Pesquisa XP/Ipespe feita nos dias 2, 3 e 4 de fevereiro e divulgada nesta segunda-feira (8) revela nova queda na aprovação de Jair Bolsonaro, seguindo em trajetória crescente a reprovação à gestão do governo federal.
De acordo com o levantamento mais recente, o percentual de pessoas que avaliaram o governo como “ótimo/bom” caiu de 33% para 30%, informou a jornalista Mônica Bergamo, que antecipou os dados do levantamento (leia a íntegra abaixo).
Já o índice de “ruim/péssimo” passou de 40% para 42%. A alta na reprovação é impulsionada principalmente pelo grupo dos mais pobres (entre os que ganham até dois salários mínimos ela saltou de 39% para 45%) e pelas regiões Norte-Centro-Oeste (32% para 40%) e Nordeste (43% para 48%).
A continuar nesse ritmo, o prefeito Luís Henrique terá que incluir em sua próxima reforma administrativa a criação de uma nova secretaria só pra responder os questionamentos da Câmara.
Na primeira sessão do ano, na segunda-feira passada, nossos nobres edis apresentaram nada menos que 17 requerimentos endereçados ao prefeito, dos quais apenas 11 foram analisados e votados. Os outros 06 ficaram para a sessão de hoje, 08/02.
Não bastassem os 06 que ficaram para trás, os vereadores apresentaram mais 20 requerimentos para a sessão desta segunda-feira. Um deles, dos vereadores Ricardo Gouveia e Rivelino faz a pergunta de um milhão de dólares: “quando, afinal, teremos o início das atividades do Centro Dia Idoso?“.
Os mesmos vereadores, atentos aos assuntos do momento, querem informações sobre “a grande quantidade de fios e cabos soltos das redes da Elektro por todo o perímetro urbano”.
Os vereadores Andrea Moreto e Bruno de Paula estão querendo saber detalhes sobre os gastos com a educação municipal. Antenados com relação aos últimos acontecimentos, eles estão perguntando “qual a previsão de gastos com transporte escolar e merenda escolar para o ano de 2021?“.
O petista Hilton Marques deve ter ouvido alguma coisa sobre a falta de leite nos postos de saúde do município, reclamação que já chegou também aqui neste modesto blog. Em um de seus requerimentos, Hilton está requerendo “informações sobre a falta de leite para ser distribuído aos idosos nas unidades de saúde”.
De sua parte, o vereador Deley Vieira quer saber do prefeito sobre a possibilidade de incluir os coveiros e os agentes funerários do município nos grupos prioritários da vacinação contra a covid-19.
Já a vereadora Carol Amador está requerendo informações “sobre a verba remanescente da construção da ESF Rural ‘José Cícero Fontes Xavier’ e a possibilidade de seu uso”. A ESF Rural começou a ser construída no governo Parini e foi inaugurada em abril de 2013, no governo Nice. Fica difícil imaginar que ainda reste alguma sobra de dinheiro de sua construção.
Por sinal, a inauguração do ESF Rural teve um bafão. A família do homenageado, o falecido dentista doutor Cícero, não foi convidada para o evento. Mesmo assim, quatro dos seis filhos do doutor Cícero compareceram, mas foram solenemente ignorados pela então prefeita Nice Mistilides.
Deixando de lado os bafões dos tempos da Ungida, a primeira parte da sessão desta segunda-feira terá, além dos 20 requerimentos, mais 30 indicações. Na segunda parte, os vereadores deverão analisar e votar cinco projetos de lei, além do veto do prefeito Luís Henrique a um projeto aprovado no ano passado, que previa uma indenização financeira aos familiares dos profissionais da saúde pública vítimas da covid-19.
A República de Curitiba está sendo desnudada e, enquanto isso, a imprensa corporativa se finge de morta. A notícia é da Fórum:
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou pelas redes sociais neste domingo (7) que apresentará um projeto de lei pedindo a anistia para os hackers que foram presos pela Operação Spoofing, na investigação sobre a invasão de celulares de autoridades que deu início à Vaza Jato.
As mensagens, reveladas em princípio pelo site The Intercept e compartilhadas recentemente com a defesa do ex-presidente Lula, mostram o conluio entre procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro, confirmando a parcialidade e os interesses espúrios da força-tarefa.
Para Calheiros, “os diálogos entre Moro, Dallagnol e o Santo Ofício de Curitiba desvendaram um pântano de transgressões” e os hackers deveriam ser incluídos na lista de heróis brasileiros por desvendarem a “patifaria”.
“Os diálogos entre Moro, Dallagnol e o Santo Ofício de Curitiba desvendaram um pântano de transgressões. Vou apresentar um projeto para anistiar os hackers que desvendaram a patifaria. A contribuição para democracia justifica tirá-los da cadeia e inclui-los no Panteão da Pátria”, tuitou.
Em 2018, quando era candidato a governador, Luiz Marinho – que é primo do ex-vereador Luiz Especiato – foi chamado de ladrão e corrupto pelo professor e comentarista tucano Marco Antonio Villa, que, à época, estava na antipetista Jovem Pan. Agora, ele está sendo inocentado, mas o estrago já foi feito.
Reparem que foi o próprio acusador, o MPF, que declarou não ter provas contra Marinho. Reparem, também, que o contrato pelo qual o ex-prefeito de São Bernardo do Campo estava sendo acusado de fraude em licitação foi assinado, na verdade, pela administração anterior.
A juíza substituta Letícia Mendes Gonçalves, da 3ª Vara Federal de São Bernardo do Campo (SP), absolveu na sexta-feira (5) o ex-prefeito da cidade do ABC Paulista Luiz Marinho (PT), acusado de fraude em licitação e peculato nas obras do Museu do Trabalho e do Trabalhador (MTT). A decisão atendeu pedido do Ministério Público Federal, que apontou falta de provas para a condenação.
Marinho foi denunciado em abril de 2018 no âmbito da Operação Hefasta por fraude na contratação e elaboração do Estudo Preliminar, do Projeto Básico e do chamado Estudo Museológico do Museu do Trabalhador. O prefeito era acusado de integrar esquema que fraudou licitações para a construção da obra, direcionando-a para um grupo pré-determinado de empresários.
As provas colhidas pelo Ministério Público Federal, no entanto, revelaram que o ocorreu não foi uma contratação direta dissimulada entre a prefeitura comandada por Marinho e a empresa de arquitetura responsável pelo estudo preliminar, mas sim a subcontratação da empresa por parte de um consórcio que já estava contratado pelo município.
Segundo a juíza, embora a acusação inicial tenha sido de que havia um acerto prévio entre Luiz Marinho e servidores municipais como Alfredo Buso (ex-secretário municipal de Obras) e Sérgio Suster (ex-sub-secretário de Obras) com os arquitetos Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci, os autos apontam que o contrato investigado foi iniciado e concluído na gestão anterior à do petista.
Esta é a segunda ação que Marinho é inocentado envolvendo o Museu do Trabalhador. Em fevereiro do ano passado, o juiz federal substituto Leonardo Henrique Soares, da 3.ª Vara Federal de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, inocentou o ex-prefeito e outros 15 réus em outra denúncia sobre as obras.
O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) anunciou em vídeo que entrará com um pedido junto ao Ministério Público Federal (MPF) para denunciar uma “farra” com compras milionárias de 80 mil cervejas e 714 mil quilos de picanha – além de 1,3 milhão de quilos de carvão – por órgãos do governo Jair Bolsonaro (Sem Partido) para servir as Forças Armadas.
“Presidente Bolsonaro cortou o auxílio emergencial dizendo que iria quebrar o país e gasta milhões com uma farra dessas. E aliás, vários produtos superfaturados”, diz o deputado em vídeo em suas redes sociais.
Segundo Vaz, os dados foram levantados junto ao painel de preços do Ministério da Economia e estão sendo detalhados por sua assessoria para o envio do pedido de investigação ao MPF.
“Estão fazendo uma verdadeira farra com seu dinheiro, gastando milhões – milhões – com cerveja, picanha e carvão. Esse gasto está sendo feito em alguns órgãos do governo federal, governo Bolsonaro”, diz.
No vídeo, o deputado denuncia ainda que as compras de cervejas são direcionadas por marcas, como Heinecken, Stella Artois e Skol Beats.
“Tem algumas situações inclusive absurdas. Tem processo licitatório que discriminava que tinha que ser cerveja Heinecken. É! Isso mesmo! Tem situações que era Skol Beats, cerveja Stella”, diz o deputado.
Comandada por Jair Bolsonaro (Sem partido), a Presidência da República contratou sem licitação uma empresa de Bruno Ricardo Costa Ayres, sócio oculto do blogueiro Allan dos Santos no canal Terça Livre, para prestar serviços ao programa Pátria Voluntária, que é liderado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O contrato foi publicado no “Diário Oficial da União” e prevê o pagamento de R$ 360 mil à empresa AYR – Ayres Serviços de Informação por “serviços técnicos de manutenção da plataforma Pátria Voluntária”.
A contratação da AYR foi feita sem licitação com base no artigo da Lei de Licitações sobre “inviabilidade de competição”.
O texto publicado no “Diário Oficial” afirma que a contratação da AYR é “imprescindível para a continuidade das atividades integradas entre governo e sociedade civil.”
O juiz José Geraldo Nóbrega Curitiba, da 1ª Vara Cível de Jales, aceitou a denúncia ajuizada em dezembro de 2017 pelo Ministério Público contra o ex-vereador Luiz Henrique Viotto, o Macetão, e o ex-motorista da Câmara, Renato Luís de Lima Silva, o Renato Preto, em que eles são acusados de improbidade administrativa.
Macetão e Renato Preto não são os únicos encrencados. O ex-vereador de Catanduva, Daniel Palmeira de Lima, três empresários daquela região – um deles já falecido – e três empresas também foram denunciados.
Daniel seria, segundo a acusação, o chefe de uma organização criminosa especializada em fraudar licitações. Ele – que responde a diversas ações em várias cidades – foi um dos motivos para que somente agora, mais de três anos depois do ajuizamento da ação, a Justiça tenha, finalmente, aceitado a denúncia. Daniel chegou a alegar insanidade, para atrasar o processo.
A insanidade não o impediu de, mesmo com vários processos, concorrer à reeleição em 2020, pelo Solidariedade. Felizmente, a insanidade do vereador não contaminou a população de Catanduva, que não o reelegeu. Com 430 votos, ele foi o 39º colocado e, depois de 27 anos como vereador, ficou de fora da Câmara Municipal.
Para quem não se lembra, o caso que envolve Macetão é de 2012, quando ele era o presidente Câmara Municipal e, como tal, autorizou a aquisição de alguns arquivos deslizantes. Os arquivos custaram cerca de R$ 70 mil à Câmara, mas, até aí, tudo bem.
O problema é que o MP já desconfiava do esquema de venda dos tais arquivos em outras câmaras municipais e resolveu abrir uma investigação, que culminou na operação “Arquivos Deslizantes”, do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Durante a investigação, o GAECO encontrou alguns e-mails no computador de Daniel Palmeira, que, segundo os promotores, comprometiam Macetão e seu ex-assessor, Renato Preto.
Com a decisão do juiz Nóbrega Curitiba, o processo terá sequência. Além desse processo na área cível, Macetão e Renato Preto respondem, também, a um processo na esfera criminal, que tramita na 1ª Vara Criminal de Jales, sob a responsabilidade da juíza Ana Flávia Jordão Ramos Fornazari.
O projeto de lei 10/2021 de autoria do vereador Hilton Marques, que institui a publicação da lista de munícipes vacinados em Jales contra o COVID-19, foi aprovado na primeira sessão ordinária do ano, que aconteceu na segunda-feira, 01.
O projeto de lei poderia seguir os ritos normais na Câmara Municipal, porém houve um pedido de urgência especial por parte do vereador, que teve o apoio de todos vereadores, tanto para o requerimento de urgência especial, quanto para a aprovação do projeto que aconteceu de forma unânime por todos os dez vereadores.
Segundo Hilton Marques, o projeto dá uma resposta rápida do legislativo à população, propondo mais transparência sobre a vacinação local diante dos casos de corrupção (fura-fila) ocorridos em vários pontos do Brasil durante a aplicação dos planos nacional e estadual de vacinação. Aqui na região de Jales, por exemplo, a Policia Federal recebeu denúncias de fura-filas.
Hilton Marques ainda completou: “Projetos assim nos traz clareza, nos dá condições de fiscalização e principalmente transparência com a nossa população, todos aqui certamente foram cobrados nas ruas, foram especulados sobre a investigação da Polícia Federal, esta é uma resposta rápida e efetiva que entregamos para nossa sociedade”.
O projeto de lei obriga à publicação das informações no site da Prefeitura de Jales, na aba da Secretaria de Saúde, trazendo informações como: gênero, idade, profissão, se faz parte de grupo de risco, lote de vacinas usado e também local que foi realizada a vacinação.