Deu na coluna do jornalista Guilherme Amado, no portal Metrópoles:
O deputado Luis Miranda acionou a PF por ameaças de morte que tem recebido nas redes sociais. A equipe do parlamentar vem reunindo todas as mensagens em um documento.
“Recebo ameaças o tempo todo, inclusive seríssimas contra minha vida, dizendo que eu merecia morrer pelo que fiz com o presidente. Lá atrás, o Bolsonaro não levou a sério as ameaças e foi esfaqueado. Sempre tem um cara louco o suficiente capaz de fazer uma besteira. Nunca se deve levar na brincadeira esse tipo de situação”, disse Miranda.
Contrariando pedidos do presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, na última sexta-feira (25/06), Câmara e PF ainda não responderam se enviarão seguranças para o parlamentar. Até a noite desta segunda-feira (28/06), Miranda contava com o apoio apenas de um assessor especializado em defesa pessoal e evitava sair de casa.
A atriz Leandra Leal cobrou uma autocrítica de todos os setores da sociedade brasileira que contribuíram para a ascensão do fascismo de Jair Bolsonaro.
Ela afirmou que jamais poderia ter sido considerado “uma escolha muito difícil” optar entre a social-democracia representada por Fernando Haddad e o extremismo de ultradireita de Jair Bolsonaro, que já tinha um discurso racista, misógino e preconceituoso.
A jornalista e atriz Hildegard Angel repercutiu, no Twitter, a fala de Leandra Leal no programa Altas Horas, da Globo. Hildegard teve um irmão e a mãe assassinados pela ditadura militar.
Stuart Angel Jones, o irmão, foi preso em 14 de abril de 1971 e, depois de torturado, morreu em uma dependência da Aeronáutica. Exatamente cinco anos depois, em 14 de abril de 1976, a mãe de Hildegard – que dedicou seus últimos anos de vida a uma incessante e obstinada procura pelo corpo do filho – faleceu em um acidente de carro forjado por agentes da ditadura militar.
Uma semana antes do acidente, Zuzu visitou Chico Buarque de Hollanda e deixou com ele um documento que deveria ser publicado no caso de sua morte. No documento, Zuzu dizia que “se eu aparecer morta, por acidente ou outro meio, terá sido obra dos assassinos do meu amado filho”.
A música “Angélica”, composta por Chico Buarque e Miltinho, é uma homenagem a Zuzu Angel. Eis o que disse a Leandra Leal:
O discurso forte de Leandra Leal no Altas Horas. Atriz intensa, que representou lindamente, no filme "Zuzu Angel", a minha cunhada, Sônia Angel, barbaramente torturada e assassinada por obra e desgraça de Brilhante Ustra, a grande admiração de Bolsonaro. pic.twitter.com/qWAgKmDXyc
No governo Bolsonaro, quem combate a corrupção é punido. Dois delegados da PF que participaram da investigação sobre contrabando de madeira, envolvendo o ex-ministro Salles, foram transferidos. E agora estão prometendo investigar o servidor do Ministério da Saúde, que denunciou a corrupção bilionária na compra da Covaxin.
O ex-ministro Ricardo Salles decidiu deixar o Ministério do Meio Ambiente quando soube, na terça-feira passada, 22, que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediria sua prisão, informa reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
Salles teria sido informado por um colega e viu que sua permanência no governo era insustentável.
O ex-ministro teria conversado com o presidente Jair Bolsonaro, na quarta-feira, 23. Na ocasião, Bolsonaro teria pedido que ele ficasse e enfrentasse o Supremo.
Salles teria respondido que, além de levar a crise para o centro do governo, temia pela segurança da mãe, também investigada.
Histórico do caso
A Polícia Federal apura operações financeiras de Salles, tendo como base o escritório de advocacia do qual ele é sócio com a mãe, em São Paulo. O histórico de suspeitas de corrupção de Salles é vasto e Fórum organizou tudo nesta matéria.
Uma das evidências recentes do rápido enriquecimento do ex-ministro foi a compra de uma mansão numa das ruas mais caras e arborizadas de São Paulo (SP).
Trata-se de um imóvel de dois andares na rua Honduras, no Jardim América, Zona Oeste da capital paulista, próximo ao Club Athletico Paulistano, frequentado pela elite da cidade. Na região, o preço das casas gira em torno de R$15 milhões.
Ao pedir demissão, Salles deixa de ter foro privilegiado e o seu processo sairia do Supremo e passaria a correr em primeira instância.
O ministro Alexandre de Moraes, porém, analisa se existe mais algum investigado com prerrogativa de foro para manter o caso sob sua relatoria.
Mas a tendência é a investigação ser enviada para a Justiça Federal do Distrito Federal ou do Amazonas.
Ovasco Resende, um dos personagens centrais desse enredo, é jalesense e já esteve envolvido em alguns episódios pouco republicanos. Desta vez, porém, estou torcendo por ele. A notícia é do portal O Antagonista:
Diante da tentativa da tomada do partido pela família Bolsonaro e seu grupo político e em meio a uma guerra interna com final ainda imprevisível, o nanico Patriota está prestes a implodir.
O Antagonista obteve, com exclusividade, um áudio enviado nesta semana por Adilson Barroso a Ovasco Resende, na qual o primeiro faz uma série de ameaças ao segundo.
Adilson Barroso é, em tese, o presidente do partido e principal entusiasta da filiação de Jair Bolsonaro. É ele quem está negociando, há meses, com o senador Flávio Bolsonaro, que já se filiou à legenda, e o advogado Admar Gonzaga, ex-ministro do TSE e interlocutor jurídico do presidente da República, a entrega do partido para a família Bolsonaro.
Ovasco Resende é o vice-presidente. Ele e o secretário-geral do Patriota, Jorcelino Braga, e uma ala considerável do partido não concordam com a forma com que Adilson está conduzindo as conversas com Bolsonaro.
Nesta semana, antes da convenção de ontem, Ovasco recebeu em seu celular um áudio de quase quatro minutos gravado por Adilson. Mesclando ironia, indignação e agressividade, Adilson faz uma série de ameaças ao seu principal inimigo dentro do partido.
“Eu estou sabendo aí, me falaram, que vocês vai fazer (sic) uma convenção. Eu não entendo. Aqui eu faço a convenção perfeitamente estatutária. Vocês estão fazendo uma convenção que não tem pé nem cabeça, inclusive para expor o meu nome”, começa Adilson.
Em seguida, começam as ameaças:
“Eu queria dizer para você que eu, até hoje, não mexi na tua vida particular, principalmente de uns 20 anos para cá ou 30 [anos], né? Eu nunca mexi: nem na sua, nem em parente [seu]. Então, eu queria que você fizesse assim comigo também: não expusesse meu nome nesta maldita ata.”
E continuam…
A notícia completa do Antagonista e o áudio com as ameaças podem ser apreciados AQUI.
O Ipec é o substituto do Ibope. A notícia é do portal RBA:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva supera Bolsonaro em 26 pontos percentuais e estaria próximo de vencer em primeiro turno se as eleições presidenciais fossem hoje.
Segundo pesquisa do instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), Lula lidera a preferência do eleitorado com 49%, enquanto Bolsonaro aparece com 23%. Ainda segundo a pesquisa, o ex-presidente já aparece com larga vantagem também entre os evangélicos, 43% a 32%, e entre os católicos, 52% a 20%.
De acordo com a pesquisa Ipec, além de Lula e Bolsonaro os demais nomes tidos como potenciais candidatos não ultrapassam dois dígitos. Por exemplo, Ciro Gomes (PDT), teria 7%; João Doria (PSDB), 5%; e o ex- ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), com 3%.
A consulta foi feita presencialmente, com 2.002 eleitores, em 141 municípios, entre 17 e 21 de junho. Antes, portanto, de estourar o escândalo da compra superfaturada em mais de 1.000% da vacina indiana Covaxin. Antes, também, de Jair Bolsonaro perder covardemente a estribeira diante de uma jornalista em Guaratinguetá.
A pesquisa Ipec traz ainda dados devastadores sobre a rejeição em alta do presidente Jair Bolsonaro, enquanto a de Lula está em baixa. Responderam que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum 62% dos entrevistados, ante 56% que tinham essa opinião no levantamento anterior, em fevereiro. Já o ex-presidente Lula, que tinha 44% de rejeição, agora tem 36%.
Isso porque o instituto verificou também um forte movimento de reprovação de Bolsonaro. De acordo dados do Ipec (instituto criado pela estatística Márcia Cavallari, ex-Ibope), 50% da população acha o governo ruim/péssimo (eram menos de 40% os que pensavam assim há quatro meses). Já o percentual dos que dizem que o governo Bolsonaro é ótimo/bom caiu de 31% para 23%.
A 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça deu provimento a Habeas Corpus para trancar o inquérito aberto a pedido do então ministro da Justiça, Andre Mendonça, contra o responsável por financiar outdoors na cidade de Palmas (TO) com mensagens contra o presidente Jair Bolsonaro.
O investigado arrecadou verba através de vaquinha para instalar na capital do estado imagens do presidente com a mensagem “Cabra à toa não vale um pequi roído. Palmas quer impeachment já!”.
Relator na 3ª Seção, o ministro Ribeiro Dantas explicou que a proteção da honra do homem público não é idêntica àquela destinada ao particular, pois ao aceitar a militância política, resigna-se com maior exposição e escrutínio de sua vida e personalidade, bem como de seus atos.
Assim, nessa hipótese, não basta criticar o indivíduo o sua gestão da coisa pública para ocorrer o crime. É necessário ter a intenção de ofende-lo.
“No caso concreto, as críticas restringiram-se à analise politica e subjetiva da gestão empregada pelo presidente, que, da mesma forma que é objeto de elogios para alguns, é alvo de críticas para outros. Por isso não estão demonstradas nos autos todas elementares do delito, notadamente o especial fim de agir”, concluiu o ministro.
Em outubro de 2020, um simpatizante de Bolsonaro já havia apresentado queixa-crime que pedia a investigação pela Lei de Segurança Nacional também pelos outdoors. A Polícia Federal iniciou as apurações, mas a Corregedoria Regional da PF e o Ministério Público Federal arquivaram o caso em outubro. Foi então que Mendonça pediu o inquérito.
Vacina indiana foi a mais cara e também a que foi comprada mais rapidamente pelo governo Bolsonaro.
Foram apenas três meses e cinco dias entre o primeiro contato com a Precisa Medicamentos, ocorrido em 20 de novembro de 2020, e a assinatura do contrato, em 25 de fevereiro deste ano.
No caso da Pfizer, por exemplo, foram 11 meses entre o contato inicial e a assinatura. O primeiro diálogo da empresa norte-americana com o Ministério da Saúde foi feito em 22 de abril de 2020, mas a negociação só foi celebrada em 18 de março deste ano.
O Ministério Público Federal (MPF) identificou cinco indícios de crime na compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde. Segundo a procuradora da República Luciana Loureiro, que vinha conduzindo as investigações na esfera cível, “a omissão de atitudes corretivas” e o elevado preço pago pelo governo pelas doses da vacina tornam necessária a investigação criminal.
A procuradora ainda propôs a abertura de uma investigação criminal sobre o contrato do governo de Jair Bolsonaro com a empresa Precisa Medicamentos. Na avaliação da procuradora, não há justificativa para as inconsistências na negociação, “a não ser atender a interesses divorciados do interesse público”.
A vacina da Covaxin foi a mais cara já comprada pelo governo brasileiro, no valor de R$ 1,6 bilhão por 20 milhões de doses, ou R$ 80,70 por imunizante. Como comparação, uma dose do imunobiológico desenvolvido pela Universidade de Oxford e AstraZeneca custa menos de R$ 20.
Telegramas em poder da CPI da Covid mostram especialistas em saúde pública criticando o valor de US$ 4,10 que o governo indiano alegou ter pagado por uma dose. No Brasil, o preço foi de US$ 15.
Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já venceram 14 das 17 denúncias a que o ex-presidente responde. Nesta quarta-feira (23), Lula deve ter mais uma vitória no julgamento da suspeição de Sergio Moro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Lula já foi inocentado em três processos que respondia desde 2015. Ele foi acusado de obstrução de Justiça, formação de quadrilha e corrupção e tráfico de influência no caso da MP das montadoras. A decisão foi divulgada nesta semana.
Foram rejeitadas duas outras denúncias apresentadas por procuradores que nem chegaram a virar processos.
Outra foi trancada na Justiça por falta de indícios para seguir adiante, outras quatro foram arquivadas na fase de inquérito e quatro processos foram anuladas neste ano pelo ministro do STF Edson Fachin. Foram eles os do tríplex, do sítio, da doação de um terreno para seu instituto e de outras doações para a mesma instituição.
Lula responde ainda pela compra de 36 caças Gripen em seu governo, e por supostamente ter influenciado na liberação de financiamento do BNDES para empresas brasileiras atuarem em Angola e na Guiné Equatorial.