Arquivos mensais: abril 2011

PREFEITURA IGNORA BURACOS EM PORTA DE CRECHE

Vizinhos e pais de alunos dizem já ter reclamado várias vezes para os responsáveis pelo Almoxarifado da Prefeitura, mas nenhuma providência foi tomada. 

Há pouco menos de dois meses, a pedido de uma mãe de aluno, estive na EMEI “Dercílio Joaquim de Carvalho”, onde o asfalto, bem próximo ao local de entrada e saída dos alunos, estava cheio de buracos, colocando em risco a integridade física das criancinhas que frequentam aquela creche. Na ocasião, registramos que a situação só não estava pior, porque alguns vizinhos tomaram a iniciativa de tentar tapar os buracos com restos de construção.

Pois bem, passado todo esse tempo, a única novidade é que a paciência dos vizinhos parece ter se esgotado, uma vez que eles desistiram de tapar os buracos com entulhos. E, apesar dos relatos de alguns deles sobre pequenos acidentes envolvendo crianças naquele local, a Prefeitura não tomou nenhuma providência, não obstante os apelos dos pais dos alunos da EMEI e, provavelmente, da coordenadora da creche, a professora Rogéria Scatena.  

O curioso, é que a mesma Prefeitura, que não encontra tempo para tapar buracos na porta de uma creche, encontre tempo para tapar os buracos das ruas próximas à Facip, nem que, para isso, seja necessário pagar horas-extras e adicional noturno para alguns funcionários. Talvez fosse o caso de o vereador Especiato, o defensor-mor da administração municipal, dar uma voltinha lá pros lados da EMEI do “Dercílio”.  Afinal, segundo nos garantiu o Especiato, a terceirização da Facip visava exatamente liberar homens e máquinas da Prefeitura para o atendimento dos problemas da população.

Uma das fotos abaixo foi registrada há dois meses, quando os vizinhos ainda tapavam os buracos com entulhos (à esquerda) e a outra foi feita há dez dias (à direita). No entanto, quem passar pela EMEI “Dercílio” hoje, vai ver que a situação está ainda pior.

    

MARIA BETHÂNIA – “VOCÊ”

Em 1994, a Maria Bethânia gravou o CD “As Canções Que Você Fez Prá Mim”, somente com músicas da dupla Roberto e Erasmo Carlos. Com certeza, o CD mais romântico e um dos mais bonitos da grande cantora baiana. Pessoalmente, gostei da interpretação da Bethânia para algumas músicas menos conhecidas da dupla, com é o caso de “Você Não Sabe”, gravada em 1983 pelo Roberto, ou de “Palavras”, uma canção linda, que parece ter sido feita prá ela cantar. Mas a música mais tocada do CD da Bethânia, foi, sem dúvida alguma, “Você”, que pode ser ouvida no vídeo abaixo:

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ROBERTO CARLOS – “EMOÇÕES”

Hoje, 19 de abril, Dia do Índio, é o dia do aniversário da minha amiga Nadir Mazette dos Santos, gerente do Banco do Brasil. Mas quem também está fazendo aniversário hoje, é o rei Roberto Carlos. Quem está trabalhando, provavelmente, não está vendo, mas, durante todo o dia, vários programas de TV prestaram suas homenagens ao Roberto Carlos, inclusive o Globo Esporte, onde cada reportagem tinha como fundo musical uma canção do rei. No vídeo abaixo, a abertura do Especial 2007, da Rede Globo, onde Roberto Carlos canta “Emoções”, um dos seus clássicos.

Obs.: o Dia do Índio foi instituído em 1943, através de decreto-lei assinado pelo então presidente Getúlio Vargas.

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SINDICATO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS REALIZA ASSEMBLÉIA HOJE, NA CÂMARA

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais está convocando os funcionários da Prefeitura de Jales para a assembléia geral que será realizada nesta terça-feira, às 17:30 horas, na Câmara Municipal. Segundo o presidente do Sindicato, José Luiz Francisco, a assembléia visa ouvir os servidores municipais quanto à reposição salarial e às demais reivindicações que serão encaminhadas ao prefeito Humberto Parini, em nome do funcionalismo.

Em princípio, o Sindicato está pleiteando, no mínimo, a reposição da inflação verificada no período, ou seja, 6,86% de reajuste salarial para todas as categorias do funcionalismo. Em entrevista ao Jornal do Povo, da Rádio Assunção, o líder sindical José Luiz reconheceu as atuais dificuldades financeiras da Prefeitura e ressaltou as conquistas salariais obtidas pelo funcionalismo durante o governo Parini, mas, de outro lado, disse que “não podemos abrir mão de uma reposição menor que 6,86%, que foi o índice aplicado no reajuste do salário mínimo”.

PREFEITURA ALUGA IMÓVEL DO CLUBE DO IPÊ

Parece que a parceria entre a Prefeitura de Jales e o Clube do Ipê vai além da cessão do salão do clube para realização do nosso famoso Carnalegria e do empréstimo de alguns espaços para as competições dos Jogos Regionais 2011. O jornal Folha Regional, que publica os atos oficiais da nossa Prefeitura, registrou um dia desses a assinatura de um contrato de locação firmado pela municipalidade com o tradicional Clube do Ipê.

Segundo a publicação, o município deverá pagar R$ 2.500,00 mensais, pelo período de 12 meses, referente ao aluguel de um imóvel, localizado na Rua 10, no Alto do Ipê. Informações extra-oficiais dão conta de que o prefeito Humberto Parini pretende transferir para algumas salas do Clube do Ipê a Secretaria Municipal de Esportes, Cultura e Turismo, que, atualmente, funciona no Centro Cultural “Dr.Edílio Ridolpho”.

Como se vê, apesar da situação periclitante das finanças municipais, o governo Parini não parece muito preocupado em cortar gastos. Muito pelo contrário!

A CRÔNICA DO PASCHOALINO – “QUEBRANDO TUDO”

Eis a crônica do jalesense Pachoalino S. Azords, que foi publicada pelo jornal O Debate, de Santa Cruz do Rio Pardo, no domingo:

Quebrando tudo

 Leidiane é aluna regular de Recursos Humanos numa faculdade particular aqui da curva do rio. O curso é caro, mas Leidiane conseguiu uma bolsa e, “passe a passe, chegou ao último degral”, como se escreve no dialeto universitário. Além da conta salgada da lanchonete, ela paga, com um pouco de sacrifício, religiosa e mensalmente, as prestações da festa de formatura: missa, vestido da missa, baile, vestido de baile, flores, buffet, álbum de fotos e o DVD com as fotos para ver na sala quando não tiver mais desgraça pra passar na TV.

Para quem pensa que a vida de Leidiane é só alegria, sacolejando acima da velocidade permitida no ônibus que a leva e traz da faculdade, olha só o tema da sua dissertação final: “Quebrando Paradigmas”. Poxa, Leidiane não é padre, não é preletora, nem locutora de rádio para discorrer sobre qualquer assunto, assim, com autoridade.

Outro dia Leidiane me apareceu atrasada no serviço, com a maior cara de formanda que engravidou antes de colar grau: culpa da sua maldita dissertação. Os trabalhos da turma serão apresentados dentro de um mês em evento programado para acontecer no entorno da piscina de um hotel da cidade, “depois do coffee break, um pouquinho antes do almoço”, ela me explicou.

Solidário, vou e volto do café quebrando a cabeça. O máximo que consigo é botar a culpa no corpo docente. O que não falta nas nossas faculdades é professor veado querendo quebrar alguma coisa: paradigma, paraglider, parapente, perfume importado, o que tiver pela frente. Leidiane pondera dizendo que esse professor lhe parece hétero, embora também faça escova no cabelo e venha pro campus, sozinho, numa pick-up 4X4 que se confunde com um tanque de guerra.  

Volto do segundo café mais inspirado: “Leidiane, quebrar paradigma é como triplicar o salário mínimo sem quebrar o país, sem falar tantas línguas e nem estudar no exterior”. Minha amiga reagiu dizendo que não vota em mulher e que é contra o aborto.

Já estava me dando por imprestável quando, depois de um nono ou novo café, enchi a repartição com outra idéia: o telefone celular. “Veja bem, Leidiane, se desde o tempo dos filósofos gregos até os filmes do Michelangelo Antonioni, a incomunicabilidade foi tida como uma característica determinante da espécie humana; em menos de 20 anos o celular conseguiu provar o contrário: o homem precisa (e consegue) se comunicar o tempo todo e com todo mundo – no trânsito, no teatro, no restaurante, até no motel, mas, enfim, falando. Inclusive, os homenzinhos de 10 anos de idade!”.

Leidiane não aprovou a minha brilhante idéia, disse que não é politicamente correta. Vai na contra mão da liberdade de expressão e fere, frontalmente, o estatuto da criança e do adolescente.

Eu não imaginava que a minha idéia fosse assim tão infeliz, como Leidiane foi explicando. Ela não quer se indispor com quem telefona ao volante, botando a vida de terceiros em risco por não conseguir parar de dizer (ou ouvir) bobagens ou, de vez em quando, coisas importantes – mas, o que pode ser mais importante do que a vida? Não quer se indispor com os chatos, e não são poucos, que acham que o pedido para se desligar os aparelhos sonoros num teatro vale para toda a platéia – menos pra ele, o chato. Não quer se indispor com aqueles que temperam as demais mesas do restaurante com os seus assuntos particulares, compridos e reticentes – chato filho daquele velho chato que acendia um charuto mata-rato assim que pedia a conta ao garçom. Não quer se indispor com a esmagadora juventude precoce e, muito menos, com os pais que arcam com a conta dos telefones celulares da família. E mais não falou porque Leidiane é mulher direita: nada sabe de motéis, assim como o senhor seu marido.           

Na verdade, acho que Leidiane está mais preocupada é com o tal do coffee break. Serão muitos sucos, uma variedade de frios e geléias, coalhadas e chás, salsichas e ovos mexidos, frutas de época, bolos, tortas, mini croissants e (se uma grande cafeeira local topar patrocinar) pode rolar até um cafezinho no encerramento do tal coffee break.

Eu não tenho nada com isso e, se preciso, renego três vezes uma certa Leidiane antes do galo cantar. Quebrar paradigma, pra que? Não conheço, nunca vi. Com tanta coisa mais simples pedindo pra quebrar?

PADRE PRESO CINCO VEZES SUSPEITO DE DIRIGIR BÊBADO, SOFRE ACIDENTE E CORRE RISCO

Desta vez, o padre bebum se deu mal. Deu no site Região Noroeste:

O padre Donizete Bianchi, polêmico por se envolver com bebidas e acidentes de trânsito, sofreu um acidente de carro em uma estrada vicinal entre as cidades de Ubarana e José Bonifácio, na região de São José do Rio Preto. Em uma curva, o veículo que ele dirigia bateu de frente com um caminhão. O padre sofreu lesão no pulmão e fratura no quadril. Ele está internado em estado grave na UTI do Hospital de Base de Rio Preto. Segundo funcionários de uma loja de conveniência, por onde o padre passou antes do acidente, ele apresentava sinais de embriaguez.

Esta não é a primeira vez que o padre Donizete se envolve com a Justiça. Ele já foi condenado por embriaguez ao volante e indiciado em três inquéritos por cometer infrações de trânsito, como dirigir embriagado, atropelar dois motociclistas e fugir sem prestar socorro.

O padre também já foi flagrado dirigindo em zigue-zague numa rodovia de José Bonifácio. Ele estava sem a Carteira Nacional de Habilitação, que havia sido apreendida no atropelamento dos motociclistas. Na delegacia, ele disse que havia rezado três missas e tomado um cálice de vinho em cada uma delas.

Em 2006, o padre também foi flagrado dirigindo na contramão do calçadão de São José do Rio Preto e foi parado por policiais militares. Segundo os policiais, ele estava vivivelmente alcoolizado. Na abordagem, ele dançou uma música do “É o Tchan” e fez gestos obcenos para os PMs. O pároco foi levado para a delegacia, indiciado e condenado pela Justiça a dois anos de prisão, mas a pena foi transformada em multa.

PS: por sugestão do Murilo Pohl, leia também: “Parado em blitz, Aécio vira piada no twitter”  e “Aécio Neves se recusa a bafômetro e tem habilitação apreendida em blitz, no Rio”

ESTUDANTE QUE DESRESPEITAR PROFESSOR PODERÁ SER PUNIDO

Deu no Correio do Brasil, de sábado:

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino.

Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito à suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente.

A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante.

De acordo com a autora, a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineiro nas escolas brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta assustadoramente. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões verbais, que, em muitos casos, acabam sem punição.

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

THE AFTER DAY

Segunda-feira, 6h40 da manhã. Enquanto o sol aparece e a cidade volta à sua rotina, a Facip parece um deserto. Em silêncio, meia dúzia de pessoas cuidavam de apanhar as latas vazias que ficaram nas arquibancadas e por entre as mesas. Entre os barraqueiros, a maioria dormia sossegadamente, antes de desarmar suas barracas e partir para outra festa. Apenas o pessoal da barraca dos pastéis, de Londrina(PR), se movimentava para colocar seus apetrechos em um ônibus. Com cara de poucos amigos, uma das proprietárias disse que não vendeu nem 1/3 do que esperava vender. Mas quem disse que a Facip foi feita prá dar lucro aos barraqueiros?

Enquanto o rapaz recolhia as garrafas vazias, o pessoal das barracas permanecia recolhido em seus aposentos.

NOS TRILHOS PARA O PRIMEIRO MUNDO

De vez em quando, sou obrigado a dar razão ao nosso premiado prefeito. Em recente entrevista, ele disse que “estava colocando Jales nos trilhos para chegar ao primeiro mundo”. E hoje – como parte das grandes manifestações culturais inspiradas pela realização da Facip – nós tivemos aquela tradicional cavalgada, um espetáculo reconhecidamente moderno, que demonstra como o prefeito tem razão quando diz que a nossa ordeira população já está preparada para ingressar no primeiro mundo. Sejamos sinceros: existe alguma coisa mais primeiro mundo do que esses animais desfilando pelas avenidas? Eis algumas fotos do espetáculo:

As atrações chegam ao Portal de Entrada, de onde partiriam rumo à Facip. Embaixo do pontilhão, uma animada multidão esperava, ansiosa, pela passagem dos cavaleiros.

Reparem como as calçadas estavam apinhadas de espectadores, que acordaram cedo para não perder o espetáculo.

Depois de atravessar as principais avenidas da cidade, o grande espetáculo da cavalgada chega, finalmente, à Facip. A multidão, incontida, fazia questão de cumprimentar os bravos cavaleiros.

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