O Bozo disse, há alguns meses, que “colocaria a cara no fogo” pelo ministro. Com certeza, a cara de pau dele já teria virado cinzas. A notícia é do G1:
A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (22) o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Ele é investigado por corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência por suposto envolvimento em um esquema para liberação de verbas do MEC.
A TV Globo apurou que os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura também são alvos da operação deflagrada pela PF nesta quarta. Eles são investigados por atuar informalmente junto a prefeitos para a liberação de recursos do Ministério da Educação.
Em áudio divulgado em março, Ribeiro afirma que o presidente Jair Bolsonaro pediu a ele que os municípios indicados pelos dois pastores recebessem prioridade na liberação de recursos. Prefeitos disseram em depoimento que eles exigiram propina.
Uma fonte da PF em São Paulo disse à TV Tribuna que Milton Ribeiro foi preso em Santos e que ele deve ser levado para Brasília. Segundo o porteiro do prédio em que ele mora, o ex-ministro foi levado por volta das 7 horas.
Até a última atualização desta reportagem, ainda não havia confirmação da prisão dos pastores Santos e Moura.
A propaganda partidária do PP para Alagoas apresenta o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como “homem forte em Brasília”, responsável pelo Auxílio Brasil, programa que substituiu o Bolsa Família, e pelo envio de recursos para saúde, estradas, estudantes e agricultores. O vídeo apresenta também o slogan “Arthur Lira é foda”.
O comercial de trinta segundos começou a ser exibido na 2ª feira (20.jun.2022) dentro da cota que o PP tem para a propaganda partidária no Estado. Lira concorre à reeleição para deputado federal.
O rapaz que aparece com o ex-presidente Lula na foto acima é o senador Alexandre Silveira(PSD), de Minas Gerais, que assumiu o posto depois que o titular Antonio Anastasia(PSDB) foi nomeado para o Tribunal de Contas da União(TCU).
Em fevereiro, logo após assumir o cargo, ele foi indicado por Bolsonaro para ser o líder do governo no Senado. Em maio, Bolsonaro declarou que Alexandre Silveira seria o seu candidato ao Senado, por Minas Gerais. E agora em junho, Alexandre – que era delegado da Polícia Civil de MG – aparece de mãos dadas com Lula.
Já o moçoilo da foto acima é o candidato a governador de Santa Catarina, Décio Lima(PT). Apesar de petista, ele terá o apoio do PDT, partido do presidenciável Ciro Gomes. E o que é melhor: com o aval do próprio Ciro.
Pelo menos é que está dizendo o presidente do PDT em Santa Catarina, Manoel Dias. Ele disse ao jornal O Globo que a aliança com o PT no estado tem o aval de Ciro e também do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. Ou seja, em Santa Catarina, Lula e Ciro dividirão o mesmo palanque.
Mas o caso mais interessante talvez seja o do Piauí, estado de um dos ministros mais poderosos de Bolsonaro, o Ciro Nogueira. Por lá, o diretório estadual do PP, o partido de Ciro, ingressou com uma ação na Justiça para proibir uma imagem divulgada no Instagram, em que Bolsonaro aparece ao lado dos pré-candidatos a governador, Sílvio Mendes, a vice-governadora, Iracema Portela (ex-mulher de Ciro) e a senador, Joel Rodrigues.
Eles tem lá seus motivos para não querer aparecer ao lado de Bolsonaro. A rejeição do Bozo no Piauí é proporcional às intenções de voto em Lula, coisa de 70%, segundo pesquisas recentes.
Os candidatos do PP – partido, repito, do ministro-chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira – estão rejeitando o apoio de Bolsonaro e alegam que os aliados do presidente, ao tentar vincular o Bozo à imagem deles, visa diminuir a rejeição – quase ojeriza – dos piauienses ao atual presidente.
Diz a lenda que quem ganha em Minas Gerais vence a eleição no Brasil. Detalhe: o jornal Estado de Minas, assim como o Estadão, é antipetista. Deu no portal da Forum:
Uma pesquisa realizada pelo Instituto F5 Atualiza Dados, em parceria com o jornal Estado de Minas, divulgada neste domingo (19) mostra que o ex-presidente Lula (PT) abriu uma ampla vantagem sobre o atual ocupante do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (PL), na corrida pelo próximo mandato presidencial, que ocorrerá em outubro.
Lula aparece na frente na preferência do eleitorado mineiro com 43,6% das intenções de voto, contra 31,5% de Bolsonaro, o que configura uma vantagem substancial de 12,1% entre o primeiro e o segundo colocados.
Na terceira colocação aparece o nome do ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT), com 5,5%, à frente do deputado federal André Janones (Avante), que atingiu 3,8% da preferência dos entrevistados.
Os demais candidatos não marcaram sequer 1% das intenções de voto, inclusive a senadora Simone Tebet (MDB), que ficou com o título formal de “3ª via” após uma celeuma que durou meses por parte de legendas que não quiseram se alinhar a nenhum dos dois principais nomes da disputa.
A pesquisa mostrou ainda que 8,3% dos mineiros estão indecisos, ao passo que 5,6% votarão nulo ou em branco. Se comparados à última pesquisa do Instituto F5, realizada em fevereiro, Lula cresceu 7,5%, indo de 36,1% para os atuais 43,6%, enquanto que Jair Bolsonaro até aumentou seu eleitorado, mas de maneira muito mais tímida, pulando de 27,7% para 31,5%, uma subida de apenas 3,8%.
A cantora Daniela Mercury entrou com uma ação criminal contra o deputado Eduardo Bolsonaro, diz O Globo. Ela acusa o filho do presidente Jair Bolsonaro de difamação.
Em abril, o deputado federal publicou – e depois apagou – um vídeo em que é atribuída a Daniela Mercury uma fala de que Jesus Cristo era gay. A gravação era uma montagem com as falas editadas da artista durante uma apresentação e se referia, na verdade, ao cantor Renato Russo.
Em sua publicação, Eduardo Bolsonaro afirmou ainda que os “insultos” eram efeitos “colaterais de abstinência da Lei Rouanet”.
Na petição assinada pela defesa da cantora, são listados os ataques sofridos pela artista depois da postagem de Eduardo. O caso está na 20ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Tarcísio de Freitas, o ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro e seu pré-candidato ao governo de São Paulo, admitiu à reportagem da Folha de S.Paulo que não mora no Estado e que o apartamento cujo endereço passou à Justiça eleitoral foi alugado de seu cunhado.
O bolsonarista é nascido no Rio de Janeiro e jamais manteve qualquer vínculo com as terras paulistas, embora agora esteja querendo governá-las. O ex-juiz Sergio Moro tomou atitude parecida, mas teve seu registro derrubado pelo TRE-SP, que considerou sua “residência” num hotel paulista um golpe.
A Folha informa que o endereço dado por Tarcísio de Freitas na mudança de seu domicílio eleitoral é o de um apartamento num bairro de alto padrão, a Vila Ema, da cidade de São José dos Campos, na região do Vale do Paraíba.
No local, o porteiro do prédio teria informado que ali não morava nenhum Tarcísio e que o lugar passa por reformas há um bom tempo. Depois, quando questionado outra vez e com a explicação do repórter sobre a suspeita de ilegalidade no domicílio do político, o funcionário vou atrás após “longa pausa” e disse que ele morava ali sim, mas que agora o imóvel era reformado.
No contato com o autor da matéria para o diário conservador paulista, o próprio ex-ministro admitiu que não mora em São Paulo “atualmente”, mesmo sem dizer se um dia já morou, e afirmou que sua situação com a Justiça eleitoral referente a este assunto está regularizada.
O contrato de locação do amplo apartamento de 176 m² adquirido pelo cunhado em 2015, que conta ainda com três vagas de garagem e é avaliado em R$ 1,6 milhão, é de setembro do ano passado e a lei brasileira exige que o novo domicílio eleitoral tenha sido constituído por no mínimo três meses morando no local. Em tese, a residência de Tarcísio está dentro da lei, mas claramente o procedimento é uma manobra para que ele possa disputar a eleição.
A campanha do pré-candidato se manifestou sobre o assunto por meio de uma curta nota, dizendo que “Tarcísio de Freitas tem residência reconhecida pela Justiça Eleitoral em São José dos Campos, onde familiares residem há mais de 20 anos. Em razão dos diversos compromissos profissionais e de pré-campanha, Tarcísio tem mantido base na capital, pois precisa se deslocar constantemente por todo estado de São Paulo”.
