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CASO CANUTO: TRIBUNAL DE JUSTIÇA NEGA PEDIDO DE HABEAS CORPUS EM FAVOR DE ACUSADA
O desembargador Sérgio Ribas, negou Habeas Corpus, proposta por Elen Fernanda de Oliveira, condenada a 35 anos por atacar e provocar a morte de um idoso de 92 anos em Jales. O Habeas Corpus com pedido de liminar foi impetrado pelo advogado Joel Mariano Silvério em favor de Elen Fernanda de Oliveira, alegando que ela sofreu constrangimento ilegal.
Elen foi condenada, em tempo recorde, pela Justiça de Jales, a 35 anos de reclusão, pelo assassinato do senhor Antonio Canuto Alves. Ela teria invadido a residência do seo Canuto e atacado o aposentado a marteladas na madrugada do dia 04 de fevereiro de 2011. Seo Canuto faleceu dois meses depois, no dia 10 de abril, após ficar algum tempo internado na Santa Casa de Jales.
Canuto ainda prestou depoimento à polícia, logo depois dos fatos, e, somente depois de algum tempo, começou a se sentir mal e foi internado. A condenação da Justiça de Jales foi feita com base em laudo pericial e nos depoimentos da própria vítima e do policial que o atendeu no dia dos fatos.
O que disse Canuto:
Antes de morrer, a própria vítima registrou o Boletim de Ocorrências e foi ouvido na fase inquisitorial, quando contou que já estava deitado quando visualizou um vulto de mulher na porta de seu quarto e, ao acender a luz se deparou com Elen Fernanda. Segundo Canuto, a acusada passou a lhe exigir dinheiro e ele disse que chamaria a polícia, quando, então, Elen apoderou-se de um martelo e o acertou na cabeça, por trás, o que o deixou um pouco atordoado.
A vítima disse ter tentado reagir, quando foi novamente agredido com duas ou três marteladas na cabeça, ficando caído no chão, enquanto Elen passou a revirar o interior de sua casa. Canuto afirmou que a agressora revirou sua casa em busca de dinheiro, mas evadiu-se sem nada levar, pois não encontrou sua carteira.
Depois de alguns instantes atordoado, ele conseguiu se levantar e chamar a polícia, informando estar sofrendo fortes dores de cabeça. À polícia, Canuto disse que pouco poderia fazer contra a agressora, uma vez que ela, além de bem mais jovem, aparentava estar drogada.
O que alegou a acusada:
Ao ser interrogada em juízo, Elen Fernanda de Oliveira negou que tivesse agredido Canuto com a finalidade de roubá-lo. Elen disse que foi até a residência da vítima para fazer um programa sexual, todavia, antes de iniciar o programa, Canuto teria avisado que não tinha dinheiro, razão pela qual ela procurou deixar o local.
Entretanto, segundo a agressora, a vítima insistiu em consumar o ato sexual e ambos entraram em luta corporal. Em sua versão, Elen alega ter sido agredida com uma vassoura e, para tentar escapar da residência, apoderou-se do martelo e golpeou a vítima na cabeça, em legítima defesa. Elen afirmou, ainda, que estava sob efeito de “crack”. A acusada alegou, também, que, em função do vício, estava magra e debilitada, enquanto a vítima, a despeito da idade avançada, era um homem muito forte.
O seo Canuto era um conhecido militante petista. Ele trabalhou em uma campanha eleitoral do vereador Especiato, duas da vereadora Tatinha e, nas eleições municipais de 2008, pediu votos para a vereadora Pérola. Durante muitos anos, foi companhia constante deste aprendiz de blogueiro. A foto ao lado foi tirada durante uma sessão da Câmara Municipal de Guarani D’Oeste, há uns dez anos, quando estivemos naquela cidade para a entrega do título de cidadão ao deputado estadual Zico Prado(PT).
REVISTA ‘FESTA’: CANTOR DANIEL FALA DE JALES EM ENTREVISTA
A edição deste mês da Revista Festa, um projeto do fotógrafo Marcos Oliveira, aqui de Jales, está chegando às bancas com uma entrevista com o cantor sertanejo Daniel. Entre outras coisas, Daniel fala de sua relação com Jales. Eis um trecho:
“Lembro-me da primeira vez que cantei em Jales. Foi em 1988, numa apresentação para A Mahfuz com o saudoso João Paulo. Pode parecer que não, mas realmente tenho muita história prá contar de Jales.
Em outra ocasião, ficamos hospedados no Hotel Roda Viva esperando parar de chover pra podermos cantar na Facip. Lembro-me claramente daquela noite, quando, enfim, conseguimos nos apresentar.
Depois cantamos na Facip, acho que em 1994, e foi quando conheci o Rick e o Renner no saguão do Jales Center Hotel. Nessa ocasião conheci a música “Só dá você na minha vida”, uma composição do Rick que iria fazer parte do repertório que deu uma guinada em nossa carreira.
Em 1999, passei meu aniversário em Jales e ganhei de surpresa no palco, uma moto de presente”.
A SUPOSTA NEGLIGÊNCIA MÉDICA NO PRONTO-SOCORRO DE JALES E O PAPEL DA IMPRENSA
Algumas pessoas, provavelmente ligadas à administração municipal, não gostaram – aparentemente – da matéria que este aprendiz de blogueiro escreveu para A Tribuna, repercutindo o caso do aposentado João Pereira Lima, que faleceu em decorrência da suposta negligência de um médico do Pronto-Socorro de Jales.
É provável que, na opinião dessas pessoas, a imprensa só deva veicular boas notícias, principalmente, se essas boas notícias envolverem a administraçao Parini. É preciso esclarecer que a matéria de A Tribuna preservou o nome do médico e não emitiu juízo de valor, nem tampouco fez qualquer julgamento. Apenas deu voz a uma das milhares de pessoas sem voz, no caso o pequeno comerciante Ezequiel Pereira Lima, filho da vítima.
Ou será que somente as pessoas bem postadas na vida têm direito a uma página de jornal? Ao verbalizar sua revolta, Ezequiel fez questão de frisar que isso não traria seu pai de volta, mas poderia evitar que outras pessoas tivessem que passar pela mesma situação.
E ontem, na sessão da Câmara, o vereador Rivelino Rodrigues pediu providências para que casos como o noticiado pela A Tribuna não se repitam. Ressaltando não estar fazendo pré-julgamentos, Rivelino lembrou de um outro caso ocorrido no Pronto-Socorro, envolvendo o mesmo médico. O caso mencionado por Rivelino foi bastante comentado há um ou dois meses. Se tivesse sido noticiado, talvez não tivesse se repetido.
Na verdade, o depoimento do comerciante Ezequiel é muito mais contundente do que aquilo que foi veiculado por A Tribuna, mas, para ficar apenas no que foi publicado, reproduzo, abaixo, algumas frases do entrevistado, para que os leitores do blog tenham uma pequena noção do que foi dito:
“Meu pai esteve na Prefeitura, na semana passada, para pagar todos os impostos dele, do ano inteiro. Ele pagou tudo de uma vez e, quando precisou de um atendimento, foi morto por um médico contratado pela Prefeitura”
“Eu pedi pro médico assinar o papel e encaminhar meu pai prá Santa Casa e ele disse: não, não, não, teu pai está com uma febrinha de nada; deve ser uma febrinha vagabunda; vou dar um remédio”
“A enfermeira implorou ao médico: doutor, assina o papel; nós vamos matar o pai dele, o senhor não pode fazer isso. E ele disse: aqui quem manda sou eu”
“Meu pai estava morrendo e a enfermeira me disse: vai ser preciso morrer alguém prá que esse médico seja mandado embora”
“Ele não tinha posto a mão no meu pai e, depois veio correndo e ficou fazendo uma massagem nele. Eu disse: doutor, agora que meu pai morreu o senhor vem atender ele?”
“A enfermeira falou: doutor, ainda tem gente prá atender. E ele respondeu: eu vou embora que a casa caiu”