NICE UTILIZA GRAVAÇÕES COM ALDO E MACETÃO PARA TENTAR VOLTAR À PREFEITURA
O site do Tribunal de Justiça registra, desde ontem, a entrada de uma “Medida Cautelar Inominada”, onde a prefeita Nice Mistilides aparece como requerente e a Câmara Municipal como requerida. Segundo o Diário da Região, Nice está tentando uma liminar para voltar ao poder.
De acordo com fontes, a prefeita cassada fez uma aparição pública, ontem, depois de alguns dias sumida. Ela teria sido vista em um supermercado da cidade, distribuindo sorrisos e beijinhos, demonstrando confiança na volta.
De outro lado, consta que uma pessoa muito próxima à prefeita foi vista, também ontem, soltando rojões na frente de um órgão de imprensa da cidade. Mas, vamos à notícia do Diário da Região:
A prefeita cassada de Jales, Eunice Mistilides da Silva (PTB), pediu ontem à Justiça liminar para retornar ao comando do Executivo. O pedido de tutela antecipada pode ser analisado ainda hoje pelo juiz da 2ª Vara de Jales, Marcos Takaoka. A ação tem como base o conteúdo da gravações feitas pelo ex-secretário de Planejamento Aldo José Nunes de Sá envolvendo o vereador de Jales André Ricardo Viotto (PSD), conhecido como Macetão.
O teor das gravações feitas a partir do celular de Sá foram divulgadas com exclusividade na edição de ontem do Diário. A repercussão foi imediata em Jales, já que o vereador afirmou na gravação que teria manipulado a composição da Comissão Especial de Inquérito (CEI) e, posteriormente, da Comissão Processante (CP), que culminou na cassação do mandato de Eunice por irregularidades no contrato do lixo.
Em seu lugar tomou posse o vice-prefeito Pedro Callado, que Macetão se refere nas gravações como sendo o “baixinho”. Já a ex-prefeita, ele chama de “mamãe”. O Conselho de Ética da Casa se reuniu ontem para debater o conteúdo das gravações. Nos corredores do Legislativo, já é cogitada a possibilidade de Macetão renunciar ao mandato para evitar uma investigação do conselho.
Ontem, ele não quis se manifestar sobre o assunto. Em nota, a Câmara negou esquema para fraudar sorteio dos vereadores da CEI. O documento afirma que Macetão “ofendeu a ética e o decoro parlamentar e deverá responder por seus atos, também, civil e criminalmente, por calúnia e difamação”. O Ministério Público também avalia abertura de investigação para apurar o caso.