MINISTÉRIO PÚBLICO ABRE INQUÉRITO PARA APURAR CASO DOS UNIFORMES ESCOLARES
O Diário Oficial do Estado, de sábado, 01, publicou o pedido de abertura de um inquérito civil para investigar a estória dos uniformes escolares mais caros da história da cidade. Figuram como investigados a Hebrom Confecções Ltda e o Município de Jales.
O amigo leitor deve estar se perguntando: “mas, investigar de novo?” E eu respondo: não nos percamos nesta confusão de siglas. Desta vez, quem está pedindo a investigação é o Ministério Público Estadual – MPE.
Antes, quem fez algumas investigações preliminares, movido por denúncia do ex-servidor Matogrosso, foi o Ministério Público Federal. O MPF apurou alguns detalhes, inclusive que os preços dos uniformes estão bem acima da realidade, mas concluiu que o caso deveria ser remetido ao MPE.
E o MPE, de sua parte, depois de analisar o que lhe foi remetido pelo MPF, chegou à conclusão de que era preciso aprofundar as investigações.
Só mais dois detalhes: 1) os uniformes escolares ainda não foram pagos porque ninguém da Educação se dispôs a autorizar a Secretaria de Fazenda a fazer o pagamento. 2) A CEI da Câmara, que também está investigando a aquisição dos uniformes, ficou paralisada por quase dois meses, mas deve voltar a debruçar-se sobre o caso neste início de mês.
CASO DAS PRAÇAS: STF NEGA PROVIMENTO A RECURSO DE PARINI E CHAPARIM
O ministro-seresteiro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal(STF), negou provimento ao Agravo Regimental interposto pelo ex-prefeito Humberto Parini e pelo ex-czar das finanças, Rubens Chaparim, onde eles pediam a reforma da decisão que os condenou ao pagamento de uma multa, por conta do chamado “Caso das Praças”.
Não me lembro exatamente o valor da multa, mas, em valores atuais, ela já deve estar ultrapassando os R$ 60 mil. A encrenca inclui, além de Parini e Chaparim, a ex-primeira-dama, Rosângela Parini, e este aprendiz de blogueiro, igualmente multados.
A multa, é bom ficar esclarecido, é de natureza punitiva – e não indenizatória – uma vez ter ficado comprovado que, embora as reformas das praças tenham sido realizadas sem licitação, não houve nenhum dano ao erário público.
O Caso – Para quem não se lembra, o “Caso das Praças” começou em fevereiro de 2005. Assim que Parini assumiu o cargo de prefeito, a então primeira-dama, que era secretária da Promoção Social, meteu-se a reformar algumas praças, tarefa que caberia ao então secretário de Planejamento, Marçal Rogério Rizzo.
O problema é que, além de imiscuir-se nas atribuições de outra secretaria, dona Rosângela – autorizada pelo marido-prefeito – gastou quase R$ 30 mil, sem licitação. Além disso, a primeira-dama ainda teria tentado forçar Marçal a assinar documentos referentes às reformas, mas o então secretário preferiu pedir demissão.
Como sempre acontece nesses casos, os rumores que chegaram à Câmara, seis meses depois, continham uma certa dose de exagero: eles diziam que as reformas teriam custado R$ 60 mil e, pior, não teriam sido totalmente executadas.
Abramos um parênteses: três ou quatro meses depois das reformas, a Praça “Euphly Jalles” – uma das reformadas – foi cedida para o evento de uma emissora de rádio (Arraial na Praça) e a repaginação promovida pela primeira-dama foi para o espaço. Fechemos o parênteses.
Abriu-se, então, uma CEI na Câmara, comandada pelos vereadores Gilbertão e Jorge Pêgolo. Finda a CEI, o caso foi parar no Ministério Público, que ajuizou uma Ação Civil Pública.
Ao final de tudo, porém, restou comprovado que os gastos tinham sido mesmo de quase R$ 30 mil. E uma perícia providenciada pela Polícia Técnica constatou que os serviços tinham sido executados.
Por que Chaparim foi incluído na ação? Porque, segundo depoimento da sócia da empresa responsável pelas reformas, foi ele quem autorizou os serviços e garantiu que o pagamento sairia em trinta dias. E toda a encrenca começou porque o pagamento não foi realizado no prazo combinado.
JORNAL DE JALES: EMPRESÁRIOS APRESENTAM SUGESTÕES PARA CIDADE CRESCER
O Jornal de Jales deste domingo está destacando a campanha “Reaja Jales”, que está sendo sugerida por empresários locais, com o objetivo de criar alternativas de crescimento econômico e oportunidades de emprego.
O jornal traz, também, os números da Secretaria de Segurança Pública onde está registrado que o trânsito de Jales feriu 383 pessoas, no ano passado. Já o número de mortes – que inclui os acidentes ocorridos nas rodovias que passam pelo município – caiu de 14, em 2012, para 08, em 2013.
Ainda na seara do trânsito, o jornal destacou as alterações implantadas nas ruas de Jales e os ataques aos tubos colocados pela prefeitura nas avenidas da cidade, que foram derrubados e quebrados duas vezes durante a semana.
O caso do estudante de Direito, Betto Mariano, ex-aliado da prefeita Nice Mistilides, também foi manchete de primeira página. O JJ abriu espaço, igualmente, para a versão do chefe de gabinete, Roberto Timpurim, que garantiu que as acusações de Betto são infundadas.
Na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior informa que, segundo amigos do ex-coordenador da Expo, Renato Preto, ele estaria prestes a explodir e contar tudo o que sabe a respeito da organização da festa.
BAIRROS ALVORADA E ‘EUPHLY JALLES’: REALIDADES DIFERENTES E PROBLEMAS IDÊNTICOS
Vivendo realidades sociais um tanto quanto diferentes, os moradores de dois bairros de Jales – o humilde Alvorada e o elegante “Euphly Jalles” – convivem com problemas idênticos, numa demonstração de que a incapacidade do governo Nice não faz distinção entre classes sociais.
Ontem, por exemplo, um morador da Rua “Marciano da Veiga Pimentel”, no Jardim “Euphly Jalles”, ligou para dizer que o bairro raramente é visitado pelas varredeiras da empresa responsável pela limpeza urbana.
Ele falou, também, do mato que tomou conta dos lotes vazios (a Prefeitura andou prometendo limpar os lotes vagos e mandar a conta ao proprietário, lembram-se?), e, para ilustrar, mandou algumas fotos, das quais escolhi duas – as duas lá de cima – para mostrar aos prezados leitores.
Pois bem, a reclamação dos moradores do Alvorada é exatamente a mesma: a falta de varredeiras e o mato alto(foto ao lado). Um dia desses, eles apelaram ao solerte repórter Claudinei Antônio, do Antena Ligada, para reclamar do abandono do bairro, mas a Prefeitura,
pelo jeito, faz ouvidos moucos.
Se repararmos bem, vamos ver que os problemas do Alvorada e do “Euphly Jalles” – que incluem também os buracos de algumas ruas e a iluminação pública precária – são exatamente os problemas de praticamente toda a cidade.
E, se repararmos melhor ainda, vamos concluir que maior problema desta cidade de céu quase sempre azulado, infelizmente, é a falta de um prefeito competente.
DESNÍVEL EM RUA PROVOCA ACIDENTE COM CARRETA EM ESQUINA DO JACB
As fotos acima mostram uma carreta carregada com fardos de algodão em pluma (prensado), que tombou ontem à tarde, na esquina das ruas João Pessoa e Campo Grande, no conjunto habitacional JACB.
Como se pode observar, parte da carreta caiu sobre o muro de uma residência. Segundo o motorista – o senhor José Beletti, morador do JACB – um desnível no solo asfáltico da rua teria sido o causador do acidente.
Beletti acionou a seguradora, mas explicou que apenas a carga, que ele carregou em Costa Rica-MS, estava segurada. O motorista calcula que terá de desembolsar cerca de R$ 20 mil para consertar a carreta.
A TRIBUNA: EX-ALIADO DENUNCIA PREFEITA NICE AO MP E TIMPURIM REBATE ACUSAÇÕES
Eis a capa do jornal A Tribuna deste final de semana. A manchete principal é para o caso de Betto Mariano, o ex-aliado da prefeita Nice Mistilides, que, na quinta-feira, foi até o Ministério Público para fazer algumas denúncias contra a administração municipal.
Destaque, também, para entrevista do chefe de gabinete, Roberto Timpurim Berto, que foi ao rádio rebater as denúncias feitas por Betto Mariano. Ele enviou ao jornal a cópia de um e-mail onde Betto, supostamente, teria feito ameaças à administração.
O repórter Alexandre Ribeiro escreveu matéria contando tudo sobre o caso do tal “Cabecinha” que atacou e destruiu vários tubos de concreto utilizados para bloquear o cruzamento da Rua Dez com a Avenida “Francisco Jalles”.
A posição da Câmara sobre as alterações no trânsito, as reclamações de comerciantes e até dos travestis que viram o faturamento cair, além do corte da linha telefônica de um posto de saúde, por falta de pagamento, são outros destaques do jornal.
No caderno social, tudo sobre o “Boteco do Bebeto”, um evento promovido pela fotógrafa Laura Lima. E tem, também, a prestigiadíssima coluna social do Douglas Zílio, com as badalações dos colunáveis de Jales e região.
FRASES
“A prefeita Nice Mistilides acende uma vela para Deus à noite e outra para o diabo durante o dia…”
(Betto Mariano, em entrevista ao Jornal do Povo, da Rádio Assunção)
“Ele falou até em vela… Quero dizer que essa revolta toda dele é, talvez, pelo fato de não estar ‘engajado’. Ou seja, de não estar ocupando uma função dentro da administração”
(Roberto Timpurim, rebatendo as acusações de Betto Mariano, também no Jornal do Povo)