Estudos mostram que 40% dos médicos brasileiros desistem de atuar no Mais Médicos no primeiro ano. Mesmo recebendo um salário (R$ 11,8 mil) bem maior que o dos cubanos (R$ 3,3 mil) , os brasileiros só ficam no programa até arranjar algo melhor.
Em outubro de 2016, estive em Santa Albertina para entrevistar um médico que tinha vindo Acre para atuar no Mais Médicos. Ele estava há seis meses em Santa Albertina e seu trabalho era elogiadíssimo. Dois meses depois, fiquei sabendo que ele havia desistido. Deu no UOL:
Profissionais brasileiros inscritos no novo edital do programa Mais Médicos começaram nesta semana a ocupar as vagas deixadas pelos cubanos, mas desistências já preocupam os municípios. Na segunda-feira, 26, 224 brasileiros se apresentaram às cidades onde irão trabalhar, segundo o Ministério da Saúde.
A médica Carolina Serafim da Silva, de 27 anos, foi uma delas. Na terça-feira (27) começou a trabalhar em Votorantim (SP). “Encaro como uma oportunidade, pois penso em me especializar em Medicina da Família”, diz ela, que terá cerca de 4 mil moradores sob seus cuidados. A jovem, que vivia de plantões, acredita que o programa vai garantir a ela mais estabilidade. Além da bolsa de R$ 11,8 mil, terá uma ajuda de custo de R$ 1,8 mil para gastos com aluguel.
Na terça, a professora Claudia Ferreira, de 47 anos, foi conhecer a novata e aproveitou para medir a pressão. “Espero que tenha o mesmo pique da doutora Liliana, a cubana que nos deixou. Com ela, o atendimento melhorou muito.” Saiu animada. “Ela (Carolina) é simples como a gente, simpática. Acho que vai ser uma continuidade.”
Já em Cosmópolis (SP), de sete aprovados no novo edital, só três estão disponíveis. Três desistiram antes de “tomar posse”, diz a prefeitura, e um não se apresentou. A reposição dos desistentes já foi pedida. Lá havia oito médicos cubanos – sete saíram. O outro fez o Revalida, exame de validação do diploma obtido no exterior, e foi aprovado.
A evasão preocupa gestores de Saúde. Se houver dificuldade em repor os cubanos, o ministério estuda deslocar profissionais que já atuam no programa para essas regiões. Em edital de novembro de 2017, o índice de desistência entre profissionais com registro havia sido de 20%.
Em Contagem, Grande Belo Horizonte, a expectativa era receber cinco inscritos, mas dois desistiram. Os outros devem começar na semana que vem. Um posto em Nova Contagem, bairro pobre da cidade, só tinha um médico, cubano, e agora está sem nenhum. A prefeitura estima que 22 pacientes deixem de ser atendidos por dia no local.
Angola está dando um exemplo de como lidar com a metástase das igrejas evangélicas e seus pastores picaretas e com ambições políticas.
Neste mês, aquelas que estiverem em situação irregular — pelo menos 1220 delas — podem ser fechadas. Apenas 81 estão legais.
Mais de 50% das denominações implantadas no país são estrangeiras, provenientes do Brasil, Congo, Nigéria e Senegal.
Os requisitos para abrir uma empresa religiosa passam primeiro pelo alcance de 100 mil assinaturas reconhecidas presencialmente em cartório, em 12 províncias, por membros maiores de idade.
Os ficam proibidos, entre outras coisas, de cobrar objetos, serviços ou dinheiro em troca de “promessas e bênçãos divinas”.
Se desobedecerem, lhes serão confiscadas as licenças e autorizações.
Em 2013, a Universal teve sua operação suspensa por dois meses no país após um acidente no estádio Cidadela Desportiva que deixou 13 mortos.
Em fevereiro, o bispo João Leite, responsável pelo braço angolano da companhia, foi desligado. Leite divulgou um vídeo em que confessava ter traído sua mulher.
Os bispos, padres, pastores e diáconos passarão a ser obrigados a declarar os seus bens e a fazer prova dos mesmos no momento da sua tomada de posse e da instrução do processo de reconhecimento da respectiva confissão religiosa. (…)
Aos ministros de cultos de nacionalidade estrangeira, a lei obriga a fazer prova da existência de requisitos para a sua acreditação, entre os quais a formação em teologia, académica, experiência missionária e situação migratória regularizada antes da entrada no território nacional.
Para exercerem essa actividade, os “servos de Deus na terra” passarão a ser certificados e credenciados não só pelos órgãos da respectiva confissão ou comunidade religiosa, como por uma entidade pública competente. (…)
Para as igrejas se poderem manter, a lei permite que solicitem e recebam contribuições voluntárias dos fiéis, assim como beneficiem de doações de empresas públicas ou privadas nacionais e estrangeiras, ao abrigo da Lei do Mecenato.
À semelhança dos seus “caçadores de almas”, as igrejas passarão também a declarar os bens que recebem a título de doações, os quais devem estar registados, em conformidade com o estabelecido pela lei.
Eu acrescento: não há, também, registros de que algum deles tenha ido ao cabeleireiro ou à manicure no horário de trabalho. E tem bolsominion que acredita na falácia de que os médicos cubanos se formam com apenas dois anos de faculdade. A notícia é da coluna Expresso, na revista Época:
Em que pese a desconfiança do presidente eleito, Jair Bolsonaro, sobre o preparo dos médicos cubanos que atuam no Brasil por meio do programa Mais Médicos, o Ministério da Saúde afirma que, em cinco anos de atuação deles em solo brasileiro, não houve registros de erros médicos nem foram feitas denúncias nesse sentido.
Na semana passada, o governo cubano anunciou que abandonaria a parceria com o Brasil após Bolsonaro questionar a capacitação deles e aventar a possibilidade de exigir a revalidação dos diplomas dos cubanos.
Há (havia) cerca de 8 mil médicos cubanos no Brasil.
O Rio Grande do Norte tem 282 médicos atuando no programa Mais Médicos, em 67 municípios. Pelo menos 142 desses profissionais são cubanos. A notícia é do G1:
Há futuro para os profissionais cubanos do Mais Médicos que queiram ficar no Brasil, considera Osmany Garbey Charadan, de 37 anos. O médico chegou ao país na primeira leva de profissionais do país caribenho, em 2013, casou-se com uma brasileira anos depois e formou sua família no Rio Grande do Norte. A maior preocupação dele, no entanto, é com o público atendido pelo programa. “O maior prejudicado vai ser a população mais pobre. São oito mil médicos a menos”, comenta.
Osmany chegou ao país logo após o lançamento do programa e deixou o Mais Médicos em 2016, quando se casou com a potiguar Merley Maria Charadan, de 23 anos. O casal tem um filho de 1 ano e 9 meses. Desde então, revalidou o seu diploma, trabalha no Programa Saúde da Família (PSF) no município de Serra de São Bento e faz plantões na rede pública, em outras cidades potiguares. Atualmente, também faz uma pós-graduação em Pernambuco.
“Não sei quantos (médicos) vão ficar no Brasil. Depende dos projetos de cada um, muitos têm filhos, família. Eu vim em uma situação diferente, era solteiro e não pensava em ficar. Eu sabia que o programa não era para sempre. Mas conheci minha esposa, me apaixonei”, disse.
Apesar de não fazer mais parte do Mais Médicos, o profissional considera que as dúvidas do governo quanto à formação dos cubanos não são válidas. Ele afirma que todos os médicos têm formação de seis anos e mais dois anos de residência, com especialidade em medicina familiar.
“O presidente fala mal dos médicos cubanos, duvidam de nossa formação. Os 8 mil e poucos médicos cubanos que estão ainda no programa todos são especialistas em medicina familiar, com mais de 5 anos de experiência, e todos trabalharam em algum momento fora de Cuba, têm experiência internacional”, afirmou.
Ele também considerou que todos os médicos se inscrevem no programa e vêm ao país sabendo das condições salariais. “Ninguém vem enganado. Quem quer vir, vem. Quem não quer, não vem, e não acontece nada”, pontuou.
Parece que ele não estava concordando com o valor do dízimo. A notícia é do UOL:
Um pastor evangélico foi baleado na noite deste domingo (11) durante culto em uma igreja de Mogi das Cruzes (SP). A celebração era transmitida ao vivo pela internet e as imagens mostram o atirador chegando e disparando contra a vítima, que ainda tenta correr e é atingida por dois disparos.
Em seguida o autor dos tiros foi imobilizado por fiéis até a chegada da Polícia Militar. Com alguns ferimentos, ele precisou ser medicado antes de ser levado à delegacia. Já o pastor foi socorrido e internado em um hospital, onde passaria por cirurgia.
O atirador, Weslei Silva Souza, 30, alegou que entrou no local apenas para roubar, mas a polícia ainda tem dúvidas sobre essa versão. Isso porque nas imagens ele entra na igreja, vai direto ao altar e atira na direção do pastor que estava sentado observando outro orador que falava naquele momento.
A igreja fica na avenida Lothar Waldemar Hoenne, no Jardim Rodeio, e a arma usada no crime foi apreendida. O acusado já conta com passagem por tráfico de drogas e deve responder agora pelo crime de tentativa de homicídio, como consta no Boletim de Ocorrência de número 5611 lavrado na delegacia.
Na manhã desta segunda-feira (12), o detento seria transferido do 1º Distrito Policial para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Mogi das Cruzes.
Abaixo, o vídeo do momento em que o sujeito chega atirando. Reparem que ele tenta atingir apenas o pastor, de azul:
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu Habeas Corpus (HC 129646) para decretar a invalidade de atos do juízo de Direito da 1ª Vara Criminal de Fernandópolis (SP) que autorizaram interceptações telefônicas sem a adequada fundamentação.
Em sua decisão, Mello criticou o juiz de Fernandópolis. Segundo o ministro, o juiz autorizou as escutas “com apoio em decisões inegavelmente estereotipadas, com suporte em texto claramente padronizado, como se referidas decisões constituíssem meros formulários destinados a terem seus espaços em branco preenchidos pela autoridade judiciária conforme a natureza do delito”.
O ministro também determinou a exclusão, por ilicitude, das provas produzidas em razão desses atos e que integram ação penal que tem como réus os empresários Dorival, Edson, Mauro, Olívio e Pedro Scamatti, denunciados no âmbito da Operação Fratelli, desencadeada em abril de 2013.
Por enquanto, a decisão do ministro Celso se refere apenas à ação que corre em Fernandópolis, mas deverá ter reflexos aqui em Jales, uma vez que o advogado da família Scamatti já avisou que vai usar essa decisão em todos os processos.
Não é incrível? Depois de todo o tempo investido no caso por órgãos como a Justiça Federal e Estadual, o Ministério Público Estadual e Federal, o GAECO e a Polícia Federal, a canetada do ministro poderá significar uma pá de cal nas acusações contra a “Máfia do Asfalto”.
Aqui em Jales o processo sobre a “Máfia do Asfalto” corre na Justiça Federal e, além dos irmãos Scamatti e funcionários da Demop, envolve o ex-prefeito Humberto Parini, um ex-secretário de Obras e um servidor municipal efetivo. Até onde se sabe, Parini também foi flagrado pelas escutas telefônicas, mas as conversas não foi muito reveladoras. De qualquer forma, o MP o acusa de rezar na cartilha da Demop.
No dia 29 de agosto passado, foram ouvidas pelo menos quatro testemunhas do processo, que já tem mais de 9.000 páginas. O depoimento do ex-prefeito Parini estava marcado para o mesmo dia, mas parece que ele conseguiu adiá-lo, alegando problemas de saúde.
No caso de Jales, o procurador da República Thiago Lacerda Nobre somou todas as licitações vencidas pela Demop na nossa Prefeitura, entre 2010 e 2012, e atribuiu à ação contra Parini, Scamatti & Cia o valor de R$ 10,6 milhões. Para os leigos, esse seria, supostamente, o valor desviado dos cofres municipais, mas…
Mas não é bem assim! Durante o período investigado, a Prefeitura de Jales pagou à Demop cerca R$ 3,7 milhões correspondente aos serviços efetivamente prestados. Bem menos que os R$ 10,6 milhões atribuídos à ação.
Detalhe: cada um dos TRE’s brasileiros são compostos por sete membros, sendo dois desembargadores, dois juízes estaduais, um juiz federal e dois advogados. O autor da “praga” ocupa uma das vagas reservadas aos advogados. A notícia é do Conjur:
Sentindo-se contrariado pela atuação dos advogados, o juiz Bartolomeu Ferreira de Azevedo Júnior (foto) disse em julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas que não poderia usar seu cargo para vingança, pois isso o faria um cretino. Sua solução foi desejar que os advogados morram de câncer e sofram no processo.
A fala ocorreu no dia 26 de outubro, em sessão na qual se analisava um pedido de mandado de segurança impetrado pela defesa do candidato à reeleição a governador Amazonino Mendes (PDT). Os alvos da praga foram os advogados Yuri Dantas e Daniel Nogueira.
“Tenho que julgar conforme a lei. Não posso atingir aqui as pessoas com um processo”, disse o magistrado. “Não posso me vingar porque eu seria um cretino, uma pessoa que não seria digna de estar sentada aqui. Então, a única coisa que eu posso pedir contra essas pessoas que fazem isso contra a minha pessoa é que Deus leve, mas que antes sofra bastante com um câncer”, disse o juiz durante a audiência.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Bartolomeu disse que a atuação dos advogados estava se baseando em questionar sua honra, o que ele diz não aceitar. O magistrado afirmou que não estava falando diretamente aos advogados, mas, sim, de forma genérica para quem lhe deseja o mal.
O vídeo com a “praga” do juiz pode ser visto aqui.
Deu no site Catraca Livre, do jornalista Gilberto Dimenstein:
Na noite da última terça-feira, 23, Bruna Marquezine participou do evento de lançamento do livro Expressões e História, de Claudia Saad, em São Paulo.
De acordo com informações do site TV Foco, a atriz falou sobre vários assuntos polêmicos com a imprensa, dentre eles, Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência da República. Questionada sobre a campanha #EleNão que circula nas redes sociais, Marquezine foi enfática: “Ele não! Ele Nunca! Esse homem (Bolsonaro) vibra no ódio”, comentou.
A global ainda fez questão de contar sobre o caso de um amigo que foi espancado por conta de motivações políticas. “Uma pessoa do nosso meio foi espancada na rua. Perdeu a memória, terá que operar o maxilar. Isso me desespera muito, não quero brigar com pessoas que amo”.
Marquezine ainda comentou sobre a possibilidade de debates na sociedade. “Você vai além de uma visão política, valores diferentes. Tento não brigar, cada um tem uma opinião, não existe uma verdade única”, disse ainda.
Enquanto o maridão já estudava um jeito de pagar o resgate e livrar a amada do cativeiro, a mulher tomava cerveja com o “sequestrador”. A notícia é do UOL:
Uma investigação conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil de Mato Grosso, descobriu nesta segunda-feira (22) que Alline Figueiredo da Cruz, de 28 anos, considerada desaparecida, havia forjado um sequestro para ficar com o amante. Após a mulher confessar o plano, a dupla foi autuada e pode pegar de um a seis meses de prisão, além do pagamento de multa, por falsa comunicação de crime.
A cabeleireira teria saído para um curso de estética em um shopping na cidade de Várzea Grande, mas desde então não havia retornado para casa. Quando a família percebeu o sumiço de Alline, na última quarta-feira (17), a polícia passou a fazer buscas. Cartazes foram divulgados na internet e localidades próximas.
No dia seguinte ao desaparecimento, alguns familiares chegaram a receber telefonemas em que um homem se identificava como o sequestrador e pedia que os policiais não fossem comunicados de nada ou então a mulher seria morta. Durante todo o fim de semana a GCCO ouviu depoimentos e buscou pistas.
Na noite do último domingo (22), a própria Alline pediu ajuda da Polícia Militar. Ela disse ter sido rendida por três criminosos armados, mantida trancada no quarto de uma residência durante quatro dias e liberada apenas naquele dia, quando teria sido deixada na Rodovia dos Imigrantes.
A polícia explica que desconfiou da versão porque, ao contrário do que a mulher havia explicado, testemunhas contaram que a viram tomando cerveja em uma lanchonete acompanhada de um homem durante o período do suposto desaparecimento. Quando questionada, ela confessou que ter passado os quatro dias em Santo Antônio de Leverger.na companhia de Marcelo, homem que conheceu um mês antes pelo Facebook, e que criou o falso sequestro para justificar a ausência ao marido.