Categoria: Política

MACETÃO PRORROGA AFASTAMENTO POR MAIS 30 DIAS

DSC00028-macetão-O vereador Luiz Henrique Viotto(PP), o Macetão, protocolou hoje de manhã, na Câmara Municipal, um novo pedido de licença por 30 dias para tratar de assuntos pessoais. Com isso, Luís Rosalino(PT) continua ocupando uma cadeira de vereador.

Segundo fontes fidedignas, Macetão deve prorrogar sua licença ainda mais duas vezes, até atingir os 120 dias permitidos pelo Regimento Interno da Câmara. Afastamento superior a 120 dias implica na perda do mandato.

Enquanto isso, Tiago Abra continua demonstrando algum inconformismo com relação ao afastamento do seu colega de partido. Em entrevista radiofônica, ele afirmou – ou insinuou, sei lá! – que Macetão se afastou do cargo para que Rosalino assumisse a cadeira e a defesa do prefeito Flá.

ROSALINO DEFENDE FLÁ E CRITICA ACUSAÇÃO DE TIAGO ABRA SOBRE SUPOSTO FAVORECIMENTO A ZÉ RODINHA

Câmara foto 10- Abra

O Diário Oficial do Estado de hoje está publicando a abertura de inquéritos pelo Ministério Público de Jales para apurar suspeitas de improbidade administrativa contra três prefeitos da região: Flávio Prandi Franco (Jales), Ana Lúcia Olhier Módulo (Vitória Brasil) e Sérgio Antônio Polarini (Paranapuã).

Antes que os mais apressados já lancem comentários condenando os três alcaides, é importante ressaltar que a simples abertura de inquérito não quer dizer que eles tenham, efetivamente, cometido algum ato de improbidade.

No caso de Jales, o inquérito vai investigar a denúncia do vereador Tiago Abra de suposto direcionamento em uma licitação aberta pelo prefeito Flá e suspensa por recomendação do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado. O assunto, por sinal, foi tema de debate na sessão da Câmara de ontem, protagonizado por Abra e pelo petista Luís Rosalino.

Tiago, como se sabe, foi ao MP e ao TCE para denunciar que a licitação que visa contratar uma empresa para prestar assessoria à Prefeitura de Jales. Segundo o vereador, o edital estaria viciado por exigências que dificultam a participação de empresas e direcionam o objeto do certame para uma empresa supostamente  escolhida pelo prefeito.

O vereador foi mais longe: durante discussão de requerimento sobre o assunto, Abra afirmou que está faltando ética ao prefeito e confirmou, em seu discurso, suspeitar de que a provável ganhadora da licitação seria uma empresa do contador José Carlos Roda, o Zé Rodinha.

E foi nesse ponto que o vereador Rosalino – com alguma razão – se contrapôs ao colega. Para Rosalino, Abra acertou ao cumprir seu papel de fiscal, mas exagerou ao lançar – sem provas – a grave suspeita de que Zé Rodinha seria o beneficiário de um suposto crime.

E teria exagerado, também, ao imputar um possível ato de improbidade ao prefeito Flá. Rosalino defendeu o prefeito, que, ao fazer a licitação na modalidade Pregão Presencial procurou, segundo ele, dar mais transparência ao processo. Rosalino afirmou, ainda, que o vereador Tiago Abra estaria apenas “tentando criar um fato político”.

O episódio mostrou, ainda, que as relações entre Tiago Abra e Pedro Callado já foram bem melhores. O vereador criticou o ex-prefeito – agora procurador geral do município – dizendo que “não me venha o senhor procurador me pedir para conversar… o senhor está aí para evitar que essas licitações erradas aconteçam…”.  

De qualquer forma, a licitação foi momentaneamente suspensa a fim de que a Prefeitura preste esclarecimentos ao MP e ao TCE sobre os pontos questionados por Abra. Aguardemos os próximos capítulos.

Post Scriptum: Tudo indica que as publicações do Diário Oficial não se refiram à abertura de novos inquéritos contra os prefeitos citados, mas, pelo contrário, ao arquivamento de inquéritos abertos já há algum tempo.

AUDITORIA INFORMA MORO QUE LULA NÃO COMETEU ILÍCITOS NA PETROBRAS

É claro que isso não vem ao caso. O que interessa são as convicções. A notícia é do Brasil 247:

18671305_1326186514117012_2846413662841130833_nA auditoria independente KPMG respondeu a um requerimento feito pelo juiz Sergio Moro, da Lava Jato, isentando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de participação em qualquer ato de irregularidade na Petrobras durante seu governo.

Esta é a segunda auditoria que afirma que Lula não se envolveu em irregularidades na estatal. A primeira foi a PricewaterhouseCoopers, maior empresa de auditoria do mundo, em abril desse ano.

“Não foram identificados pela equipe de auditoria atos envolvendo a participação do ex-presidente da república, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, na gestão da Petrobras que pudessem ser qualificados como representativos de corrupção ou configurar ato ilícito”, diz a KPMG, que auditou as contas da estatal entre 31.12.2006 e 31.12.2011. Confira o comunicado:

“Em resposta ao ofício supra, a KPMG Auditores Independentes vem, respeitosamente, à presença de V.Exa, esclarecer que, durante a realização de auditoria das demonstrações contábeis da Petrobras, que abrangeu os exercícios sociais encerrados no período de 31.12.2006 e 31.12.2011, efetivada por meio de procedimentos e testes previstos nas normas profissionais de auditoria, não foram identificados pela equipe de auditoria atos envolvendo a participação do ex-presidente da república, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, na gestão da Petrobras que pudessem ser qualificados como representativos de corrupção ou configurar ato ilícito”.

PARTIDO PRESIDIDO POR JALESENSE RECEBEU PROPINA DA JBS

É bem verdade que, considerando os R$ 600 milhões distribuídos a 1.829 políticos e 28 partidos, os R$ 617 mil repassados ao PRP – sigla presidida nacionalmente pelo jalesense Ovasco Rezende – é um mero trocado.

Matéria publicada pelo Diário da Região deste domingo destaca que pelo menos oito políticos da região de Rio Preto – entre eles, Edinho Araújo, Sinval Malheiros e João Paulo Rillo – estão na extensa lista de beneficiados pelas propinas (ou caixa 2, se o prezado leitor preferir) da JBS nas eleições de 2014.  

E entre os 28 partidos, temos o Partido Republicano (sic!) Progressista – PRP – que teria recebido R$ 617 mil da JBS.  O presidente do partido, Ovasco Resende, admite que a JBS repassou R$ 300 mil em 2014, ou R$ 317 mil a menos do que consta na lista. Parte desse dinheiro foi utilizado na campanha do candidato a senador Fernando Lucas (quem?) do PRP.

Em 2006, nosso conterrâneo Ovasco – que é filho do falecido ex-vereador jalesense Dirceu Gonçalves Resende – foi personagem do Jornal Nacional, acusado de tentar extorquir a empresária Ana Maria Rangel, então candidata à presidência da República pelo PRP.

Em conversas gravadas e divulgadas pelo noticioso da Rede Globo, Ovasco aparece pedindo R$ 14 milhões para financiar a campanha, dos quais R$ 3 milhões deveriam ser pagos à sigla como sinal e 800 mil em dinheiro, depositados diretamente em sua conta, sem que fossem declarados à Justiça Eleitoral.

À época, Ovasco, não obstante as gravações, desmentiu a acusação de tentativa de extorsão. Não se sabe se ele chegou a ser acusado formalmente na Justiça. O que se sabe, é que, transcorridos 11 anos, ele continua na presidência do PRP. Abaixo, um vídeo com Ovasco:

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JORNALISTA DIZ QUE PT É SUSPEITO DE PLANEJAR BADERNA EM BRASÍLIA. SAIBA QUEM É ELE

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O jornalista Cláudio Humberto – um ex-serviçal do ex-presidente Collor e notório crítico do PT – publicou a notícia em seu portal, o Diário do Poder:

Cresce a suspeita de que a cúpula do PT planejou o badernaço em Brasília, com violência e vandalismo, incluindo a tentativa de incendiar ministérios. O caso foi entregue à Polícia Federal. O presidente do PT,  Rui Falcão, e outros dirigentes chegaram a Brasília no início da semana para o protesto do dia 24. Na véspera, 23, senadores do PT pediram ao governador de Brasília que a Polícia Militar não revistasse ônibus chegando com manifestantes. Ele se negou a atender o pedido. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

O governo acha que ônibus de sindicalistas e “mortadelas” transportava “apetrechos de combate” como bombas, porretes e coquetéis molotov.

Desde março de 2016, Lula exorta seguidores a “ir pro cacete”, como em telefonema com Lindbergh Farias (PT-RJ) gravado pela Justiça.

“Não tem mais jeito, não tem nem dó, nem piedade”, diz o ex-presidente naquela conversa telefônica com o senador fluminense.

Na gravação, Lindbergh promete “ir pro pau”. Ele foi um dos petistas que pediram para a PM de Brasília não revistar ônibus de militantes.

Gostaram? Vejam agora quem é o “jornalista” Cláudio Humberto:

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REVISTA VEJA, QUEM DIRIA, CONDENA VAZAMENTOS E ACUSA LAVA JATO DE ATROPELAR A LEI

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Seria um mea-culpa? A notícia é do Brasil 247:

Num editorial tardio, publicado neste fim de semana, a revista Veja, que foi um dos principais pilares de sustentação da Operação Lava Jato, e também apoiadora de primeira hora do golpe parlamentar de 2016, que produziu a tragédia atual, dá uma guinada radical.

Segundo a publicação, foram ilegais as divulgações dos grampos da presidente deposta Dilma Rousseff com o ex-presidente Lula, repassados pelo juiz Sergio Moro ao Jornal Nacional, da Globo.

Veja também condenou a publicidade dada a conversas entre a ex-primeira-dama Marisa Letícia e seus filhos – que a própria revista divulgou, diga-se de passagem.

Segundo a Abril, o Brasil mergulhou num Estado Policial, com os abusos que estariam sendo cometidos.

Detalhe: a divulgação dos grampos entre Lula e Dilma, pelo juiz Moro, entra na pauta do Conselho Nacional de Justiça nesta terça-feira, 30.

Abaixo, o editorial da Veja:

Estado Policial

Diz a lei que uma interceptação telefônica só pode ser feita com autorização judicial, no tempo em que perdurar a autorização judicial, e seu conteúdo só poderá ser preservado se for relevante para a investigação em curso. Tais limites são estabelecidos para que as conversas telefônicas, de qualquer pessoa, inclusive de suspeitos, não fiquem boiando no éter das tramoias de um Estado bandoleiro. No curso da mais ampla investigação sobre corrupção na história do país, a lei tem sido lamentavelmente desrespeitada.

Na noite de 23 de fevereiro do ano passado, a ex-primeira-da­ma Marisa Letícia falava por telefone com seu filho Fábio Luís, o Lulinha. Na conversa, Marisa, que morreu há quatro meses, ironizava, com o uso de um palavrão, as pessoas que haviam participado de um panelaço contra o PT que acabara de acontecer. Na gravação, ela não dizia nada que interessasse à investigação da Polícia Federal. No entanto, a conversa, que deveria ter sido destruída nos termos da lei, foi preservada e divulgada.

Em 16 de março de 2016, o país inteiro ouviu um diálogo telefônico entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presi­dente Luiz Inácio Lula da Silva. Eram 13h32 de uma quarta-feira, e os dois discutiam sobre o envio de um documento para a posse de Lula como ministro da Casa Civil. O conteúdo da conversa era do interesse da investigação, mas a autorização judicial para monitorar o telefonema acabara às 11h12, duas horas antes. Portanto, depois desse horário a gravação era ilegal. Pois ela foi feita mesmo assim, seu conteúdo foi divulgado e a crise política daqueles dias se aprofundou dramaticamente.

Na semana passada, ocorreu novo episódio de violação da lei das interceptações telefônicas, quando veio a público o diálogo do jornalista Reinaldo Azevedo, ex­-blogueiro de VEJA e colunista do jornal Folha de S.Paulo, com Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves. A gravação estava autorizada judicialmente e se realizou dentro do prazo de validade, mas o conteúdo da conversa entre os dois nada tinha a ver com as investigações. O material deveria ter sido incinerado. Também não foi. Configurou-se outra afronta à lei, com uma agravante: a Constituição prevê a inviolabilidade da comunicação de um jornalista com sua fonte. Esse é um dos pilares do jornalismo nos países democráticos, dado que, sem tal garantia, não existe liberdade de imprensa.

É lamentável que autoridades encarregadas de fazer cumprir a lei — policiais, procuradores, juízes — acabem se tornando violadoras da lei. A Lava-Jato é um poderoso desinfetante em um país de corrupção sórdida. Mas esse tipo de agressão — à lei, à privacidade, à liberdade de imprensa — não é digno de um Estado democrático de direito. É coisa própria de Estados policiais.

DUAS OPINIÕES SOBRE A ABSOLVIÇÃO DE CLÁUDIA CRUZ

cláudia cruz eduardo cunha

Pessoalmente, acho que a absolvição da jornalista Cláudia Cruz esconde algum interesse obscuro. Talvez seja uma tentativa de manter Eduardo Cunha calado, uma vez que a condenação dela poderia precipitar uma delação premiada do marido. E, ao que parece, tem muita gente interessada em que Cunha continue silente.

De qualquer forma, reproduzo por interessantes, duas opiniões divergentes,  produzidas por jornalistas de esquerda, sobre a absolvição da esposa de Eduardo Cunha. A primeira, logo abaixo, é do blogueiro Fernando Brito, que ironiza a decisão de Sérgio Moro:

Transcrevo, para que o caro leitor e a querida leitora avalie, o trecho da sentença de Sérgio Moro que inocenta Cláudia Cruz, lavrada no mais belo estilo de considerá-la uma mulher fútil e ignorante, que  gasta mais de um milhão de dólares sem saber de onde vem, pobrezinha.

“Nesse ponto, porém, entendo que carece a imputação de suficiente prova do dolo. A acusada Cláudia Cordeiro Cruz foi interrogada em Juízo. Alegou em síntese que era esposa de Eduardo Cosentino da Cunha, que confiava em seu marido e que desconhecia o envolvimento dele em crimes de corrupção”.

“Quanto à conta no exterior, confirmou que assinou os papéis relativos à abertura da conta em nome da Kopek, mas que tinha, na época, presente que se tratava apenas de um cartão de crédito internacional.
Atribui a responsabilidade dos fatos a Eduardo Cosentino da Cunha que teria lhe apresentado os papéis para assinar”.

“Também afirmou que Eduardo Cosentino da Cunha cuidava da gestão financeira da família e inclusive da apresentação de sua declaração de imposto de renda”.

“Cumpre observar que, de fato, não há prova de que ela tenha participado dos acertos de corrupção de Eduardo Cosentino da Cunha”.

“Por outro lado, como visto nos itens 283-290, na documentação da conta em nome da Kopek, consta de fato a informação de que a conta foi aberta exclusivamente para alimentar cartões de crédito, entre eles da acusada Cláudia Cordeiro Cruz”.

“A conta e seus ativos não foram, de fato, declarados pela acusada nas declarações de ajuste anual de imposto de renda”.

“Entretanto, a escusa apresentada pela acusada, de que era o seu marido quem cuidava das suas declarações de rendimento, é plausível”.

No “raciocínio” de Moro, uma mulher – adulta, madura e capaz – é apenas uma imbecil que recebe uma mesada no cartão de crédito e a gasta em boutiques de luxo flanando, sem uma questão sequer sobre a sua origem.

Ela só mora com ele e é ele quem cuida da sua vida, de sua renda, de seu dinheiro, dos seus gastos.

Uma ofensa à inteligência das mulheres. Uma ofensa à inteligência de todas e todos.

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A segunda opinião é do colunista Breno Altman. Por sinal, Breno – assim como Cláudia Cruz – faz parte de um pequeno grupo de pessoas absolvidas por Moro. Em abril de 2016, ele foi conduzido coercitivamente para depor na PF e se tornou réu em uma ação que tentava ligar o PT ao assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel.

Quase um ano depois das humilhações que lhe foram impostas pelo MPF, Breno foi absolvido, mas sua absolvição não mereceu o mesmo estardalhaço de sua condução coercitiva e das acusações imputadas a ele. Vejamos o que disse Altman sobre a absolvição de Cláudia Cruz:

“Que os amigos e amigas mais exaltados me perdoem, mas essa foi uma das poucas sentenças equilibradas do juiz Sérgio Moro”, diz Altman.

“Prender ou condenar parentes de primeiro grau sem qualquer vinculo com supostos crimes do réu principal, por meras provas de usufruto, não necessariamente com dolo, tendo como razão vinculante apenas a relação pessoal ou parental, seria um terrível atropelo ao devido processo legal e às garantias constitucionais”, defende o jornalista. 

Para Breno Altman, o único crime provado de Cláudia Cruz é ser casada com Eduardo Cunha. “Mas esse delito não está tipificado no Código Penal ou em qualquer outro documento legal”, afirmou.

REINALDO AZEVEDO PROVOU DO PRÓPRIO VENENO

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De ontem pra cá, vários textos foram publicados sobre o caso do rottweiller da Veja, Reinaldo Azevedo, agora ex-Veja. Abaixo, a opinião do jornalista Joaquim Carvalho, do Diário do Centro do Mundo:

A Procuradoria Geral da República informou que não utilizou para fins processuais a conversa entre Reinaldo Azevedo e sua fonte, Andrea Neves, mas é inegável que a conversa, sendo verídica, foi vazada, seja por um procurador ou por alguém da Polícia Federal.

É grave, porque o vazamento, neste caso, constitui crime.

Quando os vazamentos prejudicavam Lula, o PT e seus aliados, nenhuma voz se levantou na chamada grande imprensa – ou velha imprensa — para denunciar o caráter ilegal do ato.

Reinaldo Azevedo, por exemplo, defendeu o juiz Sérgio Moro quando ele vazou para o Jornal Nacional a conversa privada entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, esta fora da jurisdição do juiz e não investigada.

Na nota “Dilma Rousseff quer prender Sérgio Moro, e eu quero prender Dilma Rousseff”, Reinaldo Azevedo escreveu:

“Dilma não foi grampeada. Grampeados foram outros entes e pessoas que estão sob investigação. O problema é que eles todos estavam em linha direta com a presidente da República. (…) Não se tratou de escuta ilegal, mas legalmente determinada. A quebra do sigilo dessas mensagens, dado o contexto, é plenamente justificada.”

Plenamente justificada… Uau!

Reinaldo Azevedo não estava sendo investigado, mas Andrea Neves estava.

Portanto, pelo critério de Reinaldo Azevedo, se a quebra do sigilo valeu para Dilma, valeria também para ele.

O problema não seria o grampo, nem o vazamento do grampo, mas o fato de que ele mantinha uma linha direta com a irmã de Aécio, apontada como operadora de caixa 2 do senador, hoje presidiária.

Mas não.

O que não valeu para Dilma não vale para Reinaldo Azevedo.

Simples assim.

Há coisas na vida que não podem ser relativizadas.

Os princípios da democracia, por exemplo, entre os quais a tolerância e a convivência com quem pensa diferente.

Reinaldo Azevedo costuma falar mais sobre esses princípios do que praticá-los.

Quando Reinaldo Azevedo chegou à rádio Jovem Pan, a redação tremeu.

Muitos já conheciam sua fama de queimar jornalistas que não pensavam exatamente como ele.

Carlos Belmonte, chefe de reportagem da Jovem Pan, reconhecido pela competência, caiu em desgraça depois que, numa mesa redonda, ousou dizer — já naquela época, início de 2015 –, que a Lava Jato trabalhava com dois pesos e duas medidas.

Moro seria o Torquemada com os petistas e franciscano com os tucanos.

Logo depois Belmonte foi demitido, depois de mais de 20 anos de emissora.

Não saiu de cabeça baixa, como escreveu no Facebook.

Agradeceu aos colegas e fez considerações sobre Reinaldo Azevedo, a quem atribuiu sua demissão:

“Desprezo a escola Reinaldo Azevedo, ou melhor, desprezo Reinaldo Azevedo. Pobre de espírito quem se rendeu a ele. Sou jornalista e saio da Jovem Pan de cabeça erguida, podendo olhar nos olhos de cada profissional. Triste de quem tem que abaixar os olhos quando me vê. Um abraço e é vida que segue”.

Ao dizer que havia gente que abaixava os olhos quando o via, Belmonte cutucou a ferida: Reinaldo Azevedo não apenas cobrou a cabeça dele como começou a dizer que ele era de esquerda, petista e que, portanto, não era digno de ocupar uma vaga na emissora nem da amizade dos jornalistas.

Era comum Reinaldo Azevedo se referir a jornalistas que não pensavam exatamente como ele dessa forma: “petistas”.

De uns tempos para cá, ser chamado de petista se tornou um problema nas redações.

Não que haja petistas na redação, mas qualquer jornalista que é crítico e não segue a cartilha dos chefes – em geral de direita — são tratados assim: “petistas”.

O significado é mais ou menos o mesmo que o de comunista na década de 60, ou seja, comedor de criancinha, inimigo da família, depravado, anticlerical, ladrão.

Não é preciso muito esforço para ver que é preconceito.

A diferença é que, naquela época, ser de esquerda não era a senha para perder emprego.

Hoje é.

Reinaldo Azevedo ajudou a semear o ódio. Nas redações e fora delas.

Independentemente disso, quem atentou contra Reinaldo Azevedo merece punição.

Não por ele, mas por nós.

A serpente gestada naqueles dias se alimenta da liberdade e do direito de todos.

O mínimo que devemos fazer é denunciá-la.

AÉCIO OSCILA ENTRE ÁLCOOL E CRISES DE CHORO, DIZ NOBLAT

COXINHA CHORONA

Parece que não são apenas as viúvas do Mineirinho que estão a verter lágrimas de tristeza. A se julgar pelo que escreveu o blogueiro Ricardo Noblat, o próprio senador afastado Aécio Neves(PSDB-MG) anda encharcando lenços e mais lenços.

Segundo Noblat, desde que vieram à tona as gravações feitas pelo empresário  Joesley Batista, nas quais aparece pedindo R$ 2 milhões em propinas para, supostamente, pagar os advogados que o defendem na Lava Jato, Aécio estaria cada vez mais recluso.

“Aécio Neves recluso em sua casa em Brasília, só faz beber e chorar. Mais ou menos nessa ordem. Está arrasado”, postou Noblat no Twitter.

Além de afastado do mandato e da presidência nacional do PSDB, Aécio viu sua irmã, Andrea Neves, ser presa pela Polícia Federal, assim como o primo Frederico Pacheco de Medeiros na Operação Patmos, um desdobramento da Lava Jato.

Entre uma crise e outra, Aécio ainda encontrou tempo para fazer um vídeo onde jura que é vítima de uma armação. Ei-lo:

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VEREADORA GAÚCHA DIZ QUE “NORDESTINO SABE SE UNIR PARA ROUBAR E AUMENTAR A CORRUPÇÃO”

A vereadora Eleonora Broillo, de Farroupilha(RS), é do PMDB. Ela começa seu discurso dizendo que “eu até nem ia falar, mas…”. Perdeu uma ótima oportunidade para ficar calada. Vejam o vídeo:

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