Da jornalista Camila Mattoso, na coluna Painel, da Folha de S.Paulo:
Presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), Elizabeth Guedes (foto) diz que o ex-ministro da Educação Carlos Decotelli passou por achincalhe “absurdo”. Ele pediu demissão do cargo nesta terça-feira (30).
Irmã do ministro Paulo Guedes (Economia), Elizabeth conhece Decotelli há 30 anos, quando o contratou para dar aulas no Ibmec-SP, do qual foi uma das fundadoras. Ela refuta a nota da FGV que diz que Decotelli não foi professor da instituição. “A FGV foi covarde. Ele coordena MBA e é professor lá, sim”.
Após deixar o cargo, Decotelli disse que a nota da instituição foi a pá de cal sobre sua permanência no ministério. “A FGV fazer diferença entre professores efetivos e professores colaboradores é uma piada. Se ela for ver quais são os efetivos vai dar 1/5 dos professores que ela tem lá. Todo mundo é PJ”, diz Elizabeth.
Ela diz que Decotelli errou ao mentir no currículo, atitude que a surpreendeu, mas classifica a reação pública como fora de proporção. “Houve um aproveitamento político e foi esquecida a dimensão profissional dele”, afirma, chamando-o de professor exemplar e pessoa íntegra.
Ela disse que os cursos ministrados por Decotelli no Ibmec, em São Paulo, sempre foram tidos como um sucesso.
Fotos de obras supostamente realizadas pelo governo Bolsonaro têm inundado as redes sociais nas últimas semanas, impulsionadas por bolsonaristas. Todas elas têm a mesma característica: são falsas.
As fotos que mostram as obras são todas tiradas no período dos governos do PT. As que mostram situações de obras abandonadas, equipamentos estragados e outras do gênero e que foram divulgadas como referidas “aos 14 anos do PT” são todas anteriores ao governo Lula.
Uma das fotos mais disseminadas pela rede de fake news bolsonarista mostra soldados do Exército trabalhando em um dos trechos da transposição do rio São Francisco e afirma que seria um fato recente, durante o governo Bolsonaro. No entanto, uma checagem realizada pela agência AFP constatou que a foto é de 2012, quando a presidente era Dilma Roussef,: “a foto em questão aparece na página do Exército brasileiro no Flickr com data de 12 de maio de 2014″.
O mesmo acontece com uma série de outras fotos distribuídas nas redes bolsonaristas nas últimas semanas.
Em outra delas, aparecem locomotivas sucateadas, numa comparação entre os “14 anos de PT” e os “18 meses de Bolsonaro”. A checagem da AFP mostrou, a partir de uma busca reversa no Google, que a imagem é de 2002, portanto, anterior ao governo Lula -no governo FHC- e foi feita pelo chargista Carlos Latuff, colaborador do Brasil 247.
À agência, Latuff esclareceu que as fotos foram feitas em 2002 na oficina da companhia ferroviária MRS Logística no Horto Florestal, em Belo Horizonte, Minas Gerais. “São sucatas de locomotivas da antiga Rede Ferroviária Federal”, afirmou.
A mesma falsificação apresenta-se em uma série de montagens bolsonaristas.
“O governo Bolsonaro é a Meca dos vigaristas. Decotelli é só mais um. Plagiar o mestrado, mentir sobre o título de doutor e inventar um pós-Doc que não cursou apenas o qualificam como mais um entre tantos. O problema é que esse picareta vai cuidar da educação dos nossos filhos”.
O ex-urubólogo Alexandre Garcia não vai gostar dessa novidade. A notícia é do portal jurídico JOTA:
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde (CBTS) e a Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (29/6), ação de descumprimento de preceito fundamental, para que a Corte determine para o governo federal se abster de adotar medidas de enfrentamento à pandemia do coronavírus que “contrariem as orientações científicas, técnicas e sanitárias das autoridades nacionais (Ministério da Saúde) e internacionais (Organização Mundial da Saúde)”.
Na ADPF 707, as entidades de trabalhadores diretamente ligados ao tratamento das vítimas da pandemia pedem ainda que as autoridades federais sejam obrigadas a se absterem de “recomendar o uso de cloroquina e/ou hidroxicolroquina para pacientes acometidos de Covid-19 em qualquer estágio da doença, suspendendo qualquer contrato de fornecimento desses medicamentos”.
Além disso, postulam que o STF determine ao governo federal a publicação no banner da página do Ministério da Saúde na internet, bem como na conta da Secom no Twitter, a seguinte frase: “As evidências científicas mais recentes comprovam que a cloroquina e hidroxicloroquina não têm qualquer efeito no tratamento de pessoas com Covid-19 e ainda podem piorar os efeitos da doença, com aumento a taxa de mortalidade”.
Os advogados da CBTS e da Fenafar, Juliana Vieira dos Santos e Luís Felipe Dias de Queiroz, sublinham que “o país vive um momento único e extremamente difícil”. E que “nesta situação, os recursos públicos, que já são poucos, não podem ser desperdiçados para curas supostamente milagrosas, que não tenham respaldo científico”.
O deputado Bibo Nunes, do PSL gaúcho, disse a asneira durante um debate na GloboNews, dois sábados atrás. Aliás, ele é sempre chamado pela GloboNews para representar a base governista em seus debates. Acho que a TV dos Marinho pretende, com isso, mostrar o nível dos bolsonaristas.
Chico Buarque, visto aqui em um dos momentos daquele vídeo histórico cantando com outros artistas “Andar com fé” em homenagem aos 78 anos de Gil, terminou, sem querer, virando um freguês da Justiça.
O processo contra o deputado bolsonarista Bibo Nunes é o mais recente de cinco que ele move pelo mesmo motivo: contra quem diz que ele recebeu, durante o governo Lula, dinheiro público.
O artista não é contra a Lei Rouanet, mas nunca usou incentivo em seus seus projetos nem recebe “Bolsa Ditadura”, como disse um vereador medíocre de Angra dos Reis:
“Chico não quer ganhar dinheiro. Ele quer contribuir com o fim da indústria das notícias falsas”, diz o advogado do artista, João Tancredo.
Aliás, este é um país que usa incentivo fiscal para tudo, até para fabricar carro de luxo. Mas para os toscos, apoiar a cultura não pode, embora ela represente menos de 2% do total abatido pelo governo em incentivos fiscais. No mais, “andar com fé”.
Alexandre Frota e Joice Hasselman agora estão se dizendo contra fake news, mas foram grandes propagadores de inverdades durante a campanha eleitoral de 2018. A informação é do site de notícias jurídicas Conjur:
“Aquele que, por ato ilícito, causar dano a terceiro, fica obrigado a repará-lo.” Com esse entendimento, a juíza Jane Franco Martins, da 40ª Vara Cível de São Paulo, condenou o deputado federal Alexandre Frota a indenizar Gerson Florindo, ex-presidente do diretório do PT em Ubatuba (SP), em razão de publicação de fake news. A reparação por danos morais foi fixada em R$ 50 mil, além da obrigação de retratação por meio de nota a ser publicada no Facebook, Twitter e Youtube.
De acordo com os autos, durante a campanha eleitoral de 2018, Alexandre Frota, então candidato a deputado federal, gravou e disponibilizou em suas contas pessoais no Facebook, Twitter e Youtube um vídeo em que acusa Gerson Florindo de se passar por eleitor de Bolsonaro para atacar uma instituição religiosa onde estava o candidato à presidência pelo PT Fernando Haddad.
No vídeo intitulado “a maracutaia do PT e do Haddad não funcionou”, há imagens de um militante vestido com a camisa de Bolsonaro, proferindo ofensas contra Hadadd e ameaças à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O autor sustenta que o deputado o acusou de ser o militante que aparecia no vídeo gravado em Brasília, mas que naquele mesmo dia e horário estava em Ubatuba, em reunião com seu partido. O compartilhamento do vídeo chegou a atingir mais de 15 mil visualizações no Twitter e mais de 450 mil no Youtube.
A ação foi julgada procedente. Segundo a juíza, restou incontrovertido que as postagens partiram da página administrada ou de propriedade de Frota, assim como o fato de o deputado ter mencionado o nome do autor no referido vídeo. Ela também citou provas de que Gerson Florindo estava em Ubatuba, e não em Brasília, no dia em que o vídeo foi gravado e, portanto, não seria o militante conforme apontado por Frota.
“Assim, não restam dúvidas, de acordo com o conteúdo dos autos, de que a veiculação da imagem e pessoa do autor com os fatos demonstrados no referido vídeo não refletem a verdade, de modo que as ofensas direcionadas ao autor sequer tinham fundamento ou ligação com os fatos demonstrados no vídeo”, disse Martins.
A publicidade relacionada ao grande número de visualizações e acessos ao conteúdo do vídeo, que imputou fato considerado inverídico ao autor, gerou evidente dano à sua honra e imagem, no entendimento da magistrada. Por isso, ela também determinou a retratação pública nas redes sociais, além do pagamento da indenização por danos morais.
Bons tempos aqueles em que podíamos apreciar uma boa “piada de português”. Agora, graças a Bolsonaro e sua turma, nós é que viramos piada.
Em tempo – “Perífrase”: frase ou recurso verbal que exprime aquilo que poderia ser expresso por menor número de palavras. Por exemplo: “orifício rugoso infralombar” poderia ser definido por uma palavrinha com apenas duas letras.
Assim como o coronavírus, o Bozo é um problema mundial. E reparem que a moça do cartaz deve ser fã da Baby Consuelo. Deu no portal da RBA:
Entidades internacionais promovem, neste domingo, o ato Stop Bolsonaro pelo mundo. Até o momento, as manifestações estão confirmadas em 24 países e 70 cidades. Segundo a jornalista Selma Vital, residente na Dinamarca e responsável pela grupo Aurora, o governo Bolsonaro atinge todos os brasileiros, inclusive quem mora no exterior.
“É uma situação que afeta todos os brasileiros e é triste ver isso de longe. Esse ato dá a possibilidade de quem está fora do país também ecoar a indignação. Enquanto vimos países pararem, por conta da pandemia, Bolsonaro não fez nada“, criticou ela, à repórter Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.
Erica Caminha, ativista dos Direitos Humanos na Alemanha e artista plástica, é uma das organizadoras do ato na Alemanha. Ela relata que o presidente brasileiro é criticado diariamente pela mídia alemã.
“Todos os dias, nas rádios, revistas e emissoras de televisão, Bolsonaro é criticado. Nós somos vistos como coitados que estão à mercê de irresponsáveis. Aqui na Alemanha, nem a extrema-direita alemã quer ter vínculo com ele, de tão terrível que é”, afirmou.
O Stop Bolsonaro está marcado em alguns países como: Alemanha, Áustria, Argentina, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, México, Nova Zelândia, Portugal, Inglaterra, Suíça e Uruguai.
A rede de TV CNN Brasil noticiou que o PM reformado Fabrício Queiroz negocia um acordo de delação premiada com o Ministério Público do Rio de Janeiro e que tem como objetivos proteger sua família e pleitear uma prisão domiciliar.
Acusado de operar um esquema de desvio de salários do gabinete do então deputado estadual Flavio Bolsonaro, Queiroz foi preso semana passada numa casa do advogado Frederick Wassef, que tem ligação próxima com a família Bolsonaro e representava Flavio no processo.
Segundo a TV, Queiroz teme que a esposa Márcia, que está foragida, e filhas do casal acabem respondendo pelos crimes apontados pelo MP, como peculato e lavagem de dinheiro, além de participação em organização criminosa.