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PARINI OFERECE 5,41% DE REAJUSTE A SERVIDORES MUNICIPAIS

Em reunião realizada hoje, na hora do almoço, com diretores do Sindicato e representantes do funcionalismo, o prefeito Humberto Parini alegou dificuldades financeiras e orçamentárias e ofereceu reajuste de apenas 5,41% aos servidores municipais de Jales. O Sindicato estava pleiteando 14,62%, correspondente ao reajuste do salário mínimo federal.

O prefeito Parini, teria iniciado a reunião dizendo que não poderia conceder um reajuste superior à inflação, por conta do ano eleitoral. Evidentemente que sua alegação, por se tratar de uma inverdade, foi prontamente rebatida. E pode parecer brincadeira, mas, questionado sobre o reajuste do vale alimentação, nosso prefeito-estudante disse que ainda estava “estudando” o caso.

Atualmente, os servidores com salários mais baixos recebem um vale alimentação (não tenho certeza se é esse o nome correto) no valor de R$ 80,00, enquanto aqueles que ganham mais de três pisos salariais (cerca de R$ 1.600,00) recebem um vale mensal de R$ 60,00. Só para citar um exemplo, em Guararapes, onde o menor salário é de R$ 810,00, os servidores recebem um vale alimentação de R$ 250,00.

Com o reajuste salarial proposto pelo prefeito, o menor salário base pago pela Prefeitura de Jales passará a ser de, aproximadamente, R$ 563,00. Um despautério! De qualquer maneira, o Sindicato deverá convocar uma assembleia geral para a próxima sexta-feira, a fim de levar a proposta à aprovação ou não dos servidores.

No sábado, o Sindicato levará a posição dos servidores ao prefeito, o que deverá incluir, provavelmente, uma contraproposta. Há um problema em tudo isso: a lei eleitoral estabelece que, em anos eleitorais, os reajustes salariais só podem ser concedidos até 180 dias antes do pleito, ou seja, até o dia 07 de abril. Portanto, a Prefeitura precisará enviar o projeto urgentemente, a fim de que ele seja aprovado pela Câmara e publicado até o dia 07.

Caso o projeto não seja publicado até aquela data, o reajuste não poderá, aí sim, ser superior à inflação do período, ou seja, 4,71%. Sabem o que isso significa? Que, caso não concordem com o reajuste proposto pelo prefeito, os servidores não terão tempo para, por exemplo, organizar uma greve.  

EM BUSCA DA DIGNIDADE PERDIDA

De vez em quando, ouço ou leio comentários onde se afirma que o prefeito Humberto Parini teria recuperado os salários do funcionalismo e, por conta disso, “devolvido a dignidade dos servidores municipais”. Uma estultice! Primeiro, porque a recuperação foi pífia; segundo, porque as pessoas corretas podem até perder o salário e o emprego, mas nem por isso perderão a dignidade.

Mas, sobre a questão dos salários, a leitura dos jornais de fim de semana pode nos proporcionar uma visão um pouco melhor. Por força da Lei de Responsabilidade Fiscal, as prefeituras estão obrigadas a dar publicidade aos salários pagos ao funcionalismo. A menos que me tenha passado despercebido , a Prefeitura de Jales ainda não publicou a sua relação, mas, apesar disso, é possível fazer algumas comparações.

Comecemos pelos menores salários, que, aqui em Jales, são pagos aos ASGs, vigias, e agentes comunitários. Coisa de R$ 534,05, abaixo, portanto, do salário mínimo. Vamos agora, aos menores salários de algumas prefeituras da região, que já publicaram suas relações: Vitória Brasil (R$ 618,25); Santa Albertina (R$ 637,62); Santa Salete (R$ 583,23) e Dirce Reis (R$ 734,67). Reparem que, de todas elas, o menor salário é o de Jales.

Vejamos agora o salário de uma profissional com nível superior: em Jales, uma assistente social  recebe R$ 1.482,67. Em Dirce Reis, as assistentes sociais ganham R$ 1.856,48; em Urânia, R$ 1.888,79; em Santa Salete, R$ 2.123,78; em Santa Albertina, R$ 2.056,97. E em Vitória Brasil, uma assistente social ganha R$ 2.754,07, quase o dobro do que a mesma profissional ganharia em Jales.

Mais um exemplo: no recente concurso aberto pela Prefeitura de Jales, publicou-se que o salário inicial de um psicólogo é de R$ 943,29. Uma mixórdia! Em Santa Albertina, um psicólogo recebe R$ 1.763,39; em Santa Salete, R$ 1.637,41; e em Vitória Brasil, R$ 2.295,31. Novamente, Jales segura a lanterna, com louvor.

São apenas alguns exemplos! Claro que, sob o ponto de vista da reposição salarial, a administração Parini foi bem melhor que a administração Rato/Parini, mas, cá entre nós, tinha jeito de ser pior? Frise-se que muita coisa foi concedida sob ameaça de greve. Em 2006, por exemplo, os servidores colocaram nariz de palhaço e foram à luta para conseguir uma reposição de 7% ou 8%. Em 2011, um aumento de 6,5% prá começar a vigorar bem depois da data base. E por aí afora…       

DESTAQUES DOS JORNAIS

Estas foram as manchetes dos jornais locais, neste final de semana:

Folha Noroeste: “CDHU abre inscrição para sorteio de 50 casas em Mesópolis, dia 6”

Folha Regional: “Bancários mantém greve por tempo indeterminado”

Jornal de Jales: “Assassina de Canuto condenada a mais de 35 anos de prisão”

A Tribuna: “Processo Seletivo: MP propõe ação contra Prefeitura de Jales”

Na Folha Noroeste, o destaque foi para Mesópolis, onde a CDHU realizará inscrições para o sorteio de cinquenta casas populares. Os imóveis serão financiados em até 25 anos e as prestações serão subsidiadas pelo governo do Estado. Outras manchetes: “Prefeitura de Urânia investe R$ 1,1 milhão em recapeamento asfáltico”; “Prefeito Favaleça é recebido pelo deputado Devanir Ribeiro”. Na coluna Folhageral, o editor Roberto Carvalho informa que o Tribunal de Contas considerou regular o certame licitatório que contratou a empresa Starbene Refeições Industriais Ltda para cuidar da merenda escolar em Jales, em substituição à empresa Gente Ltda.

Segundo a Folha Regional, mais de 400 bancários estão parados em nossa região, em virtude da greve do setor, que começou na terça-feira e chegou em Jales na quarta-feira, onde apenas a agência do Bradesco funcionou normalmente durante a semana. Outras manchetes: “Prefeito de Aspásia assina convênio com CDHU para construção de 52 moradias”; “Prefeito e vereadores reivindicam construção de creche em Pontalinda”; “Bispo de Jales terá programa fixo na TV Canção Nova”. Na coluna Ella, o destaque da semana é a jovem Aline Francisco Vilela, que, segundo diz o texto que acompanha as fotos do Marcos Oliveira, adora dançar e ser fotografada.

No Jornal de Jales o principal destaque foi a sentença da justiça, que condenou a ré Elen Fernanda de Oliveira a mais de 35 anos de reclusão, pelo assassinato do senhor Antonio Alves Canuto. Segundo o jornal, foi uma das maiores penas da história recente da justiça de Jales. Outras manchetes: “Secretário de Alckmin aprova vitrine de Serra”; “Polícia põe fim à farra das motos”. Na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior registra que o prestígio do secretário José Shimomura está mesmo em alta. Shimomura, que se desfiliou do PT, mas, segundo o jornalista, continua petista até a raiz dos cabelos, teria recebido um convite do presidente do PSDB local, Carlos Cardoso, para se filiar ao partido. 

No jornal A Tribuna, o destaque é a informação de que o processo seletivo aberto pela Prefeitura de Jales para contratação de funcionários para o programa Saúde da Família pode ser suspenso se a Justiça julgar procedente uma ação proposta pelo Ministério Público. Outras manchetes: “Ação policial combate baderna na João Amadeu”; “Troca de partidos para pré-candidatos vai até 6a. feira”; “PM prende homem duas vezes e desiste de nova prisão”. Na coluna Enfoque, o jornalista Paulo Reis Aruca confirma que o vereador Rivelino Rodrigues vem sendo cogitado para ingressar no PMDB e se transformar no plano “B” do partido para as eleições de 2012.

EDUCAÇÃO TUCANA: PROFESSORES DE SÃO PAULO OCUPAM 17a. POSIÇÃO EM RANKING SALARIAL

E no Rio Grande do Sul, onde o PT já governou algumas vezes, o salário  também está entre os piores do Brasil. A notícia está no portal Brasil Atual:

Os professores do Rio Grande do Norte têm a pior remuneração do país, segundo pesquisa sobre os profissionais da educação das redes estaduais do Brasil realizada pelo Sindicato dos Professores no Estado do Ceará (Apeoc). Em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o levantamento aponta a necessidade de adequação à lei do piso nacional de magistério.

O levantamento reuniu dados a respeito do salário-base e da remuneração bruta – incluídas gratificações – de professores iniciantes na carreira que trabalhem por 40 horas semanais. Em valores brutos, os trabalhadores em educação potiguares têm o nível mais baixo, de R$ 1.157,33. Nessa copmaração, a média mais alta é de Roraima (R$ 4.047,49).

Considerando apenas o salário-base, o Distrito Federal lidera (R$ 3.953,04). Como os docentes não contam com gratificações, esse valor coloca a capital federal na segunda posição geral. O menor salário-base está no Rio Grande do Sul (R$ 770,64). Somados bônus, o estado dobra o valor pago (R$ 1541,28) e fica em 21º .

O estado mais bem colocado da região Sudeste é o Espírito Santo, com R$ 2.647,44. São Paulo, estado que conta com cerca de 225 mil profissionais ativos, é o 17º na lista (R$ 1.844,90). A posição dos professores paulistas pode ser modificada em breve, com o início do pagamento do reajuste de 42,2% escalonado em quatro anos, começando em 2011. O salário deve chegar a R$ 2.368 até 2014.

Na antepenúltima colocação estão os professores do Rio de Janeiro, em greve há mais de um mês por aumento de 26%. Atualmente, a remuneração dos profissionais, com bônus, é de R$ 1.220, na retaguarda da lista no sudeste.

Lista da remuneração bruta dos professores das redes estaduais

  ESTADOS
SALÁRIO BRUTO
1 Roraima R$ 4.047,49
2 Distrito Federal R$ 3.953,04
3 Maranhão R$ 3.263,38
4 Mato Grosso do Sul R$ 2.784,43
5 Tocantins R$ 2.677.00
6 Espírito Santo R$ 2.647,44
7 Amapá R$ 2.566.14
8 Pará R$ 2.531.00
9 Amazonas R$ 2.349,78
10 Mato Grosso R$ 2.270,32
11 Acre R$ 2.234,39
12 Alagoas R$ 2.089,99
13 Sergipe R$ 2.008,35
14 Paraná R$ 2.001,78
15 Bahia R$ 1.981,20
16 Rondônia R$ 1.917,55
17 São Paulo R$ 1.844,90
18 Piauí R$ 1.678,15
19 Minas Gerais R$ 1.583,33
20 Santa Catarina R$ 1.561,45
21 Rio Grande do Sul R$ 1.541,28
22 Goiás R$ 1.525,18
23 Ceará R$ 1.461,51
24 Paraíba R$ 1.367,39
25 Rio de Janeiro R$ 1.220,00
26 Pernambuco R$ 1.209,00
27 Rio Grande do Norte R$ 1.157,23

 

PROTESTO PEDE IMPEACHMENT DO PREFEITO DE CAMPINAS

Deu no Diário da Região: 

Cerca de mil pessoas não puderam entrar ontem no plenário da Câmara de Vereadores de Campinas (SP), que estava com todos os seus 570 lugares ocupados, segundo a Guarda Municipal, para a sessão desta noite, em que deve ser votada a formação de uma comissão processante para a abertura de um processo de impeachment contra o prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT). Manifestantes vestidos de palhaços, estudantes e funcionários públicos, entre outras pessoas protestavam dentro e fora da Casa. Elas pedem o impeachment do Dr. Hélio.

Uma rua paralela à Avenida da Saudade, onde fica a Câmara, foi fechada e todos os locais para estacionamento, ocupados. Um telão foi instalado para a transmissão da sessão. Duzentas cadeiras foram colocadas na rua, assim como o telão, para que as pessoas assistissem à sessão. A Guarda Municipal reforçou a segurança para evitar a invasão da Câmara por funcionários públicos em greve, que queriam acompanhar os trabalhos dentro da Casa.

O prefeito classificou de “arbitrária, golpe político e execração pública” as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP-SP) e da Polícia Civil que culminaram na prisão preventiva de onze pessoas, entre elas agentes públicos de sua administração e empresários ligados a empresas de prestação de serviço, na última sexta feira. Ele afirmou ainda que vai manter a primeira dama, Rosely Nassim Santos Jorge, no cargo de chefe do gabinete da Prefeitura. Ela tem habeas corpus preventivo, por isso não foi presa.

ESCÂNDALO DA PREFEITURA DE CAMPINAS REPERCUTE NA INTERNET

A informação de que o vice-prefeito de Campinas, Demétrio Vilagras, e os secretários municipais Francisco de Lagos e Carlos Henrique Pinto estão foragidos repercutiu rápido pela internet na sexta-feira (20). Os três fazem parte do grupo de 20 que tiveram a prisão decretada, por suspeita de participação em fraudes de contratos públicos.

Nas redes sociais, alguns internautas se referem aos três como “picaretas”. “PROCURA-SE: Vice-prefeito de #CAMPINAS Demétrio Vilagra e os secretários Francisco de Lagos e Henrique Pinto continuam foragidos. #PICARETAS”

Indignado esse outro internauta escreveu em um microblog na internet “o centro de campinas está uma bagunça! greve dos funcionarios da prefeitura, inúmeras viaturas de polícia, 1ª dama envolvida em escândalos..”

Fazendo referência ao estado onde nasceu o vice-prefeito e o prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, outro internauta afirma: “Prisão de membros da ´República Pantaneira´, em Campinas-SP, mostra que a Justiça parece não funcionar no MS”.

Demétrio Vilagras diz que nasceu na zona rural de Mato Grosso, apesar de, segundo a certidão de nascimento, constar Corumbá como sua cidade natal. Também de Corumbá é Ricardo Candia, ex-diretor de Controle Urbano da Prefeitura de Campinas e proprietário de terrenos alugados pela prefeitura para a instalação de torres de celular, que só eram instaladas após a autorização do departamento onde trabalhava.

PROFESSORA CRITICA EDUCAÇÃO ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE E VIRA HEROÍNA NAS REDES SOCIAIS

Há alguns anos, o amigo Pascoalino S. Azords me disse que o sotaque dos potiguares é o mais bonito do Brasil. No caso dessa professora, não apenas o sotaque é bonito, mas tudo o que ela falou foi muito interessante. O vídeo tem 8 minutos, mas vale a pena ser visto.

Um vídeo que mostra a professora Amanda Gurgel criticando a situação da educação no Rio Grande do Norte durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados de seu estado fez com que a professora ganhasse admiradores por todo o país. O vídeo que mostra a fala de Amanda teve 180 mil visualizações no YouTube desde o dia 14, quando foi postado, e seu nome ficou entre os “trending topics” do Twitter – a lista dos temas mais comentados da rede social – entre quarta e quinta-feira.
 
Amanda mostrou seu contracheque de R$ 930 aos deputados e enumerou algumas das dificuldades encontradas pelos professores no estado, além dos baixos salários: transporte precário, salas de aula superlotadas e até a proibição aos professores de comerem a merenda oferecida aos alunos.
 
A professora também criticou a secretária de Educação do RN, Betânia Ramalho. “A secretária disse que não podemos ser imediatistas, que precisamos pensar a longo prazo. Mas a minha necessidade de alimentação é imediata”, disse. “Pedimos respeito, pedimos que a senhora não vá à mídia pedindo flexibilidade, como se fôssemos responsáveis pelo caos”, afirmou, referindo-se à greve da categoria.
 
Com uma fala segura e firme, Amanda disse que não sentia vergonha de mostrar seu contracheque ao público presente na audiência. “Quem deveria estar constrangido são vocês”, disse, dirigindo-se aos deputados e à secretária Betânia. Veja o depoimento da professora Amanda Gurgel:
 
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