a população contra os vereadores do G7. Ele disse, também, que as pessoas que estão protestando contra os vereadores são as mesmas que se calaram diante dos malfeitos da ex-tesoureira Érica e dos problemas do conjunto habitacional “Honório Amadeu”.
Outro que usou seu tempo para fazer acusações foi o vereador Deley, que também apontou sua metralhadora para a vereadora Carol. Já o vereador Ricardo Gouveia preferiu erguer sua bandeira branca e pedir paz entre os seus nobres colegas.
Mesmo com o pedido de paz de Ricardo, a vereadora Andrea Moreto, normalmente uma pessoa cordata, subiu à tribuna para atirar flechas na direção dos colegas Elder Mansueli e Carol Amador. Ela reclamou, também, por ter sido ameaçada por um familiar de um vereador.
O projeto foi aprovado por unanimidade mas, como se nota, os nervos estão à flor-da-pele.
A Mesa Diretora da Câmara Municipal – formada pelos vereadores Bismark Kuwakino (presidente), Hilton Marques (vice-presidente), Rivelino Rodrigues (1º secretário) e Andrea Moreto (2ª secretária) – publicou ontem o Ato nº 03/2022, que suspende a realização de sessões presenciais e retoma as sessões remotas.
O motivo, segundo explica um dos oito considerandos do Ato, é o “grande avanço da variante Ômicron do novo coronavírus por todo o país e a explosão de infecções pela covid-19, superando inclusive o número registrado no pico da pandemia, em março de 2021”.
Em outro considerando, os vereadores da Mesa explicam que as sessões remotas realizadas durante vários meses, no ano passado, foi uma experiência positiva que foi bem aceita pela população, considerando o alto índice de acompanhamento pelo site oficial da Câmara e pelo canal do Legislativo no Youtube.
A volta das sessões remotas não é a única novidade. De acordo com o documento, durante o horário de expediente normal da Câmara – das 08 às 11 e das 13 às 17 horas – ficará vedado o acesso de público ou de qualquer pessoa estranha ao quadro de servidores da Casa, exceto quando se tratar do protocolo de documentos.
Post scriptum: Segundo o site FocoNews, do amigo Matheuzinho, o vice-presidente Hilton Marques não assinou o ato. Hilton disse ao FocoNews que não foi procurado pelo presidente da Câmara e tampouco recebeu qualquer mensagem via WhatsApp para discutir a mudança. De acordo com o vereador, ele apenas recebeu o ofício, já assinado pelos demais vereadores e optou por não assinar.
O ministro da propaganda de Bolsonaro publicou um vídeo com o chefe comendo frango com farofa para tentar vender a imagem de que ele – um sujeito que gasta quase R$ 1 milhão por mês com seu cartão corporativo, pago por todos nós – é um homem comum, um cara simples, uma figura humilde.
As reações não foram muito favoráveis. “Suspendam a feijoada que o porco ainda está vivo”, gritou um verdadeiro homem comum, ao ver o Bozo comendo e espalhando farofa feito um porco.
O vídeo caiu tão mal que o ministro – aquele que, como deputado, costumava levar a ex-futura sogra para passear no exterior com dinheiro público – tratou de retirá-lo do ar. O professor Marco Antonio Villa, provocado, comentou o caso, no UOL News:
Pesquisa do instituto Radar para Presidente da República no Estado do Paraná, divulgada neste domingo, 30, e encomendada pela Assembleia Legislativa, traz péssimas notícias para a pré-candidatura do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos).
No seu estado Natal, quem está liderando a corrida é o ex-presidente Lula (PT) com 32% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro (PL) com 29,8% das menções. A pesquisa foi realizada entre os dias 08 e 18 de dezembro de 2021, ouviu 2002 eleitores em todo o estado do Paraná e a margem de erro é de 2,2 pontos.
Moro só aparece na terceira colocação com apenas 12%. Já o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) se encontra em situação ainda mais dramática com 3,5%, seguido por Simone Tebet (MDB) com 3,2%, João Doria (PSDB) com 1,8% e Rodrigo Pacheco (PSD) com 0,9%.
Nos dados estratificados, é possível perceber que Lula se sai melhor entre os eleitores que atuam no ramo da construção civil (43,5%) e entre os empregados (32,6%). O líder progressista também registra seus melhores índices entre o voto feminino (33,3%) e entre quem possui apenas o ensino fundamental (43,5%).
Em vídeo publicado por assessores nas redes sociais, Bolsonaro aparece todo sujo de farofa em mais uma tentativa torpe de querer parecer “humilde”. Entre os que publicaram a gravação está o ministro das Comunicações, Fábio Faria.
Bolsonaro perambulou por Brasília neste domingo e fez uma parada para comer frango com farofa. No vídeo, o presidente aparece todo sujo de farinha, com cabelo bagunçado e olhando de relance para a câmera para confirmar que a cena ridícula estava sendo filmada.
A porcaria feita pelo presidente foi exaltada pelos apoiadores de Bolsonaro, que enxergaram no sujeito imundo uma espécie de “homem do povo”, “humilde”, “sem frescura”, “do povão”.
Post scriptum: As imagens de Jair Bolsonaro comendo frango com a mão e jogando farofa no chão, divulgadas pelo governo federal para tentar transmitir a imagem de um “homem do povo”, pegaram tão mal – levando até a hashtag “BolsonaroPorco” ao topo do twitter – que acabaram sendo apagadas, após a péssima repercussão nas redes sociais.
O plano era tentar reduzir o impacto de que o governo Bolsonaro gasta mais de R$ 30 milhões por ano com o cartão corporativo da presidência da República.
De acordo com ele, o ex-ministro “passou de juiz a investigado”. “Há quase quatro anos, em abril de 2018, a Operação Lava Jato vivia seu auge com a prisão do ex-presidente Lula. Naquela época, Sergio Moro jamais poderia imaginar o que estava por vir”, destacou.
“O juiz que tentou fazer seu nome como um grande defensor da honestidade e algoz dos corruptos, hoje, ironicamente, é alvo de um procedimento no TCU que apura possíveis irregularidades na prestação de serviços que Moro teria realizado para empresas que foram alvo da Lava Jato”, continuou.
Segundo o colunista, a vida do ex-juiz como político não está nada fácil. “Por mais que não queira admitir, a verdade é que o jogo virou para Sergio Moro. Além de ser alvo de investigação e ter errado claramente como magistrado, a decisão de entrar para a política também não está sendo fácil”, afirmou.
Matheus lembrou ainda que Lula, preso quando Moro era juiz, agora será seu rival nas eleições. De acordo com ele, o ex-ministro de Bolsonaro não tem chance. “Moro tem muito a explicar antes de querer ocupar a cadeira de presidente do país”, concluiu.
“Nunca foi mais apropriada a célebre frase de Nelson Rodrigues: ‘por trás de todo paladino moral, vive um canalha’. Falta saber quanto Sérgio Moro embolsou para corromper o sistema Judiciário.”
(Do senador Renan Calheiros, sobre o caráter do ex-juiz imparcial de Curitiba)