Categoria: Política

BOLSONARO É RIDICULARIZADO NO CARNAVAL DO RIO

No primeiro dia do carnaval carioca de 2020 já apareceu a primeira chacota com o chefe da familícia.  Um grande Bozo – ele mesmo, o palhaço – usando uma faixa presidencial e fazendo arminha com a mão, fez parte do desfile da Acadêmicos de Vigário Geral. O enredo da escola é “O conto do vigário”.

BOLSONARO É RIDICULARIZADO EM CARNAVAL DA ALEMANHA

Deu no Blog da Cidadania:

Neste ano, Jair Bolsonaro é uma das estrelas dos festejos carnavalescos de Colônia. Entre as atrações no tradicional desfile da próxima segunda-feira (24/02), ponto alto do Carnaval da cidade no oeste da Alemanha, está um carro alegórico com um boneco do presidente brasileiro, segurando a bandeira do Brasil atada a um palito de fósforo tamanho família e exibindo um largo sorriso, diante de árvores carbonizadas e sambistas seminuas e chamuscadas.

“Esse é meu carro preferido”, derrete-se Holger Kirsch, diretor do desfile, em entrevista ao jornal local Kölner Stadt-Anzeiger. A alegoria, crítica bem-humorada às queimadas na Amazônia, deve produzir fumaça literalmente. “Nós trabalhamos com verdadeiras sacas de café e ainda instalamos um sistema de tubulação para que fumegue bastante”, acrescentou.

Essa não é a primeira vez que o presidente brasileiro é alvo do humor alemão. Em agosto, ele foi ridicularizado em horário nobre num programa humorístico transmitido pela principal rede de televisão pública da Alemanha, que criticou as políticas ambientais e agrícolas de Bolsonaro e chamou presidente de o “boçal de Ipanema’”.

REVISTA ISTOÉ, QUEM DIRIA, PEDE O IMPEACHMENT DE BOLSONARO

Deu na Fórum:

A revista IstoÉ vem dando sinais de que pretende desembarcar de vez do apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Conhecida por ser uma das principais referências do antipetismo, a publicação vem adotando um tom mais crítico com relação ao governo e deve ir às bancas no próximo final de semana com uma capa em que prega o impeachment do presidente.

“Basta!”, diz a chamada de uma versão de capa que foi antecipada e que circula nas redes sociais e em ferramentas de clipping na noite desta quarta-feira (19). Na imagem, Bolsonaro aparece fazendo uma “banana” com os braços.

“Ao fazer menções abjetas de conotação sexual contra a jornalista Patrícia Campos Mello, Bolsonaro volta a dar demonstrações inequívocas de que fere o decoro e a liturgia do cargo que ocupa. De acordo com a Constituição, o chefe de Estado já deu caudalosas razões para a abertura de processo de impeachment. Cabe agora aos demais poderes o papel e o dever de investigar e julgar a conduta do inquilino do Planalto”, diz o texto que acompanha a manchete.

Incoerentemente, no entanto, a mesma IstoÉ, em outubro de 2018, às vésperas do segundo turno das eleições, fez uma capa colocando o adversário de Bolsonaro, Fernando Haddad, como um “cavalo de Tróia”, em um claro apoio à eleição do presidente que agora critica.

GLOBO DESCOBRE AGORA QUE BOLSONARO É INIMIGO DA DEMOCRACIA

O jornal O Globo, que se vê como parte de uma dita “imprensa profissional” no Brasil, embora tenha apoiado os golpes de 1964 e 2016 no Brasil, descobriu agora que Jair Bolsonaro é uma ameaça à democracia.

“O ataque à imprensa profissional e as torpes agressões a Patrícia Campos Mello, jornalista da ‘Folha de S.Paulo’, são parte de um desejo autoritário de garrotear as instituições. Nada é por acaso. A radicalização avança com suporte nas redes, onde atuam milicianos digitais facilmente identificados. Trata-se de um fenômeno, de antes dos nossos tempos, em que autoritários já chegavam ao poder usando os canais da democracia — o voto, a representação popular — para destruir por dentro a própria democracia”, diz editorial publicado nesta quinta-feira.

O jornal também condena os ataques do general Augusto Heleno ao Congresso Nacional. “É neste ambiente que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, aparece, gravado involuntariamente na manhã de terça, irritado com o que chama de ‘chantagens’ de parlamentares nas negociações sobre os vetos presidenciais à Lei de Diretrizes Orçamentárias. Depois, em uma reunião, Heleno conclamou o presidente a chamar o ‘povo às ruas’ contra o Congresso. Bolsonaro pediu calma ao ministro. Mas é ele que tem contribuído para este ambiente que já vinha polarizado. Quando o chefe sobe o tom, e até toma atitudes desqualificadas, a tropa acha que é sinal de avançar”, aponta o texto.

BOLSONARO DEIXA O BRASIL DESGOVERNADO, APONTA O JORNAL ESTADÃO

O jornal Estado de S. Paulo, que apoiou o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Lula, agora vê o Brasil desgovernado sob Jair Bolsonaro.

“O destempero do presidente Jair Bolsonaro atingiu nesta semana um nível inaceitável para quem ocupa tão elevado cargo. Já não é mais possível dizer que o presidente está ‘testando os limites’ da democracia e do decoro, pois estes há muito tempo foram superados. O que aconteceu nos últimos dias é mais do que simplesmente uma reiteração da falta de moderação de Bolsonaro; trata-se de demonstração cabal da incapacidade do presidente de controlar a própria língua e, por extensão, o governo que chefia”, diz o texto do editorial desta quinta-feira.

“Quando um presidente dá indícios claros de que ignora, em todos os aspectos, a liturgia e o peso político e institucional de seu cargo, estamos diante de um desgoverno”, aponta ainda o editorial.

“Num governo em permanente autocombustão, os bombeiros infelizmente ainda terão muito trabalho, pois o próprio presidente Bolsonaro, desde sempre, quando se manifesta sobre qualquer assunto, costuma adicionar gasolina ao fogo. A confusão de seu governo é reflexo de uma profunda incompreensão acerca de seu papel como presidente. Governar não é ofender – seja a honra das pessoas, seja a inteligência alheia”, finaliza o editorialista.

VEREADORES FORAM À ETEC AVERIGUAR FALTA DE MERENDA

Da assessoria de imprensa da Câmara:

Os vereadores Vanderley Vieira – Deley (PPS) e Bismark Kuwakino (PSDB) estiveram na manhã de hoje (19) na Etec (Escola Técnica Estadual Doutor José Luiz Viana Coutinho) de Jales para averiguar as queixas dos alunos e de seus tutores sobre a suspensão do fornecimento de merendas.

Segundo o diretor da Etec de Jales, Willians Pizolato, a Prefeitura, através de um convênio com o Governo do Estado, é responsável por fornecer as refeições e todos os anos, no mês de janeiro, faltam refeições para oferecer aos alunos: “Recebemos muitos alunos de fora, meninos que chegam às 6:30 horas e vão embora às 18:30 horas e eu não tenho o que dar para eles comerem hoje”.

O vereador Deley disse que vai cobrar uma solução para a regularização do fornecimento de refeições: “Vou pedir ao prefeito municipal de Jales se é possível incorporar a licitação da Etec às das outras escolas para que isso não aconteça em todo início de ano. Eu vi em anos anteriores alunos sem merenda e não quero presenciar isso novamente”.

QUEM É A REPÓRTER AGREDIDA POR BOLSONARO

Ontem, na Globonews, a comentarista de política Natuza Nery destacou a competência da jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, e ressaltou a coragem dela, que cobriu guerras e foi a única repórter brasileira que cobriu in loco a epidemia de Ebola, em Serra Leoa. 

Também ontem, o linguista Gustavo Conde escreveu um texto sobre Patrícia. Eis um trecho:

Há alguns anos, Patrícia Campos Mello estava nos EUA, prestigiada como correspondente do Estadão em Washington e vista por colegas brasileiros e americanos como uma das jornalistas mais respeitadas no mundo.

Entrevistou George Bush – cobria a Casa Branca – e esteve diversas vezes na Síria, Iraque, Turquia, Líbia, Líbano e Quênia fazendo reportagens sobre os refugiados e a guerra.

É desnecessário dizer que se trata de um dos mais extensos currículos do mundo da reportagem.

Mas não é só.

Patrícia tem um dos melhores textos do jornalismo e dialoga com correntes contemporâneas do universo da interpretação aplicada, conscientemente ou não – certamente, pelo lastro de leitura.

Foi a única repórter brasileira a cobrir a epidemia de ebola em Serra Leoa em 2014 e 2015.

É também uma das jornalistas mais premiadas do país.

Não sei o que fez Patrícia voltar ao Brasil. Arrisco a dizer que é o traço incansável do profissional de quem não vive sem um desafio.

E, a rigor, ela realmente encontrou um imenso desafio, o maior de sua carreira. Depois de fazer reportagens em mais de 50 países pelo mundo, cobrindo guerras, epidemias, catástrofes humanitárias, ela se depara com a maior de todas as catástrofes internacionais: o Brasil de Bolsonaro.

ENTIDADES DE DONOS DE JORNAIS REAGEM A INSULTO DE BOLSONARO CONTRA JORNALISTA DA FOLHA

“Ela queria dar o furo a qualquer preço”. Bolsonaro não tem nenhuma criatividade. Deu no Brasil 247:

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) reagiram aos insultos de Jair Bolsonaro à jornalista Patricia Campos Melo da manhã desta terça-feira (18).  A ANJ e a ANER são duas das principais entidades da mídia conservadora e reúnem os proprietários de jornais e revistas. Em nota, afirmam que “Bolsonaro ameaça o livre exercício do jornalismo” .

É a primeira manifestação dos donos de veículos de comunicação conservadores com críticas a Bolsonaro. As entidades afirmam que “como infelizmente tem acontecido reiteradas vezes, o presidente se aproveita da presença de uma claque para atacar jornalistas”.

Leia a íntegra da nota:

“A Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) protestam contra as lamentáveis declarações do presidente Jair Bolsonaro ao ecoar ofensas contra a repórter Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo.

As insinuações do presidente buscam desqualificar o livre exercício do jornalismo e confundir a opinião pública. Como infelizmente tem acontecido reiteradas vezes, o presidente se aproveita da presença de uma claque para atacar jornalistas, cujo trabalho é essencial para a sociedade e a preservação da democracia.”

Outras entidades, como a OAB, a ABEI (Associação Brasileira de Imprensa) e a ABRAJI (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), também emitiram notas condenando as bobagens do presidente.

E algumas jornalistas reagiram às insinuações de mau gosto – ou bem ao gosto dos bolsonaristas – contra a jornalista Patrícia Campos Mello. Eis algumas:

“Nunca um presidente brasileiro foi tão vulgar”. (Carla Jiménez, editora do El País Brasil)

“Bolsonaro infringe artigo 9 da lei do impeachment que fala do indispensável decoro no exercício do cargo”. (Dora Kramer, revista Veja) 

“Nunca, nem nos tempos de João Figueiredo, Newton Cruz e Erasmo Dias houve nada que pudesse ser remotamente comparado à cafajestice desse governo”. (Bárbara Gancia, ex-colunista da Folha de S.Paulo).

“E a risada da claque? Como chegamos até aqui? Além dos absurdos (e abusos) do presidente da República, vemos escancarada a vulgaridade, a desavergonhada imoralidade (amoralidade?) de tanta gente”. (Thaís Herédia, comentarista de economia contratada da CNN Brasil)

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